Dilma mostra seu valor, por Paulo Moreira Leite

Brasil 247

A entrevista de Dilma Rousseff a TV 247 é a mais clara demonstração de que, como diz uma parte significativa do eleitorado de Minas Gerais em pesquisas de opinião, em 2018 ela deveria retornar à vida pública e disputar um cargo eleitoral, de preferência para o Senado.
Ao longo de um depoimento de 1 hora e 29 minutos, que merece ser visto na íntegra, Dilma mostra a estatura de um quadro político que o país não têm o direito de desperdiçar.
A entrevista não só oferece bom material de reflexão sobre a tragédia do golpe de Estado de 2016 e as perspectivas terríveis que o governo Temer-Meirelles apontam para  um país de 208 milhões de habitantes, endereço de uma das dez maiores economias do planeta. Também confirma que o golpe representou uma absurda injustiça contra a própria Dilma, uma cidadã brasileira que, ao longo de meio de século de atividade política em várias frentes -- da luta armada à presidência da República -- foi capaz de acumular conhecimento e experiência indispensáveis ao esforço coletivo de um país que necessita reconstruir a democracia plena e retomar seu desenvolvimento.
Qualquer pessoa com um mínimo de convívio com a política e os políticos brasileiros -- minha área profissional prioritária desde 1986 -- tem condições de reconhecer no depoimento de Dilma uma visão política de valor diferenciado, com raros equivalentes no país em que vivemos. Pode-se concordar e discordar de alguns -- ou mesmo de todos -- os pontos de vista de Dilma, curtidos e amadurecidos pela experiência de vida e pela reflexão própria.
Muitos brasileiros guardam -- e tem motivos -- motivos de descontentamento com seu governo, em particular com a política de ajuste econômico promovida no segundo mandato. Mas é difícil negar, em qualquer caso, que a postura de Dilma hoje traduz um esforço honesto de crítica e autocrítica sobre nossa experiência política recente, em particular de 2003 para cá. Não há ressentimento em sua conversa. Seus comentários sobre a falta de compromisso de uma parcela do grande empresariado brasileiro com os destinos do país têm toda atualidade. Ela também demonstra coragem para enfrentar assuntos difíceis, como a Constituinte, a democratização dos meios de comunicação e, urgência maior, a defesa do direito de Lula disputar a presidência, prioridade da resistência que reafirma em vários momentos da entrevista, inclusive no minuto final.
Nunca é demais recordar que a pedalada inconstitucional que produziu o vergonhoso impeachment sem crime de responsabilidade era tão evidente que não pode ser completa. Permitiu um acordo de ultima hora no Senado: o país perdeu uma presidente legítima mas Dilma conservou os direitos políticos. Esta decisão lhe assegura o direito de concorrer a um cargo eletivo em 2018. Dilma lembrou, fez na entrevista, que, militante na adolescência, nunca precisou de mandato eleitoral para fazer política. Está correta e bom lembrar isso no momento atual do país e do Partido dos Trabalhadores. Seu caso particular é um pouco diferente, porém. A injustiça absoluta do golpe preservou uma brecha para sua atuação e tanto Dilma como os brasileiros tem o direito de aproveitá-la -- a partir da noção política maior de que é preciso ocupar todo e qualquer espaço ainda preservado da democracia.

Juízes roubam descaradamente

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Mais uma para série:
Judiciário o mais corrupto dos poderes
Marco Aurélio Mello, ministro do STF - Supremo Tribunal Federal -concedeu liminar garantindo o pagamento retroativo aos últimos seis anos de auxílio-moradia a duzentos e dezoito (218) juízes e desembargadores do Rio Grande do Norte. O ministro afirmou que os valores já "integram o patrimônio dos beneficiados". Tribunal  de Justiça (?) desembolsou R$ 39,5 milhões para pagar o benefício desde 2012 que é de R$ 4.377,73 por mês. A maioria dos juízes e desembargadores recebeu entre R$ 194 mil e R$ 211 mil de auxílio-moradia de uma só vez no contracheque de outubro e muitos já estavam devolvendo o dinheiro, mas com a liminar vão recebê-lo de volta.
Que moral tem estes ladrões togados para condenar alguém?
Nenhuma!
Corja!


