Nosso ônibus de cada dia

Vandalismo no transporte público

Jorge Ivan no Nassif Online

Um fenômeno está a desafiar os cientistas sociais de nosso país, todos os dias assistimos pelos meios de comunicação às depredações e queimas dos ônibus como forma de variados protestos, hoje por qualquer motivo, seja de natureza social, política ou econômica, de grupos e até particulares, a saída encontrada é fechar as ruas e para dar visibilidade às ações, queima-se os ônibus, que tudo indica virou a Gení pós - moderna, (lembra-se da musica). E por que isso vem acontecendo com uma frequência cada vez maior, uma resposta apressada nos leva a conclusão que o único intuito dessa forma de "protestar" é dar visibilidade a ação e, será só isso? Só o tempo dirá! Mas a quem serve, para que serve e qual sua importância social, econômica, estratégica e constitucional na garantia do sagrado direito de ir vir dos cidadãos. Os ônibus são equipamentos que atua no sistema de transporte e tem por finalidade social, transportar coletivamente grupos de pessoas para realizarem tarefas relacionadas ao trabalho, lazer, consumo e outros afazeres da vida moderna, portanto, os mesmos cumprem uma função social e essencial, tanto nos sistemas produtivos, como no de circulação e consumo de bens e serviços, percebe- se claramente seu papel de grande indutor e dinamizador da economia. Estrategicamente os ônibus são peça fundamental na resolução do grande problema da mobilidade urbana que ameaça tanto o direito de ir e vir, como aumenta os custos gerais do desenvolvimento, crescimento e deslocamentos das pessoas nas cidades. Um sistema de transporte eficiente e eficaz, integrado por vários modais, trens, VLT, metrô, marítimo e aéreo, além de diminuir o stress, garante rapidez e resolutividade nas decisões das empresas e também nas necessidades do dia a dia da população nos seus deslocamentos, seja para trabalhar, seja para resolver problemas particulares. Economicamente podemos afirmar que, se o sistema capitalista fosse um corpo humano, os ônibus seriam o sangue que através dos vasos, veias e artérias levam à oxigenação necessária que mantém os órgãos e os tecidos vivos, similarmente os ônibus através das ruas, avenidas e estradas faz cumprir todo ciclo da produção de mercadorias transportando os operários desde o processo da extração da matéria prima até a fase final da venda e do consumo de toda riqueza produzida em nosso país. A crise da mobilidade urbana atual realçou de sobremaneira a importância e o papel dos ônibus como meio de transporte coletivo, hoje com as cidades abarrotadas de veículos, com suas vias de trafego já com limite ultrapassados, há de se pensar em políticas públicas que privilegie esse importante meio de transporte. Cada ônibus emprega cerca de 05 pessoas, sendo 02 cobradores (onde existem), 02 motoristas e assumem nos seus custos, um funcionário da manutenção ou da administração das operadoras, são por conseguinte grande geradores de mão de obra em sem conjunto. Dessa forma não é possível compreender o porquê de um equipamento tão essencial e acessível principalmente às camadas menos favorecidas financeiramente da sociedade, que por qualquer motivo, se volta contra um bem que tanto lhes serve, nos deslocamentos para realização de suas necessidades, haja vista que o modelo de crescimento das cidades é cada vez mais excludente, empurrando a cada dia o povão para as periferias enquanto vão concentrando o comercio, os serviços, lazer, enfim o trabalho, nos centros das cidades. Deve ser ressaltado que quem acaba pagando a conta da depredação é o mesmo usuário, uma vez que nas tarifas tem um percentual destinado para esse objetivo, ou seja, de alguma forma quem depreda acaba pagando a conta, isso sem falar nos efeitos colaterais dessa atitude, pois muitas vezes a depender da quantidade e da gravidade do dano causado, tipo, incêndio dos veículos, as linhas por eles servidas ficarão dias, ou quiçá, meses sendo servida com uma frota reduzida. Assim entendemos que já passou da hora da sociedade pressionar as autoridades, para juntos, usuários, rodoviários, permissionários e autoridades responsáveis pela área, achem uma saída, a fim de coibir essa pratica que em nada ajuda a melhorar o nosso já caótico sistema de transporte, uma vez que, essas práticas, além da depredação do patrimônio público, ainda geram uma enorme insegurança para uma população e uma categoria que já vive pra lá de estressada. Hélio Ferreira Presidente do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia.

