Sonegação da Globo: "Blogueiros sujos" fazem sua parte
Globo, e sua estranha mania de mamar nas tetas do Estado
Um ministro de Geisel uma vez disse o seguinte num despacho para seu chefe: “Os jornais não vivem e nem sobrevivem sem o governo”.Isto, segundo ele, era uma arma poderosíssima que a administração Geisel devia usar em sua relação com a imprensa. Roberto Marinho, disse ainda o ministro, era mestre em pedir “favores especiais” a Geisel por conta do apoio que dava à ditadura.
![image](https://i2.wp.com/www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2016/06/image-7.jpeg?resize=640%2C364)
Para cobrar da Google fisco tem que cobrar da Globo
O Brasil demorou a se mexer para cobrar satisfações do Google – um dos casos mais notórios de sonegação de impostos no mundo moderno.
O DCM escreveu várias vezes sobre os esforços tenazes de governos de países como Estados Unidos, Inglaterra e França para acabar com a farra fiscal do Google.
A França está processando o Google. Pede uma reparação de 1 bilhão de euros.
Calcula-se que o Google fature na França, sobretudo com anúncios, cerca de 1,5 bilhão de euros, uns 4 bilhões de reais.
Em 2012, o Google pagou a miséria de 6,5 milhões de euros em impostos na França. Fez o que faz em toda parte: canalizou o grosso do faturamento para paraísos fiscais.
Importante: o Google não é um delinquente fiscal solitário. Muitas multinacionais fazem exatamente o mesmo, e hoje enfrentam problemas de imagem e de justiça em muitos países por isso. Apple, Starbucks, Microsoft e Amazon são algumas delas.
O que o governo brasileiro está fazendo de errado, fora a eterna falta de transparência quando se trata de imposto: não são fornecidos números que permitam ver o tamanho do suposto golpe que o Google está aplicando.
Ficamos agora sabendo – e pelo próprio Google, o que é uma aberração, uma vez que a informação tinha que vir à luz pela Receita – que o Google pagou 733 milhões de reais em impostos em 2013.
É pouco? É muito? É justo?
Isto só se sabe quando se tem o faturamento da empresa. Pode ser muito, e pode ser nada. Sem referência, é um número jogado no ar, ao acaso.
A indústria da mídia calcula que o Google no Brasil já é o número dois em receita publicitária, atrás apenas da Globo.
Fala-se em 3 bilhões de receita anual para o Google. Se é isso, o Google estaria pagando pouco mais de 20% de imposto no Brasil.
Importante: você só sabe se isso é muito ou pouco se, primeiro, conhece as leis e, dois, tem ciência de quanto os demais pagam.
Por isso, para que este debate não seja uma conversa nas nuvens, os brasileiros têm que saber – é um caso de enorme interesse público – quanto o líder paga.
A Globo bate recorde após recorde em receita de propaganda mesmo com uma audiência que despenca vistosamente.
Em 2013, ela faturou mais de 12 bilhões de publicidade.
Quanto pagou?
Enquanto não se souber isso, não haverá como avaliar a qualidade dos impostos pagos pelo Google.
No Brasil dos privilégios, a questão fiscal é protegida por um sigilo do qual a guardiã é uma velha amiga da Globo, a Justiça.
O governo, se quiser lidar com o caso do Google com seriedade, tem que quebrar este sigilo no caso da Globo.
Terá coragem para isso?
Adoraria dizer que sim, num rasgo de otimismo.
Mas num ano eleitoral, e com o medo que caracteriza a relação do PT com a Globo, fico com Wellington: quem acredita que o imposto pago pela Globo virá à luz acredita em tudo.
PS- Nos sentimos recompensados ao ver, na página da Globo na Wikipédia, que as dúvidas em relação à lisura fiscal da empresa tinham como base um texto do DCM. Isso — ser referência num assunto de intenso interesse público — reforça nosso compromisso de combater o bom combate por um Brasil justo.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Foi aprovada uma PEC 37 exclusiva para Globo?
A Globo não assume que sonegou, mas confirma que pagou multa
Por que Renan devolveu a MP da desoneração da folha de pagamento
A desoneração prejudica empresas que têm uma concentração forte em altos salários – como os do Gilberto Freire com “i” e o Ataulfo Merval.
R$ 300 milhões ?
Uma merreca.
