Qual o valor do ou(T)ro?

Esqueça um pouco da grana
Comecemos do começo. Você já parou pra pensar por que damos valores diferentes para as coisas? Não se prenda na noção econômica, em que a demanda influencia o preço ou a quantidade de trabalho empregado terá relação com seu custo.

Instituto Millenium lança álbum de figurinhas da oposição aliada

Com financiamento de empresas públicas dos Estados de Minas Gerais e São Paulo (PSDB) e de Pernambuco (PS do B) o Pig - Partido da Imprensa Golpista - acaba de anunciar o lançamento do álbum de figurinhas da oposição aliada. 

"As crianças brasileiras poderão conhecer a verdadeira seleção brasileira", comentou FHC - a Ofélia da política brasileira -.

O álbum, orçado em não sabemos quantos milhões de reais, terá 4045 páginas. "O DEM exigiu 250 páginas. Tivemos que contemplar todo o organograma das famílias  midiáticas e ainda abrimos 10 páginas para a militância paga", explicou Agripepino Mia.
No final da tarde, a Blablarina veio a público esclarecer que o álbum só ficará pronto depois das eleições. 
"Apareceram imprevistos no cronograma e a Odebrecht não conseguiu confeccionar além da página 408. Tivemos que aumentar o orçamento em 56% em caráter emergencial. Mas não há motivos para reclamação. A comercialização de figurinhas aumentará os lucros do Itaú, Globo e Natura em 29% de sonegação", arrematou a apadrinhada de Maria Alice Setubal, que confessou jogar conversafora todas as noites com sua mãe e sua tia na sede do banco.
A assessoria de imprensa do Millenium, no entanto, antecipou alguns cromos.
Lula e Dilma foram prejudicados por mais uma decisão da mininistra do STF, Rosa Weber, baseada na literatura jurídica, e não tiveram direito a uma página do álbum.
Paródia do The i-pauí Herald. Texto original Aqui

Ruy Fabiano considera o povo um estorvo

Mesmo pensamento tucano. O sonho dessa gente seria a "Democracia" sem povo, e sem votos. Eles. os mais "preparados" os mais "qualificados" por direito divino tomariam conta do Estado e pronto.

Leiam o artigo do jornalista

O golpe da reforma política

Ruy Fabiano
A ideia de convocar uma Assembleia Constituinte a pretexto de promover uma reforma política é parte essencial do projeto de poder do PT: consolida-o e torna a hipótese de alternância algo tão remoto quanto não haver nada de ilícito nas contas da Petrobrás.
Basta examinar dois tópicos que o PT considera prioritários nessa reforma: financiamento público exclusivo de campanha e voto em listas fechadas. A propósito, o partido já deu ciência disso por escrito a seus filiados, e programa uma marcha sobre Brasília, nos moldes da que Mussolini promoveu sobre Roma, em 1922.
O objetivo é pressionar o Congresso de fora para dentro, tese com a qual concorda a presidente Dilma Roussef, conforme pronunciamento que fez na sequência das manifestações de junho do ano passado, em que também defendeu uma Constituinte.
Financiamento público, precedido, como já está, da proibição de contribuições de pessoas jurídicas, garante ao partido hegemônico a maior fatia do bolo, já que a divisão obedecerá o critério da proporcionalidade das bancadas.
Não bastasse, veda o acesso de novas legendas, que, com as migalhas a que terão acesso, terão que se contentar com manifestações nas redes sociais. Não tendo bancadas, não terão dinheiro; não tendo dinheiro, não terão bancadas.
De quebra, não impede o caixa dois; apenas o monopoliza: ninguém, com recursos e senso de sobrevivência, negará auxílio a quem se eternizará no poder; e, por extensão, não o dará a quem dele está prévia e definitivamente excluído. O jogo é esse.
O voto em lista fechada dispensa maiores explicações: deixa-se de escolher o candidato; vota-se na legenda. A cúpula partidária organiza as listas. Quem é amigo do rei conquista seu lugar; quem não é não tem acesso. O eleitor terá que se contentar com os critérios dos caciques partidários.
Não é de hoje que o PT sonha com essa reforma, para a qual quer uma Constituinte. E por que não a faz com o próprio Congresso, que tem poderes para reformar a Constituição? Simples: porque não teria votos suficientes para aprová-la.
A aprovação de emendas constitucionais exige complicado rito: três quintos de votos favoráveis em cada Casa do Congresso, em dois turnos. Numa Constituinte, vota-se uma única vez, em sessão unicameral, por maioria absoluta.
Em abril de 2007, o presidente Lula recebeu em audiência um grupo de dez juristas aos quais havia incumbido um estudo para mudar as regras das CPIs (estudo que foi arquivado). Estava escaldado com o massacre das CPIs do Mensalão.
No curso da conversa, porém, o presidente da República pôs inesperadamente outro tema em pauta: a reforma política. Sugeriu que talvez fosse mais eficaz fazê-la por meio de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva.
Um dos interlocutores, ex-presidente da OAB, Reginaldo de Castro, esclareceu num artigo: “Ideia dele (a Constituinte), trazida à conversa por iniciativa dele e tão-somente dele. A nós, coube ouvir e emitir opiniões improvisadas, já que não esperávamos tal assunto”. O presidente explicou: a Constituinte funcionaria paralelamente ao Congresso, seria integrada não apenas por representantes dos partidos políticos, mas também por cidadãos. Não explicou como isso se daria, nem ninguém lhe perguntou.
Finda a audiência, o Planalto informou que a tese havia sido sugerida ao presidente pelos juristas – e não o contrário, como ocorreu. Como entre eles havia quatro ex-presidentes da OAB, vinculou a entidade à proposta, que, no entanto, já a havia rejeitado, dois anos antes, em debate interno.
Foi uma escaramuça, uma técnica para aferir a receptividade de uma proposta e avaliar a oportunidade de sua apresentação. Constatou-se que não era o momento. Mas o tema não foi arquivado: ficou em banho-maria.
Após as manifestações de junho, constatou-se que chegara a hora. Ou o partido a punha em pauta já ou, diante do desgaste de que padece, correria o risco de não tê-la mais sob controle.
O plebiscito dará aparência de democracia, mesmo que para violentá-la, já que a maioria dos votantes desconhece a complexidade e sutileza do que nela está embutido.
É o golpe final, que repete o processo venezuelano, em cuja gênese estão as digitais do PT e do Foro de São Paulo. Quando o Foro completou 15 anos, em 2005, Lula, em meio às celebrações, reivindicou: “Fomos nós que inventamos o Chávez”. Ninguém duvida. O fruto da reforma, na ótica do PT, está agora maduro.
Ruy Fabiano é jornalista.