Boa tarde

Mensagem da tarde

Às vezes uma única flor vale mais que um buquê.
Assim como um pequeno gesto vale mais que mil palavras.
Ambas somente necessitam de terem sentimentos verdadeiros.

+Hellena SSilva

Criação coletiva


Paulo Moreira Leite - Debate sobre inquérito secreto mostra esforço para negar direitos aos réus


Em 2011, o STF debateu fez um debate importante sobre inquérito secreto, o 2474, que tinha testemunhos, provas e documentos de várias investigações paralelas a Ação Penal 470. 
 
Três anos depois, quando Ricardo Lewandovski decidiu levantar o sigilo sobre o inquérito 2474, o debate é particularmente revelador. 
 
Mostra que a postura de Joaquim Barbosa para manter este inquérito sob sigilo, durante tantos anos, implicou na negação de princípios elementares do direito e das garantias individuais. Sabe aquela denúncia de juristas como Yves Gandra, de que não se respeitou o princípio de que todos são inocentes até que se prove o contrário?
 
O vídeo mostra isso. 
 
São quinze minutos didáticos e inesquecíveis. 
 
De um lado, o ministro Celso de Mello, insuspeito de qualquer simpatia pelos acusados, quer entender por que o relator Joaquim Barbosa se recusa a liberar o inquérito  para que os advogado de oito réus possam tomar conhecimentos de provas que podem ser úteis à  sua defesa. Celso de Mello assume uma postura límpida, coerente, apoiada em noções elementares do Direito e da Constituição, que o ministro, decano da corte, menciona várias vezes. 
 
De outro, Joaquim Barbosa tenta justificar a razão de fazer segredo.  Logo se vê que não há um motivo real, um argumento  jurídico. Não há um conflito de doutrina, nem de concepção de direito. 
 
A explicação é que a AP 470 está na fase final e não seria conveniente atrasar mais. 
 
O argumento está errado. O inquérito é formado por 78 volumes, que contém novidades, outros ângulos e depoimentos. É claro que todos deveriam ter o direito de conhecer fatos e testemunhas que poderiam esclarecer a história e até ajudar a demonstrar sua inocência.  Preste atenção. Estamos falando de provas colhidas de modo oficial, dentro das regras legais. 
 
 
Celso de Mello coloca questões claras e simples Fala do amplo direito de defesa, lembra que a justiça se baseia no princípio da publicidade e que o sigilo, quando aceito, é sempre uma exceção. Em determinado momento, ele faz uma pergunta que Joaquim Barbosa não saberá responder de forma satisfatória: 
  • pergunta por que, afinal, fazer tanta questão do segredo? 
São perguntas que levam a pensar em outras: 
  • Que mal isso pode causar? 
  • A quem?  
 
Num debate que envolve questões de envergadura, o vídeo mostra muitos ministros em silêncio. 
 
Marco Aurélio de Mello se alinha com Celso de Mello. Coloca para Joaquim questões pé no chão. 
 
Em tom de quem até dá uma chance para o relator achar um argumento aceitável, Marco Aurélio pergunta se há problemas de privacidade que poderiam recomendar que o inquérito permaneça sob sigilo. Claro que não é este o problema, o que só aumentará a perplexidade de Marco Aurélio ao longo do debate.  
 
As imagens e o som do vídeo mostram Joaquim sem respostas a altura. O  único argumento é o tempo. 
 
Só faltam algumas diligências, duas e mais um pouquinho. É como se os 78 volumes não tivessem nada...É como se réus que poderiam ser condenados a quinze, vinte e até 40 anos, não tivessem direito a ver todas cartas na mesa, como disse Celso de Mello, a certa altura. Os direitos deles -- nem Joaquim questiona que eles existam -- não podem ser suprimidos por causa do relógio.
     
