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O primeiro livro, toda biblioteca começa com ele. Você nem lembra bem de quem ganhou...da mamãe, do papai, do vovô? Como aconteceu, você era criancinha?

Pois é. Depois dele vieram muitos outros, sua biblioteca não parou de crescer. Cresceu tanto que, já ocupa espaço demais da sua casa, tornando estes espaços intransitáveis.

Em alguns casos, estantes de livros são soluções rápidas e práticas. Porém, conforme novas obras vão sendo adquiridas e não há como conseguir novas estantes tão cedo, a tendência é que se formem uma fileira na frente de outra – o que esconde os livros que ficam por trás – ou, ainda, que se criem fileiras horizontais em cima das verticais – o que torna a visão da sua biblioteca pessoal não muito agradável.
Além disso, muitos – eu inclusive – têm o hábito de colocar pequenos itens na frente dos livros, seja para enfeitá-la ou para guardar algo útil para o ofício literário. Eu, por exemplo, tenho moedas que trouxe de Cuba, um baralho de ilustrações de artistas brasileiros, coleções de marcadores de página e muitas outras coisas. Já a minha esposa tem uma queda especial por esse costume. Suas estantes estão repletas de pequenos bonecos, brinquedos e garrafas de refrigerante em miniatura.
Para muitos, ter uma biblioteca grande e vasta é um prazer enorme. Mas para que isso não se torne problema, uma boa organização é necessária.
Então, eis que vos apresento algumas dicas para acomodar bem os seus livros e deixa-los limpos e fáceis de encontrar.
Está pronto? Então vamos lá.

Por Copa, PM amplia batalhão e desaloja biblioteca comunitária em Guarulhos






Boletim de notícias da Rede Brasil Atual - nº 17 - São Paulo, 04/abr/2014
http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/04/pm-amplia-batalhao-para-a-copa-e-desaloja-biblioteca-comunitaria-em-guarulhos-7756.html

Por Copa, PM amplia batalhão e desaloja biblioteca comunitária em Guarulhos

Polícia, vizinha de muro da biblioteca, concretou entradas de espaço dedicado a atividades culturais, que pode virar estacionamento ou alojamento para efetivo
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/04/congresso-decidira-terca-feira-se-cpmi-investigara-somente-petrobras-ou-denuncias-de-contratos-sobre-outros-temas-como-quer-o-governo-5955.html

Base governista pede CPMI de Petrobras, metrô de SP e estatal de Minas

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/04/advogado-de-dirceu-espera-decisao-de-barbosa-sobre-uso-de-celular-a-qualquer-momento-decisao-de-barbosa-7940.html

Advogado de Dirceu espera decisão de Barbosa sobre uso de celular 'a qualquer momento'

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/04/senadores-aguardam-inclusao-em-plenario-da-pec-do-trabalho-escravo-ate-final-do-mes-5996.html

Senadores aguardam inclusão da PEC do trabalho escravo em plenário este mês

Disputa com o Metrô pode atrasar obra de hospital municipal em São Paulo


http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/04/justica-abre-caminho-para-reintegracao-de-posse-em-retomada-indigena-de-dourados-2344.html

Justiça abre caminho para reintegração de posse em retomada indígena de Dourados

http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/04/montadoras-do-abc-paulista-desaceleram-para-ajustar-a-producao-3484.html

Montadoras do ABC paulista desaceleram para ajustar a produção às quedas de vendas

http://www.redebrasilatual.com.br/entretenimento/2014/04/sao-paulo-tera-3a-edicao-de-carnaval-andino-8999.html

São Paulo terá 3ª edição de carnaval andino. Iniciativa busca valorizar cultura do imigrante



10 livros para ler

[...] qualquer dia, qualquer hora. Não sei o porque do autor do texto explicitar "Num domingo de manhã". Sei não. Mas, tenho a impressão que sei lá...

