Afastamento tardio de Cunha evidencia o banditismo, por Jeferson Miola



Passeio sideral
Ganha uma viagem à lua, Marte ou aonde o homem consiga chegar quem descobrir algum motivo que não existia em 15 de Dezembro de 2015, quando Rodrigo Janot - Procurador-Geral da República -, pediu o afastamento de Eduardo Cunha ao STF - Supremo Tribunal Federal -, que passou a existir ontem 05 de Maio de 2016 para o ministro do Supremo Teori Zavaski finalmente determinar o afastamento do deputado Eduardo Cunha (Pmdb-RJ), da Presidência da Câmara dos deputados.
Em 15 de dezembro de 2015, o Ministério Público pediu ao STF o afastamento de Cunha, cuja extensa ficha criminal já era de conhecimento público. Apesar de ser réu na justiça, Cunha não só manteve o mandato parlamentar como foi preservado na Presidência da Câmara dos Deputados para acelerar o golpe de Estado.

A decisão do Teori chegou, portanto, com 125 dias de um atraso que parece ser intencional, deliberado. Neste intervalo de tempo, devido a esta complacência inaceitável, o mandato legítimo conferido à Presidente Dilma por 54.501.118 votos foi alvejado por um golpe de Estado perpetrado por uma "assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha", como relatou a imprensa internacional.

No artigo "o STF na engrenagem golpista", dissemos que a cumplicidade ativa – ou a cumplicidade por acovardamento – do STF com o golpe prova que a justiça não só tarda, mas também falha. No caso do impeachment sem crime de responsabilidade, o resultado da falha da justiça não é apenas a injustiça, mas é um golpe contra a Constituição e contra o Estado Democrático de Direito. O STF é parte da engrenagem golpista. Alguns juízes que integram a Suprema Corte atuam partidária e ativamente em favor da dinâmica golpista. Outros juízes, ainda que não atuem abertamente pelo golpe, porém com seus silêncios, imobilismos e solenidades, também favorecem a perpetração do golpe.

A decisão do juiz Teori, que em dezembro de 2015 seria saudada e festejada como a afirmação da ordem jurídica e da moralidade pública, infelizmente é recebida neste 5 de maio de 2016 com um misto de decepção, nojo e descrença nas instituições. Cunha deveria ter sido afastado, cassado e condenado à prisão há muito tempo. Contudo, deixaram-no livre para destruir o bem mais valioso de uma democracia, que é o mandato popular de Presidente da República.

O afastamento dele, ocorrido somente ontem, e sem evidências diferentes daquelas que já existiam previamente, é mais uma prova de que a aprovação do processo de impeachment da Presidente Dilma não passou de um ato de banditismo comandado por um bandido.

O mundo inteiro sabe que está em andamento um golpe de Estado no Brasil; que o impeachment é um atentado contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito. É por isso que os golpistas tentam, desesperadamente, mascarar uma fachada limpa do pós-golpe. Afastar Cunha é uma tentativa inútil de higienizar um pouco o chiqueiro do regime golpista. Com a iminência de completarem a farsa do impeachment no Senado, os golpistas têm pressa em se livrar do fardo chamado Eduardo Cunha para diminuir o constrangimento do principal sócio dele na empreitada golpista, o conspirador Michel Temer.

STF: Cumplicidade ou omissão?



Caso o STF tivesse tomado a decisão de afastar Eduardo Cunha quando a PGR - Procuradoria-Geral da República pediu (05 meses atrás) o golpe teria sido abortado, por que não fez isso?

  • Cumplicidade
  • Omissão? 
  • Os dois? 
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O contragolpe de Eduardo Cunha


Hoje visto como entulho para o eventual futuro presidente Michel Temer e seus parceiros do golpe no STF MPF, Psdb, Dem, Pps e pig, o afastado deputado e presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (Pmdb-RJ) mandou recado curto e grosso ao conspirador:

"Quem deu o pontapé inicial do impeachment também pode dar o apito final. Basta confessar que cometeu desvio de finalidade ao aprovar o pedido porque Dilma e o PT decidiram que os seus três deputados no Conselho de Ética votariam contra mim. Faço questão de lembrar que não é aconselhável abandonar um companheiro no meio do caminho".

O quadrilhão do golpe sabe que Cunha fala sério e que tem bala na agulha para dar o contragolpe, se quiser hoje mesmo.

A briga pelo botim começou mais cedo do que eles mesmos imaginavam.

#QuadrilhãodoGolpe

Silêncio do PSDB é confissão de parceria com Eduardo Cunha

- Os caciques do PSDB permaneceram calados sobre a decisão unânime do STF -  Supremo Tribunal Federal - que afastou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara Federal e do exercício do mandato.

Nem o presidente da sigla, Aécio Neves, que costuma ser bastante veloz em divulgar posicionamentos sobre as questões políticas do país, sobretudo quando diz respeito ao governo da presidente Dilma Rousseff, nem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ou o senador José Serra, o governador Geraldo Alckmin ou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy se pronunciaram sobre o caso.

11 a 0






Chocolate, os ministros do Supremo Tribunal Federal acabam de confirmar o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado e da presidência da Câmara Federal, conforme havia sido decidido pelo ministro Teori Zavascki na manhã de hoje quinta-feira (05), ao defender a manutenção da decisão, Teori disse que Cunha atua com desvio de finalidade para "promover interesses espúrios" e que sua permanência no comando da Câmara causa constrangimento cívico.

