Impeachment? É tudo teatro. Não importam os fatos

Excelente  comentário de Bob Fernandes, na TV Gazeta:

"Sessão no senado. Anastasia é o relator do impeachment. Colegas se dirigem a ele. Relatam "pedaladas fiscais" de bilhões que o próprio Anastasia teria cometido no governo de Minas.

O senador do PSDB faz cara de paisagem. Na mesma sessão, senadores lembram governadores e prefeitos que hoje pedalam. Anastasia segue impassível.

No senado, para a advogada Janaina Pascoal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lista créditos suplementares editados pelo governo, em 2015, sem aval do Congresso. Pedaladas.

O que Randolfe lê, são decretos assinados por Temer. Sem perceber a pegadinha, Janaína diz serem tais atos um "desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal"; as tais "pedaladas".

Tudo isso é teatro. Pouco importam os fatos. A decisão de afastar a presidente Dilma por 180 dias para julgá-la já está tomada. E o alvo mesmo é, sempre foi e será, Lula.

Eduardo Cunha segue no comando. Porque sabe muito e sobre muitos. E segue fazendo o que quer.

A maioria do plenário havia se manifestado contra a criação das Comissões do Idoso e da Mulher; entendida essa como Comissão para retirar direitos das mulheres.

Enxotado do plenário por Erundina e deputadas, Cunha reverteu o resultado na madrugada. Na marra.

Como em tantas vezes no ano em que nas ruas, e com vasto silêncio cúmplice, se multiplicavam as faixas "Somos milhões de Cunhas".

O ideário de Cunha, e do Malafaia que já benzeu Temer, se espalha, se concretiza.

A assembleia de Alagoas aprovou: professores estão proibidos de falar sobre temas ideológicos, religiosos ou morais em sala de aula. 
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Por exemplo: ensinar Darwin e a evolução das espécies, contestar a história de Adão e Eva, abordar Freud e a sexualidade, terá como pena suspensão ou demissão do serviço público.

Na Câmara, a Cunholândia ou Cunhistão, três projetos propõe leis de teor semelhante.

Nas assembleias de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, projetos de lei no mesmo caminho.

Enquanto, recheado de farsas, segue o teatro do impeachment, neopentecostais talibãs avançam.

Enquanto os minis do stf trabalham



Eduardo Cunha avisa que fica como presidente da Câmara Federal até fevereiro de 2017 (se quiser, é reeleito).

Bandidos na Polícia Federal ameaçam incriminar quem negar aumento




Da Folha, agora há pouco:
Em campanha salarial, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) afirmou em nota oficial que a eventual resistência do governo em atender os pleitos da entidade pode gerar impactos nas investigações de corrupção relacionadas a lideranças do PT, partido da presidente Dilma Rousseff.
O comunicado, emitido nesta segunda-feira (2), diz que, se a decisão do Executivo federal descontentar os policiais federais, “analistas da PF” preveem “uma onda de revolta da categoria em relação ao PT, o que poderá repercutir até nas investigações de corrupção envolvendo lideranças do partido”.
O texto não especifica quem são os especialistas responsáveis pela previsão. A Federação também relaciona o comportamento do governo diante das reivindicações com as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto.
“Um resultado desfavorável [à Fenapef] poderá levar os policiais federais a manifestações nacionais, com pedido de apoio à população,bem como estabelecerá um ambiente de descontentamento tão grande que poderá comprometer a segurança dos Jogos Olímpicos”, adianta o texto.
Como é que é? “Me dá o meu, senão eu te fodo”, mas “se me der eu alivio”?
“Casa uma grana aí senão eu escracho as Olimpíadas!?
O nome disso, no Código Penal é extorsão mediante ameaça é para ser tratado com prisão em flagrante.
Por tudo que já vi, o Ministro Eugênio Aragão não vai se intimidar e vai ter gente tendo de se explicar.
A Polícia Federal, de instrumento republicano, parece ter se tornado instrumento subversivo, depois de anos de “bunda-lelê” com José Eduardo Cardozo.

Dilma avalia descer a rampa em gesto simbólico

: <p>Salvador - BA, 26/04/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais em Salvador/BA e entregas simultâneas em São Carlos/SP, em Pirassununga/SP, em Caucaia/CE e em Santa Maria/RS. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR</p>
A presidente Dilma Rousseff pode deixar seu gabinete descendo a rampa principal do Palácio do Planalto, acompanhada de ministros, assessores, amigos e talvez até do ex-presidente Lula, em um ato simbólico; ela seria recebida por movimentos sociais, que se manteriam mobilizados; depois do dia 12 de maio, quando pode ser afastada por até 180 dias, ela estuda fazer viagens pelo Brasil e pelo mundo para denunciar o golpe a ilegitimidade do governo Michel Temer.