Ai, o Levy resolveu fazer o ajuste da Urubóloga e acabou com a desoneração da folha da Globo, via MP.
(Se a desoneraçao é de R$ 300 milhões, ponderou o informante Valdir, imagine quanto é a folha…)
O Renan jogou para a Globo e devolveu a MP à Dilma.
Hipócritas, os colonistas da Globo interpretaram o gesto como a rebelião do PMDB contra a Globo.
Não passa de velho truque do velho Renan de guerra.
Quando ele se viu encurralado atrás da cama com a Mendes JR, o que fez, para se blindar com a Globo e o detrito sólido?
Enterrou a CPI do Cachoeira.
Nada de novo.
No Renan.
Nem na Globo.
Só troca o lençol da cama.
Paulo Henrique Amorim
Fernando Brito - Como O Globo pode ajudar a manter o Tijolaço
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkb0WcnFk3JC1JLuJYSJjaCMeI-5zpW2z68lx6x5MYw3C_vN_p3QH7f5upHueyqJo-Uj1tnMjuhGsJpoP5enuKlYY6VULQTqtaStfsiNAeVja7sYeGOgJ8WQnjdkK1wvuQHLmFcv8xoIg/s640-rw/Tijola%C3%A7o.bmp)
Paulo Nogueira - A hipocrisia da mídia
Me enviam um vídeo que é o chamado retrato do Brasil.
É da Globonews, e o personagem central é o jornalista Carlos Monforte.
Monforte anuncia calamidades para o Brasil. A inflação, por exemplo, deu um grande salto.
E ele comenta também, cheio de desdém, a entrevista de Lula com "amigos blogueiros".
Amigos?
Claro que a noção de amizade é subjetiva, mas no caso do DCM não existe nenhuma relação de amizade com Lula, ou com quem quer que seja na esfera pública.
Praticamos – ao contrário dos jornalistas da Globo – a máxima de Pulitzer segundo a qual jornalista não tem amigo porque amizades influenciam o conteúdo.
É engraçado ver jornalistas da Globo – fora Monforte, Merval Pereira também criticou a entrevista de Lula – num acesso estudado de "jornalismo crítico".
Merval, por exemplo, jamais se constrangeu em se abraçar a integrantes do STF dos quais ele deveria manter distância vital para poder escrever textos não enviesados.
Alguma vez Merval fez perguntas "duras" para seus amigos em entrevistas? Ou melhor: para amigos da Globo?
Estendo. Algum jornalista da Globo fez jornalismo crítico em qualquer ocasião ao entrevistar um amigo da casa?
Joaquim Barbosa foi entrevistado, pelo que me lembre, em pelo menos duas ocasiões por estrelas da Globo. Algum tempo atrás Míriam Leitão o entrevistou. Mais recentemente, Roberto Dávila.
Alguma pergunta sobre o apartamento de Miami? Ou sobre a agressão à primeira mulher?
Não. Apenas sorrisos, abraços e flores.
Então ficamos assim: quando é amigo da Globo, não existe jornalismo crítico. Para os inimigos, sim.
Bonito isso.
Vou estender ainda mais a reflexão. Os aguerridos jornalistas da Folha: quando eles foram duros em relação a algum amigo dos Frias?
Ora, a Folha simplesmente abandonou a cobertura da sonegação milionária da Globo — e mesmo assim se diz de rabo preso com ninguém?
Qualquer pessoa que vá dar uma entrevista, nas condições de Lula, escolhe minuciosamente os entrevistados.
Ninguém convida ninguém que vá chegar à entrevista com intenções assassinas, tanto mais quando se trata de uma pessoa na vida privada, e não pública, como é hoje o caso de Lula.
Por que então o alarido?
Por hipocrisia. Por cinismo. Por desfaçatez.
Suponha que FHC convoque uma entrevista para falar de seu novo livro, ou o que for. Sua lista de convidados não incluirá potenciais litigantes. Ele tem o direito de não querer que o importunem com perguntas como a questão da compra dos votos para a reeleição.
Se todo mundo faz isso, onde está a notícia senão na cabeça de jornalistas que recriminam nos outros o que eles próprios fazem quando se trata de amigos das empresas para as quais trabalham?
Comecei dizendo que o vídeo de Monforte era um retrato do Brasil, e agora completo o raciocínio.
O patrocinador do conteúdo alarmista, catastrofista e francamente negativo era – claro – o próprio governo atacado sem trégua: a Caixa.
A "mídia técnica" – e suponho que Monforte tenha um traço no Ibope — é assombrosamente generosa. Ou idiota.
Paulo Nogueira - A hipocrisia da mídia
Me enviam um vídeo que é o chamado retrato do Brasil.
É da Globonews, e o personagem central é o jornalista Carlos Monforte.
Monforte anuncia calamidades para o Brasil. A inflação, por exemplo, deu um grande salto.
E ele comenta também, cheio de desdém, a entrevista de Lula com "amigos blogueiros".
Amigos?
Claro que a noção de amizade é subjetiva, mas no caso do DCM não existe nenhuma relação de amizade com Lula, ou com quem quer que seja na esfera pública.
Praticamos – ao contrário dos jornalistas da Globo – a máxima de Pulitzer segundo a qual jornalista não tem amigo porque amizades influenciam o conteúdo.
É engraçado ver jornalistas da Globo – fora Monforte, Merval Pereira também criticou a entrevista de Lula – num acesso estudado de "jornalismo crítico".
Merval, por exemplo, jamais se constrangeu em se abraçar a integrantes do STF dos quais ele deveria manter distância vital para poder escrever textos não enviesados.
Alguma vez Merval fez perguntas "duras" para seus amigos em entrevistas? Ou melhor: para amigos da Globo?
Estendo. Algum jornalista da Globo fez jornalismo crítico em qualquer ocasião ao entrevistar um amigo da casa?
Joaquim Barbosa foi entrevistado, pelo que me lembre, em pelo menos duas ocasiões por estrelas da Globo. Algum tempo atrás Míriam Leitão o entrevistou. Mais recentemente, Roberto Dávila.
Alguma pergunta sobre o apartamento de Miami? Ou sobre a agressão à primeira mulher?
Não. Apenas sorrisos, abraços e flores.
Então ficamos assim: quando é amigo da Globo, não existe jornalismo crítico. Para os inimigos, sim.
Bonito isso.
Vou estender ainda mais a reflexão. Os aguerridos jornalistas da Folha: quando eles foram duros em relação a algum amigo dos Frias?
Ora, a Folha simplesmente abandonou a cobertura da sonegação milionária da Globo — e mesmo assim se diz de rabo preso com ninguém?
Qualquer pessoa que vá dar uma entrevista, nas condições de Lula, escolhe minuciosamente os entrevistados.
Ninguém convida ninguém que vá chegar à entrevista com intenções assassinas, tanto mais quando se trata de uma pessoa na vida privada, e não pública, como é hoje o caso de Lula.
Por que então o alarido?
Por hipocrisia. Por cinismo. Por desfaçatez.
Suponha que FHC convoque uma entrevista para falar de seu novo livro, ou o que for. Sua lista de convidados não incluirá potenciais litigantes. Ele tem o direito de não querer que o importunem com perguntas como a questão da compra dos votos para a reeleição.
Se todo mundo faz isso, onde está a notícia senão na cabeça de jornalistas que recriminam nos outros o que eles próprios fazem quando se trata de amigos das empresas para as quais trabalham?
Comecei dizendo que o vídeo de Monforte era um retrato do Brasil, e agora completo o raciocínio.
O patrocinador do conteúdo alarmista, catastrofista e francamente negativo era – claro – o próprio governo atacado sem trégua: a Caixa.
A "mídia técnica" – e suponho que Monforte tenha um traço no Ibope — é assombrosamente generosa. Ou idiota.
A Globo pagou? Cadê o DARF?
Quando Zelotes bate na "zelite" Moro vira perigo, por Antonio Lassance
Logo quando a operação Zelotes flagrou grandes figurões da elite brasileira em práticas criminosas, a presunção de inocência resolveu dar o ar da graça. Antonio Lassance (*)
Nada como um dia após o outro. De repente, não mais que de repente, um editorial de O Globo considera o padrão Moro de "justiça" muito perigoso.
No texto "Lava-Jato inspira proposta de mudança na Justiça", o jornal relata que juízes, "Sérgio Moro um deles, defendem que penas sejam cumpridas a partir da sentença de primeira instância, ideia perigosa, mas que Congresso precisa debater".
Ideia perigosa? Como assim? Desde quando? Que curioso, não?
Se prender suspeitos e mantê-los trancafiados até que confessem o que sabem e o que não sabem foi saudado até agora como um bom padrão de execução da judiciária, que medo é esse de uma sentença condenatória em primeira instância?
Manter o réu preso sem julgamento pode, mas prendê-lo depois do julgamento não pode? Estranho raciocínio. Muito estranho mesmo.
É muita coincidência que essa... tomada de consciência - chamemos assim - tenha acontecido quando um escândalo de proporções muito maiores do que qualquer petrolão evidenciou algo banal, trivial, óbvio: o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, em qualquer época, em qualquer país, é a sonegação dos ricos, estejam eles ligados a que esquema for - do petrolão ao suíçalão do HSBC e, agora, ao esquema desbaratado pela operação Zelotes, da Polícia Federal.
Logo quando a Zelotes flagrou grandes figurões da elite brasileira em práticas criminosas, vis, tão dignas de escárnio quanto qualquer propina intermediada por doleiros, a presunção de inocência resolveu dar o ar da graça. Justo ela que andava tão sumida.
Justo agora que, entre outros, uma afiliada das organizações Globo (a gaúcha RBS) aparece na mira das investigações, se resolve falar novamente, alto e bom som, em presunção de inocência.
Esperemos para ver que juiz vai ter a coragem - não é assim que se chama? - de prender tais figurões e fazê-los ver o sol nascer quadrado até que confessem seus crimes já expostos e supliquem por delações premiadas.
Se tem dinheiro público, se tem propina, sem tem lavagem de dinheiro, não vai ter prisão? Agora não vai ter? Por quê? Afinal, O Globo está com medo de quê? Esse editorial terá sido feito por gente que nasceu ontem?
Quem o escreveu não sabe que o padrão Moro de qualidade judicial já é corriqueiramente aplicado em nossa Justiça?
Em média, mais de 40% da população carcerária brasileira é formada por presos em situação provisória, ou seja, não têm condenação definitiva. Em alguns presídios, o número de presos provisórios ultrapassa 60%.
Depois de ter premiado Moro com o prêmio "Faz Diferença" de personalidade do ano, quem sabe o jornal não se disporia a conferir um troféu "Sérgio Moro" a presídios com as estatísticas mais altas de gente presa sem condenação, aguardando delações premiadas e julgamento a perder de vista?
O Globo assustou-se e alerta: o "Congresso precisa debater".
Claro!
Os leitores de O Globo, pelo menos aqueles que não nasceram ontem, entenderam bem que a sugestão do jornal é para que a proposta encontre o caminho certo para ser imediata e solenemente sepultada, com o sinal verde de aplausos em futuros editoriais.
A defesa da presunção de inocência por parte de uma mídia que se vende, diariamente, atropelando essa mesma presunção de inocência mostra o quanto muitos de seus editoriais são meros exercícios de hipocrisia, assim como os pedidos de desculpas por seu golpismo entranhado.
A presunção de inocência de muitos veículos é ditada por um cálculo de conveniência. Tem dia em que ela está valendo, tem dia que não está.
Justiça seja feita, há momentos em que a grande e tradicionalíssima imprensa esforça-se muito e dedica todo amor e carinho a proteger a reputação de seus políticos prediletos, a ponto de até mesmo parentes envolvidos em escândalos serem chamados de "supostos parentes" - uma expressão que já deveria estar nos manuais de redação desses luminares.
Precisou da Zelotes para a turma de O Globo se lembrar que a Justiça, em qualquer lugar, é feita não apenas de leis, mas de juízes e de precedentes.
Juízes tratados como astros de rock se engraçam a dar seu show à parte e rasgam a lei como quem quebra a guitarra em pleno palco. Quem precisa delas - da lei, da guitarra?
Os precedentes que alguns juízes criam podem ser ainda mais graves, pois tornam-se regras que, longe de serem uma homenagem às leis, espezinham-nas.
Que tipos de juízes preferimos?
O Globo prefere um que atenda aos seus caprichos e proteja seus amigos diletos - convenhamos, um "princípio" que é o fim de qualquer noção razoável e responsável de justiça.
Globo é sonegadora costumaz
Tucanos calúnia Raulzito
E não é mentira, por incrível que pareça.
