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Sonegação da Globo: "Blogueiros sujos" fazem sua parte

Desde que, há duas semanas, O Cafezinho, blog de Miguel do Rosário, levantou o caso da sonegação de impostos da Rede Globo, estamos trabalhando sozinhos para descerrar o véu de silêncio e cumplicidade que se formou em torno de um escândalo que, em qualquer país do mundo, teria repercussão semelhante à que teve o caso Murdoch na Inglaterra.
Qualquer país do mundo, menos o Brasil, onde todos se vergam ao poder imperial da Rede Globo.
Onde estão os senhores deputados, os senhores senadores, a Polícia Federal, o Ministério Público do Dr. Roberto Gurgel, com todos os seus poderes garantidos pela derrota da PEC 37, pela qual fizeram tanto alarde?
Onde está a imprensa brasileira, os profissionais que enchem a boca para falar que é o Estado e não o interesse patronal quem os quer censurar?
Desapareceram, como o processo da Globo?
Aí está o caso, nu e cru: uma funcionária da Receita Federal condenada por furtar um processo de sonegação de mais de R$ 600 milhões da mais importante empresa de comunicação do país.
Agora estão explicados os sete anos no limbo do “em trânsito” com que o processo constava no protocolo da Receita.
Aí está a resposta do “onde está o Darf?” que a Globo se negava a mostrar.
Aí está a vergonha de um país onde o poder do Império é maior do que o da República e torna legítimo que uma empresa concessionária de serviços públicos corrompa com uns trocados uma servidora desonesta e, assim, faça sumir R$ 600 milhões de dinheiro que deveria estar nos cofres públicos, pagando a saúde, a educação, o transporte que este câncer da comunicação alardeia defender e mostra mocinhas de rosto sorridente a exibir o pedido, nos estádios de futebol.
Todos têm medo.
Quase todos.
Nós, os blogueiros ditos “sujos”, não.
E estamos entregando ao país os documentos que provam o que todos sabiam e só nós dissemos.
Aí está, abaixo, a sentença.
A esta altura, numa democracia, dezenas de jornais e emissoras de televisão estariam postadas à porta da casa da corrupta condenada e à porta da corruptora que a fez delinquir, com câmara e microfones ávidos por desvendar o caso até o fim.
Aqui, não.
Porque o Brasil será sempre uma subdemocracia enquanto a coluna de nossas instituições e de nossos homens públicos estiverem vergadas ao poder do Império.
Enquanto frequentarem os seus camarotes em lugar de faze-los frequentar os tribunais, pelos crimes que cometem.
Derrubamos a Ditadura, é certo. Mas não o Império.
Ainda não somos uma República, portanto, onde todos somos iguais perante a lei.

Globo, e sua estranha mania de mamar nas tetas do Estado

A Rede Globo mete a mão no dinheiro público até pela Lei Rouanet, por Paulo Nogueira
Um ministro de Geisel uma vez disse o seguinte num despacho para seu chefe: “Os jornais não vivem e nem sobrevivem sem o governo”. 
Isto, segundo ele, era uma arma poderosíssima que a administração Geisel devia usar em sua relação com a imprensa. Roberto Marinho, disse ainda o ministro, era mestre em pedir “favores especiais” a Geisel por conta do apoio que dava à ditadura.
Tudo isso está no livro Dossiê Geisel, feito com base em documentos pessoais de Geisel doados à Fundação Getúlio Vargas.
Lembrei dessas coisas todas ao ver a lista dos maiores beneficiários da Lei Rouanet em 2015. Ali não estavam os artistas sempre acusados pelos analfabetos de mamar na Rouanet, como Chico e Zé de Abreu.
Mas a Globo estava, pela Fundação Roberto Marinho.
Abaixo, a lista de quem foi mais favorecido pela Rouanet:
Mais que uma empresa, a Globo é uma máquina de meter a mão no dinheiro dos contribuintes. Este é sem dúvida seu maior talento. Às fórmulas clássicas — publicidade oficial, financiamentos de bancos como BNDES, vendas de livros e assinaturas de jornais e revistas — a Globo acrescentou novidades, nos últimos anos, como a sonegação de impostos.
E até a Rouanet passou a ser utilizada para transferir recursos do pobre contribuinte brasileiro para os Marinhos.
Não foi dito que projetos da Fundação RM foram financiados pela Rouanet. Mas a pergunta é inevitável: a Globo precisa de mais esta mamata? A família mais rica do Brasil não pode abdicar da Rouanet para que sobre dinheiro para artistas que não tenham a fortuna dos Marinhos?
É sempre assim.
Na era FHC, uma gráfica nova — e ruinosa — da Globo foi bancada pelos contribuintes, pelo BNDES. Não foi um empréstimo: foi uma cusparada na sociedade, autorizada por FHC. Imagine se o Banco da Inglaterra enchesse de dinheiro Murdoch de libras para uma nova gráfica? Thatcher sairia do túmulo.
A inépcia gerencial da Globo — mesmo com tantos privilégios esteve várias vezes insolvente — se explica na voracidade com que se atira a recursos públicos. Você não pode ser bom em tudo. E se você desenvolve excelência em mamar dinheiro público provavelmente não terá tempo para se aprimorar em outras coisas.
E então você vai atrás de cada real público que esteja a seu alcance. Por exemplo, os reais da Rouanet. 
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Por que deixar para clicar num anúncio de outro blog se pode clicar Aqui

Para cobrar da Google fisco tem que cobrar da Globo

O Brasil demorou a se mexer para cobrar satisfações do Google – um dos casos mais notórios de sonegação de impostos no mundo moderno.

O DCM escreveu várias vezes sobre os esforços tenazes de governos de países como Estados Unidos, Inglaterra e França para acabar com a farra fiscal do Google.

A França está processando o Google. Pede uma reparação de 1 bilhão de euros.

Calcula-se que o Google fature na França, sobretudo com anúncios, cerca de 1,5 bilhão de euros, uns 4 bilhões de reais.

Em 2012, o Google pagou a miséria de 6,5 milhões de euros em impostos na França. Fez o que faz em toda parte: canalizou o grosso do faturamento para paraísos fiscais.

Importante: o Google não é um delinquente fiscal solitário. Muitas multinacionais fazem exatamente o mesmo, e hoje enfrentam problemas de imagem e de justiça em muitos países por isso. Apple, Starbucks, Microsoft e Amazon são algumas delas.