ATENÇÃO: Esses hábitos matam mais que cigarro!

Bom dia!



Felicidade não depende apenas dos caminhos que escolhemos para seguir
Mas também das pessoas que escolhemos para nos acompanhar 

Crise existencial








Como fabricar monstros para garantir o poder em 2018, por Eliane Brum

Pense. 
Preste atenção na sua vida. 
Olhe bem para seus problemas. 
Observe a situação do país. 
Você acredita mesmo que a grande ameaça para o Brasil – e para você – são os pedófilos? Ou os museus? 
Quantos pedófilos você conhece? 
Quantos museus você visitou nos últimos anos para saber o que há lá dentro? 
Não reaja por reflexo. Reflexo até uma ameba, um indivíduo unicelular, tem. Exija um pouco mais de você. 
Pense, nem que seja escondido no banheiro.
Seria fascinante, não fosse trágico. Ou é fascinante. E também é trágico. No Brasil atual, os brasileiros perdem direitos duramente conquistados numa velocidade estonteante. A vida fica pior a cada dia. E na semana em que o presidente mais impopular da história recente se safou pela segunda vez de uma denúncia criminal, desta vez por obstrução da justiça e organização criminosa, e se safou distribuindo dinheiro público para deputados e rifando conquistas civilizatórias como o combate ao trabalho escravo, qual é um dos principais assuntos do país?
A pedofilia.





Roubo é isso!





Brasil perderá mais de 1 trilhão de reais com renúncia fiscal do petróleo
Jornal GGN - O Brasil perderá mais de R$ 1 trilhão em 25 anos com a renúncia fiscal concedida pelo governo de Michel Temer a petrolíferas, graças a uma Medida Provisória já em vigor e que deve ser votada nos próximos dias pela Câmara. 
 
Trata-se da MP 795, um novo marco legal tributária para as atividades de exploração e desenvolvimento de campos de petróleo e gás natural, que foi discutida pela Comissão Mista da Câmara, no dia 18 de outubro. 
 
Um dos artigos mais polêmicos, o 5º da MP 795, pode acabar com a produção nacional na indústria, uma vez que estabelece um regime especial de importação, com a suspensão do pagamento de tributos federais para estes bens produzidos no exterior. 
 
Os leilões deste ano já revelaram o cenário investido pelo governo de Michel Temer: uma redução de cerca de 50% da exigência de compras com conteúdo local para o setor de petróleo em 2017. As novidades da Medida Provisória intensificariam essa brecha, ao alterar os contratos já fechados. 
 
A assessoria parlamentar do Congresso realizou um estudo estimando o impacto da renúncia fiscal de R$ 1 trilhão até 2040. Entretanto, outras análises dão conta de que a cifra é ainda maior: R$ 3,3 trilhões, ao contabilizar que não apenas a renúncia fiscal direta, mas também daquela de parte predominante de bens utilizados no setor que são importados. 
 
Ainda assim, levando em consideração os estudos restritos das Consultorias Legislativa e de Orçamento da Câmara dos Deputados, as novas regras de leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que foram publicadas na forma da MP nesta sexta-feira (27), pelo menos R$ 40 bilhões anuais seriam descontados do Orçamento brasileiro.
 
Para se ter uma ideia, os últimos seis leilões fechados pela ANP arrecadaram R$ 6 bilhões, menos da metade do obtido em um deles, o de Libra, há quatro anos, que arrecadou R$ 15 bilhões.
 
Para mais informações, leia aqui artigo de Dom César ao GGN e de Eduardo Militão ao Uol.
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Enquanto isso a quadrilha de Curitiba, que tantooo combate a corrupção, não dá um mísero pio.
Corja!