Lula e Dilma, subiram o tom no ataque aos adversários e acusaram a oposição de ter uma vocação golpista e apresentar-se aos eleitores com "duas caras".
Eles foram as principais atrações do comício que reuniu cerca de 15 mil pessoas, ontem a noite, em Porto Alegre.
Para Lula, seus 8 anos de mandato foram marcados por "provocações, ataques e infâmias" promovidos por uma "elite que faz política de forma sórdida".
"No governo, aprendemos que a esquerda faz oposição, enquanto a direita tenta dar um golpe a cada 24 horas para não permitir que as forças que governam o país de forma democrática possam continuar", disse Lula.
O presidente já acusara setores da oposição de tentarem derrubá-lo do governo em comício em Garanhuns (PE), na semana passada.
Para Lula, o seu governo não deveria ser medido pelas obras feitas, mas pelo seu principal "legado" que seria ter estabelecido um "paradigma da governabilidade".
"A elite capitalista brasileira que dirigia este país não sabia o que era capitalismo. Precisou entrar na Presidência um metalúrgico socialista para ensinar a eles como se faz capitalismo neste país", disse Lula.
Ele ressaltou a importância das alianças políticas, mas abriu o voto para Tarso Genro, candidato do PT ao governo estadual.
O ex-ministro lidera as pesquisas de intenção de voto no Estado e seu principal adversário é José Fogaça (PMDB) que apesar do alinhamento nacional PT-PMDB, pretende manter uma posição de "neutralidade" em relação à disputa presidencial.
A crítica ideológica também foi a tônica do discurso da candidata à sucessão, Dilma Rousseff. Referindo-se aos adversários como "eles", a ex-ministra elencou uma série de situações em que oposição teria agido de forma contrária ao que defende em palanques eleitorais.
"Eles têm duas caras: uma nas eleições, outra na hora de governar", disse Dilma, citando, por exemplo a posição contrária à criação do ProUni e as críticas ao Bolsa Família.
Em um discurso de cerca de 20 minutos, a ex-ministra tentou estabelecer um diálogo direto com os eleitores e prometeu "honrar o mandato". Para Dilma, a maior herança do governo Lula seria ter conseguido "governar para os 190 milhões" de brasileiros, enquanto os antecessores teriam se preocupado em atender os interesses de apenas um terço da população.
"Vocês podem contar comigo porque conto com vocês para não deixar que o país volte para a desesperança", disse Dilma aos militantes.
Antes do comício, o presidente Lula cumpriu uma longa agenda de compromissos oficiais que inclui assinatura de convênios para financiamentos de moradias populares em áreas rurais, autorizações para duplicação de estradas e o início simbólico da reforma do estádio Beira-Rio que será palco de alguns jogos da Copa 2014.
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