O que o governo brasileiro está fazendo de errado, fora a eterna falta de transparência quando se trata de imposto: não são fornecidos números que permitam ver o tamanho do suposto golpe que o Google está aplicando.

Ficamos agora sabendo – e pelo próprio Google, o que é uma aberração, uma vez que a informação tinha que vir à luz pela Receita – que o Google pagou 733 milhões de reais em impostos em 2013.

É pouco? É muito? É justo?

Isto só se sabe quando se tem o faturamento da empresa. Pode ser muito, e pode ser nada. Sem referência, é um número jogado no ar, ao acaso.

A indústria da mídia calcula que o Google no Brasil já é o número dois em receita publicitária, atrás apenas da Globo.

Fala-se em 3 bilhões de receita anual para o Google. Se é isso, o Google estaria pagando pouco mais de 20% de imposto no Brasil.

Importante: você só sabe se isso é muito ou pouco se, primeiro, conhece as leis e, dois, tem ciência de quanto os demais pagam.

Por isso, para que este debate não seja uma conversa nas nuvens, os brasileiros têm que saber – é um caso de enorme interesse público – quanto o líder paga.

A Globo bate recorde após recorde em receita de propaganda mesmo com uma audiência que despenca vistosamente.

Em 2013, ela faturou mais de 12 bilhões de publicidade.

Quanto pagou?

Enquanto não se souber isso, não haverá como avaliar a qualidade dos impostos pagos pelo Google.

No Brasil dos privilégios, a questão fiscal é protegida por um sigilo do qual a guardiã é uma velha amiga da Globo, a Justiça.

O governo, se quiser lidar com o caso do Google com seriedade, tem que quebrar este sigilo no caso da Globo.

Terá coragem para isso?

Adoraria dizer que sim, num rasgo de otimismo.

Mas num ano eleitoral, e com o medo que caracteriza a relação do PT com a Globo, fico com Wellington: quem acredita que o imposto pago pela Globo virá à luz acredita em tudo.

PS- Nos sentimos recompensados ao ver, na página da Globo na Wikipédia, que as dúvidas em relação à lisura fiscal da empresa tinham como base um texto do DCM. Isso — ser referência num assunto de intenso interesse público — reforça nosso compromisso de combater o bom combate por um Brasil justo.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Foi aprovada uma PEC 37 exclusiva para Globo?

O jornalista Fernando Brito, seguiu a dica de uma amiga e?...

Um dos designados pelo Ministério Público Federal para atuar no caso do sumiço dado ao processo de sonegação fiscal da Globo é o mesmo que acusou o filho do ex-presidente Lula, Fábio, no caso do contrato da empresa que este mantinha, a Gamecorp, e a Telemar.

Naquela ocasião, Rodrigo Poerson – este é o nome do cavalheiro – achou que o contrato, cujo valor era de R$ 4,9 milhões – 125 vezes menor que o valor da autuação da Globo – era um ”desproporcional aporte de recursos financeiros (que) estaria sendo direcionado à empresa Gamecorp, única e exclusivamente em razão de contar com a participação acionária de Fábio Luiz da Silva, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva”.
Mas, no caso do desaparecimento de um processo de sonegação – não simples suposições e notas de imprensa, como daquela vez, mas documentado e analisado, já, por vários auditores da Receita – o Dr.Poerson não achou necessário nem chamar a Polícia Federal, como fez no caso do filho de Lula, nem chamar a Globo a depor. A emissora diz até, em sua nota oficial, que só ficou sabendo que a funcionária Cristina Maris Meirick Ribeiro agora, seis anos depois!
Será possível que alguém acredite que um Procurador da República possa ter critérios diferentes quando se trata da Globo e quando se trata do filho de um então Presidente da República?
Será que alguém aprovou uma PEC 37 só para a Globo?
O Dr. Poerson permitiu que os documentos de seu pedido de investigação contra Fábio Lula vazassem para toda a imprensa e não ficou “consternado” como o MP se diz em relação ao caso Globo?
O Dr. Roberto Gurgel, chefe do Dr. Poerson, poderia dar alguma explicação para isso antes de sair da Procuradoria Geral da República?

A Globo não assume que sonegou, mas confirma que pagou multa

Em comunicado oficial, a Globo Comunicação e Participações confirmou neste sábado (29) que pagou multa de mais de R$ 270 milhões à Receita Federal em 2006. O motivo da multa foi — no entendimento da Receita — irregularidades na operação de compra dos direitos exclusivos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. A notícia sobre o auto de infração lavrado contra a emissora foi dado pelo repórter e blogueiro Miguel do Rosário.
No total, a emissora teve de desembolsar entre multa (R$ 274 milhões) , juros de mora (R$ 157 mi) e imposto não pago (R$ 183 milhões) um total de mais de R$ 615 milhões. A emissora “disfarçou” a compra dos direitos sobre a rubrica “investimentos e participação societária no exterior”, utilizando para esse fim um paraíso fiscal, as Ilhas Virgens. O Fisco discordou da estratégia contábil e aplicou a multa, que já foi paga, segundo a emissora.
O processo correu em sigilo até então.
Usando de eufemismo, a assessoria que responde pela Globo nesse assunto (uma assessoria particular, e não a CGCom) tentou a princípio tergiversar.
“A Globo Comunicação e Participações esclarece que não existe nenhuma pendência tributária da empresa com a Receita Federal referente à aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de Futebol de 2002. Os impostos devidos foram integralmente pagos.”
Ao ser novamente questionada pelo fato de que não havia respondido à pergunta inicial e fundamental desta coluna — a Globo foi multada ou não pela Receita? –, a assessoria enviou uma nova nota esclarecendo que, sim, a TV Globo fora multada.
“Todos os procedimentos de aquisição de direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 pela TV Globo deram-se de acordo com as legislações aplicáveis, segundo nosso entendimento. Houve entendimento diferente por parte do Fisco. Este entendimento é passível de discussão, como permite a lei, mas a empresa acabou optando pelo pagamento”, informava uma segunda nota oficial enviada neste sábado.
A Receita Federal entendeu que houve erro ou sonegação, não aceitou as justificativas contábeis e fez a cobrança.
“A pessoa jurídica realizou operações simuladas, ocultando as circunstâncias materiais do fato gerador de imposto de renda na fonte”, afirma página do processo 0719000/0409/2006, obtida pelo blog de Rosário.

