Frase da hora

Gilberto Carvalho: "Nas delações premiadas, só interessa à investigação aquelas que são contra o PT".

Irônico togado "condena" cidadão pagar hum real ao PT

Um concursado de toga do interior de São Paulo usou a ironia — figura de linguagem por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender — ao condenar um homem a indenizar, em R$ 1, o diretório do Partido dos Trabalhadores em Piracicaba.

Segundo o juiz Eduardo Velho Neto, da 1ª Vara Cível de Piracicaba, esse é o valor devido diante da "injusta" publicação do cidadão, que, no espaço de cartas de um jornal, declarou-se cansado de pagar impostos aos "meliantes do PT". O partido acionou à Justiça contra o autor do texto, e o juiz ironizou: "As inverdades por ele propagadas são abusivas e caluniosas (...) o Partido dos Trabalhadores é o único partido, quer em âmbito nacional ou mesmo Internacional, que tem, dentro seus filiados, a única alma pura existente na face da terra".

Lula Invocado:

Fosse eu um deus como se julgam muitos decorebas que prestaram concurso público, passaram e por isso julgam-se acima de nós pobres mortais e tivesse de julgar com velhacaria, com certeza a indenização não seria dessa gigantesca quantia de hum real. Minha noção de Justiça é mais apurada. Caso a vitima tivesse o nome de Eduardo Velhaco Neto, ele receberia hum centavo de real, faz jus a esta fortuna.

Briguilinks

Golpe só com ditadura


: Brasil 247 - Este domingo 6 de março de 2016 foi um dia de aprendizado para os irmãos José Roberto, João Roberto e Roberto Irineu Marinho. Donos da Globo e de uma fortuna de US$ 20 bilhões, eles aprenderam que o mundo no qual seu pai, o velho Roberto Marinho, trafegou como um mestre não existe mais.


Em 1964, como todos sabem, a Globo foi um dos principais instrumentos de um golpe que fez com que o Brasil enfrentasse uma longa noite ditatorial de 21 anos. Cassaram-se as liberdades civis e muitos brasileiros foram presos, mortos e torturados. Enquanto isso, lado a lado com os militares, a Globo construía seu império de comunicação.
Agora, em 2016, a Globo decidiu testar uma nova modalidade de golpe: o "golpe branco", via Poder Judiciário, com três objetivos bem definidos. O primeiro, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob o discurso de que não há mais "intocáveis" no País. O segundo, a deposição da presidente Dilma Rousseff. O terceiro, a cassação do registro do Partido dos Trabalhadores.
O plano, no entanto, falhou e a Globo descobriu que o Brasil real é muito maior do que a bolha de ficção de suas novelas, telejornais e programas de auditório. Hoje, a resposta veio em várias frentes. Numa delas, uma multidão se formou diante da sede da Globo, no Rio de Janeiro (leia aqui). Em outra, manifestantes invadiram a praia privada do triplex em Paraty usado pelos irmãos Marinho (leia aqui). Além disso, a hashtag #ForaRedeEsgoto se tornou um dos temas mais comentados no mundo nas redes sociais.
Golpe, só com ditadura


Aniversário


20 em quem Leonel Brizola venceu a Rede Globo



Hoje, se completam 20 anos do dia em que Cid Moreira, com seu ar afetado e seus cabelos brancos (nem os muito velhos se lembram dele de cabelos pretos…), começou a ler o histórico direito de resposta de Leonel Brizola no Jornal Nacional.
Foi  a penúltima vitória do guri que saiu de Carazinho para enfrentar o mundo, um quixote gaúcho, do tempo em que os gaúchos eram quixotes e provocavam os versos geniais do pernambucano Ascenso Ferreira: Riscando os cavalos!/Tinindo as esporas!/Través das cochilhas!/Sai de meus pagos em louca arrancada!/— Para que?/— Pra nada! Leia mais>>>

