A estupidez da burguesia ao ressuscitar a luta de classes no país

no Aliança pelo Brasil
A burguesia paulista, apoiada na grande mídia, ressuscitou a luta de classes no Brasil. Ela a terá. O único líder que, por sua autenticidade e representatividade junto às massas, poderia manter alguma forma de conciliação de classes no país é Lula. Entretanto, o genial procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quer que Lula desempenhe esse papel. Com um desses atos de suprema inteligência política, ele ficou contra a presença do ex-presidente no governo Dilma. Ou seja, Lula tem que ser destruído, assim como Dilma e o PT.
Isso seria mais fácil na base de prisões arbitrárias em massa e campos de concentração. Alguns o  querem. Mas, para tanto, seria necessário um alto grau de passividade entre as vítimas. Como os judeus da Alemanha nazista, elas deveriam assumir uma atitude passiva sempre na esperança de que o mal maior não os atingiria, e aos seus. Creio que os nossos sem terra, os sem teto, os favelados, os trabalhadores e trabalhadoras que se consideeram espoliados pela burguesia, e pelo menos parte das Forças Armadas não se colocarão como guardiães e serviçais dos poderosos.
Claro, ainda há tempo de evitar o pior. As votações decisivas do impeachment ainda estão por vir. Há muitos parlamentares indecisos na Câmara e no Senado. A Fiesp, líder da luta de classes em nome do patronato, terá de pensar duas vezes antes de desembolsar completamente os R$ 500 milhões que reservou para comprar o impeachment, parte dos quais já foi direcionada para a grande mídia. De repente, porém, ela esbarra num parlamentar honesto que acabaria por denunciá-la. Além disso, em tempos de Lava Jato, ninguém está completamente tranquilo com dinheiro de corrupção. Quem viver verá!
Num de seus discursos inflamados, Lula afirmou que era o único capaz, se quisesse, de incendiar o país. Acrescentou imediatamente que não faria isso  porque é um homem de paz. Um desses promotores idiotas tomou a afirmação como uma ameaça à ordem. Entretanto, não só não é uma ameaça à ordem como também não é uma bravata. Se quisesse, Lula poderia efetivamente incendiar o Brasil. Ele não quer, e é bom que não queira. Mas não pensem que, numa situação de injustiça e exploração extremada, ele, fora do poder, venha a segurar a revolta  dos de baixo contra as classes de cima.
J. Carlos de Assis - Economista, professor, doutor pela Coppe/UFRJ, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira.

Briguilina da manhã

O "improviso" de Michel traíra Temer vinha sendo costurado há um mês por uma junta de bestas iguais a ele. Uma obra-prima do folclore político brasileiro.
by @palmeriodoria 

Damous revela mais uma mentira da Globo

Enviado por José Carlos Lima
O padrão de indignidade, de mentiras e de distorção da verdade por parte da grande imprensa brasileira é fato sabido e consabido. Domingo passado eu fui mais uma vítima dessa indignidade. O programa Fantástico, da TV Globo, apresentou reportagem cuja tese era de mostrar que no Congresso Nacional há parlamentares que apresentam projetos de lei com objetivo de colocar obstáculos no combate à corrupção. Usou como exemplos dois projetos de lei de minha autoria. Um deles assegura a presunção de inocência, que é norma constitucional e o outro tenta aperfeiçoar a figura da delação premiada, adequado-a aos direitos e garantias fundamentais. É mentirosa a insinuação da TV Globo de que não queremos o combate à corrupção. Queremos sim, mas na forma da Constituição e da lei. Quem não quer é exatamente a TV Globo, que nesse momento se acumplicia com o que há de mais corrupto no país a favor de um golpe de estado, como é de sua tradição. Um combate sério à corrupção envolverá a própria TV Globo. É só a Operação Lava Jato abandonar a sua parcialidade e a sua seletividade e investigar a fundo a tal Mossack Fonseca, empresa conhecida por operar lavagem de dinheiro e firmemente relacionada com a TV Globo. Estamos examinando a hipótese de direito de resposta.

Posteriormente o assunto será retomado, com a íntegra da entrevista e outras informações para enriquecer o debate. PS: um agradecimento especial à equipe do PT na Câmara, que fez a gravação na íntegra da entrevista, contribuindo, assim, para que outra versão da fala fosse possível de ser publicada. Veja o vídeo Aqui>>>

Charge do dia

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O golpe não passará

Comissão especial aprova admissibilidade do processo, mas parlamentares avaliam que defensores do impeachment não têm votos suficientes para afastar Dilma Rousseff da Presidência da República. Por Christiane Peres Foto: Richard Silva/ PCdoB na Câmara Com quase 10 horas de debate, a comissão especial do impeachment aprovou nesta segunda-feira (11), por 38 votos a favor e […]

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A Polícia Federal deflagrou a 28ª fase da Operação Lava Jato, na manhã desta terça-feira (12); batizada de Vitória de Pirro, cumpre 21 ordens judiciais nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Taguatinga e em Brasília; entre os alvos dessa etapa estão o ex-senador do Distrito Federal Gim Argelo (PTB), que já foi preso, e a construtora OAS; "As investigações apuram a existência de indícios concretos de que destacado integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito teria atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação", diz trecho do pedido de prisão.

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Entra-se na semana decisiva da segunda rodada de impeachment – a primeira foi com Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nesse momento a preocupação maior é da oposição, já que os ventos viraram e ficou mais difícil conseguir quórum para o impeachment.
Pesquisa Datafolha
As movimentações das últimas semanas promoveram o mais radical início de reaglutinação política que já presenciei, maior do que no pós-ditadura, que resultou no PT, no PSDB, mais os dois partidos anteriores, PFL e PMDB.
Certamente será a semente do novo sistema partidário que surgirá em um ponto qualquer do futuro.
O desenho que vai se firmando é o seguinte:
Esquerda – graças ao #nãovaitergolpe, reaglutinação da frente de esquerda, centrada especialmente nos movimentos sociais e na área acadêmica e intelectual, mas tendo apenas Lula, não mais o PT, como ponto de convergência. Unem-se no combate ao golpe, depois espalham-se entre partidos à esquerda e mais à esquerda. O "ser de esquerda" ganhou um significado mais amplo do que o do pós-ditadura.
Centro –apoiada principalmente por uma frente de grandes empresas paulistas, lideradas pelo Itaú e pela Natura, com o apoio pontual da Folha e de movimentos temáticos de classe média jovem. Consegue aglutinar os desiludidos com a política que não embarcaram no canto de ódio. Marina não é a liderança ideal, mas um ponto de convergência.
Direita – renascida das cinzas pela manipulação da Lava Jato e ganhando vida própria com os Bolsonaros da política alijando definitivamente o DEM e o PSDB.
PSDB –um bicho híbrido que perdeu a perspectiva de poder. Tem o Procurador Geral da República e a força tarefa da Lava Jato como pontos de apoio de Aécio Neves; os CEOs paulistas, em torno da Lide, como ponto de apoio de Alckmin; e José Serra tentando apoiar-se em Temer. E todos sob as bênçãos de FHC, que não consegue uma ideia sequer como ponto de apoio para mover o partido. Graças ao seu fenomenal tirocínio, o PSDB conseguiu o feito político de escandalizar os socialdemocratas com seus arreganhos à direita; e de espantar a direita, com seu oportunismo típico da política tradicional.
Nesse novo desenho, a última pesquisa Datafolha trouxe as seguintes conclusões e dúvidas: