O pobre de direita é um figurante de burguês

O pobre de direita se acha liberal mesmo não tendo capital e propriedade. Ele é contra os direitos trabalhistas pois espera um dia ter capital e propriedade para ser um explorador da força de trabalho dos outros. Ele é contra os direitos sociais pois acha que isto irá reduzir os seus lucros futuros, quando ele for capitalista e puder explorar os trabalhadores, sendo que ele é trabalhador mas não se reconhece como tal. Ele é contra o Estado pois acha que quando ele tiver capital e propriedades não vai querer que o Estado estabeleça limites ao seu desejo de ficar rico explorando os trabalhadores. 




O pobre de direita é o produto melhor elaborado pelos mecanismos de produção de ideologia burguesa para a defesa dos burgueses que tem capital, que tem propriedade e que estão na gestão do Estado para não pagar impostos, para receber subsídios e incentivos fiscais, para ganhar dinheiro comprando títulos da dívida pública e terem o controle dos meios de comunicação de forma a propor o mundo dos ricos como o objeto a ser defendido, mesmo que a riqueza da burguesia  seja fruto da exploração,  também dos pobres de direita. Ele passa a vida toda sonhando ser burguês, mas sem capital e propriedade e sendo explorado. 




Entretanto, ele é muito útil para a burguesia, pois já que não tem nem capital, nem propriedade ele se torna o cão de guarda da classe que um dia sonha ser. Sendo assim, ele vai para as ruas defender o capitalismo e vê nos trabalhadores esclarecidos e organizados os seus inimigos de classe. O pobre de direita além de ser um figurante de burguês é terreno fértil para o fascismo. Portanto, o pobre de direita é um figurante de Burguês que no momento de crise do capitalismo se comporta como um pit bul da burguesia na defesa de um governo de conteúdo fascista. 




Como o pobre de direita tenta ser o espelho dos valores que ele acha que a burguesia tem, passa a ser machista, racista, homofóbico, etc. Ele acaba sendo o portador dos principais preconceitos que a burguesia gerou e perpetuou como parte do seu sistema de dominação, porque precisa no racismo para pagar bem menos aos trabalhadores afrodescendentes. Ser machistas por que os salários das mulheres é bem menor que os salários dos homens. Enfim, ele nega sua origem social e tenta ser o que não tem, pois se trata de um trabalhador sem consciência de classe. Por isso se endivida para ter uma imagem diferente do seu real poder de compra permite. São chamados de emergentes porque querem negar sua classe assumindo a aparência de burguês. 




Ele come sardinha e arrota caviar, enquanto late sempre mais alto para mostrar à burguesia que está protegendo a propriedade do burguês, enquanto dorme fora da mansão que sonha um dia ser sua. Ao envelhecer não vai ter emprego e muito menos vai poder pagar um plano de saúde. Desta forma vai precisar de proteção social, porém passou a vida toda defendendo que bastava deixar a mão invisível agir, que o egoísmo sendo potencializado se chegaria ao bem estar coletivo, onde todos teriam chance de um dia ser rico, bastando apenas seu esforço individual e sua capacidade de assumir riscos. O pobre de direita é um figurante de Burguês que late como pitbul em defesa da burguesia e se cala sobre sua própria exploração.

José Menezes Gomes - Doutor pela USP e professor do curso de economia de Santana e do Doutorado em Serviço Social da UFAL

