Pig: a retórica do ódio


Os brasileiros no exterior que acompanham o noticiário brasileiro pela internet têm a impressão de que o país nunca esteve tão mal. Explodem os casos de corrupção, a crise ronda a economia, a inflação está de volta, e o país vive imerso no caos moral. Isso é o que querem nos fazer crer as redações jornalísticas do eixo Rio - São Paulo.  Com seus gatekeepers escolhidos a dedo, Folha de S. Paulo, Estadão, Veja e O Globo investem pesadamente no caos com duas intenções: inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e destruir a imagem pública do ex-presidente Lula da Silva. Até aí nada novo.
Tanto Lula quanto Dilma sabem que a mídia não lhes dará trégua, embora não tenham – nem terão – a coragem de uma Cristina Kirchner de levar a cabo uma nova legislação que democratize os meios de comunicação e redistribua as verbas para o setor. Pelo contrário, a Polícia Federal segue perseguindo as rádios comunitárias e os conglomerados de mídia Globo/Veja celebram os recordes de cotas de publicidade governamentais.  
O PT sofre da síndrome de Estocolmo (aquela na qual o sequestrado se apaixona pelo sequestrador) e o exemplo mais emblemático disso é a posição de Marta Suplicy como colunista de um jornal cuja marca tem sido o linchamento e a inviabilização política das duas administrações petistas em São Paulo. Leia mais>>>

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu. Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula


O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição.

O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição, que jogava em casa, com a plateia dele.

O Nunca Dantes derrotou a extrema-direita mais obscurantista, o malafismo medieval.

O Nunca Dantes derrotou a campanha mais baixa, mais suja da República.

O Nunca Dantes ganhou em São Paulo capital e no cinturão vermelho em torno da capital, logo, do Palácio dos Bandeirantes.

Caiu a Stalingrado tucana.

O Nunca Dantes ganhou em 68 cidades de São Paulo – o que nunca tinha acontecido antes.

O Nunca Dantes botou a batata do Alckmin pra assar.

Falta cair Moscou.

O Nunca Dantes derrotou o único ideólogo da extrema direita, o Farol de Alexandria.

Ele é um jênio: disse que o PSDB precisa renovar-se e considerou que Cerra foi um bom candidato.

O Nunca Dantes derrotou o Supremo.

Derrotou a cronologia do julgamento do Supremo, afinada com a Superintendência de programação da Globo.

O Nunca Dantes derrotou o Ayres Britto, que organizou os prazos e as datas.

O Nunca Dantes derrotou os 18′.

A mais deslavada tentativa de Golpe da Globo: 18′ na ante-véspera da eleição, para ferrar o Haddad.

Foi uma derrota acachapante, a tal ponto que o filho do Roberto Marinho deveria mandar o Ali Kamel embora, pra escrever “Memórias de uma Guerra Suja – II”.

O Nunca Dantes fincou a bandeira do PT na classe média paulistana.

O partido do Nunca Dantes passará a comandar a maior parcela dos orçamentos municipais do país – e, portanto, governar para os pobres.

O partido do Nunca Dantes sai da eleição com a vitória sobre o maior número de eleitores do país – logo, um eleitor com mais chances de votar na Dilma do que no Padim Pade Cerra, o eterno candidato da Globo.

O principal partido da oposição, os tucanos, encolhe desde 2000.

Ou seja, Cerra é o Jim Jones do partido.

O Nunca Dantes saiu engrandecido da eleição.

A derrota de Haddad seria um tiro no peito.

Por isso o PiG (*) e o Supremo se uniram, no tempo e no espaço.

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu.

Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.

Em tempo: um pedaço da vitória do Nunca Dantes e do Haddad se deve ao trabalho de José Dirceu, o arquiteto da obra do PT amplo, fora do gueto que o professor Wanderley chamou de “sindicalismo messiânico”. Essa obra foi tão profunda – clique aqui para ler o que disse o André Singer sobre “o  reformismo do Lula vai durar muito tempo” – que é preciso algemá-lo diante das câmeras da Globo. 
Paulo Henrique Amorim

Frase da manhã

Que me desculpe a minoria. Mas, não basta ser cabeleireiro, estilista ou maquiador, tem de ser viado
Joel Neto

Lenovo lança 1º ultrabook/tablet com Windwos 8


O mercado brasileiro já começa a receber as novidades decorrentes do lançamento do sistema operacional Windows 8, da Microsoft, na semana passada. A chinesa Lenovo - que recentemente ultrapassou a HP como maior fabricante de PCs do mundo - está lançando o primeiro equipamento híbrido, que mistura características de ultrabook e tablet, com Windows 8 a desembarcar em terras brasileiras.

O IdeaPad Yoga 13 se destaca por apresentar diversas possibilidades de utilização, pois sua tela pode rotacionar até 360°

O aparelho, batizado de IdeaPad Yoga 13, se destaca por apresentar diversas possibilidades de utilização, pois sua tela pode rotacionar em ângulos de até 360°. Graças ao seu formato híbrido, o aparelho também pode ser usado tanto como um tablet, para leitura e aplicações de entretenimento, quanto como um ultrabook, para se transformar num dispositivo voltado para o trabalho.

