Briguilinas do dia passado a limpo








Veja comemora a nova privataria




festa
Em editorial a rivistinha da famiglia Civita comemora a intenção do ladrão Michel Temer e sua quadrilha assaltar o que o Psdb não conseguiu durante o desgoverno de FHC, confira abaixo um trecho do lixo publicado nessa edição:
“o melhor desdobramento da Lava Jato, o mais alvissareiro no terreno do combate à corrupção, veio de onde ninguém esperava: o anúncio da privatização da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina e sócia de mamutes hidrelétricos, que vão da velha usina de Itaipu à nova usina de Belo Monte. Sim, o anúncio de uma privatização está entre as medidas mais eficazes que se podem tomar para vencer a corrupção no Brasil. E o motivo é simples:o gigantismo do Estado brasileiro, com seus braços públicos por toda parte, serve como um convite onipresente à corrupção. 

Agora os ladrões da quadrilha de Curitiba devem estar soltando rojões de alegria por saber que o Brasil será roubado em trilhões de reais. E muito pior, estão roubando o futuro das novas gerações.

Bandidos!



Privataria do Michê

*





Defender a candidatura de Lula é defender a democracia, por Luis Felipe Miguel

O recurso de Lula contra a sentença de Moro chegou à segunda instância - olha que surpresa - em tempo recorde.
Nada de errado, dizem "especialistas". O prazo não é determinado por lei e depende de inúmeros fatores imponderáveis. Podemos confiar na isenção do TRF-4 tanto quanto podemos confiar na lisura dos sorteios de distribuição de processos no Supremo.
Só que o presidente do tribunal afirmou de público que a tramitação do caso de Lula precisaria ser sensível ao calendário eleitoral. Isso, aliás, logo após de ter dito que a sentença de Moro, que ele não tinha lido, era irretocável. Minha hipótese é que Thompson Flores não é um boquirroto sem noção. Ele, como muitos outros agentes dos poderes do Estado, percebeu que o momento não é de fingir equidade, mas mostrar abertamente que está servindo ao golpe, para cobrar a recompensa depois.
O TRF-4 sinaliza que está pronto a alvejar a candidatura de Lula, assim que os gestores do golpe cheguem a um consenso. Imagino que a extraordinária recepção popular ao ex-presidente, em seu périplo pelo Nordeste, tenha ligado várias sirenes de alarme no campo da direita. Lula se mostra, cada vez mais, como um candidato imbatível, o que aumenta a tentação de rasgar o mínimo de legitimidade que a eleição possa ter e impedi-lo de concorrer.
Não ando contente, muito pelo contrário, com o desenho que Lula está imprimindo à sua nova candidatura, com o discurso popular combinado a acenos às classes dominantes e acertos com as oligarquias. Creio que o momento exige uma postura mais nítida de enfrentamento. Mas é meu direito, como cidadão, decidir se quero ou não votar no Lula. Qualquer disputa com veto prévio a ele não passa de um simulacro de eleição. Entender isso não é ser lulista. É ter apreço pela democracia.
Em tempo: desvendam-se por completo, nessa situação, os efeitos da "Lei da Ficha Limpa", medida de um moralismo raso e autoritário que, no entanto, foi saudada por muita gente como a salvação da lavoura. Não é retirando poder do povo que se aprimora a democracia.



Já passou da hora, por Leônia Teixeira



De marcarmos uma hora
Pra viver
Sem depois
Sem talvez
Agora!

Viver nosso tempo
Nossa história!



Lula está muito vivo, por Estevam Sampaio Rebouças

Os recentes pronunciamentos do nosso eterno Presidente Luís Inácio Lula da Silva, deixam bem claro uma coisa, enganam-se aqueles que acham que ele está morto. Por outro lado mostrou aos golpistas que eles estão colhendo os frutos daquilo que semearam, pregaram desobediência civil, financiaram bandidos para criarem uma situação de caos para viabilizar o golpe, e agora estão perdendo o controle.