Por que Renan devolveu a MP da desoneração da folha de pagamento

Porque a família Marinho deixa de embolsar mais 300 milhões por ano. Isso sem falar no que embolsa com sonegação


O Valdir Macedo, informante do Conversa Afiada – sim, porque o C Af não é como as repórteres da Fel-lha, que trabalham com fontes anônimas – Valdir calcula que a desoneração da folha de pagamentos significava uma economia de R$ 300 milhões/ano para a Globo.

A desoneração prejudica empresas que têm uma concentração forte em altos salários – como os do Gilberto Freire com “i” e o Ataulfo Merval.

R$ 300 milhões ?

Uma merreca.

Ai, o Levy resolveu fazer o ajuste da Urubóloga e acabou com a desoneração da folha da Globo, via MP.

(Se a desoneraçao é de R$ 300 milhões, ponderou o informante Valdir, imagine quanto é a folha…)

Renan jogou para a Globo e devolveu a MP à Dilma.

Hipócritas, os colonistas da Globo interpretaram o gesto como a rebelião do PMDB contra a Globo.

Não passa de velho truque do velho Renan de guerra.

Quando ele se viu encurralado atrás da cama com a Mendes JR, o que fez, para se blindar com a Globo e o detrito sólido?

Enterrou a CPI do Cachoeira.

Nada de novo.

No Renan.

Nem na Globo.

Só troca o lençol da cama.

Paulo Henrique Amorim


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Fernando Brito - Como O Globo pode ajudar a manter o Tijolaço

Soube que o jornal O Globo está procurando uma associação entre este blog e publicidade oficial ou financiamento por algum órgão público, empresa ou político.
Então, vou facilitar a vida do coleguinha (ou da coleguinha) escalada para fazer o “servicinho”.
O Tijolaço  sempre foi registrado em meu nome.
Já tentei fazer algumas parcerias para editá-lo, infelizmente, mal-sucedidas.
Ele é uma microempresa – Blog Tijolaço Comunicação Ltda ME , CNPJ 19.438.674/0001-09 – que recebe e paga exclusivamente através da conta corrente 50629-X, agência 1578-4, do Banco do Brasil.
Dela, somos sócios eu e Miguel do Rosário. Apenas, ninguém mais.
Antes, chegou a ser registrado outro Tijolaço, mas a parceria não se consolidou e nem sequer chegou a haver abertura de conta ou pagamento de qualquer espécie.
Disponho aqui, e usarei, do extrato bancário da conta que foi, finalmente, aberta em fevereiro, depois de muita burocracia, onde se verá que as únicas entradas de dinheiro em nossa conta são provenientes de depósitos modestos de nossos leitores (à exceção de dois, de pessoas que tiveram a generosidade de depositar R$ 500 e R$ 1 mil) todos entre R$ 10 e R$ 200, além de transferências do Pay Pal(assinatura por cartão de crédito) e R$ 4.600 provenientes de anúncios do Google, além de um único frila que fiz para uma empresa privada, referente à pesquisa de dados na Internet.
Também usarei, se necessário, meu  próprio extrato bancário, demonstrando que “comi”, no ano passado, o que havia economizado nos tempos em que tive cargo público e, muito embora engravatado, vivi modestamente, almoçando no “a quilo” Sertão e Mar, ali na Vila Planalto, em Brasília, que talvez algum de seus repórteres em Brasilia possa conhecer.
Se o jornal estiver interessado em documentos comprometedores ou em alguma relação profissional que tive no passado, terei prazer em exibir os contracheques de pagamento feitos a mim por O Globo em 1978 – a data é esta, mesmo.
Basta me mandar um e-mail e marco dia e hora, em local público, para mostrar todos os documentos, desde que o jornal os publique.
E eu também os publicarei aqui.
Não apenas não recebi para participar da entrevista com Lula como ainda paguei a passagem do meu bolso.
Agora, se o jornal pensa em se vingar do Tijolaço porque eu revelei – depois de 20 anos – ter redigido o texto do direito de resposta de Leonel Brizola na Rede Globo, ou porque Miguel do Rosário, meu parceiro, publicou o “sumiço” do processo com a autuação da Globo por sonegação fiscal, nosso desejo ardente é o  que publique qualquer insinuação sobre nós.
Será, afinal, uma forma de ajudar a financiar este blog, porque será movido, imediatamente, um processo contra a empresa.
Aqui não tem covarde nem corrupto. E também não tem ninguém medroso, que dobra os joelhos quando ouve o nome da Globo.
Quem fala assim não é gago nem esconde DARF. Falando nisso, mortra o DARF rede globo!

Paulo Nogueira - A hipocrisia da mídia

Me enviam um vídeo que é o chamado retrato do Brasil.

É da Globonews, e o personagem central é o jornalista Carlos Monforte.

Monforte anuncia calamidades para o Brasil. A inflação, por exemplo, deu um grande salto.

E ele comenta também, cheio de desdém, a entrevista de Lula com "amigos blogueiros".

Amigos?

Claro que a noção de amizade é subjetiva, mas no caso do DCM não existe nenhuma relação de amizade com Lula, ou com quem quer que seja na esfera pública.

Praticamos – ao contrário dos jornalistas da Globo – a máxima de Pulitzer segundo a qual jornalista não tem amigo porque amizades influenciam o conteúdo.

É engraçado ver jornalistas da Globo – fora Monforte, Merval Pereira também criticou a entrevista de Lula – num acesso estudado de "jornalismo crítico".

Merval, por exemplo, jamais se constrangeu em se abraçar a integrantes do STF dos quais ele deveria manter distância vital para poder escrever textos não enviesados.

Alguma vez Merval fez perguntas "duras" para seus amigos em entrevistas? Ou melhor: para amigos da Globo?

Estendo. Algum jornalista da Globo fez jornalismo crítico em qualquer ocasião ao entrevistar um amigo da casa?

Joaquim Barbosa foi entrevistado, pelo que me lembre, em pelo menos duas ocasiões por estrelas da Globo. Algum tempo atrás Míriam Leitão o entrevistou. Mais recentemente, Roberto Dávila.

Alguma pergunta sobre o apartamento de Miami? Ou sobre a agressão à primeira mulher?

Não. Apenas sorrisos, abraços e flores.

Então ficamos assim: quando é amigo da Globo, não existe jornalismo crítico. Para os inimigos, sim.

Bonito isso.