Sem objeto em 2015 o impeachment é nulo de pleno direito, por Íon de Andrade

As discussões no Senado vão consolidando a posição de que o processo em curso não se sustenta e é nulo de pleno direito.
Testemunha CONTRA Dilma Rousseff, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira admitiu na manhã desta segunda-feira (2), durante sessão da comissão especial do impeachment no Senado, que não houve crime de responsabilidade em 2015 por parte da presidente Dilma Rousseff.
Já anteontem a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou duas questões de ordem à Comissão Especial do Impeachment no Senado. Na primeira delas, a senadora pede a suspensão do processo na comissão até que as contas presidenciais de 2015 sejam julgadas pelo Congresso Nacional.
De fato, quando o pedido de impeachment foi acatado, o ano fiscal sequer tinha sido encerrado – a petição faz considerações a manobras contábeis praticadas pelo governo naquele ano. A senadora diz que o governo tem prazo constitucional de 60 dias após o início da sessão legislativa para apresentar a prestação de contas referente ao ano anterior, ou seja, o governo teve até o início de abril de 2016 para prestar as contas de 2015. O prazo é também posterior ao acatamento do pedido de impeachment pelo presidente da Câmara dos Deputados.
Diz ela: "Os fatos constantes da denúncia sobre a qual esta comissão deverá se debruçar refere-se a condutas de 2015. Pasmem, o exercício de 2105 sequer havia se encerrado, mas o senhor presidente da Câmara, fazendo pouco caso da carta política, resolveu receber tal peça acusatória no início de dezembro de 2015".
O processo de impeachment, constitucionalmente, não pode acontecer por fato proveniente de mandato anterior, portanto, para prosseguir, deve ater-se a algum "crime de responsabilidade" ocorrido do atual mandato, o que inexiste faticamente.

Luis Nassiff - O inquérito da PGR contra Aécio Neves é para valer

Houve quem supusesse jogo de cena do Procurador Geral da República (PGR) o pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves.
Não é o que aparece no pedido (http://migre.me/tFEsv). Nele, estão detalhados os principais pontos de suspeita que pairam sobre Aécio.
1.     As delações de Alberto Yousseff, baseado em conversas com o falecido deputado José Janene (PP) sobre uma mensalidade proveniente de Furnas e encaminhada à irmã de Aécio através da Bauruense, prestadora de serviços da companhia.
2.     A até agora intocada figura central de Furnas, Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia que se vangloriava de ter duas centenas de deputados na gaveta.
3.     A conta em Liechtenstein aberta em nome da Fundação Bogart and Taylor, em nome de Inês Maria Neves Faria, mãe de Aécio. Esses dados foram obtidos na Operação Norbert, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, e que desde 2010 estava na gaveta da PGR.
P.S: 
A pergunta que ensurdece é:
Por que apenas agora se a denúncia é sobre as eleições de 2002?

Golpe - convocado como testemunha de acusação procurador do TCU inocenta Dilma

 O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Julio Marcelo de Oliveira admitiu nesta manhã, durante sessão da comissão especial do impeachment no Senado, que não houve crime de responsabilidade fiscal em 2015 por parte da presidente Dilma Rousseff.

Ele é um dos técnicos que integram a equipe que analisou e recomendou aos ministros do TCU a rejeição das contas do governo Dilma de 2014. Os ministros do TCU entenderam que o balanço apresentado pela União continha irregularidades que violavam a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Orçamentária e a Constituição. Com base nisso, recomendaram ao Congresso a rejeição das contas da presidenta.

Na comissão do impeachment, ele, que é um dos responsáveis pela tese das 'pedaladas fiscais', reconheceu que não houve nenhuma antecipação de recursos da Caixa Econômica Federal ao governo federal em 2015. A declaração foi feita em resposta a uma questão da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Depois disso, houve confusão no plenário, quando a oposição percebeu que haverá um buraco na acusação.

"Isso é importante porque a acusação se refere a 2015", comentou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Preocupado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou que a ala governista tenta desestabilizar emocionalmente o procurador.