Declaração de amor

Lu,

Em especial à você, que antes de mais nada,
é mminha doce companheira,
Em que minha alma transparece,
Em que minhas mãos procura,
Em que meus olhos avistam, quando há solidão...
Em especial á você ... que é parte de minha vida...
como amante, amante de todas as coisas belas...
E que esse sentimento ,que nos cala o coração,
seja alimentado sempre, como se parecêssemos
vindos de uma terra distante, mas de um mesmo colo...
Beijo você, em todas as suas formas,
em todo seu ser...
Nessa divina ópera
em que todos os sons emitem a
doçura do amor...
junto vai a lembrança,
esperando que você nunca se esqueça
            que te amo muito...

Copa das Copas - Vencemos!

Acompanhada de 17 Ministros, a Presidenta Dilma Rousseff fez, nesta segunda-feira (14), o balanço da Copa do Mundo 2014 no Brasil. A seguir algumas frases da Presidenta no evento:

Nós nos empenhamos para assegurar q a Copa trouxesse uma grande oportunidade de sediar o + importante evento de futebol do planeta.

Vivemos nesses dias uma festa fantástica. Mais uma vez o povo brasileiro revelou toda sua capacidade de receber bem.

A gente dizia que iriamos ter a Copa das Copas, tivemos a Copa das Copas

O Brasil demonstrou uma grande dignidade ao ter esse revés num jogo, mostrou que tem dignidade, é preciso ter atitude para saber perder.

Nós somos um país que demostrou sua capacidade de organização.

Os prognósticos que se faziam sobre a Copa eram os mais terríveis possível.

Nos não teríamos aeroportos, não teríamos a capacidade de receber milhões e milhões de turistas.

Derrotamos sem dúvida essa previsão pessimista e realizamos a Copa das Copas.

Mais uma vez agradeço a todos, aos funcionários anônimos que se empenharam.

Agradeço aos governadores e a todos os integrantes dos governos estaduais das 12 sedes, sem eles essa não seria uma tarefa possível.

Nosso país pode se considerar vitorioso, no que se refere à organização e à recepção dessa Copa do Mundo.

Agradeço a todos os brasileiros q mostram quem nós somos, nossa alma, nosso coração e capacidade de integração com todas as culturas.

Entre as autoridades presentes, estavam, entre outros, Aloísio Mercadante (Casa Civil) José Eduardo Cardozo (Justiça), Aldo Rebelo (Esporte), Paulo Bernardo (Comunicações), Thomas Traumann (Comunicação Social), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa), que falaram sobre ações desenvolvidas pelo governo em cada área durante o Mundial.

Para Traumann, da Comunicação Social (Secom),  "a realidade sempre se impõe ", em referência às dúvidas sobre a realização da Copa, antes do evento.

Números:

Copa foi o maior evento das midias sociais da História, segundo Facebook

R$ 1, 1 em compra de equipamentos de segurança (R$ 900 milhoes para os estados)

117 mil homens e mulheres mobiliados para Segurança.

Em Brasil e no Rio dois centros (RJ é back up) de um Centro de Comando e Controle – e um em cada cidade sede

Em cada jogo havia no ar, na cidade, 2 Super Tucanos, 1 F5 e aviões radares; uma fragata ou corveta em cidade maritima;

Havia entre 2 mil e 3000  homens e mulheres das Forças Armadas à disposicao das policiais estaduais- em todas as sedes

Construiu 400 000 mil metros quadrados de novos terminais

65 novas pontes

1 milhão e 500 mil metros quarados de pátios para aeronaves

Maior investimento em infra-esturtura aeroportuaria da História

21 aeropostos receberam 16 milhões e 700 mil passageiros na Copacabana.

Dia 3 de julho, record, 548 mil passageiros

aerpoorto que mais rrecebeu: GRU 3 milhões 600 mil

Os três maiores aeroportos da África do Sul: 2 milhões e 600 mil

houve durante a copa 5 pousos ou decolages por minuto

Voos atrasados: 7,46%

2′34" na inspeção do raios x

Restituição de bagagen: nacional 8′; estrangeiro 28"

Estrangeiros que chegaram ao Brasil: 1 milhão, de 202 países.

