Mostrando postagens com marcador Sonegação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sonegação. Mostrar todas as postagens

Mídia não põe ladrões graúdos sob holofotes

Blog do Briguilino>>>
Da Rede Brasil Atual

Réus graúdos levam Zelotes para longe dos holofotes

Ministério Público teme que Operação Zelotes, que investiga fraudes de grandes empresas contra o Fisco, fique parada por atender a interesses de setores da imprensa e do Judiciário

por Hylda Cavalcanti

A investigação de crimes praticados por grandes empresários, detentores de fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caminha relegada ao desinteresse por falta de associação a um escândalo que reverta em dividendos ou prejuízos políticos. O tratamento dado por parte do Judiciário e da imprensa à Operação Zelotes é uma amostra disso, se comparado à Lava Jato. Essa tem sido a constatação de parlamentares, representantes do Ministério Público, analistas econômicos e profissionais do meio jurídico, que se debruçam sobre a elucidação de um escândalo que pode chegar R$ 19 bilhões desviados do Tesouro Nacional.

A Operação Zelotes foi deflagrada em 28 de março por diversos órgãos de investigação em conjunto com a Polícia Federal. Resultou na descoberta de uma fraude com a Receita Federal, no período de 2005 a 2013 – grandes empresas subornavam integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado à Fazenda, para serem absolvidas do pagamento de impostos ou reduzir de forma significativa o valor a ser pago. Entre as empresas investigadas estão grandes corporações, como RBS (maior afiliada da Rede Globo), Gerdau, Votorantim, Ford, Mitsubishi, BRF (antiga Brasil Foods), Camargo Corrêa, e os bancos Santander, Bradesco, Safra, BankBoston, Pactual, Brascan e Opportunity.

Enquanto em várias operações de caráter semelhante essa fase já teria resultado em prisões preventivas e medidas mais adiantadas, autoridades, Ministério Público e parlamentares alertam para o risco de a investigação não chegar a um resultado efetivo. Segundo o procurador da República Frederico Paiva, “o caso até agora não entusiasmou nem o Poder Judiciário nem a mídia, ao contrário do que acontece com a Operação Lava Jato”. Ele criticou o que chamou de “passividade” por parte dos órgãos envolvidos na investigação e afirmou, durante audiência pública no Congresso Nacional, que os escândalos de corrupção no Brasil só despertam interesse quando há políticos no meio. “Quando atingem o poder econômico, não há a mesma sensibilidade. É preciso que a corrupção seja combatida por todos. Os valores são estratosféricos”, afirmou.

Representações

Operação Zelotes: Precisamos de um Moro em Brasília

A imponência dos envolvidos complica o andamento da investigação, que atinge o dobro dos valores da Lava Jato


A dimensão da Zelotes estarrece: o valor investigado soma o dobro daquele até o momento apurado na Operação Lava Jato. E, mais ainda, fere a consciência dos cidadãos honestos a constatação de como a corrupção faz parte do estilo de vida dos poderosos do Brasil. Está sobretudo neste poder a dificuldade de uma investigação profunda e independente. Ao comparar Zelotes com Lava Jato, em primeiro lugar, na análise dos comportamentos das autoridades judiciárias atuantes nos procedimentos, verifica-se de imediato a inexorável discrepância política entre graúdos sonegadores e funcionários petistas destinatários do propinoduto da Petrobras.

Última instância à qual o contribuinte brasileiro pode recorrer para reverter dívidas com a Receita Federal, o Carf  acumula, atualmente, cerca de 105 mil processos cujo valor ultrapassa 520 bilhões de reais. Até então esquecido dentro da estrutura do Ministério da Fazenda, o órgão ganhou o noticiário após a Polícia Federal desarticular um esquema responsável por negociar votos de seus conselheiros e fraudar votações que causaram um prejuízo estimado em 6 bilhões de reais. São 74 processos investigados no valor de 19 bilhões de reais em dívidas de bancos, montadoras de automóveis, siderúrgicas e inúmeros grandes devedores que apostavam na corrupção de agentes públicos para burlar o pagamento de impostos. Na opinião dos investigadores da PF, trata-se da maior fraude tributária descoberta no Brasil.

Com números tão expressivos e nomes acostumados a frequentar as mais badaladas listas de grandes empresas, a Operação Zelotes acumula muitos dos requisitos necessários a uma investigação de futuro incerto. Ciente desse cenário nada favorável, a PF, desde o recebimento da denúncia anônima que deu origem ao inquérito, toma todos os cuidados para evitar um desfecho sem punições. Para desviar do caminho de operações como a Castelo de Areia, aniquilada pelo fato de ter começado com uma denúncia não identificada, os investigadores realizaram uma série de diligências preliminares que resultaram em um acervo probatório capaz de tirar o sono de grandes empresários cujas dívidas fiscais foram abatidas pelo Carf entre 2005 e 2015.

Os recursos de dívidas tributárias funcionam da seguinte maneira. O processo administrativo fiscal, o PAF, começa com o auto de infração pela delegacia da Receita de cada estado. Caso o contribuinte reclame, o procedimento segue para a Delegacia da Receita Federal de Julgamento, a DRJ, considerada a primeira instância. Posteriormente, os recursos seguem para o Carf, onde passam primeiro pelas turmas ordinárias e especiais e, caso prossiga o impasse, são decididos no pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais. O órgão é composto de 216 conselheiros, dos quais 108 indicados pela RF e 108 pelos contribuintes. Eles não recebem remuneração e na prática as indicações são todas políticas. "O que vimos e foi demonstrado é que muitos conselheiros agem em benefício de causa própria, utilizando o órgão como um meio de obter acesso fácil a clientes e causas importantes, utilizando-se das facilidades de acesso a sistemas e outros servidores e conselheiros, tudo em prol do seu interesse particular de enriquecimento em detrimento dos cofres da União, fazendo do Carf um lucrativo balcão de negócios", descreveu o delegado federal Marlon Oliveira Cajado dos Santos no pedido de busca e apreensão contra os integrantes da organização criminosa.

