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Ateliê

[...] tirinhas que são um luxo só


CRIATIVIDADE É A PALAVRA DE ORDEM NO ATELIÊ TIRACHIC. LÁ, AS ARTESÃS IONE PIONER E CLAUDIA CAPETO TRANSFORMAM RETALHOS EM PEÇAS PARA DECORAR A CASA COM MUITO ESTILO
Uma entrada estreita e pouco atrativa esconde o paraíso onde trabalham as artesãs Ione Pioner e Claudia Capeto. Ao se abrir o portão de metal, a paisagem cinza da cidade é substituída por outro cenário. O verde das plantas, o amarelo das paredes e o colorido dos tecidos enfeitam todos os cantos do ateliê Tirachic.

A empreitada começou há dois anos. Antes disso, as sócias já trabalhavam com criações artesanais em tecido, porém usando técnicas diferentes. Ione fazendo patchwork e Claudia, tapetes amarradinhos. Elas se conheceram participando de uma feira artesanal e não demorou para descobrirem as afinidades. Então, resolveram começar juntas outro tipo de trabalho, sem abandonar o que cada uma fazia antes da união.

A ideia surgiu a partir de uma pequena almofada em formato de melancia, diferente da técnica trabalhada por Claudia e ainda desconhecida no Ceará. As amigas descobriram que poderiam fazer muitos outros elementos no mesmo estilo. Assim nasceram almofadas estilosas, tapetes, tampos de bancos e bolsas, dando origem ao Tirachic. Hoje, as peças estão por toda parte do cômodo onde as duas passam horas selecionando tecidos e criando.

Parcerias
Embora o lucro seja fator essencial para qualquer negócio, ele está longe de ser o único objetivo do Tirachic. As artesãs também usam a produção para ajudar outras mulheres a se aperfeiçoarem e aumentarem a renda. Mesmo antes de unir-se a Ione, Claudia já ensinava a técnica na comunidade do Jangurussu, em Fortaleza. Com a criação do Tirachic, resolveram buscar lugares para atuar de maneira parecida.

Agora, com parceiras nas cidades de Baturité e Pacoti, a produção acontece da seguinte forma: no ateliê, as peças são desenvolvidas e modeladas por Ione e Claudia, e seguem para a região serrana, onde as tirinhas são costuradas nas bases já prontas. Depois, novamente em Fortaleza, é dado o acabamento. Além de aprenderem com o controle de qualidade das sócias, as artesãs recebem remuneração.

A maioria dos retalhos usados nas composições são doados ao ateliê por uma fábrica de moda praia. O material não aproveitado pelo Tirachic é repassado para outros espaços com trabalhos semelhantes.

No dia 29, mostraremos o ateliê Arte em PVC.

Fique por dentro Casa enfeitada
Com a série "Visita ao ateliê", iniciada em abril, o Eva mostra, quinzenalmente, locais onde artistas criam obras para ornamentar os mais diversos ambientes. O primeiro foi o de João e Hélia Ellery (03/04/11), com peças elaboradas a partir do reaproveitamento de materiais como madeira e tecido. As cerâmicas do espaço Vila Arte (17/04/11), de Denise Saboia, também já foram apresentadas. Depois foi a vez de Telma Aguiar mostrar vidros artesanais no ateliê Art Strauch (01/05/11). Hoje, conhecemos o Tirachic, de artigos feitos com retalhos de tecido. Até o dia primeiro de agosto dez espaços de arte serão visitados.

MAIS INFORMAÇÕES
Ateliê Tirachic
Rua Maestro Lisboa, 2619[
Lagoa Redonda
(85) 9199.7840/ 3476.8663

Joias

[...] de crochê

Em Quixeramobim, no Sertão Central, a artesã Maria Lúcia Chaves lança coleção com as formas da natureza
São cogumelos, ninhos de beija-flor, esferas e flores, tudo feito em crochê. Sem nunca ter dado um só ponto com a linha de algodão, a artesã partiu para um desafio maior: manusear fios de prata. Após várias tentativas, ela conseguiu levar a técnica artesanal para a produção das joias. No começo, os dedos ficavam feridos, tamanha a dificuldade de feitura. Em compensação, a cada nova peça sobram motivos para comemorar.

Casada com o designer de joias, Antonio Rabelo, Lúcia aproveita os resíduos da prata descartados no ateliê da família. Em algumas criações, ela acrescenta pedras semipreciosas, a exemplo da ametista, granada e ônix preto, todas disponíveis na região.
MAIS INFORMAÇÕES
Fotos: Marília Camelo

Produção: Daniele Gonzaga

Modelo: Carol Amâncio

Marcas: Ferrer Corset 8666.7787 / Lela 3219.1444

Joias: Maria Lúcia Chaves (88) 3441.0832 / (85) 8718.5372

CRISTINA PIONERREPÓRTER

Bijuteria


Originalmente, bijuteria é o ramo da ourivesaria ou joalheria que trabalha ligas metálicas semelhantes a ouro ou prata, assim como com pedras semipreciosas, vidro, plástico,miçangas etc. de modo a criar objetos semelhantes a joias e peças de fantasias. Por extensão, o termo também se aplica aos objetos criados.
Tratando-se inicialmente de imitações de joias, a bijuteria se desenvolveu numa série de adereços com valor precipuamente artístico em si mesmo, não mais tentando imitar as jóias necessariamente, embora mantendo a mesma função de adereço corporal.

Atesanato - Bonecas de pano

Nada se perde, tudo se transforma. Esse pode muito bem ser o lema das artesãs cearenses que descobriram nos restos de tecidos uma matéria-prima valiosa.