Turistas brasileiros na Copa: 3 milhões

Passageiros nos aeroportos da Copa: 16,7 milhões

Profissionais de segurança, defesa e inteligência empregados na Copa: 177 mil

Ligações telefônicas realizadas nos estádios: 12 milhões

Público nos estádios: 3,4 milhões

Público nas Fan Fests: 5,1 milhões

Fonte: governo federal

Copa das Copas - quero saber

Quando a Fifa vai levar as obras que foram feitas para ela?

A oposição pode responder ou tá difícil?

Paulo Moreira Leite - Dilma, Felipão e?...

[...] os elogios de Aécio

A oposição entrou na campanha presidencial com uma questão intrigante: será possível arrancar alguns votinhos de Dilma Rousseff procurando associar a presidenta ao desempenho da Seleção na Copa?
Será que assim seria possível diminuir o prestígio alcançado pelo sucesso do governo na organização da Copa que não ia ter? 
A estratégia consiste em lembrar que, há um ano, Dilma disse que seu governo seguia o padrão Felipão. Foi um atalho fácil para responder a quem pedia governo padrão-FIFA. A lembrança é tentadora, salvo por um detalhe: na mesma época, Aécio esgotou um dicionário de adjetivos para falar bem do treinador, que acaba de ser demitido do posto. 
A pergunta sobre Dilma atravessou artigos variados no fim de semana. Recém instalada em sua tribuna na Folha de S. Paulo, onde passará os próximos meses da campanha presidencial, a economista tucana Elena Landau acaba de dar sua contribuição ao debate.  
Diretora do Banco Central nos tempos de Fernandisdo Henrique Cardoso, Elena Landau lembra a frase de  Dilma.  Claro que o Felipão do ano passado não era o de hoje, que foi demitido no fim da Copa. Era o técnico que venceu a Copa das Confederações.
Vamos admitir que essa razão não só contribuiu para as palavras da presidente -- mas também para os elogios rasgados de Aécio. 
Procurando unir a derrota da seleção na Copa ao desempenho de  um governo que seria mais produtivo confrontar com ideias e projetos, Elena Landau escreve: 
“Nesse momento, é inevitável lembrar uma frase da presidente Dilma: "Meu governo é padrão Felipão". De fato. Em tudo se assemelha a ele. Diante de todas as evidências de que o modelo econômico não está funcionando, o governo insiste na mesma trajetória e aprofunda os erros. De forma arrogante, a presidente chama os que dela discordam de pessimistas --"eles"--, enquanto "nós" sabemos o que é bom para a sociedade. Seu distanciamento da realidade e do eleitor também lembra a CBF. Isolada em seu castelo, diz que vai tudo muito bem e nada precisa ser revisto.”
 O problema é que, em 8/7/2013 Aécio publicou um artigo -- no mesmo espaço na mesma página no mesmo dia da semana que a economista agora ocupa -- onde sugeria que Felipão era técnico era tão bom, tão competente, tão capaz, que a presidente sequer tinha o direito de comparar qualquer traço de seu governo com ele. O candidato tucano chegou a sustentar que o técnico tem um padrão que poderia ser de utildade para a administração pública -- aquela que está em campanha para assumir nas eleições de outubro. 
Olha só o que Aécio escreveu:

Ronaldo, Casagrande e Galvão Bueno tem presença garantida na próxima seleção

Seja qual for o novo técnico da seleção brasileira de futebol escolhido pela cúpula da CBF, uma coisa é certa, os jênios contratados da Globo aplaudirão o escolhido de cara. Depois...dependendo dos resultados estarão de acordo com ele.

Se o Brasil vencer, o time é fantástico, está no caminho certo para ser hexa em 2018.

Se o Brasil perder, o time é uma merda, olhe lá se consegue classificação para a Copa.

Essa gente foi que inspirou Augusto dos Anjos:

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Política - Caminhos sem volta

A participação da sociedade na formulação de decisões governamentais é hoje prática comum nas principais economias do mundo. O cidadão do século XXI influi e aprimora as políticas públicas. No Brasil, desde os anos 30 do século passado, quando os conselhos nacionais de educação e de saúde passaram a atuar, a participação social nas decisões de Estado tem sido vital para o país — democracia, transparência e participação social são interligados e inseparáveis.
A maioria dos países desenvolvidos e de economia de mercado tem várias experiências bem-sucedidas de sistemas descentralizados e participativos. França, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Alemanha, Canadá, Índia têm conselhos ou modelos semelhantes de participação da sociedade. Exemplos são muitos: de conselhos nacionais e comunitários de saúde e transportes na Alemanha e nos Estados Unidos a consórcios metropolitanos em Londres, Berlim e Barcelona.
Desclassificar o Decreto nº 8.243/2014, da presidente Dilma Rousseff, que cria a Política Nacional de Participação Social, é desprezar não só fatos públicos e notórios ao redor do mundo, mas, sobretudo, a democracia brasileira. Na ânsia de vociferar contra o decreto, desprezam-se até marcos fundamentais da história. Se existe hoje uma política nacional de saúde foi graças à interação dos movimentos sociais com o Estado. Sem o Conselho Nacional de Saúde não teriam sido criadas, nos anos 80, as bases do SUS (Sistema Único de Saúde). As diretrizes centrais do SUS foram geradas na 8ª Conferência Nacional de Saúde, de 1986, às vésperas da Constituinte. Esse amplo debate público embasou, na Constituição, as formulações do sistema, regulamentado em 1990. Hoje o SUS atende a 80% da população brasileira (150 milhões de pessoas), ou seja, o Brasil é um dos poucos países que disponibilizam um sistema gratuito de saúde para a ampla maioria.
Os que no passado se voltaram contra a abolição da escravatura, o voto do analfabeto, o salário mínimo e o 13º salário têm a mesma posição dos que, no presente, condenam o Bolsa Família, resistem às quotas para negros, investem contra o Mais Médicos e vociferam contra a Política Nacional de Participação Social. O decreto nada mais fez que consolidar mecanismos existentes, como as conferências, os conselhos, audiências para acompanhamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas. O que está no decreto é respaldado na experiência de 30 mil conselhos de gestão pública de saúde, assistência social, educação e outros cujas atividades são acompanhadas pela Presidência da República.
A reação raivosa de certos setores da sociedade ao decreto traveste, na verdade, o desejo de limitar a democracia brasileira. O coro contra o decreto é inócuo. A democracia avançou nos governos Lula e Dilma e continuará no centro das prioridades da cidadania. O diálogo entre cidadão e Estado está aberto. Não há volta atrás.
 Rui Falcão - presidente do PT

Eleição presidencial 2014 - o candidato oculto


Terminada a Copa do Mundo a presença recorrente do  noticiário negativo  sobre a economia brasileira  volta  a dominar as manchetes e escaladas da emissão conservadora.

O país , de fato, tem problemas estruturais a debater. A engrenagem econômica se ressente de mortífera sobrevalorização cambial. Ela inibe exportações e transfere demanda para o exterior.

As contas externas , ademais, sofrem com a erosão nas cotações das commodities e o salto nas remessas  de lucros e royalties (mais de US$ 33 bilhões em 2013). O parque industrial, defasado tecnologicamente, vê cadeias produtivas serem esfareladas pela invasão dos importados.

A expansão da infraestrutura  ainda carece de um modelo que aperfeiçoe  projetos e proteja as urgências nacionais das tenazes de  embargos e interditos  que impedem a  aceleração das obras e explicam   prazos e custos sempre rompidos. 
Tudo isso é verdade.

Mas não é a motivação verdadeira  que impulsiona o jornalismo do ‘Brasil aos  cacos’.

O que interessa a ele, de fato, é obstruir a formação do discernimento coletivo  sobre  o que é essencial na superação desses gargalos.

O essencial debate-se entre duas lógicas.

De um lado,  a lógica de um poder econômico que rejeita a infiltração  da soberania popular no metabolismo de um  Estado brasileiro, sempre refém da hegemonia absoluta das elites.

De outro, uma aspiração crescente por cidadania plena da parte de amplas camadas da população.

