Descamba o candidato José Serra para a demagogia. Diante das perspectivas de vitória de Dilma Rousseff, o tucano deu para fazer todo o tipo de promessas em sua campanha: o décimo-terceiro salário para quantos recebem o bolsa-família; salário mínimo de 600 reais no seu primeiro dia de governo; reajuste imediato de 10% para todos os aposentados.
Olhadas de per si, cada uma dessas promessas parece justa e até necessária. O problema está na precipitação com que foram feitas, depois de anos de silêncio do candidato diante das agruras dos menos favorecidos. Só agora sensibilizou-se? Estaria visando apenas amealhar votos para forçar a realização do segundo turno? Falou sério ou eleitoralmente?
Quem melhor reagiu a essa cascata de ilusões foi o candidato Plínio de Arruda Sampaio, do Psol, apressando-se em concluir pela inocuidade das promessas. Por que não anunciar o décimo-quarto e o décimo-quinto salários?
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