Quando irá nascer o Lulinha Paz e Amor 2.0? por Fábio de Oliveira Ribeiro
“No atual estágio das relações políticas, jurídicas e midiáticas não faz mais qualquer sentido recorrer ao Direito Constitucional, ao Direito Penal e a Teoria do Direito para explicar a forma como o Judiciário tratou José Dirceu. Ele claramente deixou de ser um ser humano. Ele não é mais um cidadão com direitos que pode invocar contra o Estado e opor contra seus adversários dentro e fora da imprensa. José Dirceu foi transformado em duas categorias contábeis justapostas. Só os conceitos de "ativo" e "passivo" ajudam a explicar o destino cruel deste pobre homem sacudido pelo Mercado e pelos seus serviçais judiciários.
Em liberdade José Dirceu era um "ativo" do PT. Preso ele se tornou um "ativo" da oposição e um "passivo" do PT. Daí resulta que ele se transformou num "passivo" da oposição no exato momento em que foi colocado em liberdade. A prisão dele ordenada Sérgio Moro reequilibrou a relação contábil entre PT e PSDB. José Dirceu voltou a ser um "ativo" do PSDB e um "passivo" do PT. A imprensa pode novamente explorar a imagem de José Dirceu para proporcionar prejuízo ao PT e lucro ao PSDB.”