Vou estender ainda mais a reflexão. Os aguerridos jornalistas da Folha: quando eles foram duros em relação a algum amigo dos Frias?

Ora, a Folha simplesmente abandonou a cobertura da sonegação milionária da Globo — e mesmo assim se diz de rabo preso com ninguém?

Qualquer pessoa que vá dar uma entrevista, nas condições de Lula, escolhe minuciosamente os entrevistados.

Ninguém convida ninguém que vá chegar à entrevista com intenções assassinas, tanto mais quando se trata de uma pessoa na vida privada, e não pública, como é hoje o caso de Lula.

Por que então o alarido?

Por hipocrisia. Por cinismo. Por desfaçatez.

Suponha que FHC convoque uma entrevista para falar de seu novo livro, ou o que for. Sua lista de convidados não incluirá potenciais litigantes. Ele tem o direito de não querer que o importunem com perguntas como a questão da compra dos votos para a reeleição.

Se todo mundo faz isso, onde está a notícia senão na cabeça de jornalistas que recriminam nos outros o que eles próprios fazem quando se trata de amigos das empresas para as quais trabalham?

Comecei dizendo que o vídeo de Monforte era um retrato do Brasil, e agora completo o raciocínio.

O patrocinador do conteúdo alarmista, catastrofista e francamente negativo era – claro – o próprio governo atacado sem trégua: a Caixa.

A "mídia técnica" – e suponho que Monforte tenha um traço no Ibope — é assombrosamente generosa. Ou idiota.

Paulo Nogueira - A hipocrisia da mídia

Me enviam um vídeo que é o chamado retrato do Brasil.

É da Globonews, e o personagem central é o jornalista Carlos Monforte.

Monforte anuncia calamidades para o Brasil. A inflação, por exemplo, deu um grande salto.

E ele comenta também, cheio de desdém, a entrevista de Lula com "amigos blogueiros".

Amigos?

Claro que a noção de amizade é subjetiva, mas no caso do DCM não existe nenhuma relação de amizade com Lula, ou com quem quer que seja na esfera pública.

Praticamos – ao contrário dos jornalistas da Globo – a máxima de Pulitzer segundo a qual jornalista não tem amigo porque amizades influenciam o conteúdo.

É engraçado ver jornalistas da Globo – fora Monforte, Merval Pereira também criticou a entrevista de Lula – num acesso estudado de "jornalismo crítico".

Merval, por exemplo, jamais se constrangeu em se abraçar a integrantes do STF dos quais ele deveria manter distância vital para poder escrever textos não enviesados.

Alguma vez Merval fez perguntas "duras" para seus amigos em entrevistas? Ou melhor: para amigos da Globo?

Estendo. Algum jornalista da Globo fez jornalismo crítico em qualquer ocasião ao entrevistar um amigo da casa?

Joaquim Barbosa foi entrevistado, pelo que me lembre, em pelo menos duas ocasiões por estrelas da Globo. Algum tempo atrás Míriam Leitão o entrevistou. Mais recentemente, Roberto Dávila.

Alguma pergunta sobre o apartamento de Miami? Ou sobre a agressão à primeira mulher?

Não. Apenas sorrisos, abraços e flores.

Então ficamos assim: quando é amigo da Globo, não existe jornalismo crítico. Para os inimigos, sim.

Bonito isso.

Vou estender ainda mais a reflexão. Os aguerridos jornalistas da Folha: quando eles foram duros em relação a algum amigo dos Frias?

Ora, a Folha simplesmente abandonou a cobertura da sonegação milionária da Globo — e mesmo assim se diz de rabo preso com ninguém?

Qualquer pessoa que vá dar uma entrevista, nas condições de Lula, escolhe minuciosamente os entrevistados.

Ninguém convida ninguém que vá chegar à entrevista com intenções assassinas, tanto mais quando se trata de uma pessoa na vida privada, e não pública, como é hoje o caso de Lula.

Por que então o alarido?

Por hipocrisia. Por cinismo. Por desfaçatez.

Suponha que FHC convoque uma entrevista para falar de seu novo livro, ou o que for. Sua lista de convidados não incluirá potenciais litigantes. Ele tem o direito de não querer que o importunem com perguntas como a questão da compra dos votos para a reeleição.

Se todo mundo faz isso, onde está a notícia senão na cabeça de jornalistas que recriminam nos outros o que eles próprios fazem quando se trata de amigos das empresas para as quais trabalham?

Comecei dizendo que o vídeo de Monforte era um retrato do Brasil, e agora completo o raciocínio.

O patrocinador do conteúdo alarmista, catastrofista e francamente negativo era – claro – o próprio governo atacado sem trégua: a Caixa.

A "mídia técnica" – e suponho que Monforte tenha um traço no Ibope — é assombrosamente generosa. Ou idiota.

A Globo pagou? Cadê o DARF?

A repercussão em torno da multa milionária aplicada à Rede Globo, pela sonegação de impostos sobre direitos da Copa de 2002, parece que ainda não acabou. Por meio de sua assessoria, o grupo confirmou o pagamento da quantia e disse ter havido um “entendimento diferente do Fisco”, em relação à legalidade das operações contábeis da empresa.
O assunto foi amplamente divulgado na mídia e nas redes sociais. E a pergunta que não quer calar é a seguinte: Se a Globo pagou, então onde é que está o Darf? O povo quer saber. Darf, como todo bom pagador de imposto sabe, é o documento da receita onde o contribuinte registra o pagamento de uma dívida tributária.
Convidamos todos a lerem e compartilharem os links sobre o assunto, que foi um dos mais comentados nas redes sociais na última semana. Vamos pressionar a emissora a mostrar o comprovante de pagamento, já que ela disse que pagou. 
#GloboMostreoDarf

Quando Zelotes bate na "zelite" Moro vira perigo, por Antonio Lassance

Logo quando a operação Zelotes flagrou grandes figurões da elite brasileira em práticas criminosas, a presunção de inocência resolveu dar o ar da graça. Antonio Lassance (*)

Nada como um dia após o outro. De repente, não mais que de repente, um editorial de O Globo considera o padrão Moro de "justiça" muito perigoso.

No texto "Lava-Jato inspira proposta de mudança na Justiça", o jornal relata que juízes, "Sérgio Moro um deles, defendem que penas sejam cumpridas a partir da sentença de primeira instância, ideia perigosa, mas que Congresso precisa debater".