#LulaLivre



De São Bernardo a São Bernardo, por Ricardo Cappeli
A prisão de Lula estava dentro do roteiro traçado pela reação. A ofensiva teve início com a prisão de Zé Dirceu. A derrubada de Dilma foi o aperitivo. A prisão do ex-presidente, o esperado prato principal.
Uma coisa é prever, escrever, outra é ver a injustiça e a covardia acontecendo na sua frente. Uma derrota estratégica da esquerda brasileira.
Apesar da heróica resistência, a tristeza tomou conta dos que lutam por um Brasil livre, soberano e justo. Doeu, doeu muito ver Lula entrando naquele carro preto.
Luís Inácio foi um gigante. Rasgou sorrindo o roteiro que Moro havia pactuado com a Globo. Como sempre, escreveu sua própria história com coragem, força e inteligência. Desenhou a foto que correu o mundo. A bravura da militância presente demonstrou que a luta está longe do fim.
Na disputa de narrativas, a defensiva da Folha e a repercussão na mídia internacional demonstram que saímos vitoriosos.
É cedo para avaliar as conseqüências. O Lulismo segue vivo com ares de beatificação. A “Aliança do Coliseu”- bloco liderado pela Globo com setores antinacionais da burocracia estatal - dobrou a aposta. É difícil prever como o povo reagirá.
Pesquisa encomendada pelos Tucanos sobre a prisão de Lula explica a atitude tímida do PSDB. Nela aparece que o povo é contra a corrupção, claro, mas está se perguntando: “por que só Lula preso?” É insustentável. Este dado reforça os rumores de que podem entregar cabeças de alguns dos seus para tentar “lavar a prisão de Lula”.
O Pernambucano radicado em São Paulo começou sua vida política em São Bernardo liderando o sindicato dos metalúrgicos do ABC. Foi crescendo, ampliando, conquistando outros setores sociais, atraindo outros partidos para seu projeto de poder até deixar o Palácio do Planalto nos braços do povo.
O ato em São Bernardo do dia 7 de abril de 2018 estará nos livros de história. O Brasil da esperança está na mesma cela de Lula. Forças internacionais poderosas atuaram e atuam para desintegrar a nação.
Ao olhar as imagens pela TV e as presenças no carro de som, uma reflexão é inevitável. Por que voltamos para São Bernardo? Por que apenas PT, PCdoB e PSOL no ato? Voltamos por opção ou fomos empurrados, encurralados?
É pouco provável que Lula saia da cadeia antes das eleições. Minha cota de ilusões com eventuais piruetas jurídicas a nosso favor acabou.
Rosa Weber, que o jornalista Luís Nassif muito bem definiu como “aquela que fala Javanês”, depois de se esconder atrás do excêntrico “princípio da colegialidade”, prepara outro esconderijo com a Globo: a não alteração da segunda instância dentro do princípio da “Jurisprudencialidade”.
O Lulismo está longe de estar morto, mas vivemos a situação mais adversa das últimas décadas. Eles possuem um canhão de comunicação com o povo. O único do nosso lado capaz de disputar a narrativa, ouvido e respeitado, foi tirado de cena por um fascismo judiciário eivado de ilegalidades.
E agora? Para onde vai a esquerda?
O PT sai deste processo com a identidade fortalecida. Sem o ex-presidente arbitrando as visões distintas que habitam a legenda é difícil prever para onde irá. A nova realidade é objetiva. Os fatos têm pernas próprias, muitas vezes incapazes de aguardar uma orientação semanal.
Nada estratégico acontecerá sem que Lula seja ouvido. Mas a complexidade da situação vai impor limites.
É natural que o PT mantenha sua linha de ter Lula como candidato e registre a candidatura no dia 15 de agosto. “Liberdade para Lula” é a insígnia que deve mover todos os democratas daqui para frente.
Por outro lado, a dura realidade sinaliza que os pudores não existem mais. Fux, presidente do TSE, já declarou que o ex-presidente é “iregistrável”.
Ciro, um quadro extraordinário, foi novamente traído por seu temperamento. A ausência de líderes do PDT foi sentida. Nos momentos de alegria pode-se faltar à festa. O mesmo não pode se dizer nos momentos de dor e martírio.
Por hora, parece ter ficado mais longe a possibilidade do líder pedetista ser a expressão de um campo. Ao confundir a suposta defesa do PT com a luta democrática e nacional, cometeu um erro que pode lhe custar caro.
O encarceramento de Lula aumenta as chances de Joaquim Barbosa ser candidato pelo PSB. A bancada socialista está fechada com ele. A ausência do ex-presidente pode arrefecer a resistência que existe por parte de alguns governadores. Com Alckmin patinando, pode interessar inclusive a Márcio França.
Independentemente dos movimentos que aconteçam na frente do palco, todos legítimos, o campo popular e democrático só terá chance se houver unidade. O esfacelamento levará todos para o precipício.
É preciso quebrar o isolamento a que estamos submetidos. O impeachment nos empurrou para o canto do ringue. É preciso romper com a lógica de golpistas e não golpistas. Precisamos unir a esquerda para, a partir de um pólo, tentar atrair forças mais amplas.
Apenas um candidato à Presidência da República do campo. Um candidato desta Frente Ampla a governador em cada estado. Precisamos sair de São Bernardo e ocupar novamente o Brasil com uma ampla rede de alianças democráticas contra a ameaça fascista.
Uma eleição sem Lula estará irremediavelmente marcada pela falta de legitimidade.Infelizmente, parece ser este o campo de batalha que se apresentará. Vencer utilizando as armas que possuímos será a vitória de Lula e da democracia.
Os dias que se avizinham serão de enormes dificuldades. O pecado da disputa pela hegemonia do nada vai nos rondar. Que a sabedoria esteja conosco.