 
Nem este argumento é bom, contudo. Se o caso está no fim, alega Celso de Mello,  é mais um motivo para se abrir o inquérito para os interessados. 

O decano lembra que a justiça tem como objetivo a apuração da verdade real. Repete um ponto básico, que toca na essência do problema do julgamento. Fala que é preciso “ garantir a paridade de armas entre o Ministério Público e os que sofrem a ação integral do Estado.” Fica claro que não há dois pontos de vista defensáveis. Apenas um. É aquele que pede "paridade de armas". 

Mas não. Não é ele que vai prevalecer. O inquérito 2474 era e permaneceria secreto. Atravessou a denúncia, o debate sobre o desmembramento, o julgamento em si, os embargos.

Esta é a grande questão, que Celso de Mello intuía ali. Não havia igualdade entre a acusação e a defesa, entre o ministério público e os advogados. O que se impediu, ali, foi o direito a ampla defesa – e é isso que o vídeo demonstra. 
  
Só podemos agradecer ao blog do Cafezinho por trazer esse vídeo a público:  
https://www.youtube.com/watch?v=B1olh0VKbSw

do Tijolaço - Ser assessor de Comunicação – agora elevado a status de Secretário – de Governo não é fácil

[...] em circunstância alguma

Não venham com essa de que Helena Chagas caiu por causa dos "blogs sujos". Caiu porque vivia noutro planeta.