Ideia perigosa? Como assim? Desde quando? Que curioso, não?

Se prender suspeitos e mantê-los trancafiados até que confessem o que sabem e o que não sabem foi saudado até agora como um bom padrão de execução da judiciária, que medo é esse de uma sentença condenatória em primeira instância?

Manter o réu preso sem julgamento pode, mas prendê-lo depois do julgamento não pode? Estranho raciocínio. Muito estranho mesmo.

É muita coincidência que essa... tomada de consciência - chamemos assim - tenha acontecido quando um escândalo de proporções muito maiores do que qualquer petrolão evidenciou algo banal, trivial, óbvio: o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, em qualquer época, em qualquer país, é a sonegação dos ricos, estejam eles ligados a que esquema for - do petrolão ao suíçalão do HSBC e, agora, ao esquema desbaratado pela operação Zelotes, da Polícia Federal.

Logo quando a Zelotes flagrou grandes figurões da elite brasileira em práticas criminosas, vis, tão dignas de escárnio quanto qualquer propina intermediada por doleiros, a presunção de inocência resolveu dar o ar da graça. Justo ela que andava tão sumida.

Justo agora que, entre outros, uma afiliada das organizações Globo (a gaúcha RBS) aparece na mira das investigações, se resolve falar novamente, alto e bom som, em presunção de inocência.

Esperemos para ver que juiz vai ter a coragem - não é assim que se chama? - de prender tais figurões e fazê-los ver o sol nascer quadrado até que confessem seus crimes já expostos e supliquem por delações premiadas.

Se tem dinheiro público, se tem propina, sem tem lavagem de dinheiro, não vai ter prisão? Agora não vai ter? Por quê? Afinal, O Globo está com medo de quê? Esse editorial terá sido feito por gente que nasceu ontem?

Quem o escreveu não sabe que o padrão Moro de qualidade judicial já é corriqueiramente aplicado em nossa Justiça?

Em média, mais de 40% da população carcerária brasileira é formada por presos em situação provisória, ou seja, não têm condenação definitiva. Em alguns presídios, o número de presos provisórios ultrapassa 60%.

Depois de ter premiado Moro com o prêmio "Faz Diferença" de personalidade do ano, quem sabe o jornal não se disporia a conferir um troféu "Sérgio Moro" a presídios com as estatísticas mais altas de gente presa sem condenação, aguardando delações premiadas e julgamento a perder de vista?

O Globo assustou-se e alerta: o "Congresso precisa debater".

Claro!

Os leitores de O Globo, pelo menos aqueles que não nasceram ontem, entenderam bem que a sugestão do jornal é para que a proposta encontre o caminho certo para ser imediata e solenemente sepultada, com o sinal verde de aplausos em futuros editoriais.

A defesa da presunção de inocência por parte de uma mídia que se vende, diariamente, atropelando essa mesma presunção de inocência mostra o quanto muitos de seus editoriais são meros exercícios de hipocrisia, assim como os pedidos de desculpas por seu golpismo entranhado.

A presunção de inocência de muitos veículos é ditada por um cálculo de conveniência. Tem dia em que ela está valendo, tem dia que não está.

Justiça seja feita, há momentos em que a grande e tradicionalíssima imprensa esforça-se muito e dedica todo amor e carinho a proteger a reputação de seus políticos prediletos, a ponto de até mesmo parentes envolvidos em escândalos serem chamados de "supostos parentes" - uma expressão que já deveria estar nos manuais de redação desses luminares.

Precisou da Zelotes para a turma de O Globo se lembrar que a Justiça, em qualquer lugar, é feita não apenas de leis, mas de juízes e de precedentes.

Juízes tratados como astros de rock se engraçam a dar seu show à parte e rasgam a lei como quem quebra a guitarra em pleno palco. Quem precisa delas - da lei, da guitarra?

Os precedentes que alguns juízes criam podem ser ainda mais graves, pois tornam-se regras que, longe de serem uma homenagem às leis, espezinham-nas.

Que tipos de juízes preferimos?

O Globo prefere um que atenda aos seus caprichos e proteja seus amigos diletos - convenhamos, um "princípio" que é o fim de qualquer noção razoável e responsável de justiça.

Globo é sonegadora costumaz

A Globopar, empresa ligada à TV Globo, está com parte de suas contas bancárias e bens bloqueados, devido a um dívida ativa de R$ 178 milhões com o Tesouro Nacional. De acordo com documentos conseguidos pelo Hoje em Dia na Justiça Federal do Rio de Janeiro, a dívida inscrita no cadastro de inadimplentes federais foi originada por várias sonegações de impostos federais.
Por solicitação da Procuradoria da Fazenda Nacional do Rio de Janeiro, as contas bancárias da Infoglobo e a da empresa Globo LTDA também chegaram a ser bloqueadas. Mas os irmãos Marinho – Roberto Irineu, José Roberto e João Roberto – conseguiram autorização da Justiça para liberar o bens dessas duas últimas empresas no mês passado, na 26ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Inadimplente
A dívida da Globopar, no entanto, já está inscrita no cadastro de inadimplentes do Tesouro Nacional, em fase de execução. Na semana passada, a Globo conseguiu adiar a entrega de seu patrimônio ao tesouro até que o processo transite em julgado.
Hoje em Dia também teve acesso ao processo que apurou o sumiço do inquérito de sonegação da Organizações Globo na compra dos direitos da transmissão da Copa de 2002.
Receita Federal
Um documento enviado pela Receita à Justiça em 2010 comprova, ao contrário do que a emissora divulgou, que a dívida de R$ 600 milhões nunca foi paga. A papelada comprova ainda que o Ministério Público Federal ao ser avisado sobre operações de lavagem de dinheiro entre a Globo e a Fifa nas Ilhas Virgens Britânicas prevaricou muito.
Omissão
Ao invés de solicitar investigação à Polícia Federal, preferiu emitir um parecer que atesta não ter ocorrido nenhum ato ilícito nas transações nas Ilhas Virgens. Um inquérito criminal contra os irmãos Marinho chegou a ser instaurado, mas também sumiu das dependências da Receita Federal.
Não bastasse toda essa confusão, a Globopar continua sonegando. E como nunca. Nos últimos dois anos, a empresa foi notificada 776 vezes pela Receita Federal por sonegação fiscal.
Equipamentos
A maior parte dessas autuações envolve a apreensão de equipamentos, sem o recolhimento de impostos, no aeroporto do Galeão, no Rio De Janeiro. Para um bom entendedor a Globopar é uma empresa contumaz na prática do descaminho.
Verba publicitária
O ministério da Comunicação do governo Dilma Rousseff e os demais governantes desatentos liberaram verba para empresa inadimplente com a União, o que constitui-se ato de improbidade administrativa. A liberação pode ser comprovada no site do Ministério da Fazenda.

