Gilberto Maringoni: O chefe de milícia e o vendedor ambulante


O discurso de Jair Bolsonaro na tarde deste domingo - proferido em sua casa no Rio e transmitido via celular a uma manifestação na Paulista - é muito pior que a intervenção de um de seus filhos defendendo o fechamento do STF.
O capitão não falou em ambiente fechado e nem é figura lateral na onda fascista brasileira. Trata-se de um candidato á frente das pesquisas e que já age como eleito. Não discursou como dirigente politico. Mandou recado como chefe de milícia.
Bolsonaro afirma, quase soletrando, que a esquerda irá para o cárcere ou para o exílio. Ameaça Fernando Haddad com anos de prisão, sem que haja julgamento de coisa alguma a definir tal sentença. Rosna contra Lula, que "apodrecerá na cadeia". Garante que MST e MTST serão classificados como terroristas - provavelmente com base na lei formulada pelo governo Dilma Rousseff, suprema ironia - e que "a paz voltará para quem produz". Há outras ameaças em seu fraseado chulo e rastaquera.
Nenhuma palavra sobre crise econômica, planos de governo, resolução de algum problema real. O que há é papo de meganha na porta do camburão, para gáudio de sua matilha de hienas.
A sucessão de impropérios foi proferida quase ao mesmo tempo da rendição do TSE, anunciada pela ministra Rosa Weber, em Brasília. Como escolta, a douta autoridade se fez acompanhar por outros condestáveis da República, tendo como figuras de proa o sinistro Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e o decorativo Ministro da Segurança. A essa altura, não se sabe se eram rendidos ou cúmplices.
O candidato do fascismo jogou querosene em brasa acesa. Dissemina a ideia de que a barbárie está liberada.
Não assisti nenhuma das manifestações ao vivo. Na tarde de domingo, eu, suando em bicas, me ocupava de terminar um circuito de corrida num parque em Brasília, depois de uma chuva providencial. Na saída, encontro um vendedor de água de coco, com vários adesivos de Fernando Haddad em seu carrinho.
Eu o cumprimento pela coragem de exibir suas preferências em dias tão agressivos. Trocamos cinco minutos de conversa. Ele me conta da campanha em seu bairro e da confiança de que vamos virar essa eleição. Pergunto se é petista. Sua resposta é direita:
- Sou comunista, meu camarada. Quero muito mais que derrotar Bolsonaro. Mas estamos aí, num dos poucos momentos em que a esquerda está toda unida. Isso é o que importa. Estamos em campanha!
A frase serena me impactou. É isso aí. Vamos virar. E queremos mais.
O chefe de milícia não pode levar essa.
Estamos em campanha!
Gilberto Maringoni
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Fernando Brito: O ‘programa’ de Bolsonaro é o ódio e a morte será sua obra

No vídeo que gravou, ontem, para seus apoiadores reunidos na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro apresentou, em linguagem tão tosca quanto clara, o que serão as ações iniciais de seu governo, enquanto não for tragado pelos inevitáveis conflitos do aglomerado de escória moral, de autoritários doentios e de aventureiros do dinheiro que reuniu.
É o horror, nada além disso.
A ordem do dia pronunciada ontem, aos espasmos, sem nenhum chamamento à razão, sem nenhuma alegria que não a perspectiva de uma “vingança” (contra que “mal”, não o sabemos, pois foram os que menos sofreram neste país) teve como conteúdo, apenas, o chamado à força.
“Varrer”, “expulsar do país”, “trabalhar, vagabundos” são os comandos de um tempo em que devemos ter medo do vizinho, cuidar do que falamos e até do que vestimos.
Ontem, um grupo de hidrófobos gritava, diante da Catedral de Brasília iluminada de rosa, por conta da campanha contra o câncer de mama, que a igreja era comunista: “este merda vermelha não nos representa”, gritava uma desequilibrada, seguida por outro que dizia para “botar verde-amarelo”.
Como não tem, ao menos de imediato – e, provavelmente, também não depois – condições de resolver os problemas essenciais do país, será esta a “reivindicação” que pode “atender”.
A violência e o extermínio policiais soltos, a perseguição política à solta, a “deduragem”, a demissão dos indesejáveis, o espancamentos nas madrugadas das calçadas.
O horror, nada além disso.
Em outro front, o adesismo imediato das maiorias fisiológicas do Congresso, neste quadro quase “de graça”, com o pagamento, apenas, de deixarem-nas sobreviver.
A Constituição, diante desta matilha majoritária, será um pedaço de carne podre a ser dilacerado.
Não haverá, igual, Judiciário a contê-lo. O acoelhamento vergonhoso do STF, depois de merecer o filho do Ditador a bofetada de dizer que um cabo e um soldado o fechariam, foi o suicídio de sua autonomia.
Tudo isso, porém, toma tempo e tem trâmites.
Só o que não tem são as mortes, os espancamentos, as balas anônimas, as intimidações.
O horror, se não o contivermos até domingo.
Tijolaço
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Rodrigo Viana: de salto alto, Bolsonaro abre o jogo antes da hora


Desde que a Lava-Jato adotou medidas ilegais para desconstruir o PT (conduções coercitivas fora da lei, grampos no gabinete da presidenta da República, escutas clandestinas em escritórios de advogados), estava claro que ingressávamos numa fase de Democracia tutelada, ou semi-Democracia – em que as regras valem para uns e não para outros.
 