Brasil, campeão mundial em sonegação


Nossa elite empresarial, midiática e política não se escandaliza por o Brasil ser o país de maior sonegação fiscal do mundo.

Confira a lista da organização Tax Justice Network, que luta contra a sonegação mundial.

Abaixo os 5 países e o percentual do PIB sonegado:

1º) Brasil              (39%)
2º) Itália                (27%)
3º) Espanha           (22,5%)
4º) França              (15%)
5º) Reino Unido     (12,5%)





Fouché, Pmdb e Zelotes: a política como ela é

Fouché, por Fernanda Torres
Radicalismos recíprocos, mágoas políticas, pobres versus ricos, morte à burguesia, arrocho financeiro, convocações, marchas, seca, escândalos, delações, a coisa tá preta.

Em meio à intempérie, dois livros têm me servido de guia: as biografias de Napoleão Bonaparte, a de Alan Schom e a de Andrew Roberts.

Sou artista e burguesa, mas não defendo o impeachment.

Os franceses deceparam a cabeça de Luís 16, enfrentaram uma década de horror e acabaram nas mãos de um general que se auto coroou imperador. Quem nos garante um futuro melhor?

Dilma está longe de ser Luís 16, mas a insatisfação popular, o isolamento, a corrupção, o revertério climático e a ruína de sua base partidária guardam paralelo com as desventuras que levaram o rei à guilhotina.

Napoleão surgiu no vácuo da turbulência que se seguiu à queda da Bastilha. Cabeças rolaram em série, primeiro a do monarca, depois a dos nobres, dos ricos, dos católicos, dos moderados girondinos e, por fim, dos extremados jacobinos. Leia mais>>>



Renan Calheiros e Pmdb querem menos Ministérios...para os outros

Renan Calheiros e o PMDB querem menos ministérios (para os outros), por Josias de Souza

Renan Calheiros tornou-se um personagem paradoxal. Sob refletores, o presidente do Senado defende obstinadamente o enxugamento da Esplanada. Longe dos holofotes, guerreia vigorosamente para manter sob seus domínios o Ministério do Turismo, impedindo que o correligionário Henrique Eduardo Alves seja acomodado na pasta. E o que parecia solução virou mais um problema para Dilma Rousseff nas suas já conturbadas relações com o PMDB. Leia mais>>>


Por que a oposição e a grande mídia não pedi a cpi da Zelotes?
:




Estranha o fato de que até o momento nenhum congressista da oposição se movimente para colher assinaturas e pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar detalhes dos R$ 19 bilhões sonegados ao Fisco, descobertos pela Operação Zelotes; operação da Polícia Federal expôs figurões do pensamento liberal, como Jorge Gerdau, suspeito de pagar R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões; a RBS, afiliada da Globo e que tem como sócio Armínio Fraga, também foi fisgada numa propina de R$ 15 milhões para abater dívida de R$ 150 milhões; apesar dos números, a avaliação entre os líderes oposicionistas no Congresso é que não há disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores
Comentário:
Eu estranharia se a tucanalhada tivesse pedido essa cpi. A corja ser investigada? Nem pensar! 247: Leia mais>>>

Por que a oposição e a grande mídia não pedi a cpi da Zelotes


:




Estranha o fato de que até o momento nenhum congressista da oposição se movimente para colher assinaturas e pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar detalhes dos R$ 19 bilhões sonegados ao Fisco, descobertos pela Operação Zelotes; operação da Polícia Federal expôs figurões do pensamento liberal, como Jorge Gerdau, suspeito de pagar R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões; a RBS, afiliada da Globo e que tem como sócio Armínio Fraga, também foi fisgada numa propina de R$ 15 milhões para abater dívida de R$ 150 milhões; apesar dos números, a avaliação entre os líderes oposicionistas no Congresso é que não há disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores
Comentário:
Eu estranharia se a tucanalhada tivesse pedido essa cpi. A corja ser investigada? Nem pensar!

247: Até o momento, nenhum partido da oposição apresentou algum pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar o que já se sabe da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga comercialização de decisões do Conselho Administrativo de Recurso Tributários (Carf) da Receita Federal. 

O prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação de impostos é de R$ 19 bilhões, muito maior do que o descoberto na operação Lava Jato, que mantém presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país presos há meses. Os partidos de oposição, que poderiam aumentar sua 'intifada' contra o governo e amplificando investigações contra os cofres públicos, até o momento não se manifestaram.
Nesta sexta-feira, 3, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Além de Gerdau, outros nomes ligados à oposição foram desnudados pela Operação Zelotes. A RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky, é acusada de ter pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. A RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves, presidente do PSDB.
Avaliação entre os líderes oposicionistas no Congresso é que não há disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores.



Ricardo Kotscho: Qual o maior escândalo?

