A falsa moralidade da mídia, do mpf, do judiciário e a impunidade do capital, por Sérgio Medeiros

- Enquanto os jornalistas dos Marinho se indignam com as delações premiadas, se esquecem de denunciar a sociedade privada entre a Rede Globo e Odebrecht para privatizar a telefonia e cartelizar as obras da Petrobras acabando com licitações na empresa durante o governo FHC. Esse foi o início do Petrolão que agora revolta e surpreende os moralistas de puteiro da grande mídia. Hipócritas! - Joel Neto


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Em nome da moralidade(falsa) o Judiciário e o MPF, precipuamente, colocaram no poder a nata da corrupção no país, que esta destruindo todos os direitos sociais e trabalhistas - reforma da previdência, terceirização, reforma trabalhista -, e entregando de forma clara, todo o patrimônio nacional, notadamente da Petrobrás (a venda da Vale do Rio Doce, a preço de banana, chega a passar vergonha perto do que esta se fazendo com os ativos da Petrobrás).
A economia foi destruída, e ao contrário do que dizem os ilibados Procuradores, quem vai ocupar o lugar das empresas nacionais, não serão outras empresas nacionais puras, mas sim as corruptas empresas multinacionais, com seu vasto currículo de destruição e exploração, através da mais desenfreada corrupção possível que emerge das negociatas internacionais do grande capital rentista e mesmo do capital produtivo e exploratório.
Da mesma forma, a destruição de toda classe política, não importando se culpados ou não, coloca todos em pé de igualdade, e abre espaço para a continuidade do sistema.
Isso por um singelo motivo, não é explicitado qual é a causa da corrupção, que, certamente não são os políticos, estes são o resultado de um sistema econômico que, de todas maneiras, através das grandes empresas e a custa de rios de dinheiro, elege, eleição após eleição, seus prepostos, e desta forma, por via indireta (travestida de democracia) se apropria do Estado e o usa para seus interesses pessoais.

Para refletir

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A hipocrisia é verde

- Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e Marcelo Odebrecht (Corruptor) discutiram sobre valore$ culturai$ e e$tratégico$ em 2014 -
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Veja que flor de candura é a narrativa de Alexandrino Alencar, o mesmo que se esmera em detalhes sobre supostas “notas frias” que teriam sido usadas na reforma do sitio usado por Lula em Atibaia, no depoimento que a Folha reproduz:
Um hotel perto do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi o local do primeiro encontro em 2014 entre Marina Silva (Rede), então presidenciável pelo PSB, e Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente da empreiteira.
“A partir daí, houve uma conversa de Marcelo com ela, onde foram colocados posicionamento e valores -valores culturais, não monetários-, e estratégias”.
Quem o diz é Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira. O depoimento à Lava Jato.
Imaginem Marina Silva e Marcelo Odebrecht discutindo valores culturais.
Ainda mais depois de ela ter se tornado vice de Eduardo Campos que, segundo os dirigentes da Odebrecht que lhe abriam as burras, “era alguém que resolvia problemas”.
Ora, Marina, tal como o famoso bagre de Belo Monte, também sua “nova política” se alimentava no lodaçal empresarial.
A sustentabilidade vem a ser algo como sustentar uma campanha política?
A “santinha da floresta”, então discutia “valores culturais” com Marcelo Odebrecht?
Como dizia a minha avó, “só em novela”. Das mexicanas, e olhe lá.


Charge do dia









Se a Odebrecht é o pai, a Globo é a mãe do "Petrolão", por Miguel do Rosário


- No minuto 12:45, Emilio Odebrecht menciona a organização, pela Odebrecht, de uma “sociedade privada”, com participação da Globo, com objetivo de fazer lobby pela privatização da telefonia pública e pela quebra do monopólio do Estado no setor de petróleo.