Domingo de manhã. Sete horas. Apesar de todo o cansaço que a rotina semanal de trabalho lhe trouxe, você não consegue continuar dormindo. Sendo casado, olha pro lado e percebe que sua companheira – ou seu companheiro – não está nem perto de querer se despertar. Sendo solteiro, não tem coragem de acordar seus amigos com um telefonema tão cedo. Assim, o domingo de manhã lhe envolve em seus feitiços silenciosos e tranquilos, fazendo com que você não sinta mais vontade de fazer mais nada. E eis que surge uma excelente oportunidade de ler.
Sim. Uma boa leitura num domingo de manhã é algo inestimável na vida de um mortal que quer curtir seu dia deitado, sentado, em pé ou de qualquer forma que seu corpo desejar, contanto que seja na frente de um livro.
E para deixar esse dia tão especial, separamos algumas excelentes leituras para se fazer num domingo de manhã. Todos são ótimos livros e certamente poderão ser lidos numa tacada só, às vezes por serem curtos ou por terem uma ótima fluidez.
Preparados?

As listas de livros mais vendidos

As pesquisas feitas nos últimos anos sobre a leitura no Brasil mostraram que os índices ainda não alcançaram números que possam nos deixar orgulhosos. Porém, com essas informações, podemos adotar duas posturas.
A primeira é pessimista e reclama que os brasileiros não gostam de ler e isso é trágico. A segunda é otimista e vê com bons olhos esse números, já que, se pouca gente está lendo, então o potencial de leitura é bastante grande e os índices só tendem a aumentar exponencialmente com o tempo.
De qualquer forma, esse texto não foi escrito para avaliar a quantidade de carinho que os brasileiros têm pelos livros, mas sim para refletir sobre como esse público define quais livros quer ler de acordo com os lançamentos colocados principalmente nas livrarias, ou seja, aqueles que figuram nas listas dos mais vendidos. Nesse caso, também precisaremos analisar os livros que não entram nessas listas, mas que também vendem dezenas de milhares de livros e se tornam fenômenos comerciais no Brasil.
Mas vamos por partes.

As principais listas dos livros mais vendidos

Operação Banqueiro - o Livro

Daniel Dantas é personagem central do livro que a "Folha de São Paulo" não quis publicar, por que?

por Rodrigo Vianna

O repórter Rubens Valente levou mais de dois anos para escrever “Operação Banqueiro”. O livro (que chega nesta sexta – 10/janeiro ao mercado) narra os bastidores de uma das maiores batalhas do capitalismo selvagem brasileiro, na virada do século XX para o XXI.
Daniel Dantas está no centro da narrativa. Investigado pela Operação Satiagraha da Polícia Federal, o banqueiro  acionou mecanismos políticos, midiáticos e judiciais para travar a investigação. O delegado Protógenes foi afastado do cargo. O juiz Fausto de Sanctis sofreu todo tipo de pressão e acabou também está afastado da Vara Federal de São Paulo que lidava com casos de lavagem de dinheiro e crimes financeiros.
De acusado, Dantas passou a acusador. Processa jornalistas que ousaram mostrar o papel por ele exercido nas nebulosas privatizações dos anos FHC. Quais são os aliados de Dantas no Judiciário? E no mundo político?  Ele controla mesmo uma rede própria de “inteligência” para “espionar” os adversários? Quem o protege?
Repórter paciente e discreto, Rubens dedicou-se a garimpar os autos da Operação Satiagraha, e assim compôs o perfil do banqueiro. Curiosamente, a “Folha” – jornal em que Rubens trabalha há mais de uma década – recusou-se a publicar o livro. A “Folha” tem uma editora, e costuma lançar livretos sob o selo ”Folha explica”. Pelo visto, o diário conservador paulistano achou que a atuação de Dantas não merecia maiores “explicações”. 
Pelo que se sabe, Rubens Valente foi enrolado durante anos. A editora dos Frias acenou com a possibilidade de publicar o livro, mas na hora H pulou fora. 
Por que a “Folha” não quis publicar “Operação Banqueiro”? Medo de processos judiciais (Dantas, com se sabe, dedica-se a processar jornalistas)? Ou medo de envolver nas denúncias personagens graúdos, citados no livro como parceiros de Dantas? Nesta sexta-feira, “Folha” e “O Globo” trazem matérias sobre o livro. Nenhuma delas tem assinatura. A ordem parece ser: vamos falar sobre o livro, mas de forma discreta.
A Geração Editorial montou uma “operação de guerra” para garantir a distribuição de “Operação Banqueiro” – sem sustos, sem riscos de que algum personagem citado na obra tentasse barrar a chegada da mesma às livrarias.
A seguir, um pequeno trecho do livro – que pode fornecer pistas sobre os motivos para a recusa da “Folha”…

