Sou filiada ao PSDB
@Freemaraih
Lobão é o novo intelectual da nossa direita.
Ele substitui Agnaldo Timóteo.
Estou muito orgulhosa.
O problema da oposição é que o povo sabe votar
Tal como fez ontem, a Folha publica mais uma análise do tipo "calma, pessoal" sobre a ultima pesquisa Datafolha.
Agora, para mostrar que o favoritismo de Dilma, reflexo da aprovação de seu governo, se deve aos beneficiários do Bolsa Família.
"Aprovação de Dilma é maior entre aqueles que recebem Bolsa Família"
E diz, a seguir, que "numa pesquisa de 6 e 7 de junho passado, ainda sem os efeitos completos das manifestações daquele mês, 67% dos que recebiam as mensalidades do Bolsa Família achavam o governo petista bom ou ótimo –um percentual dez pontos acima da aprovação geral à administração federal, que era de 57%."
A Folha diz que não mediu a aprovação do governo entre os beneficiários do Bolsa Família nas pesquisas anteriores, exceto aquelas feitas em junho.
Verdade.
Mas todas foram segmentadas por classe de renda.
E o resultado de Dilma sempre foi muito melhor entre os mais pobres do que entre os de renda maior.
Que são, como todos sabem, os grandes culpados pelos problemas do Brasil, graças ao esforço populista de fazer com que tenham ao menos o que comer, que ponham seus filhos na escola e os vacinem, como exige o Bolsa-Família. Agora, pior ainda, com este absurdo de querer que tenham um médico para socorre-los, mesmo que seja, como diz a brincadeira, cubano ou marciano.
O "defeito" essencial dos pobres, porém é serem a maioria. Na base de dados do próprio Datafolha, os que ganham menos de 2 salários mínimos são 46%. Somados os que ganham entre dois e três, são dois terços (66%).
Mas isso, como brincou Lula ontem, vai mudar:
- "O maior legado que a família pobre, o mais pobre dos nordestinos que deixar para o filho, é que tenha escolaridade, que tenha uma profissão e que se essa profissão for de doutor… Minha presidenta, você não sabe o que é fazer uma família feliz", disse, referindo-se à presidente Dilma Rousseff.
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O helipóptero e a discrição da grande imprensa
por Miguel do Rosário, n'O Cafezinho
Escrevo há uns quinze anos sobre política, de maneira quase ininterrupta, e tendo ideais progressistas, sempre fui crítico à grande imprensa brasileira. No entanto, nunca me deparei com um grau de degradação tão avassalador como vejo nos últimos dias. O Globo insiste nos "privilégios" dos presos petistas, sem refletir que, ao fazer esse tipo de campanha, contradiz a si mesmo. Afinal, que raio de privilégio é esse em ser achincalhado diariamente nos jornais, mesmo após estar preso injustamente?
Através do Globo, agora já sabemos os negócios de todos os familiares dos proprietários do hotel que empregará José Dirceu.
Enquanto isso, a imprensa trata com inexplicável discrição aquele que pode ser o maior escândalo das últimas décadas, rivalizando até mesmo com o trensalão paulista.
O Ministério Público de Minas Gerais vai propor, nos próximos dias, uma Ação Civil Pública, para investigar repasses do governo do estado, na gestão de Aécio Neves, para a empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, proprietária do helicóptero apreendido com meia tonelada de pó. Os repasses aconteceram em 2009, 2010 e 2011.
Achei reportagens do ano passado com informações sobre suspeitas do Ministério Público contra a Limeira, empresa dos Perrela. O MP apurava possível contratação irregular, sem licitação, pelo governo do estado, além de superfaturamento. A compra da fazenda Guará, avaliada em R$ 60 milhões, também estava sob a mira dos procuradores, visto que o bem havia sido ocultado pelo senador Zezé Perrela.
Hoje há uma matéria no Globo sobre o tema, mencionando as suspeitas do Ministério Público, mas sem chamada na primeira página e sem qualquer citação ao partido do governo do estado, e às relações quase íntimas entre os Perrela e o provável candidato do PSDB à presidência da república, Aécio Neves. A reportagem informa que o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também pagou com sua verba de gabinete o combustível usado no famoso helicóptero. Zezé e Gustavo, pai e filho, estão cada vez mais enredados no caso.
O assunto não é interessante? Um possível presidente da república ser tão próximo de políticos suspeitos de serem grandes traficantes de cocaína não é do interesse da nossa imprensa "livre", "independente", "profissional"? Será que mais uma vez, os blogueirosterão que assumir a dianteira dessa investigação, com grande risco pessoal?
Bom lembrar que os Perrella são empresários exercendo cargo eletivo
Não passa semana em que não circule no país algum fato controverso envolvendo algum operador político relevante. No dia 25 de novembro, no município de Afonso Cláudio (serra capixaba), outro escândalo abala a política profissional brasileira.
Desta vez os pivôs foram dois parlamentares mineiros, o senador Zezé Perrella (PDT, ex-presidente do Cruzeiro) e o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD). Apenas a narrativa dos fatos materializa a evidência das relações pouco republicanas entre o patrimônio público e os fins e usos privados.
O caso do helicóptero pertencente à família Perrella, em nome da Limeira Agropecuária, apreendido pela Polícia Federal (PF) com 443 kgs de cocaína revela a estrutura que atravessa o poder no Brasil.
O piloto da aeronave – preso e principal suspeito - além de ser funcionário da empresa dos filhos do senador, também é lotado no gabinete do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) e o combustível do helicóptero havia sido comprado através de verba indenizatória!
Para piorar, o piloto teria avisado ao proprietário – o parlamentar – que faria um frete, mesmo tendo seu salário pago pelo contribuinte assim como a gasolina do veículo. A licença não é para voo comercial e sim particular, logo os fretes são proibidos.
Trata-se de um conjunto de erros na normativa política. Primeiro, um ex-cartola deveria enfrentar um largo período de quarentena até concorrer a cargo eletivo. Segundo, é um absurdo que qualquer casa legislativa reponha os gastos com combustível para aeronaves, sendo que estas são os principais veículos usados em campanhas. Terceiro, deveria ser proibido lotar alguém em gabinete se esta pessoa também for funcionária de alguma pessoa jurídica pertencente ao mandatário do cargo.
Seria leviano e imprudente afirmar a responsabilidade direta do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) e do senador Zezé Perrella (PDT) no caso. Reza a boa prática a checagem e averiguação, assim como também a aplicação de medidas cautelares.
O mais sensato seria o afastamento das funções legislativas, tanto do pai como do filho, para ao final das investigações, haver um retorno ao cargo totalmente imune de culpa. Do contrário, paira a suspeita de que está ocorrendo uma "operação abafa" e a tentativa explícita de mudar o foco em função das alianças e amizades políticas do ex-presidente do vitorioso clube Palestra Itália de Minas, o Cruzeiro Esporte Clube. Sem cortar na carne, não adianta tentarem salvar as elites políticas do país da má avaliação.
Bruno Lima Rocha é cientista político.
(www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)