A indústria da sonegação!
receitanova Qual o maior escândalo? A indústria da sonegação
"Vou lhe contar um pequeno segredo: aqui no Brasil empresas não gostam muito de pagar impostos".
Segredo para quem, cara pálida? O autor desta frase é exatamente quem deveria cuidar para que todos paguem seus impostos, o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Em palestra que fez na semana passada, em São Paulo, a ex-alunos da Universidade de Chicago, onde também estudou, ele falou de passagem numa antiga prática, a sonegação fiscal, exercida desde sempre por amplos setores do alto empresariado nacional. Preferem pagar bons advogados e lobistas para pagar menos ou não pagar nada do que devem à Receita Federal.
Como de hábito, Levy depois tentou consertar o que disse, substituindo na transcrição oficial do inglês para o português a palavra "empresas" por "pessoas". Claro que ninguém gosta de pagar impostos, nem aqui, nem em Chicago, nem na China, mas o ministro deu azar de tocar neste assunto proibido justamente no momento em que a Polícia Federal deflagrava a Operação Zelotes, que está investigando 74 empresas suspeitas de causar um rombo de até R$ 19 bilhões aos já combalidos cofres públicos que Levy tenta salvar com seu ajuste fiscal.
Este é, de longe, o maior escândalo de corrupção da nossa história, quiçá do mundo, muito maior do que todos os mensalões e petrolões juntos, que há anos fazem a alegria da mídia udenista nativa, como mostram os números, que agora não tem mais jeito de esconder das manchetes e das capas de revista:
* Até o momento, do total do montante investigado, a Polícia Federal já identificou e comprovou prejuízos ao erário de R$ 6 bilhões causados pelo esquema, que envolve grandes grupos econômicos do porte dos bancos Bradesco,  Santander, Boston Negócios, Safra e UBS Pactual, e empresas como Ford, Gerdau, RBS, TIM, BRF, Petrobras, Light, Mitsubishi, Brascan e Marcopolo. Não tem cachorro pequeno nesta história e, até agora, não apareceram nomes de políticos (apenas uma sigla, a do PP, sempre ele, está na lista dos sonegadores investigados).
* Só este valor já corresponde a três vezes mais do que o total desviado no esquema de corrupção na Petrobras descoberto pela Operação Lava Jato e divulgado pelo Ministério Público Federal em janeiro: R$ 2,1 bilhões.
Para se ter uma ideia do que representa esta verdadeira indústria da sonegação, os R$ 19 bilhões e 77 milhões que deixaram de ser recolhidos à Receita Federal, só nos processos investigados até agora, estão próximos dos R$ 18 bilhões que o ministro Joaquim Levy pretende cortar este ano em benefícios trabalhistas e previdenciários, as principais metas do pacote fiscal que está paralisando o país. Ou seja, se o Ministério da Fazenda e a Receita Federal cobrassem dos grandes sonegadores o que devem, o governo nem precisaria fazer ajuste nenhum.
Só agora, com a Operação Zelotes, nós, simples contribuintes, ficamos sabendo da existência de um tal de CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a sigla que esconde o grande ninho da corrupção numa bilionária parceria público-privada, espécie de segunda instância a que as empresas podem recorrer quando se sentem "prejudicadas" pela fiscalização.
A curiosidade deste tribunal tributário especial é que ele é constituído de forma paritária por servidores do Ministério da Fazenda e representantes das confederações e sindicatos patronais, ou seja, das pessoas jurídicas autuadas pelo Fisco.
A cada dia, aos poucos, novos escândalos vão aparecendo e mostrando como o CARF se tornou um ótimo negócio para as empresas devedoras da Receita Federal. Vamos só pegar alguns exemplos:
* Para não pagar uma dívida relativa a suposta sonegação de impostos da ordem de R$ 793 milhões, o Banco Safra está sendo investigado pelo pagamento de uma propina de R$ 28 milhões negociada com conselheiros do CARF, entre eles um procurador da Fazenda Nacional, Jorge Victor Rodrigues, segundo denúncia do jornal O Globo, com base em gravações de conversas interceptadas pela Polícia Federal, com autorização judicial.
* As investigações da PF no processo da montadora Ford levaram a um ex-presidente do CARF, Edison Pereira Rodrigues, que oferece seus "serviços" em troca de módicos 2% a 3% do valor devido, com garantia de "95% de chances" de reduzir ou anular as multas da Receita Federal. "Caso contrário, perderão com certeza. A bola está com vocês", escreveu Rodrigues em e-mail encaminhado à empresa e apreendido pelos agentes federais, no qual informa já ter trabalhado também para a Mitsubishi, "com sucesso", segundo reportagem da Folha desta quinta-feira.
* A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, é suspeita de pagar R$ 1 milhão de propina para não pagar multa no valor de R$ 200 milhões, segundo denúncia do Estadão, o primeiro jornal a levantar o assunto, que já relacionou vários outros gigantes citados nas investigações (ver acima), como bancos, montadoras, empresas do setor alimentício, de construção e de telecomunicações. Parece que quase nenhum setor escapa. Todas as empresas, é claro, negam irregularidades e garantem só atuar dentro da lei. Segundo o jornal, dez conselheiros e ex-conselheiros do CARF estão sendo investigados por envolvimento no esquema.
É muito bom que os três principais jornalões brasileiros agora disputem esta gincana para jogar mais luz no escândalo das propinas da sonegação, abrindo ao caso o mesmo espaço e dando-lhe o mesmo tratamento concedido aos casos anteriores que abalaram o país.  Antes tarde do que nunca. E o governo o que faz? A julgar pelas declarações de Levy e do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, parece que ainda não está muito preocupado com isso.
Levy: "Não é uma coisa que se deva fazer com espalhafato, mas todas as ações serão e estão sendo tomadas". Quais? "O fortalecimento do Carf é um dos temas que elegi para a minha administração. É muito importante porque diminui a necessidade de se aumentar impostos". Fortalecimento? Como assim? Não seria melhor fechar de uma vez esta arapuca que só tem servido para sangrar os cofres públicos e encaminhar os reclamantes à Justiça comum, como qualquer um de nós?
Rachid: "Há 74 processos administrativos que estão sob suspeita pelas informações de que nós já dispomos (...) Mas não necessariamente os R$ 19 bilhões serão revertidos a favor da Fazenda Nacional". Por que não? O governo não está desesperadamente precisando de dinheiro para acertar as contas públicas? Não é justo aumentar a arrecadação, cobrando de quem pode e deve mais, em vez de cortar benefícios sociais de quem pode menos?
A crise não é só econômica, meus amigos. É política. O governo Dilma-2 precisa decidir de que lado fica.
E vamos que vamos.
Em tempo (atualizado às 14h):
Só para lembrar um detalhe que esqueci de colocar no texto acima: segundo estudo dos procuradores da Fazenda Nacional, a estimativa de sonegação fiscal para o exercício de 2015 está na ordem de R$ 500 bilhões.