A elite que envergonha o Brasil



Com 24 anos de carreira, Rubens Valente é um dos repórteres mais premiados do Brasil. Rigoroso na apuração dos fatos, fiel na interpretação dos acontecimentos, construiu uma carreira respeitada no jornalismo. Durante mais de dois anos, Valente se dedicou à investigação que resultou no livro “Operação Banqueiro” (462 páginas, R$ 44,90, Geração Editorial), um mergulho nos documentos e bastidores da Satiagraha. O subtítulo da obra resume o conteúdo escrito com habilidade e independência: “Uma trama brasileira sobre poder, chantagem, crime e corrupção. A incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado a acusador”. A análise do livro pode ser lida na edição impressa de CartaCapital que chega às bancas nesta sexta-feira 10. Na entrevista a seguir, Valente fala do papel do então presidente do STF, Gilmar Mendes, na campanha contra a operação policial e a favor de Dantas e desmonta algumas versões mentirosas alimentadas com o único intuito de anular a condenação do banqueiro a 10 anos de prisão por suborno.“Operação Banqueiro” é uma ode à verdade factual e presta um grande serviço à democracia e ao jornalismo.
Blog do Briguilino: Na sua longa carreira de repórter, você se lembra de uma operação tão combatida quanto a Satiagraha?
Rubens Valente: O aspecto mais grave foi a interdição da investigação, a impossibilidade de as autoridades levarem a apuração inteira até o final.

Livros que vão mudar sua visão de mundo

armas da persuasão
Leitura é uma das atividades mais importantes e recompensadoras que você pode realizar como ser humano. Nós sempre desejamos ler mais, porém por uma razão ou outra, nunca conseguimos. Eu sempre gostei de ler e como sou muito curioso, mês ou outro estava com livro novo em mãos. Ter um leitor de livros eletrônicos ajudou bastante no começo.
Esse ano, porém, comecei a tratar minha educação com a seriedade que ela merece e elevei muito o volume de leitura. Talvez por sorte, me deparei com algumas verdadeiras jóias ao longo do caminho, compartilhadas na minha lista mensal de recomendações de leitura.
Os três que seguem abaixo foram os melhores com os quais me deparei em 2013, selecionados especialmente por serem livros práticos e que mudam nossa visão sobre assuntos do dia a dia.

1. O Poder do Hábito – Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios, por Charles Durigg

10 livros que você merece ler em 2014

Se não ganha-los de presente no Réveillon...compre e tinha o prazer de uma excelente leitura

Toda Poesia (Paulo Leminski)

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Para começar as festas de fim de ano, nada melhor do que um belo livro de poesias de um dos principais poetas brasileiros dos últimos tempos.
Considerado um dos mascotes da poesia concretista, em apenas 44 anos de vida Leminski causou alvoroço no cenário literário tupiniquim dos anos 1970, sendo profundo entusiasta da Tropicália, da contracultura, da psicodelia e do rock n’ roll. Essa obra, que reúne  todos os trabalhos completos do poeta curitibano, foi protagonista de um interessante fenômeno no ano de 2013: a poesia voltando para a lista dos mais vendidos.
Sim, é verdade, durante um período Toda poesia conseguiu vencer até mesmo 
Cinquenta tons de cinza.