Em alguma hora elas  terão que se deter diante da  pergunta chave do futuro nacional.

Que democracia  é necessária para que a sociedade possa vencer a transição entre uma economia pensada para 1/3 da população, e aquela requerida agora que o mercado de massa atingiu uma escala estruturante no país?

Ao contrário do que sugere a pregação midiática contra o ‘intervencionismo da Dilma’, o desafio reside justamente em construir alternativas à matriz anacrônica da liberalização e da desregulação econômica  –-panaceia conservadora que sonega  consistência estrutural a qualquer projeto de desenvolvimento.

Isso já era verdade na reunião de Bretton Woods, em 1944.

Um certo John Maynard Keynes disse, então, que mesmo nos marcos do capitalismo (que afinal era o seu foco), nenhum Estado soberano poderia servir a três senhores  ao mesmo tempo.

A saber: a liberdade de capitais; o livre comércio e a autonomia da política monetária – leia-se, a renúncia ao controle da taxa de juro, variável decisiva de um ciclo de investimento.

Vivemos há seis anos o maior colapso do capitalismo desde 1929, obra-prima do credo no Estado mínimo, associada à delegação suicida  do destino da sociedade aos mercados ‘autorreguláveis’.

A desordem financeira mundial não cederá tão cedo, nem tão facilmente.

A consciência dessa travessia histórica é um dado fundamental para a ação política em nosso tempo.

O movimento estrutural de expansão do capital financeiro, cuja supremacia determina a dinâmica de uma  economia mundial em crise ,  impõe dramáticos constrangimentos à soberania da sociedade para planejar seu destino e o destino do seu desenvolvimento.

Não há economicismo nessa constatação.

A política contribuiu de maneira inestimável para o modo como essa lógica se impôs, a velocidade com que ela se consolidou, a virulência de sua hegemonia e a brutal agonia da decadência atual.

A espoleta da maior crise do capitalismo desde 1929 foi o recuo desastroso do controle da Democracia sobre o poder do Dinheiro. O desmonte das travas regulatórias do sistema bancário foi  o seu vetor.

Recuos e derrotas acumulados pela esquerda mundial desde os anos 70, sobretudo a colonização de seu arcabouço programático pelos valores e interditos neoliberais, alargaram os vertedouros para o espraiamento de uma dominância financeira , cuja presença tornou-se ubíqua em todas as esferas da vida humana. 
A queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, sancionou  a supremacia da ordem regressiva.

Recolher esse caudal selvagem aos diques preexistentes  é tão plausível quanto vencer a  seleção alemã com um ataque formado por Jô e Fred.

A sociedade que cedeu   soberania ao suposto poder autorregulador dos mercados perdeu as ferramentas institucionais  capazes de  gerar antídotos às degenerações intrínsecas a essa renúncia.

O Brasil, por exemplo,  perdeu grande parte do poder indutor sobre a economia  exercido por estatais que foram majoritariamente privatizadas.

A democracia terá que reinventar-se para que a retomada desse poder de iniciativa  se recoloque no horizonte da ação política pelo desenvolvimento. 

A urgência dessa  reinvenção é a agenda subjacente ao debate eleitoral que começa a partir de agora.

O campo progressista não pode negligenciar a existência de um candidato oculto trabalhando em tempo integral pela sua derrota.

O governador Tarso Genro, em artigo recente nesta página, deu a esse candidato ubíquo o nome de ‘A Internacional do Capital Financeiro’ .

O economista Márcio Pochmann debruçou-se  sobre esse palanque invisível  no texto ‘Dominação financeira e suas contradições’.

Carta Maior  considera que o aprofundamento desse debate é  oportuno e imprescindível para que o próprio campo progressista  forme um discernimento mais  claro e preciso do que está em jogo nestas eleições. 

Esse é o propósito do Seminário Virtual ‘A internacional do  Capital Financeiro’ que estará presente em sua  página a partir de agora, com a participação  de alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros.

Conhecer o candidato oculto do palanque conservador não é um exercício diletante.
Trata-se de um dos requisitos à vitória,  não apenas de uma candidatura, mas de uma agenda progressista  consequente  em outubro.

A ver.

by Saul Leblon