É má fé ou falta de cultura?

(...) "nós descobrimos uma república de bananas devastada pela desonestidade e incorreção", Luiz Roberto Barroso - ministro do Supremo Tribunal Federal

Resposta de Vera Lúcia Venturini ao juiz

Humm... É má fé ou falta de cultura? Não é a corrupção que caracteriza uma República das Bananas, ministro Barroso (o senhor com apartamento em Miami comprado por offshore, nunca viu falar da Halliburton?). É o estado de exceção, ministro, esse mesmo que sua excelência prega que caracteriza uma república bananeira. Corrupção existe em todos os países, mas nas repúblicas verdadeiras o Judiciário não é cúmplice de golpes políticos, utilizando-se de álibis criados para obedecer a plutocracia e seus "coronéis" da mídia. Porque nas repúblicas verdadeiras o Judiciário honra o poder da República que representa. 
Se for por falta de cultura recomendo a vossa excelência a leitura de "Cem Anos de Solidão". Caso não conheça, é um livro antigo, mas atualíssimo para explicar o Brasil atual que Vossas Excelências transformaram em República das Bananas. Vê lá se esse livro já não faz da decoração de sua biblioteca.
Agora se for por má fé, se inclua na desonestidade e incorreção citada por Vossa Excelência.

Durante governo Dilma qualidade de vida melhorou, revela PNUD

Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mostra que entre 2011 e 2014 os principais indicadores socioeconômicos de desenvolvimento humano no Brasil registraram tendência de crescimento; segundo o levantamento, de 2011 a 2014, o IDHM do Brasil teve crescimento contínuo a uma taxa média anual de 1%, inferior à observada entre 2000 e 2010, que foi de 1,7%; todas as três dimensões que compõem o IDHM – educação, renda e longevidade - apresentaram crescimento no período 2011-2014
Ivan Richard, repórter da Agência Brasil - 
Levantamento divulgado hoje (22) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) - o Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)- mostra que no período entre 2011 e 2014 os principais indicadores socioeconômicos de desenvolvimento humano no Brasil registraram tendência de crescimento, apesar dos primeiros sinais de desaceleração e estagnação da economia a partir de 2010.
No entanto, o Radar, elaborado a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), revela que enquanto o indicador de renda dos brasileiros cresceu a taxas anuais superiores ao último período intercensitário (2000 a 2010), os dados de longevidade e educação apresentaram taxas de crescimento inferiores.
Segundo o levantamento, de 2011 a 2014, o IDHM do Brasil teve crescimento contínuo a uma taxa média anual de 1%, inferior à observada entre 2000 e 2010, que foi de 1,7%. Todas as três dimensões que compõem o IDHM – educação, renda e longevidade - apresentaram crescimento contínuo no período 2011-2014.

Batochio nocauteou Moro

(...)
"O juiz preside, o regime é presidencialista, mas o juiz não é o dono do processo. Aqui os limites são a lei. A lei é a medida de todas as coisas. E a lei, no processo, disciplina esta audiência. A defesa tem direito de fazer uso da palavra pela ordem para arguir questão de ordem. Ou, se Vossa Excelência quiser eliminar a defesa - e eu imaginei que isso tivesse sido sepultado em 1945. Se Vossa Excelência quiser suprimir a defesa, acho que não tem necessidade nenhuma de continuarmos essa audiência."

Roberto Batochio - advogado do ex-presidente Lula

Gilmares, Moros e Dallagnos, nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado

Quando o partido dos trabalhadores (PT) aceitou as regras do jogo, legais e ilegais, governou o país no limite da permissão estabelecida pela burguesia, na cínica regra do e para o capital. Leia-se, regras inerentes a cultura dominante, sabidamente realimentada pela cultura dos Moros, Marinhos, Mesquitas, Malafaias, Dallagnos e cia. Todos forjados e pavoneados por uma sociedade corrupta cujos pilares são a ganância e a corrupção que finge combater. Mas, por que combater apenas frutos selecionados e preservar a árvore? Com certeza porque lhe garante sombra. Leia mais Aqui>>>