A razão populista

Livro de Ernesto Laclau publicado agora no Brasil revê o populismo em chave bem diversa do menosprezo e desdém em geral atribuído a ele. Para o pesquisador, a prática política representa uma articulação profunda por mudanças institucionais e teve papel preponderante na consolidação da democracia na América Latina.
O populismo foi essencial na construção de governos nacionais e populares na América Latina e "teve um papel enormemente positivo para a democracia no continente". A visão é do sociólogo e historiador argentino Ernesto Laclau, 78, um especialista no tema que divide o debate político e horroriza setores conservadores.
Parafraseando o célebre "Manifesto Comunista", de Karl Marx, ele afirma: "Há um fantasma que assombra a América Latina e esse fantasma é o populismo".
Professor emérito de teoria política da Universidade de Essex (Grã-Bretanha), Laclau mergulha no fenômeno em "A Razão Populista" [trad. Carlos Eugênio Marcondes de Moura, Três Estrelas, R$ 69,90, 384 págs.].
Para ele, a ascensão de movimentos de massas no continente provoca mudanças em governos, que assumem características nacional-populares. Há batalhas por alterações institucionais e inevitáveis choques com elites.
Institucionalismo versus populismo -aí está o embate.
"A participação democrática das massas, com seus ideais comunitários, não se ajusta a Estados liberais tradicionais", afirma ele, em entrevista à Folha.
Afinal, as instituições nunca são neutras. "Elas são a cristalização de uma relação de forças entre grupos sociais. Quando mudam essas relações, as instituições -e até as constituições- precisam ser modificadas. Estamos num processo de mudança no qual as novas forças sociais estão fazendo novas demandas e, naturalmente, vão se chocar com vários aspectos constitucionais estabelecidos anteriormente, em sociedades que eram muito diferentes", analisa.
É para bloquear essa ascensão das massas que o poder conservador trata de se agarrar a essas antigas formas institucionais e faz uma cruzada antipopulista, avalia Laclau.
"Não que as instituições tenham que ser abolidas, mas precisam ser reformadas", pondera. "As instituições da República Velha do Brasil não funcionariam na sociedade contemporânea", exemplifica o professor.
Laclau se refere especialmente às mudanças institucionais ocorridas na Bolívia, no Equador e na Venezuela.
Nesse último país, diz que houve uma mudança radical, que deixou para trás uma sociedade desestruturada e com pouca participação de massas. Destaca o papel das "misiones" (os programas sociais chavistas), que formam grupos autônomos em distintos níveis da comunidade. "Essa sociedade necessita instituições novas, e os conservadores querem manter as instituições mais tradicionais."
Também no Equador o debate foi para mudar leis dos anos 1990, que refletiam o apogeu do neoliberalismo e das ideias do Consenso de Washington implantadas no país. Situações semelhantes ocorrem na Bolívia, com participação indígena, e na Argentina.
Pergunto sobre o alegado viés autoritário que, segundo alguns, está embutido em mudanças nesses países. Laclau diz que a acusação é absurda. Cita as eleições periódicas que ocorrem hoje no continente. E lembra as ditaduras que proliferaram por aqui no século 20, especialmente do Chile de Augusto Pinochet.
"Se houve um ataque autoritário às instituições, esse ataque não veio do populismo, veio do neoliberalismo", declara.
RETÓRICA
O populismo é alvo de achincalhe, menosprezo, desdém. Muitas vezes, é apontado como simples retórica.
É o que Laclau descreve, com exemplos históricos, em todo um capítulo. "O populismo não só tem sido degradado mas também denegrido. Seu rechaço tem sido parte da construção discursiva de certa normalidade, de um universo político ascético do qual sua lógica perigosa teria que ser excluída", diz.
É dessa concepção de um mundo sem ação das massas que surgem as conhecidas ideias de que governos devem ser exercidos por técnicos e gestores teoricamente competentes? "Trocar a política pela administração tem sido sempre a ideologia conservadora das elites econômicas da América Latina", responde Laclau.
E observa que não é à toa que na bandeira brasileira consta o lema positivista "ordem e progresso".
E o que é, então, o populismo? Para Laclau, é "uma forma de construir o político, não é uma ideologia".
Supõe uma divisão da sociedade em dois campos e ocorre quando os "de baixo" interpelam o poder. Surge quando as instituições já não são capazes de absorver as reivindicações dos "de baixo". "Tais demandas tendem a se aglutinar fora do sistema, num ponto de ruptura com o sistema. É o corte populista", define.
É na construção desse conceito que se desenrola o livro "A Razão Populista", publicado originalmente na Grã-Bretanha em 2005. Na apresentação da edição brasileira, os professores Alice Casimiro Lopes e Daniel de Mendonça frisam que o populismo "não é uma anomalia ou mesmo um subdesenvolvimento irracional da democracia representativa".
Eles ressaltam que o populismo, na concepção de Laclau, não pode ser resumido apenas à relação entre liderança política e população, ao seu carisma. Mas representa uma articulação política muito mais profunda, uma "construção do povo contra o seu inimigo" -pobres versus ricos, nacionais versus estrangeiros. O povo não é uma categoria estática, mas sempre uma construção discursiva, com as mais diversas experiências e tendências ideológicas.
Licenciado em história pela Universidade de Buenos Aires, Laclau foi para a Inglaterra nos anos 1970. Dirigiu o Centro de Estudos Teóricos em Humanidades e Ciências Sociais em Essex. Escreveu "Política e Ideologia na Teoria Marxista" (Paz e Terra, 1978) e "Emancipação e Diferença" (Eduerj, 2011).
Por telefone, desde Londres, o historiador afirma que na República Velha brasileira os canais para as demandas ocorriam por meio do coronelismo e outras formas de poder.