O IdeaPad Yoga 13 tem uma tela de 13,3 polegadas que é sensível ao toque, com resolução de 1600 x 900 pixels. A tela tem capacidade de reconhecer sensibilidade de 10 toques simultâneos. Outros que recursos chamam a atenção neste lançamento da Lenovo é a tecnologia de áudio Dolby Home Theater e a tecnologia Motion Control, que permite ao usuário navegar entre fotos ou músicas com gestos em frente à tela, sem necessidade de toque.

O IdeaPad Yoga 13 conta com um processador Intel Core i5, memória RAM de 4GB, disco interno SSD de 128GB, saída HDMI, porta USB 3.0 e webcam de alta definição (HD). O aparelho custa R$ 8.999.

Outra novidade da Lenovo, além do modelo híbrido, é o IdeaPad S400, notebook ultrafino com Windows 8, tela de 14 polegadas, processador Intel Core i5 de terceira geração, 4 GB de memória RAM, HD de 500 GB. O aparelho, que chega com preço de R$ 1.899, vem com teclado AccuType, solução que busca facilitar a digitação de documentos longos. 

Tecno

Blog do Charles Bakalarczyk: Lula, o estrategista

Blog do Charles Bakalarczyk: Lula, o estrategista: A grande mídia empresarial sempre “vendeu” o Lula como um apedeuta, político tosco e gestor incapaz. Ledo engano dos agentes midiáticos ...

Eleição 2014: um salto quântico


por Pedro Luiz Rodrigues

Um salto quântico, na física e na química, ocorre quando uma partícula ganha energia, acelerando o movimento de seus elétrons. Estes acabam por se destacar do núcleo, na forma de saltos.

Em laboratório, tal fenômeno pode ser mantido sob controle. Mas se certos limites de temperatura forem ultrapassados, os elétrons desprender-se-ão do núcleo, que não resistindo à repulsão entre suas partículas, explodirá.

No universo da política fenômeno de natureza similar pode também ter lugar. O aquecimento gerado pelas expectativas de um partido (em razão de uma extraordinária vitória eleitoral, por exemplo) libera energia sobre determinados de seus expoentes, fazendo-os destacar do conjunto.

Com a vitória de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo, sacramentada ontem nas urnas, o Partido dos Trabalhadores conquistou o que mais almejava no presente ciclo de eleições municipais. 

Os estrategistas do partido voltam imediatamente seus olhos e atenções para 2014. O grande objeto do desejo petista passou naturalmente a ser o governo de São Paulo, bastião jamais conquistado. 

Isso por darem como certa, mais uma vez, a vitória na disputa pela Presidência da República, tanto faz se com Lula ou com Dilma.

O fato de ter sido derrotado no Nordeste quase inteiro na disputa municipal não chegou a empanar a alegria pela vitória na capital de São Paulo. Afinal trata-se da capital do estado que o PT considera seu berço, sua base, sua alma mater. 
Na percepção dos referidos estrategistas, o médico infectologista Alexandre Rocha Santos Padilha, o mais jovem dos ministros de Dilma, já pode começar a se acostumar com o título de “governador”.

Para esses, Padilha é quem está melhor apetrechado para a disputa. Conhece o mundo político de São Paulo e do Brasil como poucos. Foi um eficiente secretário de relações institucionais do Governo, durante a gestão do Presidente Lula. Além do mais, é jovem, pode ser apresentado como representante da inovação e da mudança.

Se Lula for o candidato à Presidência em 2014, tanto melhor para Padilha, uma vez que seus laços com o ex-presidente são muitíssimo estreitos.

Resta saber se o núcleo decisório do PT conseguirá manter a temperatura sob controle durante os próximos dois anos, impedindo que outros elétrons estaduais (que se sentirão também aquecidos com a vitória de Haddad) acabem por fazer tudo desandar.

O PSDB, sem o Serra e sem o Alckmin, vai ter de passar por uma profunda revisão interna em São Paulo.