Sonegação é a maior corrupção

na Carlos Drummond - Carta Capital

Nenhum assunto rivaliza com as notícias sobre corrupção na cobertura e no destaque dados pela mídia, um sinal da importância devidamente atribuída ao problema pelos cidadãos. Males de proporções maiores, porém, continua na sombra. A sonegação de impostos, por exemplo, tem sete vezes o tamanho da corrupção, mas recebe atenção mínima da sociedade e do noticiário.

Deixa-se de recolher 500 bilhões de reais por ano aos cofres públicos no País, calcula o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, Heráclio Camargo. O custo anual médio da corrupção no Brasil, em valores de 2013, corresponde a 67 bilhões anuais, informa José Ricardo Roriz Coelho, diretor-titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, com base em cálculos recentes.

Para alertar a sociedade da importância de se combater a sonegação, Camargo, inaugurou na quarta-feira 18, em Brasília, um sonegômetro e uma instalação denominada lavanderia Brasil. Na inauguração, o medidor mostrava um total sonegado de 105 bilhões desde janeiro, dos quais 80 bilhões escoados por meio de operações de lavagem ou manipulação de recursos de origem ilegal para retornarem à economia formal com aparência lícita.

Em um exemplo citado pelo Sindicato, um comerciante simula a compra de 50 milhões de litros de combustível, adquire só 10 milhões de litros físicos e obtém, mediante pagamento, notas fiscais falsas no valor de 40 milhões. Ele negociou de fato só aqueles 10 milhões, mas trouxe para a economia formal os 40 milhões de origem ilícita por meio desse mecanismo de lavagem, sem recolher os impostos devidos. Tanto a parcela superfaturada, os recursos de propinas, tráfico de drogas, de armas e de pessoas, contrabando, falsificações, corrupção e renda sonegada precisam retornar à economia com aparência de origem lícita, para as atividades criminosas prosseguirem.

A livre atuação no Brasil das empresas off shores, ou registradas em paraísos fiscais, agrava a sonegação. Há laços fortes do País com esses redutos de burla dos fiscos dos estados nacionais, na prática nossos grandes parceiros comerciais. A principal razão é o tratamento preferencial dado ao capital externo, subtaxado quando da sua remessa de lucros ao exterior, afirma-se no site Tax Justice Network.

“Todos os países que não taxam ganhos de capital, ou o fazem com base em alíquota inferior a 20% são considerados paraísos fiscais no Brasil. Ironicamente, esse país tem diversas situações de ganhos de capital taxados em menos de 20%.” Não é bem assim, explica a Receita Federal. “A definição de paraíso fiscal na legislação brasileira não leva em conta apenas a tributação de ganhos de capital, mas sim a tributação da renda. A tributação da renda das pessoas físicas é de 27,5% e das pessoas jurídicas é de 25% de imposto de renda, mais 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.” Mas a taxação de ganhos de capital, “em regra de 15%”, é baixa em termos mundiais e o trânsito do dinheiro é facilitado pela parceria comercial com os paraísos fiscais.

Pessoas físicas recorrem também aos paraísos fiscais para não pagar impostos sobre os seus ganhos, lícitos ou não. No caso das 8.667 contas de brasileiros descobertas no HSBC da Suíça (4.º maior número de correntistas no mundo), Camargo vê “com certeza indícios de conexão com paraíso fiscal, porque essas contas eram secretas, só vazaram porque um ex-funcionário do HSBC divulgou a sua existência. Há indícios a serem investigados pelas autoridades brasileiras, de evasão de divisas e crime de sonegação fiscal.”

Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS, o imposto de renda e as contribuições sociais pagas com base nas declarações das empresas. Os impostos indiretos, embutidos nos produtos e serviços, e o Imposto de Renda retido na fonte, incidentes sobre as pessoas físicas, são impossíveis de sonegar. A pessoa jurídica cobra os tributos, mas algumas vezes não os repassa ao governo.

Quem tem mais, deve pagar mais, estabelece a Constituição, em um preceito tão desobedecido quanto o do Imposto sobre Grandes Fortunas, à espera de regulamentação. Nesse assunto, o Brasil está na contramão. A partir de 2012, com a piora da economia e da arrecadação, países europeus que haviam concedido desonerações tributárias e cortado gastos, voltaram a aumentar o imposto de renda nas alíquotas mais altas e elevaram os impostos sobre propriedade, diz a professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“Aqui, não conseguimos fazer isso porque o IPTU não é arrecadado pela União, mas pelos municípios, então você não mexe na propriedade. Impostos que tratam da concentração da renda, do patrimônio, deveriam estar nas mãos da União. A reforma tributária, segundo algumas visões do Direito, é tratada como uma questão de simplificação. Não é o caso, muito pelo contrário, tem que complexificar mais, dentro de uma estrutura adequada em termos de progressividade, de taxar realmente o patrimônio, os ativos, essa coisa toda.”

A estrutura do nosso sistema tributário, diz a professora, “é uma tragédia, regressiva, picada, os impostos não vão para as mãos que deveriam ir. Por que não se consegue repensar o IVA, o ICMS? Porque são dos estados. Impostos e medidas que poderiam favorecer uma progressividade, não se consegue adotar, por conta do nosso caráter federativo.”

A sonegação é uma possibilidade aberta para as empresas pela estrutura tributária, conforme mencionado acima, e quando pegas, são beneficiadas pela discrição das autoridades. Também nesse quesito, o Brasil segue na contramão. Nos Estados Unidos, por exemplo, os próprios políticos tratam de alardear os nomes das empresas flagradas em irregularidades.