Vandalismo x Vandalismo


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Marcelo Bretas é tuiteiro, e nas horas vaga é juiz (?) federal. Para ele, manifestação em defesa de Lula e vandalismo. Para mim, vandalismo é dois juízes (?), ele sua mulher receberem mais de 8 mil reais de auxílio-moradia, morando na mesma e sem pagar aluguel.
#LulaLivre

A carta-testamento de Lula, por Mello Franco



O Globo - Há duas semanas, Lula amarrou um lenço vermelho no pescoço e visitou o túmulo de Getúlio Vargas em São Borja. O mausoléu foi projetado por Oscar Niemeyer e reproduz as palavras da carta-testamento. Elas pareceram ecoar ontem em São Bernardo do Campo, no último discurso do petista antes de ser preso.”
Em 1954, Getúlio sustentou que era perseguido por contrariar os interesses das elites. “Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes”, afirmou.
Em 2018, Lula repetiu o discurso ao dizer que está sendo caçado por defender os pobres. “Eles não querem o Lula de volta porque pobre, na cabeça deles, não pode ter direito. Pobre não pode comer carne de primeira, andar de avião e entrar na universidade”.
Ao “sair da vida para entrar na história”, Getúlio pediu que os aliados preservassem seu legado. “Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta”, escreveu. “Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado”.
Ontem, Lula também adotou um tom messiânico ao se despedir da militância. “Eu não sou mais um ser humano. Eu sou uma ideia”, disse. “Não adianta tentar acabar com as minhas ideias. Elas já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Quando eu parar de sonhar, sonharei pela cabeça de vocês”, arrematou.
O suicídio de Getúlio abortou um golpe, virou a opinião pública e abriu caminho aos futuros presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart. No caso de Lula, é difícil imaginar que a prisão terá o impacto sonhado pela esquerda. Enquanto estiver trancado numa cela, ele não poderá pedir votos na TV ou nos palanques.
Por isso, Lula aproveitou o último ato para apontar sucessores e produzir imagens de campanha. Ele saudou Dilma Rousseff como “a mais injustiçada das mulheres” que entraram na política brasileira. No entanto, reservou a maior parte dos elogios a aliados mais jovens: Guilherme Boulos, do PSOL, Manuela Dávila, do PCdoB, e Fernando Haddad, do PT. Em outubro, os três devem disputar o espólio lulista na eleição presidencial. 
Pitaco da Vovó Briguilina: Como sempre cometem o mesmo erro, decretam a morte politica de Lula. Ele continua mais vivo do que nunca e com perspectiva de um retorno triunfal nos braços do povo. Bom não colocar o carro adiante dos bois, prudência, paciência e canja de galinha não faz mal a ninguém.


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Gênio total


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O brasileiro útil que julga ter se tornado protagonista no país. Mas, de fato não passa de um manifantoche seguidor de pato e paneleiro idiota. 

Luis Nassif: O dono do Bahamas é a melhor tradução desses tempos de homens de bem