Cinco dicas para sair do ciclismo de passeio e entrar no ciclismo de performance

No ano passado eu comecei a correr. Coisinha pouca, mas comecei bem e feliz e empolgado porque tinha uma equipe bem boa me auxiliando logo nas pequenas coisas.
Começar a fazer um esporte ou se aprofundar nessa prática física requer essa noção de detalhes. No meu caso, começar a correr fez com que eu reparasse no meu jeito de correr, em como minha passada estava larga e isso me consumia muito mais energia, em como a maneira com que meu pé batia torno no chão me daria dores na canela (as famosas canelites, pesadelo de qualquer um que corre), em como isso afetaria, em médio e longo prazo, meus joelhos e quadris, como eu colocava meu tórax muito pra trás e também me gastava uma energia absurda e alocava todo o peso nas costas e não equilibrando entre os músculos de trás e os abdominais.
Em suma. Sem dicas aparentemente pequenas e bobas, eu ia perder o interesse em correr rapidinho, porque pequenas dores e cansaço antes da hora só me trariam frustrações.
Por isso acho importantíssimo passar esse tipo de informação para frente sempre que encontro.
Na semana passada, a ciclista profissional e colunista da Go Outside, Gisele Gasparotto, publicou um texto com dicas para quem está pensando em sair do ciclismo de passeio ou recreação e começar a andar de bike buscando performance, uma atividade mais pró. São cinco dicas bem interessante que, por menores que possam parecer, vão ajudar pra caramba e eliminar alguns pequenos desapontamentos:
Harlem Skyscraper Cycling, a mais antiga corrida de bicicleta realizada em Nova York (Foto: NY Times)
Harlem Skyscraper Cycling, a mais antiga corrida de bicicleta realizada em Nova York (Foto: NY Times)

Depilar ou não depilar?

Esse assunto é muito polêmico, especialmente para os homens. Muitos não entendem a razão e acham que depilar é coisa de “metrossexual”. Particularmente eu não gosto de pelos.

Barbosa é mais *FHCCCC do que parece

Blog do Briguilino  reproduz mais um excelente texto de Paulo Moreira Leite, publicado originalmente na IstoÉ:

DIRCEU, HOMEM-TESTE


Esforço de Joaquim Barbosa para impedir Dirceu de exercer um direito saiu do plano racional — e isso é mais perigoso do que parece

É inacreditável que, no Brasil de 2014, se tente levar a sério – por um minuto – o pedido de investigar todas ligações telefônicas entre o Planalto, o Supremo, o Congresso e a Papuda entre 6 e 16 de janeiro.

A rigor, o pedido de investigação telefônica tem um aspecto terrorista, como já disse aqui. 

Implica em invadir poderes — monitorar ligações telefônicas é saber quem conversou com quem mesmo sem acessar o conteúdo da conversa  — e isso o ministério público não tem condições de fazer antes que o STF autorize  a abertura de um processo contra a presidente da República. 

O que queremos? Brincar de golpe?