De anjos e juizes, por Mauro Santayana

A estúpida invasão do Parlamento, com a tomada do plenário da Câmara dos Deputados por um bando de imbecis - que davam vivas ao Juiz Sérgio Moro  e pediam uma “intervenção” militar - não é um absurdo isolado no crescente cerco à Democracia e às instituições nacionais.
A cerrada pressão corporativa do Judiciário e do Ministério Público sobre deputados e senadores para consolidar o controle de um grupo de plutocratas sobre a República, o Legislativo e o Executivo, e, direta e indiretamente, sobre o eleitorado e os cidadãos comuns, representa uma outra face da ascensão de um fenômeno perverso, antidemocrático e fascista - a Antipolítica.
Não interessa se o legislativo que aí está aprovou,  majoritariamente, um golpe que tirou do poder um governo que, venhamos e convenhamos, havia se tornado de certa forma insustentável, por sua própria incapacidade em recusar uma agenda neoliberal recessiva - criada também para facilitar a sua derrocada - e de resistir a uma campanha tenaz, mentirosa e fascista que se desenvolvia claramente desde 2013 e que iria - só os imbecis e os ingênuos não acreditavam nisso - chegar, inexoravelmente, à derrubada da Presidente da República.
O Congresso Nacional - e nele há também aqueles que tentaram resistir bravamente a essa farsa - não é perfeito.
Mas ninguém chega ali sem voto.
E o voto reflete em boa parte a essência, a opinião, a qualidade e o que determina a população brasileira.
Tão ou mais responsáveis pela queda de Dilma, do que os deputados e senadores que votaram pelo seu impeachment foram  certos grupos do Ministério Público e do Judiciário, oriundos majoritariamente de uma classe média reacionária e conservadora, que investiram tenazmente na fabricação de uma longa série de factoides, arbitrariedades e escândalos, destinados a dizimar o PT nos tribunais e - em cumplicidade com uma mídia mendaz, parcial e seletiva - junto à opinião pública.
Ou alguém acredita que, se não existisse a Operação Lava Jato, e seu deletério exemplo, com o evidente antipetismo do Juiz e de vários procuradores envolvidos com sua "força-tarefa" - mesmo com a coleção de equívocos táticos e políticos do governo anterior e de seu partido - teria se conseguido derrubar a Presidente da República?
A “Lava Jato” não apenas destruiu o país, provocando 140 bilhões de reais de prejuízo e aprofundando os efeitos da política recessiva e da crise internacional - arrebentando com as maiores empresas brasileiras e seus milhares de trabalhadores, acionistas e fornecedores

E viva os golpistas

Essa postagem abaixo, é para meus midiotarios de estimação:

Vendido para a opinião pública e para os agentes econômicos como um passo necessário para retomar a confiança e o crescimento da economia brasileira, o golpe parlamentar de 2016 fracassou, como demonstra a manchete desta segunda-feira do Valor Econômico; no terceiro trimestre deste ano, a receita líquida das 278 empresas de capital aberto do País apresentou queda superior a 10%, na comparação com o mesmo período do ano passado; afetadas pelo desemprego e pela inadimplência, as empresas estão faturando menos; o tombo é inédito e revela a incapacidade do governo de Michel Temer e da equipe econômica de Henrique Meirelles, no poder há mais de seis meses, de apresentar saídas para a crise, que teve três etapas: a sabotagem ao segundo mandato de Dilma, a concessão de favores para viabilizar seu afastamento definitivo e, agora, a mera aplicação de medidas recessivas

247 – O golpe parlamentar de 2016, que começou a ser construído um dia após a vitória da presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014, colocou a economia brasileira num buraco tão fundo, que produziu um resultado inédito: uma queda de mais de 10% do faturamento das empresas brasileiras de capital aberto, no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

É o que revela a manchete do Valor Econômico desta segunda-feira: "Receita das empresas cai e mostra crise permanente".

Esse desastre econômico, produzido pelas próprias elites brasileiras, que deram suporte ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff, comprova que a estratégia se revelou um tiro no próprio pé, uma vez que o tombo das empresas é inédito.