As irmãs Raphaela e Thamylis Miranda, por exemplo, sabem aproveitar cada tirinha de malha na criação de suas obras. Assim, elas fazem peças que, de tão perfeitas, já ganharam espaço num badalado restaurante da cidade de Jijoca de Jericoacoara, onde moram.

Já Iranilda Mendes da Silva, de 25 anos, do município de Quixadá, gosta tanto de seus tapetes de retalhos que tem até pena de vendê-los, mas sabe a importância do apurado para a renda da família.

Com inventividade, muitas artesãs aproveitam os restos de tecidos e constroem peças de encher os olhos. São bonecas, tapetes, almofadas, enfeites para decoração da casa e bolsas. A variedade da arte feita de pano é o tema da quinta edição da série "Mãos que fazem História", que será publicada no próximo domingo, dia 09.
Legado

O trabalho, seja das artesãs dos tecidos, das bordadeiras, rendeiras ou das modeladoras do barro enfrenta o desafio da continuidade. O interesse pelo ofício manual parece não contagiar as novas gerações.

Daí porque o trabalho de jovens mulheres como Raphaela, Thamylis e Iranilda merece incentivo. Ao parabenizar a série, por e-mail, a turismóloga e professora Célia Augusta Ferreira observa que o fato de as artesãs repassarem suas técnicas é uma forma de estimular a sua fixação nos locais de origem e de valorizar o turismo na região. "Ao chegar, o visitante se depara com um grande número de artigos produzidos, oriundos dos mais diferentes locais do Estado, resultado da tradição passada de geração a geração", afirma.

Célia Ferreira faz Mestrado na cidade do Crato, onde pesquisa a importância do artesanato para o turismo cultural. "O artesanato cearense vem revelando sua diversidade, concomitantemente às influências do fluxo turístico no estímulo da produção", observa.

O encantamento com as peças não é apenas dos visitantes. Residente em Fortaleza, a professora aposentada Maria José Ramos Motta, 68 anos, mais conhecida como dona Zezé, se declara apaixonada pelas imagens, peças e paisagens mostradas na série.

"Eu vou guardar todos os cadernos. Leio, releio e não me canso. Essas artistas operam milagre. Fico ansiosa quando chega o domingo para ler o caderno". Até o dia 20 de junho, quando será publicado o último exemplar da série, dona Zezé ainda terá muito o que ler.

O projeto "Mãos que fazem História" é uma iniciativa do Diário do Nordeste e tem o apoio do Governo do Estado do Ceará, da Central de Artesanato do Ceará (Ceart) e do Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae).

NAIANA RODRIGUES 

Artesanato - Cartilhas do corpo e da voz

 Reunindo mestres das culturas populares de vários estados brasileiros, o V Encontro Mestres do Mundo, em Limoeiro do Norte, foi espaço de troca e mostra de técnicas e saberes, além de evidenciar os muitos meios que os artistas do povo se valem para garantir a continuidade de suas tradições

Gravada pela lei, a expressão "tesouro vivo" evidencia a riqueza dos saberes e fazeres da tradição popular. Ilustram a ideia de fortuna, algo maravilhosa e encantada, que é preciso descobrir. Substituiu outra definição que não caiu em desuso: a de mestre (da cultura). É nesta que se reconhecem os quase 60 titulados pela Secretaria da Cultura do Estado (Secult) - o que é rico, para os mestres, é sua cultura, a tradição da qual são guardiães e promotores; e, para eles, não estão nada ocultos. A riqueza é para ser partilhada. Continua >>>

Maior queijo do Mundo 760,5 kg

Pelo 3º ano consecutivo a população de Quixeramobim comemora um record mundial. A capital cearense do leite volta a bater o próprio recorde produzindo o maior queijo do mundo.


Medindo dois metros de comprimento, setenta centímetros de largura e sessenta de largura a peça atingiu 760,5 kg, 60,5 a menos que o esperado. Mesmo assim, pelo terceiro ano seguido, o feito foi superado diante de uma multidão de aproximadamente 1,5 mil pessoas.

O queijão teve sua produção iniciada no sábado passado.


O derivado lácteo foi exibido publicamente na abertura do III Festival do Leite de Quixeramobim (Fest Leite) e da IV Feira de Agronegócios Artesanto Industria e Comercio de Quixeramobim (Faicq).

Pelo primeiro ano os dois eventos, promovidos pela Prefeitura de Quixeramobim em parceria com o Sebrae, pecuaristas, industrias e comércios do município, foram reunidos na praça Nossa Senhora de Fátima. Continua >>>

Artesanato do Ceará

Mescla de índios, negros e brancos o cearense é um dos povos mais alegres do Brasil. E criativo, também: eles dominam várias técnicas e conseguem transformar argila, madeira, couro, fios finísimos como a linha ou rústicos como o cipó empeças de arte.
Na cadência dos bilros as mulheres vão tecendo filigramas: assim nascem as rendas, também conhecidas como "da terra".

O artesanato de redes, exercido por mulheres em teares verticais, também tem forte presença no litoral cearense, principalmente no município de Itarema, cuja população é remanescente dos índios Tremembé.

São mais de doze cores oferecidas pela natureza na praia de Morro Branco, litoral cearense.
Alí inúmeros artesãos colhem material para desenharem por dentro das garrafinhas cenas típicas de Fortaleza, Aracati e Beberibe.

O filê tradicional: grade de fios de algodão com entrelaçamento colorido.Juazeiro do Norte, terra do Padre Cícero, é celeiro do artesanato nordestino. Um bom exemplo são as figuras de Reisado entalhadas em madeira pelo artesão Nino.
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