Vinte anos do dia em que Brizola venceu a globo

- O milagre que nem a gente acreditava - 
por Fernando Brito - Tijolaço
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Hoje, se completam 20 anos do dia em que Cid Moreira, com seu ar afetado e seus cabelos brancos (nem os muito velhos se lembram dele de cabelos pretos…), começou a ler o histórico direito de resposta de Leonel Brizola no Jornal Nacional.
Foi  a penúltima vitória do guri que saiu de Carazinho para enfrentar o mundo, um quixote gaúcho, do tempo em que os gaúchos eram quixotes e provocavam os versos geniais do pernambucano Ascenso Ferreira: Riscando os cavalos!/Tinindo as esporas!/Través das cochilhas!/Sai de meus pagos em louca arrancada!/— Para que?/— Pra nada!
Durante 22, 23 anos, convivi com ele, 19 dos quais diariamente.
Praticamente formei, com ele, a minha vida adulta, pois era um garoto de 22 anos quando esse contato começou, numa reunião num apartamento na Rua Cabuçu, no Lins de Vasconcellos, subúrbio da Zona Norte carioca.
Deste convívio, de muita coisa mantenho reserva.  Sei que estava ao lado de um mito – e via o mito nos raros instantes em que ele conseguia se despir do personagem que poucos minutos lhe deixava viver de outra maneira.
Mas chega a hora em que estes detalhes, que antes serviriam para a intriga e o desmerecimento político, só fazem enriquecer a trajetória de quem era, como ele próprio dizia, “o rei do improviso”.
Porque era assim: se tinha visão estratégica, Brizola não era um calculista, muito menos frio.
As coisas iam acontecendo e ele, certo ou errado, farejava os caminhos, alguns exatos, outros não, mas todos coerentes.
O impacto daquele texto – minto, não do texto, mas de Brizola obrigar a Globo a ler uma mensagem sua – também não teve nada de planejado, mas resultou do inconformismo que ele, com seu exemplo, injetou em alguns de seus companheiros.
Um pouco antes de sua segunda eleição, Brizola passou a ser atacado, sistematicamente, com artigos em O Globo, escritos – ou apenas assinados – por um certo Alcides Fonseca, um ex-deputado estadual eleito do nada pelo PDT e que se bandeou para a oposição a Brizola e, daí, para a poeira da história.
Por orientação do querido amigo Nilo Batista, Brizola passou a pedir, um por um, direito de resposta em O Globo. E, ao pedir, tinha-se já de oferecer o texto, e a tarefa me cabia, porque os anos e anos escrevendo com ele os “tijolaços”  me fizeram absorver um pouco do estilo e da alma inconfundíveis.
Dr. Nilo começou a vencer as causas, alguns artigos foram publicados e o “Fonsequinha” , como era chamado,  foi despachado do jornal.
Já no Governo, em 1992, Brizola dá uma entrevista, dizendo que por toda a sabotagem que a Globo fizera à Passarela do Samba, o prefeito da cidade, Marcello Alencar deveria negar à emissora a exclusividade da transmissão do Carnaval.
Foi o que bastou para que o jornal O Globo publicasse um editorial violentíssimo contra Brizola – o título era “Para Entender a Fúria de Brizola”, acusando-o  de senilidade, “declínio da saúde mental”, e por suas relações, sempre institucionais, com o Presidente da República, Fernando Collor.
À noite, o Jornal Nacional reproduziu, na voz de Moreira, o texto insultuoso.
Naquela noite, Brizola conversou com dois advogados: Arthur Lavigne e Carlos Roberto Siqueira Castro, seu chefe da Casa Civil no governo estadual.
No dia seguinte, Siqueira me chamou e disse que Brizola tinha me encarregado de fazer o texto de resposta, que teria de ser apresentado ainda naquela tarde. Falei com ele, que se mostrou completamente cético em relação ao resultado do pedido judicial e, como fazia quando se sentia assim, despachava o auxiliar: “olha, Brito, você fala com o Dr. Siqueira e façam como acharem melhor.”
Lá fui eu fazer o texto: tinha que ter três minutos, não podia ter “compensação de injúria” – isto é, devolver na mesma moeda os impropérios – e tinha de sair rápido, porque era uma sexta-feira (7 de fevereiro) e havia prazo judicial.
Chamei dois companheiros de velha cepa, que  me auxiliavam na Assessoria de Comunicação do Governo, o Luiz Augusto Erthal e o Ápio Gomes, para cumprirem um dupla função: anotar o que eu ditava e “segurar” a minha “viagem”.
Porque – começo aqui as difíceis confissões, que não são um segredo porque uma boa meia-dúzia de companheiros sabem disso – quando eu tinha de escrever pelo Brizola, eu não escrevia, “incorporava” . Parece coisa de doido? Não, e ele próprio sempre dizia: o bem escrito é o bem falado. E, na hora destes textos carregados, era assim que eu fazia, ditando, falando no ritmo dele, com o milhar de vírgulas e os períodos longos com que se expressava.
Era um exercício extenuante, massacrante, do qual não raro eu saía às lágrimas, mal conseguindo falar, de tão embargada a voz.
Qualquer redator publicitário jogaria fora o que saía disto, e com razão.
Porque não era um texto jornalístico ou publicitário.
Era o Brizola, não eu.
Feito o primeiro texto, mandamos ao Dr. Siqueira que fez algumas correções de bom-senso e um veto.
Eu não podia devolver o “senil” com que Marinho brindara Brizola. Mas isso eu tinha de devolver, ah, tinha.
E aí saiu uma obra de engenharia redacional.
“Quinta-feira, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar editorial de ‘O Globo’, fui acusado na minha honra e, pior, apontado como alguém de mente senil. Ora, tenho 70 anos, 16 a menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que os use para si.”
Na verdade, eu tinha escrito “encanecidos”, mas o bom-senso do Erthal me travou: pô, Brito, ninguém mais sabe  o que é encanecido. É verdade, mas é o que o velho teria dito.
Bem, o texto foi para o Tribunal sem que Brizola  lesse o que ele estava “dizendo” na resposta.
Foram dois anos e um mês de espera pela Justiça.
Brizola levantava a sobrancelha, cético, quando Lavigne e Siqueira Castro, teimosos e dedicados,  diziam que íamos ganhar.
Passou tanto tempo que, dos 70, Brizola já tinha 72 anos e Marinho, 88.
No final do dia 9 de março chega a notícia da vitória no Superior Tribunal de Justiça, mas ainda havia um recurso possível e um “notificaram a Globo ou não notificaram?”. O ceticismo, confesso, era maior que a ansiedade.
No próprio dia 15, terça da semana seguinte, quando o texto foi ao ar, não críamos – nem eu, nem Brizola – que aquilo iria acontecer.
Tanto que nem montamos esquema algum para gravar o Jornal Nacional, senão o de um videocassete doméstico.
E foi o que se viu e que ficou na história.
Termina o texto, toca o telefone: ‘Olha, Brito, que maravilha. Nós acertamos o tiro no cu de um mosquito”.
E assim foi. Não fiquei aborrecido, ao contrário. Porque era nós, mesmo: era o Brizola introjetado em mim que escrevera.
Elogio mesmo – e maior não poderia haver – foi o de Roberto Marinho, falando ao querido amigo Neri Victor Eich, da Folha, por telefone, no mesmo dia do terremoto:
“Que nunca mais se reproduza isso. O direito de resposta teve o tom de Brizola.”
Teve sim.
Foi a última vitória de Brizola, em vida e em memória, despertando consciências que não se acovardam, não se ajoelham e não gaguejam, como a dele, a minha e a sua.
Até hoje, a não ser pelos testemunhos dos personagens desta história,  a ninguém tinha revelado estes detalhes. Faço-o agora, porque já são história e porque só aumentam o tamanho de um homem a quem eu devo grande parte do que sou.
Um homem que era tão grande que  estar à sua sombra foi também – e é para sempre –  estar sob sua luz.