Tucanos calúnia Raulzito

E não é mentira, por incrível que pareça.

A rede pública do governo de São Paulo, através da Companhia de Processamento de Dados Do Estado De S Paulo (Prodesp), foi usada para a realização de centenas de alterações no Wikipédia.

Inclusive chamar nosso querido Raulzito de homossexual. O que não é nenhum xingamento, apenas uma calúnia grosseira, visto que ele foi casado diversas vezes, com mulheres.

Só para constar: o governo de São Paulo é administrado pelo PSDB de Aécio Neves, principal adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais deste ano.

A mentira sobre Raul Seixas, acrescentada à sua página na Wikipédia foi essa:

"Raul foi considerado homossexual, por caos [sic] que teve com Cazuza, e também foi considerado "Maluco" por dizer que avistou uma nave espacial quando estava fazendo fezes em seu banheiro, em sua fazenda. A banda Pedra Letícia gravou uma música chamada "Eu não toco Raul" pois todas as pessoas pediam as músicas do Raul em seus shows."

Convenhamos que é muito pior do que alterar a página da Miriam Leitão na Wikipédia, acrescentando a informação de que suas "análises são desastrosas".

A rede da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, uma rede pública, governamental, também foi usada para fazer uma alteração no perfil de Dilma Rousseff, mas a mudança foi cancelada.

Na verdade, o escândalo é uma farsa. A Globo explorou a característica tipicamente brasileira, presente em todas as grandes redes públicas, de não exercer nenhum tipo de controle sobre o uso da internet.

No caso do Palácio do Planalto, a sua rede de internet podia ser acessada por qualquer um, dentro do prédio ou nas proximidades.

Importante observar que qualquer um pode alterar mudanças na wikipédia. Não é preciso nenhuma tecnologia de governo para fazer isso.

O governo de Minas Gerais também, através da Companhia de Tecnologia de Informação de Minas Gerais (Prodemge), fez dezenas de mudanças em páginas da Wikipédia.

Alguém usando a rede do Prodemge participou de uma discussão sobre a Satiagraha, só que eu preferi não dar destaque porque não consegui entender se é contra ou a favor a operação da Polícia Federal que prendeu Daniel Dantas.

Mesmo sendo leigo em programação, eu achei com relativa facilidade esses dados na internet. Com um pouco de esforço, ver-se-á que praticamente todas as grandes redes públicas de internet, do Palácio do Planalto, dos palácios estaduais de governo, das prefeituras, das estatais, são usadas livremente por servidores, visitantes, jornalistas, etc.

Agora, a Globo foi maliciosa. Ela fez um tremendo escarcéu, sem explicar nada, depois ligou para a ABI, cujos membros têm idade média acima dos 80 anos, e lhes fez perguntas agressivas sobre a matéria. Como o presidente da ABI provavelmente nunca ouviu falar em IP, ele passa a acreditar que a própria presidenta ou algum assessor diabólico usou uma tecnologia especial, importada da Coréia do Norte, para alterar criminosamente a Wikipédia de Miriam Leitão e Sardenberg. O presidente da ABI também não deve saber o que é Wikipedia. Então ele faz declarações bombásticas, sobre "práticas da ditadura", como se o governo tivesse alterado um verbete na Enciclopédia Britânica.

Qualquer um pode alterar, a qualquer momento, qualquer verbete na Wikipedia.

A mudança pode ter sido feita por um servidor, por um prestador de serviço, por um visitante, por um dos jornalistas que frequentam a sala de imprensa do Planalto.

Por exemplo, eu estive no Palácio do Planalto, junto com pessoas do Brasil inteiro (jornalistas, blogueiros, hackers, editores, ativistas, etc) para um debate público, transmitido ao vivo, com Gilberto Carvalho. Tive acesso à senha de wifi do Palácio. Poderia ter sido eu a mexer no verbete do Sardenberg. Só que eu estive por lá este ano, a mudança ocorreu em 2013.

Lembro-me que todos tinham acesso à senha do Palácio. Era liberado.

A desonestidade da mídia abandonou todos os escrúpulos. Fernando Rodrigues, editorialista da Folha, escreve texto furibundo contra o "Estado aparelhado". Só quero ver se ele vai defender Raul Seixas contra os ataques que sofreu de alguém usando a rede pública do Estado de São Paulo, que é sustentado pelos impostos dele.

Quem vai ligar para as ex-mulheres de Raul, para seus amigos, ou repercutir a matéria junto aos fãs do roqueiro?

Quem vai acusar o governo de São Paulo de usar "práticas da ditadura nazista"?

O Globo publica hoje editorial raivoso, intitulado "Aloprados agora atacam do Planalto", imprecando contra "sites / blogs chapa-brancas, sustentados com dinheiro público". A Vênus está com obsessão por blogs, porque eles a estão desmascarando.
Aproveito para avisar que um passarinho contou-me que a íntegra do processo de sonegação da Globo – com milhares de páginas – está pintando a qualquer momento por aí.

E ainda tenta mostrar os blogs como corruptos, por receber "dinheiro público". Ora, dentre centenas de blogs, apenas alguns recebem – merecidamente – publicidade institucional.

Quem é a Globo para falar em "dinheiro público"? Mostra o Darf primeiro!

Eu nunca recebi um centavo de verba pública. E critico duramente o governo em sua política de comunicação, por permitir, com sua omissão, que a mídia nos ataque desta maneira.

Se houvesse uma política de estado, republicana, pela qual sites e blogs de todas as cores ideológicas, cadastrados junto à Secom, recebessem de acordo com a sua visitação, não estaríamos nessa situação ridícula.

Situação ridícula de sermos a todo momento atacados pela Globo, que, ela sim, recebe bilhões de reais de recursos públicos por ano. Está tudo lá, na internet.

É revoltante ser chamado de bêbado sem nunca ter posto uma gota de álcool na boca.

O caso do Raulzito, para mim, é muito pior do que as críticas à Miriam Leitão, que são fúteis.