A crise econômica brasileira passou por três etapas distintas. Um dia depois da derrota na disputa presidencial de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se aliou ao ex-deputado Eduardo Cunha e colocou em prática a política do "quanto pior, melhor", sabotando o ajuste fiscal proposto por Dilma e seu ministro Joaquim Levy e, mais grave ainda, pondo em discussão as chamadas pautas-bomba.

Quando Dilma foi afastada provisoriamente, no dia 12 de maio deste ano, Michel Temer e Henrique Meirelles entraram em cena, ampliando o déficit fiscal de R$ 70 milhões para R$ 172 bilhões. Ou seja: o governo decidiu engordar para depois emagrecer, concedendo aumentos e benesses a diversas categorias do funcionalismo. Era uma forma de sedimentar o apoio ao impeachment.

Depois de 31 de agosto, com a confirmação do golpe parlamentar no Senado, a agenda passou a ser meramente recessiva, com medidas como a PEC que congela gastos por vinte anos.

Resultado: os estados estão quebrados (o Rio de Janeiro é apenas o primeiro da fila), mais de 12 milhões de brasileiros estão desempregados e a receita das empresas brasileiras cai 10%, o que aprofundará ainda mais o rombo fiscal, a recessão e o desemprego. Além disso, os investimentos desapareceram, uma vez que, segundo o banco Goldman Sachs, metade dos projetos vinha de empresas atingidas pela Lava Jato, como as empreiteiras.

Decorridos mais de seis meses de governo Temer, o discurso da herança maldita não cola mais e a conta da destruição econômica do Brasil fatalmente chegará para que os lançaram o País nesse pesadelo.

Armando Monteiro Neto: Mofo eu sei o que você fez no verão passado

Começo minha fala “segunda-feiral” com um prólogo. Em quase todo alvará de soltura, os juízes determinam a liberação do preso, usando uma expressão – “se por al não estiver preso”. Isso significa, grosseiramente, “solte, se por outro motivo não estiver preso ou não houver outra ordem de prisão”.
Feito prólogo, digo que muitos que dizem ter divergências políticas comigo têm, na verdade, divergência de caráter. Um delegado federal com passado sujo e outro que foi preso (recentemente) por corrupção foram às ruas gritar “Fora Dilma”. Outro, por não conseguir o cargo desejado nos Estados Unidos, na esperança de compor a equipe do golpe, também gritou “Fora Dilma”. Cito meros exemplos de uma enxurrada de outros, como as centenas de parlamentares envolvidos em corrupção, que tiveram depois suas capivaras reveladas. Portanto, Fora Temer!
Sobre política, costumo dizer que o que sei da vida não li em compêndios. Aprendi com os homens-caranguejos de Josué de Castro - um estudioso dos mangues recifenses que constatou que o caranguejo comia as fezes do homem, este comia o caranguejo que se tornaria as fezes que iria alimentar outro caranguejo... num círculo vicioso. Constatação que por certo inspirou sua obra “Geografia da Fome”. Lido, pois, com necessidades primárias, sem as quais o ser humano não cresce, não absorve conhecimento, cultura, não desenvolve empatia.
A rigor, não discuto necessariamente política. Por falta de outra palavra, declaro-me humanista em sentido lato e não me perco em definições e ou conceitos formulados por essa ou aquela escola. É sob essa perspectiva, mesmo com ressalvas, de onde brota minha sensibilidade quanto ao olhar generoso do Partido dos Trabalhadores sobre a miséria. Afinal, o PT foi o que surgiu de (não tão) novo no Brasil. Daí meu respeito por um partido do qual não faço parte, que optou por governar com as regras existentes. Regras porcas que sequer poderia mudar.
Ao aceitar as regras do jogo, oficiais e paralelas, o PT geriu a nação nos limites da permissão burguesa, na cínica regra do e para o capital. Leia-se, regras inerentes à cultura dominante, sabidamente alimentada pela cultura de Moros, Marinhos, Mesquitas, Malafaias, Mendes. Todos forjados e pavoneados por uma sociedade corrupta, cujos pilares são a ganância e a corrupção, que se finge combater. Mas, por que combater alguns frutos e preservar a árvore? Talvez por que lhes garanta sombra.