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A melhor síntese desses dias conturbados é Oscar Moroni, dono do Bahamas Hotel Club, o puteiro mais festejado de São Paulo. Na porta do Clube, colocou as fotos de Sérgio Moro e Carmen Lúcia. E, pelas redes sociais, o vídeo oferecendo cerveja de graça se Lula fosse preso, e uma semana de graça se fosse executado na prisão.
Um cafajeste exemplar, o estereótipo perfeito do cafetão do bem, arrotando álcool, fedendo suor, coçando o saco, mas sabendo, agora, que está do lado dos homens de bem. Ele está do mesmo lado  do Ministro Barroso, do juiz Sérgio Moro, da notável Carmen Lúcia, do bravo procurador que pediu a antecipação da prisão de Lula para combater o espírito de onipotência do condenado.
Mostrando-se um rufião agradecido, Moroni aunciou prêmios variados aos diversos protagonistas do espetáculo. Ao Sérgio Moro, “pela tua competência como juiz, acabou de ganhar um vale ingresso vitalício em Bahamas Hotel Club”.
Para a Polícia Federal, “pela tua coragem e dignidade no cumprimento da função”, cinco ingressos para quando vierem a São Paulo. Os bravos integrantes do Ministério Público também poderão sortear cinco ingressos grátis.
Profundo conhecedor dos procedimentos, Moroni explica que “reparem que escrevi o nome destas instituições com letras maiúsculas, pois são brasileiros que merecem destaque pela sua dignidade e eficiência da condução da profissão”. E, para encerrar, o brado de patriotismo: “Estou orgulhoso novamente de ser brasileiro”.
Todos estamos. Graças à Lava Jato, os nostálgicos de Brasil conseguem reencontrar um Brasil ancestral que parecia enterrado, a raiva rompante dos bandeirantes executando os gentios, dos jagunços executando os inimigos dos coronéis, do feitor chicoteando os escravos, dos inquisidores queimando quem não professasse a fé cristã, do corpo de Tiradentes, queimado e salgado.
Todas as épocas do Brasil em uma síntese inesquecível.
O modo como pessoas aparentemente pacíficas, de repente, passaram a fazer eco ao ódio, lembrava em tudo os cristãos novos que, nos reizados, batiam bumbo com toda força nas festas dos Reis, para que não despertassem suspeitas sobre a nova fé abraçada. Olha eu aqui, também estou desejando a morte do Lula, pareciam dizer a seus chefes, aos vizinhos, à Justiça, aos donos de jornais. Não quero ficar de fora, também sei arrotar ódio e bater nos mais fracos.
Não houve nenhum tipo de clemência, nenhuma concessão. O cercado de 15 m2, que receberá Lula na PF de Curitiba, passou a ser tratado como a sala do Estado Maior. Dois dias a mais de liberdade, seriam um privilégio inominável. O fato de Moro dar a opção de Lula se apresentar, um ato benigno de quem tem a força.
Foi o mesmo clima da AP 470, na qual até a discussão de meros embargos de infringência assumiram o caráter das votações definitivas. Ao inimigo não se pode conceder nada, nem os direitos básicos .
Qual a diferença de Moroni e de âncoras de jornais babando ódio incompreensível, contra um adversário caído? Nenhuma. Por trás, o mesmo sentimento irracional de selvageria de uma Klu KLux Klan, das brigadas fascistas. Um homem que teve a sua casa invadida, a sua cama revirada, suas conversas grampeadas, seus filhos processados, que viu sua mulher morta pela perseguição inclemente movida contra sua família. Tudo isso depois do maior feito humanista de qualquer governante, em qualquer tempo: tirar 40 milhões de pessoas da miséria absoluta. E o único momento de indignação era quando repórteres, na linha de frente, sofriam alguma represália de manifestantes.
O que leva esse pessoal a babar sangue, atiçar a turba, acender a pira até o instante final? Talvez o medo do tempo, de serem superados pelos jovens que chegam ao mercado de trabalho. Receio de serem alvos das idiossincrasias dos donos de veículos. Ou seria apenas o prazer sádico de bater, bater, bater em quem está caído, descontando nele todas as frustrações e ódios de uma vida.
E, depois, como bons cidadãos, celebrar a vitória no Bahamas Hotel Club, ao lado de seu sonho de consumo e de cidadão: Oscar Moroni, o cafetão do bem.
Pitaco da Vovó Briguilina:
Apenas lembrando: não é o cafetão Oscar Maroni que está ao lado de Dallagnol, Moro, Bretas, Barroso e demais homens e mulheres de bem. Foram eles essa gente do bem que foram para o lado dele.

Charge dominical



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Se o Supremo Tribunal Federal não respeita a Constituição, por que eu vou respeitar? 
O exemplar  que eu tinha joguei na lata do lixo.
Mas antes tirei a página que tinha o Artigo 5º Inc. LVII e usei para limpar a bunda.

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