Ela é viva, rica e pode se defender. Tem espaço ilimitado em concessões públicas, como a TV Globo e rádios, afora a Globonews, jornais, revistas, internet. Pode até publicar um novo livrinho infantil atacando o governo, se achar conveniente.

Raulzito morreu quase na miséria e não pode mais se defender.

A nossa mídia tem que aprimorar sua pontaria, porque essas balas de prata estão atingindo seus próprios pés.

A ideia do Século

A solução para moralizar o Brasil: 
Basta a Globo oferecer um emprego a José Dirceu.

Aí vão esquadrinhar toda a teia de negócios do empregador do “mensaleiro”.

Vão descobrir que tem negócios obscuros em paraísos fiscais.

Vão descobrir que pressiona – há décadas – os governantes para obter concessões de radiodifusão ou para legalizar as que adquirem.

Mais: vão verificar que tomou empréstimos mais que beneficiados em dinheiro público para construir gráficas ou estúdios de televisão, como o parque gráfico de Caxias (BNDES) e o Projac – Banerj e Caixa Econômica.

Ou que pegou uma bolada lá no BNDES no apagar das luzes do Governo FHC.

Depois, podem descobrir até o que aconteceu com seu misterioso processo por sonegação de Imposto de Renda, que desapareceu porque um humilde funcionária – condenada à prisão por isso – espontaneamente resolveu colocá-lo numa bolsa e faze-lo desaparecer.

E poderiam empregar Dirceu por gratidão política, como gratidão à defesa que  o então ministro fez de empréstimos à Globo, no tempo em que o império estava pendurado em dividas enormes.

Não sabia?
Pois leia o que a Exame, do insuspeito Grupo Abril, dizia em setembro de 2003:

“No mercado financeiro, especula-se que uma das saídas possíveis seria a injeção de recursos por parte do governo. A hipótese ganhou força no final do ano passado, quando o ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, defenderam a ajuda governamental à Globo alegando “razões de Estado”. “Sou absolutamente a favor de que o BNDES dê uma ajuda financeira ao grupo caso isso se mostre necessário”, disse a EXAME o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, dois dias após a morte de Roberto Marinho. “Estou falando em emprestar dinheiro para que a empresa possa alongar sua dívida com os credores. Isso não significa nenhum favorecimento, já que a dívida com o BNDES teria de ser paga.” 

Miro Teixeira está aí, à disposição, para ser ouvido sobre a defesa que Dirceu fez da ajuda à Globo. Tanto que quando Lula levou-o para o Ministério das Comunicações – depois ocupado pelo global Hélio Costa – as relações de Brizola com o governo azedaram.

Não vale um emprego de gerente de um departamentozinho da Globo lá em Brasilia?

Agradeço ao Renato a brilhante sugestão para fazer nossa mídia, finalmente, vasculhar os negócios da Globo.

Mas será que o Dr. Joaquim Barbosa ia deixar ele assumir um emprego lá?

Nem sempre o pau que bate em xico, bate em Francisco

Mais uma vez as regras do jogo não valem para todos. É o que parece quando nos deparamos com o Caso Rede Globo (processo de sonegação de impostos) que ultrapassa 600 milhões de reais. E o que fez o Ministério Público? Nada até agora.
Por isso convidamos todos a lerem o post do Tijolaço: Promotor não chamou a Globo a depor, mas acusou filho de Lula – revela que “baseado em notícias na imprensa” o promotor acionou até a Polícia Federal. E no caso da Globo com todas as auditorias, o mesmo promotor designado pelo Ministério Público Federal se calou. A pergunta que não quer se calar agora: porque o promotor não agiu da mesma forma como agiu com o caso do filho do Lula?
Em outro post: Caso Globo: se é assim que o MP age, Bruno pode mandar matar Elisa, podemos observar claramente que houve leniência em relação à Rede Globo no processo. O fato é que estamos diante de um escândalo terrível, que não apenas atinge a Rede Globo, mas a República.
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Um abraço,
Equipe MobilizaçãoBR

Ricardo Kotscho: Qual o maior escândalo?