O circo montado pela república do paraná (com minúsculas mesmo) com toda pirotecnia do PIG, só serviu para uma coisa, nos animar para a luta que, para nós nunca acabará.

A mediocridade da oposição sem propostas foi tanta neste golpe, que os grupos de mídia em conluio com setores do judiciário, assumissem de forma criminosa o papel dos partidos políticos com viés de direita.

O que vemos hoje, são nossas conquistas sofrerem um duro retrocesso.

A receita de Meirelles para liquidar a economia brasileira e viabilizar as privatizações, por J. Carlos de Assis

Não há a mais remota possibilidade de reverter a  depressão econômica brasileira com aumento de impostos e restrição aos gastos públicos. No entanto, insiste-se com essa estupidez. Estamos, inequivocamente, numa depressão, medida tanto pela contração do PIB – cerca de 9% em três anos – quanto pelo alto desemprego – cerca de 14% da população ativa, sem considerar o subemprego. Por que então o governo de Meirelles insiste em cortar gastos públicos e se revela inteiramente indiferente ao drama do desemprego?
Existem dois tipos de explicação para isso, que se complementam. Primeiro, é preciso compreender que o Governo da Ponte para o Futuro de Temer renunciou a qualquer tipo de políticas de desenvolvimento, já que seu foco central é somente a redução do espaço público na sociedade e na economia em favor da ampliação do espaço privado via privatizações. Trata-se de um objetivo em si, que traria, por conseqüência, a confiança do empresariado no Governo no sentido de retomar o investimento e, supostamente, o consumo e o emprego.
A apresentação dessas relações é simples, mas, contando eu mais de 40 anos de economia política, estou convencido de que a esmagadora maioria da sociedade não compreende o que tentamos  dizer. Nossa linguagem é obscura. Falamos em demanda no lugar de consumo,  de investimento público em lugar de gastos públicos de infraestrutura, de efeito multiplicador do investimento público deficitário em lugar de dizer simplesmente que o Governo deve meter o pé no acelerador de gastos para garantir o crescimento.
Como explicar para o cidadão comum, vítima do massacre ideológico sistemático de décadas a fio de propaganda neoliberal, que comprar a crédito pelo Governo é tão saudável quanto uma família recorrer a financiamento para equipar um pequeno negócio e tentar enfrentar o desemprego? É fundamental compreender que a maioria das crises, no capitalismo, começa pela redução do consumo. Sem consumo, inclusive consumo a crédito, empresários não vão promover a ampliação da produção. Isso, em conseqüência, leva à queda do investimento e do emprego.
Para enfrentar a crise é necessário, antes de tudo, aumentar o consumo do Governo, induzindo ao mesmo tempo o consumo final das famílias e o consumo intermediário (matérias-primas e insumos) dos empresários, os quais seriam estimulados a fazer novos investimentos. É evidente que, sem consumo, o investimento dos empresários não aumenta porque eles não tem perspectiva de vendas. É preciso que uma força de fora, o Governo, empurre o consumo, de forma a empurrar por sua vez investimento e emprego.
A contrapartida financeira do déficit do Governo, quando aplicado em ampliar investimentos em infraestrutura e gastos com serviços públicos, é o aumento da dívida pública, sem risco de inflação (o consumo está deprimido) ou de perda de credibilidade dos títulos públicos (a dívida cai depois de um período inicial de alta). Quando o Governo investe está automaticamente comprando bens e serviços do setor privado. O resultado é a retomada do crescimento global da economia. Aumenta a receita fiscal, reduzindo a dívida pública.
Refaçamos o circuito: consumo – gasto público – investimento – emprego – receita pública – consumo – redução da dívida. É um círculo virtuoso. Será que Meirelles e seus asseclas não sabem disso? É claro que sabem. Entretanto, se o objetivo ideológico do Governo é ampliar o espaço da privatização de empresas estatais, não faria nenhum sentido promover políticas de retomada do desenvolvimento a partir das próprias empresas públicas. Ao contrário, é preciso demonstrar de forma inequívoca que o setor público deve ser liquidado.