"Em certo momento, as demandas das massas começaram a ser mais amplas do que os canais institucionais tradicionais podiam absorver. Então começam a ser produzidos momentos de ruptura: a Coluna Prestes, a Revolução de 1930, o Estado Novo. É um processo de rompimento com os canais tradicionais de absorção das demandas e de formulação das demandas."
Como comparar Getúlio Vargas com Juan Domingo Perón?

"Perón encarnava um populismo mais radical", avalia Laclau. A Argentina naquela época tinha núcleos industriais bem definidos (Buenos Aires, Rosario, Córdoba) e uma sociedade mais homogênea. "Vargas encontrou uma base social muito mais heterogênea. O Brasil é mais regionalizado do que a Argentina. Getúlio foi um líder populista impuro, mas um articulador de interesses muito visíveis."
Laclau lembra que o processo de construção da democracia na América Latina tem características específicas. Na Europa, o Legislativo assumiu um papel de protagonista, ao levar as reivindicações populares ao poder monárquico centralizador. Aqui, aconteceu o contrário.
"O poder parlamentar era o poder das oligarquias locais, de proprietários de terras, de interesses agrários que se organizavam em torno do Estado. Na América Latina, o Poder Executivo tem sido mais democrático que o Legislativo e segue sendo central na democracia de hoje", analisa.
ORIENTAÇÃO
Segundo Laclau, o populismo pode ser de direita ou de esquerda -é indeterminado do ponto de vista de sua orientação ideológica.
"O fascismo italiano e o maoísmo na China foram populismos", defende. Se atualmente, na América Latina, "o populismo está ligado à ascensão de regimes de esquerda e se fundamenta na construção de uma ordem nacional e popular que rompa com os ditames do Consenso de Washington", na Europa é diferente.
Lá, aponta o sociólogo, "temos um populismo étnico em países do Leste, após a desintegração do sistema soviético; um populismo também de direita na Europa Ocidental, baseado na xenofobia e no repúdio aos imigrantes".
São casos de um populismo "conservador e reacionário, que não é progressivo em nenhum aspecto". Ao contrário do que ocorre na América Latina, aí o populismo é negativo na classificação de Laclau.
Na história brasileira, ele inclui Adhemar de Barros entre os populistas, comparando-o com Mao Tse-tung. São dois exemplos extremos. Na Grande Marcha chinesa, há a tentativa de constituir "o 'povo' como ator histórico a partir de uma pluralidade de situações antagônicas". O contexto é de guerra civil, invasão japonesa. Existe a intenção de romper com a ordem institucional e construir outra.
Já em Adhemar, do lema "rouba, mas faz", Laclau enxerga um clientelismo e um sistema de corrupção que, à primeira vista, pouco têm a ver com o projeto emancipatório de Mao. Mas ele define os dois como populistas. "O elemento comum é fornecido pela presença de uma dimensão anti-institucional, de certo desafio a uma normalização política, à 'ordem habitual das coisas'. Em ambos os casos ocorre um chamado aos despossuídos", argumenta.
Há a atração popular pelo criminoso de alto coturno, por alguém que está fora do sistema legal e o desafia, diz Laclau, acrescentando que "o clientelismo não é necessariamente populista".
O que acha o sociólogo sobre o "lulismo"? "É um fenômeno altamente positivo na sociedade brasileira", responde, especialmente porque elabora um equilíbrio entre uma nova participação de massas e a transformação do Estado.