Os juristas mais sérios e os liberais mais atentos somaram-se à denúncia – feita pela esquerda e os movimentos sociais – de que era preciso reagir aos abusos. A maioria, no entanto, deu de ombros.
 
Agora, ingressamos numa fase muito mais perigosa: nossa sociedade vive, já, sob tutela militar. Há um cerco militar contra as instituições. Cerco que pode receber a chancela do voto no dia 28. Quando o ministro Toffoli nomeia um assessor militar para o STF, esse cerco fica explícito. Quando a ministra Rosa Weber dá uma coletiva no TSE tutelada pelo general Etchegoyen, esse cerco fica escancarado.
 
Mais uma vez, muitos (na mídia, nos setores médios, no Judiciário e na universidade) davam de ombros diante do avanço claro do regime autoritário que tenta se impor com a chancela do voto: “Bolsonaro exagera, mas não poderá fazer nada fora do normal, porque terá que negociar com Congresso e respeitar o Judiciário”.
 
Opa, opa…
 
Os vídeos que surgiram neste último fim de semana antes do segundo turno deixam claro que o risco de um desastre é iminente. Bolsonaro filho (também conhecido como SubCoiso) diz que, para fechar o STF e destituir ministros do Supremo, “basta mandar um soldado e um cabo”. Bolsonaro pai avança mais em direção ao abismo e avisa num vídeo – gravado para apoiadores, neste domingo – que vai promover uma “limpeza nunca vista no país”, e que os “bandidos vermelhos” num governo dele irão para a cadeia ou para o exílio.
 
O candidato do PSL pode ter cometido um grande erro com a fala tresloucada.
A avaliação geral é de que Bolsonaro errou a mão. Era uma fala para espalhar medo e desorganizar os que a ele se opõem. Surtiria, de fato, forte efeito se tivesse vindo um dia após eventual vitória dele. Mas o salto alto fez com que Bolsonaro falasse agora o que só deveria dizer (na lógica autoritária dele) depois de eleito…
 
Deixou claro, didaticamente, que o programa bolsonariano é a ditadura (mais ou menos) escancarada. Foi um tapa na cara dos iludidos: acordem!
Ele nos abriu uma brecha. A reação indignada de FHC, a fala do jornalista conservador William Waack (mais detalhes aqui), e a declaração do ministro do STF Celso de Melo (mais detalhes aqui) são indicadores de que temos mais chance de sensibilizar setores arredios a um voto no 13. E que iam anular.
 
O desafio é, a partir desse horror que já se espraia nos setores médios “liberais”, transpor a indignação para o povão que ganha até dois salários mínimos.
 
Pode ser que não dê tempo…
Mas temos que fazer essa ofensiva agora para, ganhando ou perdendo, não nos encolher.
 
A tática dele é “tempestade no deserto”.
Deixar nosso lado atônito, amortecido diante do horror.
 
Temos que reagir.
Agora.
E nos próximos anos.
Ele nos abriu uma brecha.
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#EAgoraTSE

Rosa Weber e outras autoridades falaram à imprensa sobre o # Caixa2doBolsonaro e afirmaram que uma campanha está sob controle.
Sério? 
Antes do início da campanha, ministros do TSE enchiam o banco de dados que as notícias falsas não eram toleradas e que a chapa era abusada pelas cassarias. Agora, preferem fazer cara de paisagem.
Para a presidenta Rosa Weber, o processo eleitoral transcorre em total normalidade
Em seguida ela é apresentada à revista, incluindo o general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, não há motivo para preocupação. As mentiras distribuídas por WhatsApp não diferem dos boatos difundidos pelos fofoqueiros de antigamente, disse Etchegoyen. Como se não houvesse nada de errado, a inflação de menos de R $ 12 milhões não é declarada na fábrica de calúnias, segundo apuração da Folha de S. Paulo.

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Bolsofujão é corrupto

Mas quem se beneficia ilegalmente de dinheiro de empresa para propagar mentiras é o que, Honesto? 
O que ele prometeu em troca desse dinheirão? 
Uma reforma da previdência? 
Destruir ainda mais os direitos dos trabalhadores?
Assista o vídeo abaixo e tire sua própria conclusão.
https://www.youtube.com/watch?v=1a7J7hUJka4
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Pra desopilar. Afinal hoje é segunda-feira

Segunda feira! Dia de voltar ao trabalho depois de cansativo fim de semana de muitas atividades para votos práticos para Haddad, o nosso Presidente. 

Para ajudar a escolher o que é a semana antes da eleição, dois filminhos engraçadinhos! Divirtam-se! 


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Memes do dia

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