Por que o Brasil, não dá publicidade aos nomes dos grandes sonegadores, o que possivelmente contribuiria para desestimular o não recolhimento de tributos e impostos? Segundo Camargo, há divulgação, mas ela não é satisfatória. “Existe um sítio na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional que enseja a consulta dos CNPJs ou CFPs dos devedores, mas sem informar quais são os valores devidos. Não temos uma cultura de transparência no Brasil. Essas restrições são inaceitáveis e nós devemos caminhar para uma maior transparência, com a divulgação dos nomes e respectivos valores devidos.”

Cobertura do escândalo CARF pelos jornalões seria hilária, não fosse trágica

Nossa mídia continua em seu hercúleo esforço para ignorar a Operação Zelotes, desencadeada semana passada pela Polícia Federal (PF) para apurar na Receita Federal (RF) o que as investigações iniciais indicam ser o escândalo financeiro que manipulou maior volume de dinheiro da história do país e o que mais lesou os cofres públicos.
A apuração preliminar que levou a PF a desfechar a Zelotes indica que um conluio entre grandes empresas nacionais e multinacionais e membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) da Receita pode ter lesado o país em nada menos que R$ 19 bilhões. Nossa grande mídia praticamente não dá o assunto desde o 1º dia (5ª feira da semana passada) e continua assim, sabe-se lá até quando.
Hoje o assunto está na Folha de S.Paulo e em O Globo. Mas, de uma forma que seria hilária, não fosse trágica…O Globo, por exemplo, trata do assunto em seu principal editorial. Mas, faz uma completa inversão de valores e critica a “caixa preta da Receita Federal”, ao invés de criticar os sonegadores, as empresas que cevaram conselheiros do CARF para que eles quebrassem e reduzissem multas/dívidas milionárias delas e as convertessem em quantias irrisórias.
Empresas em que a PF viu indícios negam ter participa de irregularidades
Folha traz uma reportagem a respeito. Mas em seu editorial principal de hoje não fica muito atrás do Globo: o jornalão da Barão de Limeira, em São Paulo, prega que o governo precisa fazer uma profunda revisão no CARF, aumentando mecanismos de controle focando em maior transparência do órgão.
Na reportagem que publica hoje, a Folha crava que pelo menos 12 empresas, segundo a PF,  “negociaram ou pagaram propina” no CARF para reduzir – em alguns casos, até zerar – débitos com a Receita Federal. Mas, levantamento inicial da PF indica que outras 62 podem ter feito o mesmo – no total 74 grandes empresas teriam alimentado as irregularidades ocorridas no Conselho, última instância da Fazenda para apreciar recursos contra multas e tributos que as empresas consideram indevidos.
A Folha diz ter tido acesso aos 74 processos tocados pela PF e que a levaram a desencadear a Operação Zelotes. Das 74 “muitas subornaram integrantes do CARF. (…) Outras, porém, foram procuradas por facilitadores que intermediavam o suborno a conselheiros do órgão, mas ainda não há contra elas elementos que comprovem o pagamento da propina.
De acordo com o jornalão, os casos que os investigadores apuraram e constataram com indícios mais consistentes envolvem os grupos Gerdau, Rede Brasil Sul de Comunicações – RBS, companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio, Mundial-Eberle, Ford e Mitsubishi, além de instituições financeiras, como Santander e Safra. Todas foram procuradas pelo jornal e as que deram resposta negaram irregularidades em sua ação.



Operação Zelotes escancara a hipocrisia nacional

"Aqui no Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais] só os pequenos devedores pagam, Os grandes não"!

A afirmação acima, foi dita por um ex-conselheiro do orgão, numa conversa interceptada com autorização da Justiça.

Grandes bancos e grandes empresas estão atoladas até o pescoço nessa chaga nacional que é a sonegação.

Bancos:

  • Safra
  • Boston
  • Pactual
  • Bradesco
  • Santander
Montadoras:
  • Ford
  • Mitsubishi
E mais:
  • RBS
  • Light
  • BR Foods
  • Grupo Gerdau
  • Camargo Corrêa
O que estas empresas tem em comum?
Todas só negam. 
Seus donos são honestos.
E, eu acredito na palavra deles!
Com certeza você também acredita, não é mesmo?
Por favor, confirme que também acredita num comentário.



Poemito inédito de Maitê Proença

Xingo o Bolsa Família
Grito Xô corrupção
Recebo Bolsa dondoca
Tô na lista da sonegação

Bato panela
A cara não fica amarela
Vergonha tenho não.

Sou celebridade
Minto minha idade dia após dia
Meu nome é hipocrisia.

Eu a Globo e o HSBC tudo a ver
Só negação!


SwissLeaks fisga Catões da mídia

Entre os personagens que preferem ter prejuízo com aplicações financeiras - receber menos juros na Suiça que no Brasil -, estão:

  • Otávio Frias e seu filho Otavinho - Folha de São Paulo/UOL
  • Jonny Saad - Bandeirantes
  • Lily Marinho - Rede Globo
  • Aloysio de Andrade Farias - Rede Transamérica
  • Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz, Edson Queiroz Filho - Grupo Verdes Mares
  • Fernando João Pereira dos Santos - Rádio Tribuna, do Espiríto Santo
  • Luiz Fernando Levy - Gazeta Mercantil
  • Família Dines
  • Carlos Massa - o Ratinho
  • José Roberto Guzzo
  • Mona Dorf - ligada a Rádio Eldorado
  • Arnaldo Bloch - colunista do O Globo


Além de gostar de perder dinheiro, esse pessoal com contas em paraísos fiscais tem mais coisas em comum, todos tem nojo de corrupção, são paladinos da moral, ética e honestidade nacional.

P.S: Tou aguardando a divulgação dos valores depositados nas contas de Genoino, Delúbio, João Paulo, José Dirceu, Lula e Dilma Roussef.

SwissLeaks - no mínimo 99,99% são sonegadores

No Brasil é legal ter conta em qualquer país do mundo, basta declarar aos orgãos competentes. Portanto quem declarou possuir contas na Suiça ou qualquer outro país do mundo não tem de que prestar contas a ninguém.