A rede pública do governo de São Paulo, através da Companhia de Processamento de Dados Do Estado De S Paulo (Prodesp), foi usada para a realização de centenas de alterações no Wikipédia.
Inclusive chamar nosso querido Raulzito de homossexual. O que não é nenhum xingamento, apenas uma calúnia grosseira, visto que ele foi casado diversas vezes, com mulheres.
Só para constar: o governo de São Paulo é administrado pelo PSDB de Aécio Neves, principal adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais deste ano.
A mentira sobre Raul Seixas, acrescentada à sua página na Wikipédia foi essa:
"Raul foi considerado homossexual, por caos [sic] que teve com Cazuza, e também foi considerado "Maluco" por dizer que avistou uma nave espacial quando estava fazendo fezes em seu banheiro, em sua fazenda. A banda Pedra Letícia gravou uma música chamada "Eu não toco Raul" pois todas as pessoas pediam as músicas do Raul em seus shows."
Convenhamos que é muito pior do que alterar a página da Miriam Leitão na Wikipédia, acrescentando a informação de que suas "análises são desastrosas".
A rede da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, uma rede pública, governamental, também foi usada para fazer uma alteração no perfil de Dilma Rousseff, mas a mudança foi cancelada.
Na verdade, o escândalo é uma farsa. A Globo explorou a característica tipicamente brasileira, presente em todas as grandes redes públicas, de não exercer nenhum tipo de controle sobre o uso da internet.
No caso do Palácio do Planalto, a sua rede de internet podia ser acessada por qualquer um, dentro do prédio ou nas proximidades.
Importante observar que qualquer um pode alterar mudanças na wikipédia. Não é preciso nenhuma tecnologia de governo para fazer isso.
O governo de Minas Gerais também, através da Companhia de Tecnologia de Informação de Minas Gerais (Prodemge), fez dezenas de mudanças em páginas da Wikipédia.
Alguém usando a rede do Prodemge participou de uma discussão sobre a Satiagraha, só que eu preferi não dar destaque porque não consegui entender se é contra ou a favor a operação da Polícia Federal que prendeu Daniel Dantas.
Mesmo sendo leigo em programação, eu achei com relativa facilidade esses dados na internet. Com um pouco de esforço, ver-se-á que praticamente todas as grandes redes públicas de internet, do Palácio do Planalto, dos palácios estaduais de governo, das prefeituras, das estatais, são usadas livremente por servidores, visitantes, jornalistas, etc.
Agora, a Globo foi maliciosa. Ela fez um tremendo escarcéu, sem explicar nada, depois ligou para a ABI, cujos membros têm idade média acima dos 80 anos, e lhes fez perguntas agressivas sobre a matéria. Como o presidente da ABI provavelmente nunca ouviu falar em IP, ele passa a acreditar que a própria presidenta ou algum assessor diabólico usou uma tecnologia especial, importada da Coréia do Norte, para alterar criminosamente a Wikipédia de Miriam Leitão e Sardenberg. O presidente da ABI também não deve saber o que é Wikipedia. Então ele faz declarações bombásticas, sobre "práticas da ditadura", como se o governo tivesse alterado um verbete na Enciclopédia Britânica.
Qualquer um pode alterar, a qualquer momento, qualquer verbete na Wikipedia.
A mudança pode ter sido feita por um servidor, por um prestador de serviço, por um visitante, por um dos jornalistas que frequentam a sala de imprensa do Planalto.
Por exemplo, eu estive no Palácio do Planalto, junto com pessoas do Brasil inteiro (jornalistas, blogueiros, hackers, editores, ativistas, etc) para um debate público, transmitido ao vivo, com Gilberto Carvalho. Tive acesso à senha de wifi do Palácio. Poderia ter sido eu a mexer no verbete do Sardenberg. Só que eu estive por lá este ano, a mudança ocorreu em 2013.
Lembro-me que todos tinham acesso à senha do Palácio. Era liberado.
A desonestidade da mídia abandonou todos os escrúpulos. Fernando Rodrigues, editorialista da Folha, escreve texto furibundo contra o "Estado aparelhado". Só quero ver se ele vai defender Raul Seixas contra os ataques que sofreu de alguém usando a rede pública do Estado de São Paulo, que é sustentado pelos impostos dele.
