A luta apenas começou, por Jandira Feghali

\o/A dantesca sessão que autorizou o prosseguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados entra para os anais da História como uma farsa. Muitos parlamentares envolvidos até o pescoço em denúncias de corrupção, como o presidente Eduardo Cunha, julgaram uma mulher honesta num verdadeiro tribunal de inquisição. A hipocrisia jamais chegou tão fundo no poço.

Num púlpito cenográfico e rodeado por diversos deputados de discurso desqualificado politicamente, aconteceu de tudo. O pior deles foi proferido pelo militante dos torturadores da Ditadura, o deputado Jair Bolsonaro. Meu repúdio a sua intolerância e discurso de ódio, e minha solidariedade aos familiares de inúmeros brasileiros que um dia lutaram pela liberdade desse país. É a esses que devo muito de minhas palavras naquele dia.

Apesar de vivermos um golpe em curso, hoje ele não reside mais na ponta das baionetas como em 1964. Hoje ele é formulado numa sombria e traiçoeira conspiração político-midiática. De um lado, o réu no Supremo Tribunal Federal, Cunha, e de outro, o traidor da pátria, vice-presidente Michel Temer. Abraçados a inúmeros parlamentares corruptos e que respondem por processos. Esta é a face do golpe, desnudada domingo (17) para todos os brasileiros.

Esse grupo que ataca a democracia é a mesma que planeja anistiar Eduardo Cunha do processo de cassação do mandato que já se arrasta no Parlamento. Bancadas conservadoras, pautadas por uma ideologia reacionária, deram o tom do impeachment golpista.

Segundo levantamento no Tribunal Superior Eleitoral, dos parlamentares que são réu ou já foram condenados criminalmente, ao menos 70% deles endossaram o impeachment. Dos 23 investigados da Lava-Jato, 17 quiseram afastar uma presidenta que tem vida ilibada.

Então qual o crime de Dilma?

O porque do golpe

Em poucas palavras e desenho singelo o chargista ressumiu o momento
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A farsa do impeachment foi desmascarada

“Sem o Cunha nós não teríamos tirado a Dilma…guerra a gente não escolhe parceiro. Cunha foi o parceiro dessa guerra. Sem o Cunha, Dilma faria o sucessor do PT em 2018. Aqui o jogo é bruto, pra não falar outra coisa… Você será respeitado por mim quando entender o que é esse jogo do poder”. \o/

New York Times em Editorial: Foi Golpe!


247 - Assim como vários outros veículos da imprensa internacional, como The Guardian, El País, CNN e Der Spiegel, o NYT, maior jornal do mundo, também condenou o golpe parlamentar liderado por Eduardo Cunha & Cia, que transformou o Brasil numa república bananeira aos olhos do mundo.
Segundo editorial, as pedaladas fiscais foram um pretexto para um referendo sobre o PT, no poder desde 2003: "Dilma, que foi reeleita em 2014 por quatro anos, está sendo responsabilizada pela crise econômica do país e pelas revelações das investigações de corrupção que envolvem a classe política brasileira", diz o texto.
Jornal diz ainda que o processo é conduzido por políticos acusados de crimes mais graves do que os atribuídos à presidente Dilma. Conclui que, se ela sobreviver à batalha, terá de apresentar forte liderança para consertar a economia e erradicar a corrupção.
Ainda há tempo para que o Senado e o Supremo Tribunal Federal corrijam a lambança.



Se vão impichar a Dilma, vão ter que me impichar também


por Marco Antônio 

É uma história clara de alguém com CORAGEM PARA VIVÊ-LA!

Pouquíssimos viveriam desta maneira...

Começa uma história que certamente vai virar livro e depois vai virar FILME!

A história dela já se distinguiu de TODOS OS OUTROS POLÍTICOS!

Se vão fazer o impeachment da Dilma, quero meu impeachment TAMBÉM!

Quero perder meus direitos politicos por 8 anos!

#queromeuimpechment

Jean Wyllys errou





A verdade tem de ser dita, doa a quem doer.

O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) errou e feio em cuspir em Jair Bolsonaro, e deve ser punido severamente.

Não é possível admitir um absurdo deste, sujar cuspe com uma imundície do tipo de um Bolsonaro, Cunha, Temer e sua curiola.

Por isso motivo, condeno o deputado Jean Wyllys cuspir nesse verme até que não lhe reste uma gota de saliva.

O xadrez da democracia em falência, por TamosainoGGN

A democracia assim como o corpo humano tem mecanismos de defesa contra infecções, agressões, falhas de órgãos, situações extremas. Comparo a situação atual e dos últimos anos de nossa democracia com a de um paciente com falência múltipla de órgãos. Nem o Executivo, nem o Judiciário, muito menos o Legislativo estão conseguindo defender a democracia. No caso do Legislativo, ele está agindo até como elemento agressor. A bipolaridade do Judiciário é outro fator de instabilidade. De um lado (e só desse lado) hiperativo e ultrapassando os limites da lei e do razoável. Do outro, é de uma passividade que beira a conivência e a irresponsabilidade. O Executivo, em parte pelo cerceamento provocado pelo Legislativo e Judiciário apresentou-se abúlico (por favor não me falem em Republicanismo, isso é outra coisa) durante anos, abrindo ainda mais espaço para as agressões à democracia. Para completar o quadro, o 4º. poder, a mídia hegemônica impede que a maioria se informe de forma equilibrada e pluralista. Pelo contrário, criou um país midiotizado, com baixa autoestima e intolerante.
Temos, então, uma situação de impasse. Não vai ser com medidas "impopulares" de um grupo golpista sem respaldo popular que vamos sair dessa falência generalizada de órgãos. Isso pode parar totalmente um país que já está em marcha lenta, com consequências imprevisíveis. Essas consequências podem gerar até uma caça aos políticos como aconteceu na Argentina pós-Menem. Tampouco com tentativas de Dilma de se contrapor a um Congresso hostil, majoritário e agressor da democracia. Pode ser que se o Lula assumir um papel bem especial no governo as coisas mudem. Ele tem capacidade política e carisma para tentar mudar o jogo. Sem Lula, vai ficar quase impossível. Os golpistas vão caçá-lo ainda mais para evitar que ele mude o jogo.  Na votação funesta de 17 de abril, a maioria do Congresso já deixou claro que é despreparada, provinciana, corrupta e incapaz de perceber a seriedade do momento. Talvez prefiram deixar a democracia morrer a pagarem por seus crimes. 
O Judiciário, através do STF, poderia fornecer anticorpos contra essa doença, mas parece preferir a postura de avestruz e a falência generalizada da democracia, alegando a independência dos poderes. Mas quem o Congresso representa com Cunha e seus apaniguados? Vai deixar o Cunha estabelecer uma cleptocracia? No poder ele, seus golden boys e Temer podem até mesmo criar leis que retirem poder do Judiciário. Se não agirem logo, podem perder o bonde.