É um lobby diretamente ligado ao financiamento político do PSDB e do governo FHC.
A delação de Emilio Odebrecht está muito interessante. O empresário é um contraste chocante com os burocratas do Ministério Público, que não tem a mínima ideia de como funciona a vida real no mundo da política e dos negócios.
Pelo depoimento de Emilio, fica evidente que a Lava Jato começa com Odebrecht e Globo organizando, para o governo, o arcabouço jurídico dos setores de telecomunicação e petróleo, no Brasil, durante os anos seguintes. É o início do “petrolão”.
O famigerado “cartel das empreiteiras” foi idealizado inicialmente por uma sociedade privada formada por Odebrecht e Globo.
Se eu fosse um blogueiro sensacionalista, poderia dizer que se a Odebrecht é o pai, a Globo é a mãe do petrolão.
Lula era um elemento estranho nas grandes negociatas. Um “Amigo” politicamente simpático, porque interessado em ampliar a infra-estrutura do Brasil e financiar a exportação nacional de serviços de engenharia, uma liderança política a quem a Odebrecht tentava agradar com ajudas financeiras às campanhas eleitorais do PT.
No mesmo vídeo, Emílio admite que sua empresa financiou, via caixa 1 e 2, as duas campanhas de Fernando Henrique Cardoso, de quem era muito próximo.
No vídeo, o procurador parece um personagem de Porta dos Fundos, ultra nervoso com as citações a FHC, tentando fugir, em vão, de assuntos que possam envolver o PSDB.
Escute com atenção e dê sua opinião.
no Cafezinho 

As delações da Odebrecht deixam no ar uma questão intrigante

Dilma Rousseff foi derrubada da presidência porque estancou a roubalheira na Petrobras?

Ontem, na mais importante das delações, Márcio Faria, o número dois da empreiteira, afirmou que a empresa negociou, numa reunião presidida por Michel Temer, uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB; Dilma não apenas cortou o contrato em 43% como demitiu Jorge Zelada, o ex-diretor da companhia, que hoje está preso em Curitiba; da mesma forma, Dilma também demitiu, no começo do seu primeiro mandato, os ex-diretores Renato Duque e Paulo Roberto Costa, que também foram presos na Lava Jato; será que foi a intolerância de Dilma com a corrupção – que em Brasília se traduz por "inabilidade política" – que custou seu mandato? Leia mais>>>




Dilma foi derrubada porque combateu a corrupção na Petrobras

Deposta pelo golpe parlamentar de 2016, a presidente Dilma Rousseff sempre foi acusada de inabilidade política, uma expressão muito comum em Brasília, que, quando traduzida para o português, significa intolerância diante da corrupção.
Inábil, em geral, é quem não aceita passivamente a lógica de que aliados devem ocupar cargos públicos para roubar e fazer caixa.
Dilma, portanto, era inábil. Uma prova disso ocorreu quando decidiu demitir, em 2012, no segundo ano de seu primeiro mandato, Jorge Zelada, que havia sido indicado para o cargo pelo PMDB (leia aqui reportagem do G1).
Hoje preso em Curitiba, Zelada foi responsável por um contrato que rendeu uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB, numa reunião presidida por Michel Temer, segundo delatou Marcio Faria, número dois da Odebrecht (confira aqui o vídeo).
No mesmo período em que demitiu Zelada, Dilma também afastou outros dois diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Renato Duque, que estão entre os principais alvos da Lava Jato. O primeiro saiu da prisão após fechar sua delação premiada e o segundo continua preso em Curitiba.
Mais do que simplesmente demitir Zelada, Dilma também determinou que o contrato da propina de US$ 40 milhões do PMDB fosse cortado em 43% (relembre aqui). Naquele momento, ela começou a ser acusada pelo PMDB, de forma mais estridente, de ser inábil politicamente.
O resultado é o que está aí: a presidente honesta foi afastada num impeachment sem crime de responsabilidade conduzido por uma constelação de políticos corruptos e o Brasil hoje é governado por pessoas com grande habilidade política. Todos, porém, alvo de pedidos de inquérito por corrupção no Supremo Tribunal Federal.
do Brasil 247