Qual o problema desta lista do HSBC?

Pelo que sei, o problema é:  a maioria absoluta dos correntistas não declararam sequer as contas - imagine os valores -.

Portanto 99,99% dessa gente é no mínimo, sonegador. 

99,99% são grandes sonegadores, no popular: 

Ladrão!

Como dentre os ricos e poderosos deste nosso amado e roubado Brasil estão as famílias midiáticas e elas estão fazendo um silêncio ensurdecedor sobre o caso, sinceramente, acho que eles estão atolados até o pescoço nessa roubalheira. 

O mesmo penso do alto tucanato.

Acho muito suspeito nenhum senador do Psdb ter assinado o pedido de cpi.

Os paladinos da moral, ética e honestidade não querer investigar um caso de corrupção desta magnitude?

Sei que:

"Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente, até que sua sua culpabilidade seja provada em julgamento público, ao qual lhe tenha sido garantido o amplo e irrestrito direito de defesa".

Concordo em gênero, número e grau com está premissa constitucional. 

Mas sou assim: 

Jogo limpo! 

Você joga sujo? 

Jogo sujo também!

Quer porrada? Porrada tem. Do cabelo pra baixo, pra mim é canela.

E como para a mídia, o mpf, o judiciário e a oposição todo petista é culpado - mesmo sem prova cabal, mesmo que prove o contrário -, nesse caso do Suiçalão, repito:

99,99% são desde ontem sonegadores. 

E eles que me processem e provem que não são.

Falei!

Brasileiro cria app que indica se na região existe alguma empresa que não sonega

O jovem programador liberal Alissando Kresce, de 15 anos, desenvolveu o aplicativo Oil Quest, uma espécie de Foursquare da sonegação. Através dele, o sonegador pode fazer check in. "Dessa maneira, o aplicativo informa se nas redondezas há cidadãos que compartilham dos mesmos malfeitos", assegurou Alissando, enquanto mastigava uma coxinha de ossobuco.

"A ideia é sonegar para monetizar a ferramenta", explicou o jovem empresário. Os usuários mais frequentes de determinadas cidades podem se tornar "empresários" no Oil Quest. "Quem realmente for assíduo da ferramenta, pode até virar dono da Globo, Natura ou dos bancos Bradesco e Itaú", completou Kresce. Ainda não há informações se algum usuário se tornou Presidente da Gerdau.
Animado com a repercussão de seu app, que em cinco minutos de funcionamento conquistou 140 mil usuários, Alissando Kresce estuda novos lançamentos. "Também criei app que indica se alguém lê a Veja na sua região. Mas as pessoas acharam muito barra pesada. Acabei tirando do ar", lamentou.
Plágio oficial do The i-piauí Herald



Dou um doce

Para os apresentadores e comentaristas dos telejornais da Globo se indignarem com apropriação indébita e sonegação de grandes empresas.
Por que será, que isso nunca acontece?
Briguilinas do dia>>>



Sonegômetro: Brasil toma “goleada” em sonegação de tributos, aponta Sinprofaz

Em 2014, o Brasil deve ultrapassar a marca de impostos sonegados registrada no ano passado, que foi R$ 415 bilhões
O valor de impostos sonegados no Brasil está próximo de alcançar R$ 300 bilhões. Os dados são do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e foram calculados pelo sonegômetro: ferramenta em forma de placar, que calcula quantos reais o país deixou de arrecadar com a sonegação de tributos.
Para facilitar o entendimento do contribuinte, o presidente do Sinprofaz, Heráclio Camargo, fez uma comparação entre o valor de tributos sonegado e o gasto global com a Copa do Mundo de 2014 – segundo dados da Matriz de Responsabilidade Consolidada do Ministério do Esporte. Ele explica que a sonegação fiscal no país em um ano foi doze vezes maior que os gastos com a Copa (da ordem de R$ 25,6 bilhões).
“Houve uma discussão muito grande na sociedade sobre os gastos da Copa. Chegamos agora, no começo de agosto, com 12 vezes esse valor – de R$ 300 bilhões, sonegados no Brasil. Então, se a Copa do Mundo motivou uma discussão, por que não a sociedade discutir com muito mais ênfase esse 12 a 1 da sonegação contra o Brasil?”, questionou. “É uma goleada que o Brasil infelizmente toma da sonegação de tributos”, disse o presidente do Sinprofaz.
Heráclio Camargo frisou que a intenção do Sinprofaz é trazer a discussão da tributação e sonegação para a sociedade. “É uma questão que está presente no dia a dia. A tributação está embutida em todos os produtos e serviços. As pessoas devem saber disso para cobrar contrapartidas dos governos”.
Em estudo iniciado em 2012 e publicado em 2013, o Sinprofaz mostra que se não houvesse sonegação fiscal, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em 28,2% e ainda assim, manter o mesmo nível de arrecadação.
A expectativa do Sinprofaz é que, em 2014, o Brasil deve ultrapassar a marca de impostos sonegados registrada no ano passado, que foi R$ 415 bilhões. Segundo o sindicato isso se deve ao crescimento econômico e à inflação. “Infelizmente, nós atingiremos os R$ 300 bilhões antes do que a data do ano passado.”
Foto de capa: Marcello Casal Jr/ABr
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/08/sonegometro-brasil-toma-goleada-em-sonegacao-de-tributos-aponta-sinprofaz/
da Agência Brasil

Sonegar é eufeminismo

Na realidade, sonegar é igual a roubar!
Conheça os cinco truques dos ricos para roubar