Direito de Resposta

A Lava Jato, MPF e a estratégia da criminalização, por Luís Lago de Oliveira

Não precisa muito esforço para se perceber que os vazamentos são realizados pelo ministério público da República do Paraná; e de forma proposital para Estadão, Organizações globo, Grupo abril. Que são grupos de penetração nacional. Isto visa causar um impacto na população. Existem dois procuradores da operação lava-jato que já falaram que a mídia é um componente importante na operação e que constantemente acusam Dilma e Lula de fazerem parte de esquema de desvios de dinheiro da Petrobras.

Só por estas declarações eles já possuem juízo de valor antes das investigações terminarem e de certa forma estão corrompendo o processo. Nesta operação, a policia federal tem que  ser colocada nos eixos para não extrapolar.

Pelo que percebi nos autos do ministério público na ação contra Lula, família, e empresas ligadas a ele existe a afirmação sem sombra de dúvidas de que todas as empresas são de fachadas e nenhum serviço é prestado e sim fazem parte de um esquema para receber verbas desviadas de setores públicos que são desviadas por agentes políticos e através de empreiteiras.

Eles investigaram as empresas e descobriram que a maioria dos proprietários faziam parte dos funcionários de confiança da Presidência em vários orgãos no governo Lula. E daí deduzem que já existia uma conduta criminosa por parte de Lula que montou uma quadrilha desde que era presidente e se estendeu usando pessoas de seu convívio e seus familiares.
Veja que raciocínio doente: