Fernando Brito: Columbine vai ser aqui?



Para os alucinados que acham que a farta liberação de armas não vai ter efeitos monstruosos: um menino de nove anos feriu-se na perna ao disparar, na escola, a arma mantida em casa por seu pai, um agente Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul.
As informações sobre o fato, ocorrido no Colégio Adventista, localizado na região nobre de Campo Grande, são poucas, mas as versões são de que o garoto queria exibir-se com a pistola, algo que virou “moda” desde que Jair Bolsonaro passou a fazer e incentivar crianças a fazer a simulação, por gestos, da empunhadura de armas de fogo.
Mesmo que tome todas as precauções, é virtualmente impossível ter 100% de certeza de uma arma em casa não será, num momento de descuido, acessível a uma criança, ainda mais quando ela vira um fetiche e objeto de exposição.
Nem se pode imaginar uma situação onde a escola faça revista corporal em centenas de crianças, na hora da entrada, para procurar revólveres ou pistolas, como neste caso, uma 6.35, arma pequena, do tamanho da palma da mão de um adulto.
O que, até agora, pode ser chamado de acidente, com armas para todo lado, pode virar tragédia, quando algum adolescente, em estado de desequilíbrio, resolver fazer uma fuzilaria entre os colegas, como no episódio retratado em Tiros em Columbine, nos EUA, tema do famoso documentário de Michael Moore.
E quem acha que não tem nada a ver com isso, lembre-se que seu filho ou seu neto frequenta uma escola.
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Teu candidato é honesto, teu candidato combate a corrupção?

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Fake news do dia

A campanha do mitomaníaco Jair Bolsonaro tem como regra difundir mentiras a não poder mais contra Fernando Haddad e o PT. Tudo bancado pelo famigerado e ilegal caixa 2 (depois os empresários vão cobrar a conta e podem ter certeza, a fatura vai cair no lombo do trabalhador).

A mentira de hoje é: Haddad vai acabar o Whatsapp.

Fique atento.

Não caia nas canalhices desses bandidos, não compartilhe mensagens mentirosas.

Olho vivo.

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Empresas bancam disparo de mensagens antipetistas no WhatsApp; prática é ilegal

Reportagem de Patrícia Campos Mello na Folha de S.Paulo informa que empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada.

De acordo com a publicação, a Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens.
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Pitaco do Briguilino: Para os honestissímos eleitores e eleitoras do mitomaníaco...isso não tem nenhuma importância. De hipocrisis essa gente entende.

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Uma eleição ou uma cruzada? por Henrique Matthiesen


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As características apresentadas na eleição presidencial deste ano (2018) no Brasil. oferecem aspectos e contornos pavorosos, assustadores. O retrocesso, aliado ao fundamentalismo e o fascismo, infelizmente já são os grandes vencedores, independente do resultado final do pleito; Se é que podemos falar em vencedor nesse caso.

Pautada pela negação e ódio, congregada às mais baixas e reprováveis ações anticivilizatória, mergulhamos no abismo obscurantista, onde a irracionalidade e anulação, ou propriamente, o extermínio do oponente é a meta a ser atingida.
Retrocedemos ao século XIII onde as Cruzadas - em nome da fé e de “deus” - objetivavam a conversão cristã a força e, em nome de Deus, cometeram as mais atrozes selvagerias contra os que se opunham.
Nesta guerra quase santa, a primeira vítima é toda a sociedade brasileira enferma gravemente de ódio e rancores. O preconceito social aflora explosivamente na falta de argumentos.
Não dialogamos mais; apenas, insultos e agressões. Não admitimos mais as diferenças, não aceitamos mais a reflexão, não enxergamos mais a humanidade.  É preciso exterminar, eliminar, extinguir as ervas daninhas que ousam pensar diferente, ou que simplesmente, não comungam mais do meu credo.
“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” é o lema da cruzada de hereges que ameaça e contamina, com os mais perversos instintos primitivos, nossa sociedade.
Distorcem desonestamente as escrituras bíblicas, e se autointitulam higienistas da salvação; pregam a honestidade de um moralismo hipócrita a qual não têm; dissimulam valores os quais não praticam; ameaçam a civilização e as minorias com sua legião de acéfalos.
Fenômeno este já conhecido na história da humanidade, onde em nome da justiça, da probidade e dos valores da família elevaram verdadeiros tiranos ao poder como: Hitler, na Alemanha; Mussolini, na Itália; Franco, na Espanha; Salazar, em Portugal; entre outros.
Obviamente que a gênese desta cruzada se encontra na junção de inúmeros fatores como: o conceito exacerbado de um hegemonismo tolo, da covardia em não reformar as instituições de forma a garantir direitos pétreos, ou simplesmente se converter apenas aos projetos de poder.
A cruzada fascista no Brasil cumprirá seu rito - será elevada ao poder pela via democrática - com a cumplicidade doentia dos que sofrem a enfermidade do ódio e da negação.
Em nome de Deus, da família e da tradição mergulharemos no abismo de tempos sombrios; de uma era de incivilidade, retrocessos e de terror.
Muitos do que hoje vituperam contra seus dessemelhantes e congregam com os “iluminados da dita santidade de hoje” serão também vítimas desta marcha da insensatez para onde caminha hoje o Brasil.
Retrocederemos à barbárie, ao indigno e à face perversa e vergonhosa de nossa história.
Àqueles que acreditam na democracia e na liberdade só resta não serem cúmplices destes tempos nebulosos, porquanto, muitos não deixarão suas digitais nos gatilhos, ávidos aos disparos.
Que a misericórdia ajude o Brasil em tempos de Cruzadas.
Henrique Matthiesen - Bacharel em Direito. Jornalista 
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Como o adversário foge do debate como o diabo foge da cruz...
Fico devendo o Pong

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Poesia da manhã

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(...) "A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz".
Ferreira Gullar
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