A multa de mais de US$ 2,5 bilhões imposta ao banco Credit Suisse, acusado de ajudar milionários americanos a sonegar impostos, evidenciou uma trama complexa que envolvia advogados, banqueiros, contadores e contas secretas.
Empresários, esportistas, artistas endinheirados e funcionários do mercado financeiro estão entre as pessoas que pertencem a uma “elite” frequentemente acusada de não cumprir suas obrigações com o Fisco de seus respectivos países.
Estima-se que a evasão fiscal movimente um montante cinco vezes maior que a economia global, com impactos sobre a desigualdade social.
Um relatório calcula que as 91 mil pessoas mais ricas do planeta controlem um terço da riqueza mundial (e respondam pela metade dos depósitos em paraísos fiscais). Um total de 8,4 milhões de pessoas (0,14% da população mundial) concentra 51% da riqueza.
A evasão fiscal ajuda a aprofundar esse abismo.
Conheça as cinco formas comumente escolhidas por milionários para pagar menos:

1 – Subdeclarar impostos

O primeiro passo costuma ser declarar menos rendimentos do que os realmente obtidos.
Patrick Stevens, diretor de política fiscal do Chartered Institute of Taxation, órgão britânico que prepara funcionários da Receita do país, diz que isso ocorre em duas etapas.
“De um lado, a pessoa declara menos do que ganha. De outro, esconde a diferença, para que não seja encontrada pelo Fisco”, disse à BBC Mundo.
E isso depende de uma rede profissional que, segundo críticos como James Henry, da Universidade de Colúmbia, virou parte estrutural do atual sistema financeiro.
“É uma indústria dedicada à evasão fiscal e à potencialização de ganhos financeiros”, acusa.

2 – Registrar empresas em paraísos fiscais

Impostômetro x Sonegômetro

No jornal, Hoje da rede Globo, 22/5, assisti a uma matéria sobre a carga tributária. Entidades ligadas aos empresários já há algum tempo criaram o “Impostômetro” para medir o tamanho da carga tributaria no país. Para fazer o contraponto o Sinprofaz, sindicato dos trabalhadores da receita federal criaram o “Sonegômetro”que mede o tamanho da sonegação fiscal. Interessante que os representantes dos empresários os grandes responsáveis pela alta carga tributária e também os grandes sonegadores do país e que de forma hipócrita alertam a sociedade do peso dos impostos através do “Impostômetro”. Isso por que, o trabalhador não tem como sonegar impostos: São descontados no contra cheque do imposto de renda; recebem o repasse de toda carga tributaria, nos produtos e serviços que compram e contratam. Se o trabalhador errar nas contas na declaração do imposto de renda, cai na “malha fina”. A sociedade não tem duvida que é o imposto quem financia as políticas públicas, saúde e educação principalmente. Alguém tem que pagar as contas, como o empresário sonega, o trabalhador tem que pagar.  Inclusive a mídia que faz toda essa campanha é grande sonegadora, a Globo, que por exemplo, sonegou o imposto de renda no contrato da transmissão da Copa do Mundo de 1982. Realmente o trabalhador paga uma carga tributária muito alta!

por Emanuel Cancela 

Brasileiro rico paga menos imposto que maioria do G20

Brasileiro rico é o maior sonegador do planeta. Portanto a mania de reclamarem da carga tributária do país, não passa de hipocrisia. Como diz o ditado popular: É comendo e miando.
Corja!

Levantamento da PricewaterhouseCoopers (PWC) feito com exclusividade para a BBC Brasil revela que o imposto de renda cobrado da classe média alta e dos ricos no Brasil é menor que o praticado na grande maioria dos países do G20 – grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo mais a União Europeia.
Nas três comparações, os brasileiros pagam menos imposto de renda do que a maioria dos contribuintes dos 19 países do G20.A consultoria comparou três faixas de renda anual: 70 mil libras, 150 mil libras e 250 mil libras – renda média mensal de cerca de R$ 23 mil, R$ 50 mil e R$ 83 mil, respectivamente, valores que incorporam mensalmente o 13º salário, no caso dos que o recebem.
Nas duas maiores faixas de renda analisadas, o Brasil é o terceiro país de menor alíquota. O contribuinte brasileiro que ganha mensalmente, por exemplo, cerca de R$ 50 mil fica com 74% desse valor após descontar o imposto. Na média dos 19 países, o que resta após o pagamento do imposto é 67,5%.
Já na menor faixa analisada, o Brasil é o quarto país que menos taxa a renda, embora nesse caso a distância em relação aos demais diminua. Quem ganha por ano o equivalente a 75 mil libras (cerca de R$ 23 mil por mês), tem renda líquida de 75,5% no Brasil e de 72% na média do G20.
As maiores alíquotas são típicas de países europeus, onde há sistemas de bem estar social consolidados, mas estão presentes também em alguns países emergentes.
Na Itália, por exemplo, praticamente metade da renda das pessoas de classe média alta ou ricas vai para os cofres públicos. Na Índia, cerca de 40% ou mais, assim como no Reino Unido e na África do Sul, quando consideradas as duas faixas de renda mais altas em análise. Continua>>>

o último cristão morreu na cruz

A tal cordialidade brasileira vai se mostrando uma falácia. As pessoas aqui comem o figado do outro.
Eu tô de saco cheio do Brasil.
E acima de tudo da hipocrisia que encobre o horror de uma parcela da população tão má.
Dia desses, nao aguentei quando ouvia de um comerciante, enquanto eu pagava no caixa, o discurso "morte aos mensaleiros". 
Apos concluir o pagamento, fiquei parado na boca do caixa e o comerciante me falou: "está tudo bem com você"? enquanto chamava o próximo cliente. Não aguentei e falei: 
"O Ze Dirceu foi condenado atraves de uma teoria mal interpretada a fim de que fosse desconsiderada a falta de provas. Enquanto isso, VOCÊ ACABA DE SONEGAR ( O QUE É UM CRIME) AO NÃO DAR A NOTA FISCAL".
Resultado: o comerciante e a fila ficaram contra mim.