Quem vai ligar para as ex-mulheres de Raul, para seus amigos, ou repercutir a matéria junto aos fãs do roqueiro?
Quem vai acusar o governo de São Paulo de usar "práticas da ditadura nazista"?
O Globo publica hoje editorial raivoso, intitulado "Aloprados agora atacam do Planalto", imprecando contra "sites / blogs chapa-brancas, sustentados com dinheiro público". A Vênus está com obsessão por blogs, porque eles a estão desmascarando.
Aproveito para avisar que um passarinho contou-me que a íntegra do processo de sonegação da Globo – com milhares de páginas – está pintando a qualquer momento por aí.
E ainda tenta mostrar os blogs como corruptos, por receber "dinheiro público". Ora, dentre centenas de blogs, apenas alguns recebem – merecidamente – publicidade institucional.
Quem é a Globo para falar em "dinheiro público"? Mostra o Darf primeiro!
Eu nunca recebi um centavo de verba pública. E critico duramente o governo em sua política de comunicação, por permitir, com sua omissão, que a mídia nos ataque desta maneira.
Se houvesse uma política de estado, republicana, pela qual sites e blogs de todas as cores ideológicas, cadastrados junto à Secom, recebessem de acordo com a sua visitação, não estaríamos nessa situação ridícula.
Situação ridícula de sermos a todo momento atacados pela Globo, que, ela sim, recebe bilhões de reais de recursos públicos por ano. Está tudo lá, na internet.
É revoltante ser chamado de bêbado sem nunca ter posto uma gota de álcool na boca.
O caso do Raulzito, para mim, é muito pior do que as críticas à Miriam Leitão, que são fúteis.
Ela é viva, rica e pode se defender. Tem espaço ilimitado em concessões públicas, como a TV Globo e rádios, afora a Globonews, jornais, revistas, internet. Pode até publicar um novo livrinho infantil atacando o governo, se achar conveniente.
Raulzito morreu quase na miséria e não pode mais se defender.
A nossa mídia tem que aprimorar sua pontaria, porque essas balas de prata estão atingindo seus próprios pés.
A ideia do Século
Aí vão esquadrinhar toda a teia de negócios do empregador do “mensaleiro”.
Vão descobrir que tem negócios obscuros em paraísos fiscais.
Vão descobrir que pressiona – há décadas – os governantes para obter concessões de radiodifusão ou para legalizar as que adquirem.
Mais: vão verificar que tomou empréstimos mais que beneficiados em dinheiro público para construir gráficas ou estúdios de televisão, como o parque gráfico de Caxias (BNDES) e o Projac – Banerj e Caixa Econômica.
Ou que pegou uma bolada lá no BNDES no apagar das luzes do Governo FHC.
Depois, podem descobrir até o que aconteceu com seu misterioso processo por sonegação de Imposto de Renda, que desapareceu porque um humilde funcionária – condenada à prisão por isso – espontaneamente resolveu colocá-lo numa bolsa e faze-lo desaparecer.
E poderiam empregar Dirceu por gratidão política, como gratidão à defesa que o então ministro fez de empréstimos à Globo, no tempo em que o império estava pendurado em dividas enormes.
Não sabia?
“No mercado financeiro, especula-se que uma das saídas possíveis seria a injeção de recursos por parte do governo. A hipótese ganhou força no final do ano passado, quando o ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, defenderam a ajuda governamental à Globo alegando “razões de Estado”. “Sou absolutamente a favor de que o BNDES dê uma ajuda financeira ao grupo caso isso se mostre necessário”, disse a EXAME o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, dois dias após a morte de Roberto Marinho. “Estou falando em emprestar dinheiro para que a empresa possa alongar sua dívida com os credores. Isso não significa nenhum favorecimento, já que a dívida com o BNDES teria de ser paga.”
Miro Teixeira está aí, à disposição, para ser ouvido sobre a defesa que Dirceu fez da ajuda à Globo. Tanto que quando Lula levou-o para o Ministério das Comunicações – depois ocupado pelo global Hélio Costa – as relações de Brizola com o governo azedaram.
Não vale um emprego de gerente de um departamentozinho da Globo lá em Brasilia?
Agradeço ao Renato a brilhante sugestão para fazer nossa mídia, finalmente, vasculhar os negócios da Globo.
Mas será que o Dr. Joaquim Barbosa ia deixar ele assumir um emprego lá?