E Lula é um populista? Parcialmente, diz. "Lula foi um construtor de uma sociedade civil nova", declara. Para ele, o ex-presidente foi muito importante para "valorizar a integração latino-americana", estruturando o Mercosul e rechaçando a implantação da Alca, almejada pelos EUA.
Apesar das muitas nuances e diferenças, Laclau avalia que, "no essencial, o Brasil acompanhou o processo de afirmação nacional e popular no continente". Os protestos recentes mostram que não há ligação direta entre a melhoria das condições econômicas e as manifestações por mudança.
Pelo mundo, ele identifica um elo entre as várias revoltas que eclodiram a partir da crise de 2008: a menor capacidade das instituições tradicionais de absorver as demandas das massas. "As pessoas não se reconhecem no sistema político e começam a se mobilizar fora dele", advoga.
Na visão de Laclau, "uma das coisas boas dos regimes populares da América Latina é que conseguiram combinar bastante bem as mobilizações dos 'de baixo' com uma tentativa de mudar a estrutura do Estado. Isso funcionou na região muito melhor do que na Europa, que é mais impermeável a modificações. Lá as pessoas percebem que há poucas possibilidades de mudanças dentro do sistema".
Esse fato, segundo ele, ajuda a explicar os problemas que a esquerda enfrenta no velho continente. De um lado, há burocratização de regimes distanciados das massas; de outro, massas que protestam sem almejar o Estado e sem maior organização.
"Não creio no discurso que diz não se importar com o poder estatal. A mobilização das massas, se não é acompanhada de um projeto de transformação política, tende à dispersão", alerta. Para ele, os movimentos precisam buscar autonomia e "transformar o Estado".
ELEONORA DE LUCENA - repórter especial da Folha.

Sugestão de presente de Natal

Vida: Cruz e Souza, Basho, Jesus e Trostki
Autor: Paulo Leminski
Sinopse: Quando a Companhia das Letras lançou 'Toda poesia', em fevereiro de 2013, alguns dos livros ali reunidos - como 'Caprichos & relaxos' e 'Distraídos venceremos' - estavam fora de catálogo e vinham sendo procurados pelo amplo público leitor de Paulo Leminski há mais de dez anos. Fenômeno semelhante ocorre com as quatro biografias que Leminski escreveu para a Coleção Encanto Radical ao longo da década de 1980; livros como 'Bashô - a lágrima do peixe' são raridades, e voltam ao mercado com a reedição de um volume único. Sob o olhar poético e apaixonado de um mesmo admirador, essas quatro trajetórias aparentemente desconexas ganham novas dimensões, criam elos e se complementam, em comunicação permanente com a vida e a obra de seu biógrafo. Trótski é visto como um homem de letras, autor do 'mais extraordinário livro sobre literatura' já escrito por um político. Cruz e Sousa é personagem central de um movimento que Leminski chama de 'underground' e que muito o influenciaria; o simbolismo. Bashô, antes de se tornar pai do haikai, foi membro da classe samurai. E Jesus é um 'superpoeta'. Enquanto traz à tona lados de quatro de seus heróis, Leminski revela muito de si mesmo, tão múltiplo e fascinante quanto os biografados, e fornece a seus fãs, em narrativas aliciantes e cheias de estilo, uma gênese de suas principais influências.

