Coluna dominingal de Paulo Coelho


Invocando Buda
Certa mulher invocava centenas de vezes por dia o nome de Buda, sem jamais entender a essência de seus ensinamentos. Depois de dez anos, tudo que conseguiu foi aumentar sua amargura e desespero, acreditando que não era ouvida.

Um monge budista percebeu o que estava acontecendo, e certa tarde foi até a sua casa:

- Sra. Cheng, abra a porta!

A mulher irritou-se, e fez soar um sino, sinal de que estava rezando e não queria ser perturbada. Mas o monge insistiu várias vezes:

- Sra. Cheng, precisamos conversar! Venha até aqui fora um minutinho!

Qual dos dois é mais *FHCs?

Fernando Henrique Cardoso ou Joaquim Barbosa?
* Farsantes Hipócritas Canalhas e Cínicos

Carta Maior - a dupla farsa

Um cubano em meu lugar
A denúncia da médica Junice Maria Moreira, estampada na 1ª página da 'Folha', desta 6ª feira, é só o primeiro fruto da colheita algo sôfrega, com a qual a mídia conservadora busca ansiosamente reverter o jogo do 'Mais Médicos': 'Disseram que eu tinha que dar lugar a um cubano', disparou a doutora. O programa, combatido com a beligerância habitual dedicada a tudo que afronte a irrelevância incremental do liberalismo, caiu na simpatia da população. É forçoso desmonta-lo. E a isso se oferecia o grito anti-cubano da doutora Junice. O fruto suculento vendido pela  'Folha' no café da manhã ancorava-se em dupla farsa. 
  • A primeira: o programa não permite a substituição de médicos contratados por estrangeiros. 
  • A segunda:  alguns cliques no Google evidenciaram que a 'grave denúncia' era só mais uma baga podre do jornalismo que já ofereceu falsificações grotescas, com intenções sabidas, em outros momentos sensíveis. 
Basta acessar o serviço CNESNet da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Foi o que fez o professor universitário André Borges Lopes. Associado ao nome da doutora Junice  surgem quatro vínculos empregatícios ativos. 
  • Dois deles de 40 horas no Programa de Saúde da Família. 
  • Outros dois de 24 horas cada como médico clínico. 
Total: 128 horas semanais, ou seja, improváveis 18 horas e meia por dia, de segunda a segunda. Com um detalhe: os vínculos públicos são com prefeituras de três cidades diferentes no interior baiano (Murici, Queimadas e Jiquiriçá). Segundo o Google Maps, distantes 357 km entre si, 4h40 de viagem. 

Pergunta: por que o diligente jornalismo da casa Frias não providenciou esses esclarecimentos, antes de disparar a exclamativa manchete desta 6ª feira? 

Resposta: pelo mesmo motivo que publicou uma ficha falsa da Dilma em 2009.

Leveza dominingal


Rabicu, o guru vândalo analisa o destino dos homens com as mulheres
Conselho de Rabicu, o guru vândalo para os homens - os que ainda restam -.

Meus amados filhos aprendam uma coisa: as mulheres têm sempre razão, ainda que não tenham nenhuma. E tem mais um paradoxo: não adianta discutir com elas, assim como não adianta concordar, de todo jeito o esporro é certo: se discutirem vão ser taxados de grossos e insensíveis; se concordarem dirão que vocês não têm personalidade, são uns bananas... E quando estão completamente erradas e sem nenhum argumento, choram copiosamente e passam a ter razão.

Portanto, meus queridos e amados filhos, conformem-se com seu destino de estarem sempre errados, afinal o prazer que ela vos proporciona tem seu preço.

Rabicu sabe, Rabicu diz.

Onde estavam JB, Celso de Mello, Gilmar Mendes e cia neste tempo?

Quem conhece a história recente do Brasil (e também o passado ‘republicano’ de nossas elites – com Convênio de Taubaté, Encilhamento etc…) sabe bem que o tal “mensalão do PT” está longe de ter sido o “maior escândalo da história política brasileira” – como pretendem augustos, mervais e outros quetais do jornalismo elitista. Mas quem ainda tinha dúvidas ganha, agora,  mais uma chance para desfazê-las: o novo livro do jornalista Palmério Dória.

Não foi “o pessoal do Norte” quem inventou a reeleição, muito menos a compra de votos. “Foi uma criação do senhor Sérgio Motta e do senhor Fernando Henrique Cardoso”, Narciso Mendes

A compra dos votos para a reeleição, frisa Narciso, “se dava às escâncaras”. Seria “muita ingenuidade”, diz ele, considerar inverossímil que, no episódio da troca de cheques pré-datados por dinheiro vivo, os deputados saíssem carregando R$ 200 mil em sacolas. Afinal, em notas de R$ 100,00 seriam duas mil notas, ou o dobro se fossem notas de R$ 50,00. Duzentos pacotes de mil reais: volume considerável. “Tinha de ser em sacolas!”, diverte-se ele.
O que Narciso diz é que cheques foram antecipados e, posteriormente — depois da aprovação da emenda — trocados por dinheiro.

Que dizem os mininistros Gilmar Merda, o Tucano Celso de Mello e o Joaquim Barbosta sobre isso? Nada!
São um bando de FHCs - farsantes, Hipócritas, Canalhas e cínicos -. Leia mais>>>

Não há inocentes na imprensa, Luciano Martins Costa

A leitura de jornais já foi no Brasil, em tempos não muito distantes, uma das mais gratificantes atividades para os espíritos curiosos. Abrir um diário era como escancarar uma janela para o mundo. Apesar de encontrar interpretações da realidade com as quais eventualmente não concordasse, o leitor ou leitora tinha a convicção de que, mesmo as parcialidades que lhe impunha a imprensa, buscavam sua legitimação num esforço de objetividade. Assim, o conservadorismo do Estado de S. Paulo e a ligeireza do Globo podiam ser comparados à afoiteza impertinente da Folha de S. Paulo e à austera obsessão do Jornal do Brasil pela acuidade, e podia-se perceber o valor simbólico de seus conteúdos.