A indústria da sonegação!
receitanova Qual o maior escândalo? A indústria da sonegação
"Vou lhe contar um pequeno segredo: aqui no Brasil empresas não gostam muito de pagar impostos".
Segredo para quem, cara pálida? O autor desta frase é exatamente quem deveria cuidar para que todos paguem seus impostos, o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Em palestra que fez na semana passada, em São Paulo, a ex-alunos da Universidade de Chicago, onde também estudou, ele falou de passagem numa antiga prática, a sonegação fiscal, exercida desde sempre por amplos setores do alto empresariado nacional. Preferem pagar bons advogados e lobistas para pagar menos ou não pagar nada do que devem à Receita Federal.
Como de hábito, Levy depois tentou consertar o que disse, substituindo na transcrição oficial do inglês para o português a palavra "empresas" por "pessoas". Claro que ninguém gosta de pagar impostos, nem aqui, nem em Chicago, nem na China, mas o ministro deu azar de tocar neste assunto proibido justamente no momento em que a Polícia Federal deflagrava a Operação Zelotes, que está investigando 74 empresas suspeitas de causar um rombo de até R$ 19 bilhões aos já combalidos cofres públicos que Levy tenta salvar com seu ajuste fiscal.
Este é, de longe, o maior escândalo de corrupção da nossa história, quiçá do mundo, muito maior do que todos os mensalões e petrolões juntos, que há anos fazem a alegria da mídia udenista nativa, como mostram os números, que agora não tem mais jeito de esconder das manchetes e das capas de revista:
* Até o momento, do total do montante investigado, a Polícia Federal já identificou e comprovou prejuízos ao erário de R$ 6 bilhões causados pelo esquema, que envolve grandes grupos econômicos do porte dos bancos Bradesco,  Santander, Boston Negócios, Safra e UBS Pactual, e empresas como Ford, Gerdau, RBS, TIM, BRF, Petrobras, Light, Mitsubishi, Brascan e Marcopolo. Não tem cachorro pequeno nesta história e, até agora, não apareceram nomes de políticos (apenas uma sigla, a do PP, sempre ele, está na lista dos sonegadores investigados).
* Só este valor já corresponde a três vezes mais do que o total desviado no esquema de corrupção na Petrobras descoberto pela Operação Lava Jato e divulgado pelo Ministério Público Federal em janeiro: R$ 2,1 bilhões.
Para se ter uma ideia do que representa esta verdadeira indústria da sonegação, os R$ 19 bilhões e 77 milhões que deixaram de ser recolhidos à Receita Federal, só nos processos investigados até agora, estão próximos dos R$ 18 bilhões que o ministro Joaquim Levy pretende cortar este ano em benefícios trabalhistas e previdenciários, as principais metas do pacote fiscal que está paralisando o país. Ou seja, se o Ministério da Fazenda e a Receita Federal cobrassem dos grandes sonegadores o que devem, o governo nem precisaria fazer ajuste nenhum.
Só agora, com a Operação Zelotes, nós, simples contribuintes, ficamos sabendo da existência de um tal de CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a sigla que esconde o grande ninho da corrupção numa bilionária parceria público-privada, espécie de segunda instância a que as empresas podem recorrer quando se sentem "prejudicadas" pela fiscalização.
A curiosidade deste tribunal tributário especial é que ele é constituído de forma paritária por servidores do Ministério da Fazenda e representantes das confederações e sindicatos patronais, ou seja, das pessoas jurídicas autuadas pelo Fisco.
A cada dia, aos poucos, novos escândalos vão aparecendo e mostrando como o CARF se tornou um ótimo negócio para as empresas devedoras da Receita Federal. Vamos só pegar alguns exemplos:
* Para não pagar uma dívida relativa a suposta sonegação de impostos da ordem de R$ 793 milhões, o Banco Safra está sendo investigado pelo pagamento de uma propina de R$ 28 milhões negociada com conselheiros do CARF, entre eles um procurador da Fazenda Nacional, Jorge Victor Rodrigues, segundo denúncia do jornal O Globo, com base em gravações de conversas interceptadas pela Polícia Federal, com autorização judicial.
* As investigações da PF no processo da montadora Ford levaram a um ex-presidente do CARF, Edison Pereira Rodrigues, que oferece seus "serviços" em troca de módicos 2% a 3% do valor devido, com garantia de "95% de chances" de reduzir ou anular as multas da Receita Federal. "Caso contrário, perderão com certeza. A bola está com vocês", escreveu Rodrigues em e-mail encaminhado à empresa e apreendido pelos agentes federais, no qual informa já ter trabalhado também para a Mitsubishi, "com sucesso", segundo reportagem da Folha desta quinta-feira.
* A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, é suspeita de pagar R$ 1 milhão de propina para não pagar multa no valor de R$ 200 milhões, segundo denúncia do Estadão, o primeiro jornal a levantar o assunto, que já relacionou vários outros gigantes citados nas investigações (ver acima), como bancos, montadoras, empresas do setor alimentício, de construção e de telecomunicações. Parece que quase nenhum setor escapa. Todas as empresas, é claro, negam irregularidades e garantem só atuar dentro da lei. Segundo o jornal, dez conselheiros e ex-conselheiros do CARF estão sendo investigados por envolvimento no esquema.
É muito bom que os três principais jornalões brasileiros agora disputem esta gincana para jogar mais luz no escândalo das propinas da sonegação, abrindo ao caso o mesmo espaço e dando-lhe o mesmo tratamento concedido aos casos anteriores que abalaram o país.  Antes tarde do que nunca. E o governo o que faz? A julgar pelas declarações de Levy e do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, parece que ainda não está muito preocupado com isso.
Levy: "Não é uma coisa que se deva fazer com espalhafato, mas todas as ações serão e estão sendo tomadas". Quais? "O fortalecimento do Carf é um dos temas que elegi para a minha administração. É muito importante porque diminui a necessidade de se aumentar impostos". Fortalecimento? Como assim? Não seria melhor fechar de uma vez esta arapuca que só tem servido para sangrar os cofres públicos e encaminhar os reclamantes à Justiça comum, como qualquer um de nós?
Rachid: "Há 74 processos administrativos que estão sob suspeita pelas informações de que nós já dispomos (...) Mas não necessariamente os R$ 19 bilhões serão revertidos a favor da Fazenda Nacional". Por que não? O governo não está desesperadamente precisando de dinheiro para acertar as contas públicas? Não é justo aumentar a arrecadação, cobrando de quem pode e deve mais, em vez de cortar benefícios sociais de quem pode menos?
A crise não é só econômica, meus amigos. É política. O governo Dilma-2 precisa decidir de que lado fica.
E vamos que vamos.
Em tempo (atualizado às 14h):
Só para lembrar um detalhe que esqueci de colocar no texto acima: segundo estudo dos procuradores da Fazenda Nacional, a estimativa de sonegação fiscal para o exercício de 2015 está na ordem de R$ 500 bilhões.

Sonegação da Globo: Pig silencia

Tem recebido pouca atenção – na verdade, nenhuma – na grande imprensa a história do processo da Receita Federal contra a Rede Globo por sonegação. Mas blogs e internautas têm dado grande repercussão ao caso, trazendo novas informações e revelações quase diariamente.


O caso foi revelado pelo blog O Cafezinho. Mesmo com o silêncio da imprensa, toda essa movimentação nas redes obrigou a Rede Globo a divulgar uma nota sobre o assunto, negando as acusações que vem recebendo.



A história tem episódios muito curiosos e ainda nebulosos. Para começar a entender a história, sugiro a leitura do post “A mecânica de um crime imperfeito”, que o Tijolaço levou ao ar hoje. Lá, está a cronologia dos principais acontecimentos em torno do processo.



O caso inclui ainda o gravíssimo desaparecimento do processo na Receita Federal. Uma funcionária da própria Receita foi condenada pelo crime. Mas até agora não se esclareceu a mando de quem ela agiu. E os papéis continuam desaparecidos. O blogueiro Rodrigo Vianna conta o que se sabe até agora desse episódio.



Viomundo também traz detalhes sobre o desaparecimento dos documentos. 

Diante da repercussão, o Ministério Público soltou uma nota sobre o assunto. Mas a nota abriu mais uma série de dúvidas. Veja aqui quais são elas.


E também merece leitura atenta o material que o Cafezinho publicou com as primeiras páginas dos documentos referentes ao processo. O blog conseguiu isso por meio de uma fonte. Segundo o blog, nos documentos, aparecem alguns novos nomes usados pela Globo para realizar a fraude detectada pela Receita Federal nas Ilhas Virgens Britânicas. Um deles é Globo Overseas Investment.
José Dirceu