Criar o clima para uma afronta aos poderes que emanam do povo? 

Quem leva a sério o pedido de monitorar telefones do Planalto, com base numa denúncia anonima, sem data, nem hora nem lugar conhecido — o que permite perguntar até se tenha ocorrido — nos ajuda a  pensar numa hipótese de ficção cientifica. Estão querendo um atalho atingir a presidente? Assim, com a desculpa de que é preciso apurar um depoimento secreto? 

Nem é possível fingir que é possível levar a sério um pedido desses. 

Por isso não é tão preocupante que uma procuradora do DF tenha feito tenha assinado um pedido desses. É folclórico, digno dos anais da anti-democracia e da judicialização.

O preocupante é a demora de Joaquim Barbosa em repelir o pedido. Rodrigo Janot, o PGR, já descartou a solicitação. Mas Joaquim permanece mudo.

O que ele pretende? 

O que acha que falta esclarecer? 

Indo para o terreno prático. Estamos falando de uma área por onde circulam milhares de pessoas, que mantém conversas telefônicas longas, curtas, instantâneas ou intermináveis com chefes, assessores, amigos, maridos, motoristas, namoradas, amantes…sem falar na frota de taxi, no entregador de pizza e no passeador de cachorro…

Monitorar quem ligou para quem?

Imagine. Num dia qualquer entre 6 e 16 de janeiro de 2016 uma jovem assessora do Senado, que trabalha de minissaia e namora um musculoso agente penitenciário na Papuda, resolve encontrá-lo para tomar um sorvete. Mas o rapaz não aparece. Ela liga para o celular do amor de sua vida. O namorado atende  dentro de um ônibus que, naquele momento, se encontra parado no sinal vermelho em frente ao Planalto. 

Três meses depois, aparece o grampo:

– Alô, Zé Dirceu na linha? Onde você está? Aqui é a Maça Dourada. Aquela, de 68. Lembra, na Maria Antônia….A gente não tinha marcado um encontro, 50 anos depois? Nossa turma tinha essa mania, lembra?

Está na cara que nada se pretende descobrir com uma investigação desse tipo. O que se pretende é ganhar tempo, como se faz desde 16 de novembro, quando Dirceu e outros prisioneiros chegaram a Papuda. Com ajuda dos meios de comunicação mais reacionários, os comentaristas mais inescrupulosos, pretende-se criar uma ambiente de reação contra o exercício de um direito típico dos regimes democráticos. Aguarda-se por uma comoção que impeça a saída de Dirceu. Você entendeu, né…

No plano essencial, temos o seguinte: Dirceu nunca deveria ter passado um único dia em regime fechado, pois  jamais recebeu uma sentença que implicasse em pena desse porte após o trânsito em julgado.

Suas condições de detenção na Papuda se tornaram inaceitáveis a partir do momento em que ele – cumprindo as determinações legais à risca – conseguiu uma oferta de emprego para trabalhar em Brasília, obtendo a aprovação do Ministério Público e da área psicossocial.

No plano da investigação policial, temos o seguinte: nenhuma das possíveis alegações para impedir o exercício desse direito foi provada. Nenhuma.

O que mantém Dirceu na prisão?

Apenas  a vontade política de negar um direito que a lei assegura a todos. Um pedido de monitoramento de milhares (ou centenas de milhares? Milhões?) de telefonemas expressa o tamanho dessa vontade delirante de  castigar, de punir. Já se ultrapassou qualquer limite civilizado. E aqui entramos em nova área de risco.

Depois de passar por um campo de concentração do nazismo, e, mais tarde, conduzido a um campo soviético  porque fazia oposição política a Josef Stalin, o militante David Roussett fez uma afirmação essencial:

“As pessoas normais não sabem que tudo é possível.

Ele se referia à câmara de gás, aos trens infectos, ao gelo, a fome, o frio – a todo sofrimento imposto a seres humanos em nome do preconceito de raça, de classe, da insanidade política, do ódio, da insanidade que dispõe de armas poderosas para cumprir suas vontades.

Não temos câmaras de gás no Brasil de 2014. Mas temos anormalidade selvagem.  Já tivemos um julgamento onde os réus não tiveram direito a presunção da inocência. Quem não tinha foro privilegiado não teve direito a um segundo grau de jurisdição. As penas foram agravadas artificialmente.  

Dirceu está sendo desumanizado, como se fosse uma cobaia de laboratório, mantida sob vigilância num cubo de vidro, 24 horas por dia.

Foi transformado num caso-teste.  

O direito que hoje se nega a Dirceu amanhã poderá ser negado a todos.

Será tão difícil captar a mensagem? 
*Farsante, hipócrita, canalha, covarde, cafajeste, cínico

Frase da semana

Sei que:
Mas, também sei que:

Rir é o melhor remédio

 Adorei isso tadinha da galinha kkkk