Pedro e Lobos


leitura imprescindível para quem quer conhecer a fundo a história recente do Brasil
Para conhecer melhor a obra acesse 

Aécio Neves e a blindagem midiática

por Luiz Carlos Azenha
O lançamento será nesta quarta-feira no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

Desvendando Minas, Descaminhos do projeto neoliberal é uma coletânea de 13 artigos sobre os governos Aécio Neves-Antonio Anastasia em Minas Gerais, um contínuo de quase 11 anos de poder marcado pelo que se convencionou chamar de “choque de gestão”.

Os organizadores são Gilson Reis e Pedro Otoni.

A ideia por tras do “choque de gestão” é que o Estado é perdulário, lento e incompetente para lidar com a maior parte de suas atribuições. Deve ser “enxuto, eficiente e gastar bem”, tirando o peso da carga tributária dos ombros dos empresários e soltando as amarras do espírito animal dos capitalistas. Estes, livres do peso do Estado, produzirão tanta riqueza que, eventualmente, haverá um efeito “trickle down” — de que tanto falava o ex-presidente Ronald Reagan. Ou seja, aquela riqueza acumulada no topo eventualmente irrigará toda a sociedade. Acompanhei de perto o governo Reagan, como correspondente nos Estados Unidos, a partir de 1985.

American Dervish - "vai virar filme", "vai ser mega premiado", "vai virar best-seller".


Existem livros que causam um impacto desde o primeiro capítulo, e que após 10 ou 15 páginas de leitura já farejamos: "vai virar filme", "vai ser mega premiado", "vai virar best-seller".
 
“American Dervish”, sem dúvida, entra na categoria de obra que vai render muita coisa futura. Ainda que a realidade tratada nos pareça, aqui nos confins latinoamericanos, tão distante do que nos é usual.
 
Hayat Shah é um pré-adolescente imaturo e ingênuo, filho único de uma família ilustrada, de origem paquistanesa, instalada  em Milwaukee/USA, no final dos anos 70.  
 
Sua existência  monótona e confortável, é abalada pela chegada da melhor amiga de infância de sua mãe,  Mina Ali, e seu filho  de 4 anos, Imran. Ambos  fugiram de uma vida de violência, abusos e repressão no Paquistão.

FHC - o príncipe da privataria

O Príncipe da Privataria revela quem é o “Senhor X”, o homem que denunciou a compra da reeleição
Uma grande reportagem, 400 páginas, 36 capítulos, 20 anos de apuração, um repórter da velha guarda, um personagem central recheado de contradições, poderoso, ex-presidente da República, um furo jornalístico, os bastidores da imprensa, eis o conteúdo principal da mais nova polêmica do mercado editorial brasileiro: O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição (Geração Editorial, R$ 39,90).
Com uma tiragem inicial de 25 mil exemplares, um número altíssimo para o padrão nacional, O Príncipe da Privataria é o 9° título da coleção História Agora da Geração Editorial, do qual faz parte o bombástico A Privataria Tucana e o mais recente Segredos do Conclave.
O personagem principal da obra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o autor é o jornalista Palmério Dória, (Honoráveis Bandidos – Um retrato do Brasil na era Sarney, entre outros títulos). A reportagem retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o “Senhor X” – a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição – e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um ”segredo de polichinelo” guardado durante anos…

Conhece mais gostosa que essa?

Você nunca viu coisa tão gostosa assim!

Gostosa mesmo é a leitura de um bom livro


"Isso mesmo caros amigos quem pensou que encontraria uma mulher seminua, dançou. A gostosa à quem eu me refiro é a leitura. O ato de gastar um bom tempo de qualidade lendo um bom livro.
Espero que ninguém se irrite com o tópico da postagem, fiz em prol de propagar a literatura.
Aos que se ofenderam e desejam me ofender pela brincadeira. Fiquem a vontade.
Creio que bons comentários me animam e os ruins me moldam para ser melhor.
Caso tenha feito você ler até aqui, já estou muito feliz, e para quem quiser continuar lendo, segue um pequeno conto abaixo."