Autor: Fernando Brito

É viver de sobressaltos, a apagar incêndios, a equilibrar ética profissional com o sigilo e a disciplina que implicam estar no centro de decisões políticas.
E não deixar que nada disso tire você do foco que a comunicação deve ter para que seja instrumento de realização do projeto administrativo- político-social daquele Governo.
Quando um governo é odiado, espancado e sitiado pelos interesses da mídia empresarial, tudo piora em grau exponencial.
Digo isso em razão da notícia de que a Secretária de Comunicação da Presidência, Helena Chagas, será, finalmente, substituída no cargo. 
Se Helena Chagas entendia que a Globo, Folha, Estadão e outros grandes veículos da imprensa mereciam atenção especial, estava correta e não fazia mais que sua obrigação profissional em fazê-lo.
Da mesma forma estaria certíssima em destinar aos veículos com mais audiência parcelas maiores do volume de publicidade. A chamada “mídia técnica” é uma imposição da qual podemos até não gostar, mas devemos seguir se queremos fazer corretamente comunicação publicitária.
Franklin Martins o fez e ninguém – a não ser a grande mídia, que não quer a sua parte, quer tudo – o contestou. Mas o contestou, essencialmente, por propor os mecanismos regulatórios que a atividade empresarial de comunicação está obrigada numa democracia e que assim é pelo mundo afora.
Ninguém, a não ser os beleguins jornalísticos dos interesses patronais que se apressam a dizer que qualquer investimento em comunicação fora da grande mídia é subvenção a “cumpanheiros”, como se referem pejorativamente àqueles que não fazem do governo progressista um saco permanente de pancadas.
Em 1989, eu e meu amigo Ricardo Kotscho, assessores de imprensa dos então candidatos Brizola e Lula, fomos a um debate no Sindicato dos Jornalistas aqui do Rio.
E, naqueles tempos ainda ingênuos do jornalismo da democracia, nos perguntaram porque tratávamos diferente os pedidos de jornalistas da TV Globo e de pequenos jornais.
Eu disse com todas as letras – está registrado no livro “Jornalistas pra quê? – Os profissionais diante da ética” – que podíamos e devíamos tratar os profissionais de imprensa com os mesmos critérios, mas que não iria ser hipócrita de dizer que os veículos de comunicação podiam ser tratados de forma igualitária, até porque tínhamos o dever político de tentar ocupar os melhores espaços de comunicação.
É uma tolice – pior, uma redução à língua falada pelos executivos da grande mídia – dizer que Helena Chagas caiu por não concordar com a concessão de publicidade aos blogs de esquerda – que eles chamam de “sujos”, como faz O Globo, hoje.
Não há nenhum, entre eles, que reivindique nada além de receber, se for o caso, publicidade pelas mesmas regras que todo o mercado atua, que é receber em função de seu volume de acessos e da adequação ao público que se pretende atingir.
Nada além do que faz o Google, que não discrimina, embora pague uma miséria, porque fica com a parte do leão da receita publicitária. Mas não recusa publicidade a blogs, como este, que beiram os 3 milhões de acessos mensais, metade deles únicos.
A conversa é outra.
Helena Chagas caiu por incapacidade de fazer o que este governo precisa, sob pena de morte, fazer: enfrentar a onda avassaladora de desinformação e terrorismo político-econômico que a mídia levanta contra ele.
Isso quer dizer abrir guerra aos jornalões e à Globo?
Não, de forma alguma.
Mas significa contraditar, polemizar, esclarecer e mobilizar a opinião pública e não achar que simpatia e amizades pessoais com “repórteres especiais” e editores resolvem o problema de comunicação de um governo de esquerda.
Ou que abobrinhas de “marquetagem” servem para dissolver problemas reais, cujo enfrentamento está, em grande parte, na área de comunicação.
Um exemplo, recente e estarrecedor foram suas declarações, há poucos dias, sobre as manifestações anti- Copa e o fato de terem se tornado violentas.
Disse Helena Chagas à Agência Estado:
“Questionada pela reportagem em Davos no fim de semana, a ministra Helena Chagas, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, admitiu que “não sabia” dos detalhes sobre como esse plano será adotado. Mas indicou que, para promover a paz, uma pomba seria solta em cada jogo para simbolizar a necessidade da realização da Copa em condições pacíficas.”
Francamente, mais que uma bobagem, isso indica o mundo da Lua em que vive a titular da Secom.
E é de lá, e por isso, que ela caiu.
Caiu, aliás, faz muito tempo. Todos sabem que ela já não se encaixava nos rumos presidenciais há meses.
A única injunção política da queda de Helena Chagas é ela ter permanecido lá até agora.
Um governo não escolhe – ou não deveria escolher – seus colaboradores por considerações de ordem pessoal e nem mesmo de ordem profissional, apenas. Certamente não se quer questionar nenhuma das duas em Helena Chagas.
O problema é que este governo, para sobreviver e vencer, precisa do embate político. Civilizado, democrático, republicano e diria até cortês, porque cortesia e civilidade nunca fazem mal a ninguém.
Talvez seja ela, inclusive, a menos errada neste processo.
Minha finada avó sempre me recriminava quando eu esperava algo que a natureza de alguém não lhe permitia dar.
- Meu filho, se laranjeira não dá limão o problema é seu, não da laranjeira.
Pois é: é na comunicação que este Governo precisa escolher se vai ser espremido como uma laranja pela mídia ou arder como um limão em suas feridas.

Lenovo quer a liderança no mercado de smattphones

O CEO da Lenovo confirmou que a empresa não descansará até alcançar a liderança no mercado mundial de smartphones. E pagar US$ 2,9 bilhões pela Motorola faz parte desse plano, assim como previu um analista da IDC.

Em entrevista concedida à Fortune logo após o anúncio de negócio com o Google, Yuanqing Yang foi questionado se agora sua companhia teria fôlego para assustar a Samsung e a Apple - respectivamente primeira e segunda que mais vendem smartphones no mundo.

"Definitivamente, ao longo do tempo", respondeu. "Nossa missão é superá-los."

Esse "ao longo do tempo" pode ser vago o suficiente para não impressionar o setor neste momento, já que embora a compra da Motorola tenha transformado a Lenovo na 3ª que mais vende, sua participação de mercado ainda é muito inferior às das líderes.

A Samsung reina sossegada com 31,3% de quota de mercado, enquanto a Apple vem atrás com 15,3%. Já a Lenovo, sozinha, tem apenas 4,5% e ainda está na frente da Motorola no ranking geral.

do Olhar Digital