E ainda dizem que somos um país cristão. 
O BRASIL sempre dá razão ao NIEZTCHE quando disse:

" O ULTIMO CRISTÃO MORREU NA CRUZ"

Comentário de Francisco Niterói sobre a postagem Reacionários do Brasil escrita por Paulo Nogueira 

O peso do roubo de impostos


As eleições nos custam R$ 2 bilhões, é até pouca coisa. Mas a manipulação permitida nos custa centenas de bilhões por meio dos mecanismos que se tornaram legais ou de difícil controle judiciário. A deformação do sistema tributário desonera os muito ricos e fragiliza o setor público, reproduzindo a desigualdade
O Brasil não é pobre. Mas seus recursos são frequentemente mal utilizados, ou desviados, vazando pelas numerosas brechas, legais ou ilegais, quando poderiam ser produtivos. E não se trata de, como sempre, culpar o governo: são articulações públicas e privadas que deformam o processo decisório. Seguir o dinheiro ajuda a entender a dinâmica tanto deste como das deformações políticas. Cada um de nós conhece alguns aspectos e suspeita de outros. Mas vale a pena descrever os principais mecanismos e ver como se articulam.
A compra das eleições
Os grandes vazamentos não se dão, de forma geral, por meios ilegais, pois são praticados por grupos suficientemente poderosos para adaptar a legalidade aos seus interesses. O ponto de partida, portanto, está na apropriação da máquina que faz as leis. No Brasil, a lei que libera o financiamento das campanhas por interesses privados é de 1997.1 Quanto mais cara é a campanha, mais o processo é dominado por grandes financiamentos corporativos e mais a política se vê colonizada. O resultado é a erosão da democracia e custos muito mais elevados para todos, já que os gastos com as campanhas são repassados para o público por meio dos preços. Nos Estados Unidos, onde um sistema semelhante foi instalado em 2010, Hazel Henderson comenta: “Temos o melhor Congresso que o dinheiro pode comprar”.
Os grupos econômicos podem contribuir com até 2% do patrimônio, o que representa muito dinheiro. Os professores Wagner Pralon Mancuso e Bruno Speck, respectivamente da USP e da Unicamp, estudaram os impactos. “Os recursos empresariais ocupam o primeiro lugar entre as fontes de financiamento de campanhas eleitorais brasileiras. Em 2010, por exemplo, corresponderam a 74,4%, mais de R$ 2 bilhões, de todo o dinheiro aplicado nas eleições (dados do Tribunal Superior Eleitoral).”2
O custo das campanhas é até, em termos relativos, um mal menor se comparado aos custos de uma política estruturalmente deformada. Na realidade, é um desencadeador de deformações. A representação desequilibrada gerou um sistema tributário que onera proporcionalmente os mais pobres, levando à reprodução da desigualdade. Criou-se também uma cultura de superfaturamento de obras que a colusão entre políticos e grandes empreiteiras permite. Mais grave ainda, deforma-se o uso final dos recursos, por exemplo, com priorização do transporte individual nas grandes cidades ou do transporte rodoviário para transporte de carga, e assim por diante. E, em termos políticos, o sistema corrói o processo democrático ao gerar uma perda de confiança popular na política em geral.
O sistema gerou sua própria legalidade. Em 1997, transformou-se o poder financeiro em direito − o direito de influenciar as leis, às quais seremos todos submetidos. Ético mesmo é reformular o sistema e acompanhar os países que evoluíram para regras do jogo mais inteligentes e limitaram drasticamente o financiamento corporativo das campanhas.
A armadilha da dívida pública
Acostumamo-nos a que tipicamente 5% de nosso PIB seja desviado via governo para intermediários financeiros, sem que produzam nada. Pelo contrário, desviam-se os recursos do investimento produtivo para a aplicação financeira. Para cobrir os juros sobre a dívida, o governo FHC elevou a carga tributária de 26% para 32% do PIB. De algum lugar tinha de vir o dinheiro.
No momento em que Lula assumiu o governo, em 2003, a taxa Selic estava em 24,5%. Em junho de 2002, a dívida pública tinha chegado a 60% do PIB; hoje está mais próxima de 35%, e os juros pagos sobre a dívida baixaram para menos de 10%, mas o estoque da dívida é maior. Foi fácil abrir a torneira, fechá-la é muito mais complicado. Em comparação, a taxa oficial de juros praticada internacionalmente é da ordem de 0,5% a 2%.
A partir do governo Lula, o sistema foi sendo gradualmente controlado. Ainda assim, é uma transferência de dinheiro público para não produtores que se conta, como ordem de grandeza, em algo como R$ 150 bilhões por ano. É um sistema legal conseguido por meio do apoio político comprado com dinheiro corporativo e repassado ao consumidor nos preços que paga. Para os grupos que vivem de renda financeira, e não de produção, em vez de ir contra a lei, é mais prático fazer a lei ir ao seu encontro.
No braço de ferro que hoje se desenrola, a cada vez que se baixa meio ponto da Selic, o mundo financeiro grita na mídia, todos ameaçam com a inflação, pedem “responsabilidade” ao governo, conseguindo inclusive reverter o processo de baixa. A evolução é resumida por Amir Khair: “A dívida líquida do setor público foi marcadamente influenciada pela Selic. No início do governo FHC estava em 28% do PIB e, mesmo com a megavenda de patrimônio público com privatizações, ao final do governo chegou a 60,4%. A elevada Selic foi a responsável por isso. No final do governo Lula, tinha baixado para 39,2% e em julho estava em 34,9%. Caso a Selic continue caindo, é capaz que ao final do governo Dilma seja possível retornar próximo da que estava no início do governo FHC”.3
Uma monumental transferência de recursos públicos para rentistas que, além de nos custar muito dinheiro, desobriga os bancos de fazer investimentos produtivos que gerariam produto e emprego. É tão mais simples aplicar nos títulos, liquidez total, risco zero. Realizar investimentos produtivos, financiando, por exemplo, uma fábrica de sapatos, envolve análise de projetos, acompanhamento, enfim, atividades que vão além de aplicações financeiras.
A manipulação dos juros comerciais