A filha do dono da livraria.


Havia na Inglaterra, uma rua pouco famosa no condado de Hampshire que tinha uma pequena livraria. Esta livraria ia de mal a pior, poucos eram os clientes que adentrava nela para comprar um livro e há anos ela passava com a contabilidade no vermelho. 

O dono tinha uma filha chamada Louise que sempre amou ler livros. Um dia quando Louise tinha seus 16 anos, no começo das férias de verão ela foi até a praça que ficava de frente ao colégio que ela frequentava, não muito longe dali para sentar-se e ler. O lugar era pouco movimentado, mas algumas pessoas passaram por ali e a viram lendo. Ela fez isso religiosamente durante todos os dias das férias, no mesmo horário ela sentava-se na praça e lia o seu livro. Passados alguns dias uma senhora sentou-se em um banco ao lado dela e levou um livro também, mais alguns dias e um casal jovem, levavam seu filho para brincar ao ar livre e enquanto a mãe cuidava da criança o pai também lia um livro. Um senhor austero apareceu também, uma semana depois, e religiosamente lia as colunas do jornal local. Antes que as férias de Louise terminassem a praça contava com mais de trinta pessoas que vinham até aquele lugar para ler, conversar e brincar. 

As autoridades locais perceberam a mudança no comportamento e resolveram fazer melhorias naquele lugar. Um ano depois a praça já contava com brinquedos novos para as crianças, havia uma grande tenda coberta para os dias de chuva, bancos novos, o paisagismo feito no jardim do local ficou exuberante e ao lado começaram uma feira livre onde se podia comprar de tudo. As vendas da livraria que não ficava longe dali aumentaram e pela primeira vez em anos a contabilidade saiu do vermelho. A comunidade aos arredores começou a usar o local para pequenos eventos, até criaram um clube de livros. 

No inicio daquele verão uma notícia saiu no jornal trazendo a notícia da grande revolução que a praça sofrera e havia duas fotos, uma de um ano atrás e uma do verão que começara neste ano. Na primeira foto estava Louise sozinha sentada na praça lendo e uma anotação embaixo da foto dizendo que o Jornalista passava todos os dias naquele lugar e via a garota lendo com tamanho prazer que resolveu escrever um artigo sobre isso, e que o impacto do artigo no jornal trouxe essa mudança no comportamento da população que antes ficava em casa. Mas nunca teria escrito o artigo se não fosse pela misteriosa jovem que durante todo o verão se sentava com tamanho prazer para ler um livro. 

Neste verão Louise já não estava mais na cidade, ela estava na faculdade em outra cidade. O pai de Louise se encheu de orgulho da filha quando viu a foto no jornal, mas como um bom inglês manteve a compostura sobre o assunto e mandou apenas o recorte para a filha, agradecendo a ela.

Lula e Dilma – 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil

“ Um livro sobre os 10 anos dos governos que transformaram profundamente o Brasil não poderia deixar de dar a palavra a seu principal protagonista, aquele sem o qual esse processo não teria sido possível e, menos ainda, ter logrado tamanho êxito. Luiz Inácio Lula da Silva é um político prático, intuitivo, que busca a resolução concreta dos problemas. Foi em boa medida graças a essa capacidade que se desenvolveu no país um complexo processo de articulação política que tornou viável a prioridade do social e a promoção de políticas igualitárias, a soberania externa e a recuperação do papel ativo do Estado na construção dos direitos cidadãos. ”

Na nossa biblioteca virtual, estaremos publicando livros para que possamos compartilhar conhecimento e assim desbravar o desconhecido. Na publicação de abertura postamos o livro: “Lula e Dilma – 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil”. 

“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante:
o livro fala e a alma responde.”

André Maurois

Você pode baixar este livro diretamente através deste link: 


Boa leitura!