O ministro José Eduardo Cardozo, da AGU - Advocacia Geral da União -, pretende usar a decisão para anular o impeachment da presidente Dilma Rousseff:

 "Nós já estamos pedindo e vou pedir. A decisão do Supremo mostra claríssima. Indiscutível. Cunha agia em desvio de poder", disse Cardozo.

Chamo de Golpe porque eu não cometi crime nenhum, Dilma Rousseff

Hoje quinta-feira 05 de Maio  durante entrega de 6.597 unidades habitacionais construídas por meio do Programa Minha Casa Minha Vida em Santarém (PA), a Presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o processo de impeachment que sofre. Em seu discurso, Dilma foi bastante enfática em seu discurso:


"Não adianta querer encurtar o caminho para chegar poder. Para chegar à Presidência tem que ter voto", afirmou Dilma. "Chamo de Golpe porque eu não cometi crime nenhum. Me acusam de seis decretos suplementares. Não sou acusada de beneficiar a mim ou alguém do Governo", continuou a Presidenta. Na fala, a petista se disse vítima de uma injustiça e fez um breve comentário sobre o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. "O Congresso brasileiro está paralisado. O Cunha não deixa o Congresso funcionar", comentou.

Mais cedo, durante a inauguração da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA), Dilma disse : "A única coisa que eu lamento, mas falo, antes tarde do que nunca, é que infelizmente ele conseguiu presidir, na cara de pau, o lamentável processo na Câmara", falou.

Para ela, o impeachment é um claro desvio de poder de Cunha. "Ele usa seu cargo para se vingar de nós, porque não nos curvamos às chantagens dele".

Em Santarém, Dilma condenou o Golpe. "Eu tenho seis decretos. O Fernando Henrique fez cento e hum. Agora, na minha vez, querem transformar isso em crime. O impeachment é um disfarce. O que estão fazendo é uma eleição indireta. Não é o povo que está votando. Eu fui eleita com 54 milhões de votos junto com o programa que eu defendi. Eles querem aplicar um outro programa que não é o meu", finalizou.

Leia mais frases: 

  • Brasil está vivendo momentos difíceis, pois corremos o risco de um Golpe.
  • Está em curso um golpe contra a democracia e contra os nossos acertos. 
  • Um dos consultores do vice-presidente disse que o Bolsa Família não pode continuar como está.
  • Eu acho que estou sendo vítima de uma injustiça. Eu não vou ficar parada. Eu vou lutar pelo meu mandato, pois tenho responsabilidade pela democracia do meu país.
  • Nós queremos um país que prevaleça a tolerância.
  • Parte da oposição faz o jogo do quanto pior, melhor.
  • O lado certo da história é o da Democracia.

Parabéns, minis do STF. Os senhores transformaram o Brasil num circo. E pegando fogo


POR  · 

País nenhum, em qualquer regime e com qualquer orientação ideológica em seu governo, prescinde de um mínimo de ordem para funcionar.

E o Brasil está ardendo na crise, entre outras coisas, porque virou uma bagunça institucional.

Desde antes das eleições, o Judiciário brasileiro deixou que se implantasse uma zorra total neste país.

Primeiro, quando deu poderes universais ao juiz Sérgio Moro para fazer uma investigação que poderia abranger qualquer coisa, em qualquer ponto do país e dezenas – hoje já centenas – de processos sobre tudo, onde  a única regrar era prender e obter confissões. Havia ladrões? Sim, mas eles eram os que menos importavam, tanto que estão soltos e com suas penas negociadas ao mínimo, não exatamente a situação de seus cofres. O que importava era o alcance político, com ou sem qualquer ligação entre aqueles dinheiros e a presidente que hoje se derruba.

Eduardo Cunha, nas barbas do Supremo, se adonou da Câmara. Votava e revotava até que o resultado desejado fosse alcançado. E nada…

No meio do ano passado, surgiram as contas na Suíças…e nada…

Depois os repasses de Fernando Baiano…e nada…

Afinal a denúncia da PGR….e nada…

Então Cunha manipula o conselho de Ética…e nada…

Abre o processo de impeachment e, muito cioso, o Supremo determina quais são os carimbos, darfs e cópias carbonadas devem ser exigidos. Aceita um processo deito com dúzias de sessões por dia, sábados, domingos, feriados, dias santos. Prazo e escrúpulos, às favas!

E o Supremo nada, sentadão sobre o pedido de afastamento de Cunha da presidência da Câmara e, portanto, do comando da montagem golpista…

Agora, esta bomba, provocada pela reação de Teori Zavascki irritado com uma tentativa de limpar a cara do STF com uma ação fajuta que, simplesmente, impedia Cunha de sentar na cadeira presidencial.

Então solta uma liminar que já é praticamente uma condenação de mérito, estabelecendo que Cunha agia como um quadrilheiro dentro da Câmara.

Na Câmara onde, já denunciado e réu, comandou o impeachment que nasceu justamente da negativa de Dilma em faz o PT dar-lhe dos votos necessários a não ser processado.

O STF está de parabéns. Nunca antes na história deste país armou-se tamanha zona governamental nas barbas de seu tribunal constitucional.

Não temos Presidência, não temos Câmara e temos um Supremo que só marca falta depois do jogo encerrado.

PS.De quebra, sai a notícia de que Michel Temer está inelegível por doações irregulares deitas nas eleições.Claro que essa aí Gilmar e Toffoli