A incapacidade da tucademopiganalhadagolpista captar as iniciativas de Lula

“Esse é o cara”.   Barack Obama

O xadrez [palitinhos]de Lula, nunca tem somente um componente, ele tem uma base conjuntural extremamente perspicaz.
O aludido movimento mencionado, de renovação dos quadros, é apenas um dos aspectos que podem de plano ser vislumbrados na estratégia política adotada.
Apesar de simples, as iniciativas do (sempre) Presidente Lula, não conseguem ser captadas pela mídia, em primeiro lugar pela incompetência ou pela má-vontade em relação a novas formas de apreensão da realidade e, em segundo lugar porque a manutenção do status quo, do pensamento (quase) único, necessita negar a viabilidade ou correção de novas tendências.
E isso, pode ser facilmente verificado quando da eclosão da crise econômica, em que o Lula falou que, para o Brasil, seria apenas uma marolinha.
Foi prontamente ridicularizado pelos analistas tanto políticos como econômicos.
Não entendiam as referidas “mentes brilhantes” que o mercado tem forte componente anímico, que a economia brasileira é basicamente interna, e contava  com considerável  capacidade ociosa.
Assim, naquele momento, as medidas cabíveis eram, incrementar e investir  no mercado interno,  mas, em contrapartida,  se não houvesse mercado para estes produtos inevitavelmente a “receita” não teria o efeito esperado.
Pois bem, no momento em que o presidente Lula vai à imprensa e, do alto de sua credibilidade perante a população brasileira, diz que as pessoas tem que produzir, tem que consumir,  e que os efeitos da crise econômica no Brasil, não passarão de uma marolinha, o presidente está simplesmente realizando um dos mais importante movimentos da estratégia(xadrez) econômica e política daquele momento.
Esquecem os analistas de plantão que, se naquele momento, a população internalizasse a noção de crise por eles proposta, inevitavelmente a economia brasileira estagnaria ou, pior, entraria em recessão, esta  com todos os seus componentes, desemprego, diminuição de recursos para a saúde, educação, para os benefícios sociais, etc..
Felizmente não foi o que ocorreu,  e as pessoas continuaram a produzir e consumir e o país cresceu e consolidou-se no cenário mundial como potencia econômica e modelo político.
No mais, por recente, todos conhecem a história, principalmente por ter sido extremamente bem-sucedida.
O reconhecimento, entretanto, veio da pessoa mais insuspeita,
É claro, falo de BaracK Obama, Presidente dos Estado Unidos da América, que, num rasgo de jovialidade, proferiu a seguinte exclamação, frente à vários chefes de estado e da imprensa mundial:  “Esse é o cara”.
Nesta campanha eleitoral de 2012, novamente a estratégia adotada pelo presidente Lula, não é alcançada pela compreensão da mídia oficial brasileira.
Repetem o mesmo erro e, ao depararem com os fatos, declaram-se surpreendidos, e pasmos com a “insensibilidade política da população brasileira” notadamente porque, segundo eles o “mensalão” (enquanto cena e tragédia) não teria influenciado o cenário político de modo  a levar o PT ao ostracismo.
Pobres “pensadores”.
Bem antes, um alquebrado Lula, recém saído de sua luta contra um câncer, mas com sua capacidade intelectual intacta (capacidade esta insistentemente contestada pelos referidos analistas), idealizou mais um de seus movimentos políticos, os quais são incompreensíveis para esta parcela da inteligência brasileira. Eles me lembram uma passagem do conto A Casa de Asterion , do argentino Jorge Luis Borges, in verbis: ...As enfadonhas e triviais minúcias não encontram espaço em meu espírito, capacitado para o grande; jamais guardei a diferença entre uma letra e outra..
Prosseguindo.
Marcado, pelo STF,  o julgamento do chamado mensalão,  para o período pré-eleitoral, este fato sinalizou e cristalizou a forma em que se daria o embate.
Como todo pensamento simples e objetivo, Lula contrapôs ao mensalão - incansavelmente veiculado pela mídia -, um PT diferente, com novos quadros, e o mais importante, estes neófitos,  erigiriam suas campanhas com ênfase em programas técnicos e em soluções urbanas para resolver os problemas sociais prementes.
Contraporiam à realidade posta, os novos projetos do PT; à antiga forma de fazer política, a idéia generosa de solidariedade social (que foi a gênese do Partido do Trabalhadores); à desigualdade econômica,  um  governo para todos.
Assim, diminuir as desigualdades, dar condições mínimas de educação, saúde, alimentação, moradia, mobilidade urbana, passaram a ser os temas e a tônica dos pleitos,  junto a isso, a insistente divulgação das realizações dos governos do PT no âmbito social e sua diferencia enquanto projeto de sociedade..
E Lula entregou-se de corpo (ainda combalido) e –toda - alma, nesta construção.
E estes “eleitos”, Haddad,  Pochmann, Elmano, Pelegrino... levaram esta nova forma de fazer política e cumpriram sua missão.
Então, nas cidades do Brasil, não se falou somente em mensalão, se falou em projetos, em política urbana, em governar  e para quem governar  prioritariamente.
E, desta vez não foi a esperança que venceu o medo, mas a razão venceu o oportunismo político e deixou aberta, mais uma vez as várias portas pelas quais transita a esperança.
Enfim, chegou a eleição e, surpresa, o PT saiu-se mais forte, mais revigorado e desafiando os velhos oráculos.
Alguns, como sempre, de forma tardia, estão aos poucos percebendo toda a estratégia, outros, ainda, estão restritos a noção de que Lula percebeu o “novo” e somente este fator motivou o resultado do pleito.
Mas, logo, logo, reconhecerão  que a estratégia de Lula, não simplesmente derrotou o mensalão, como forma sectária de fazer política, mas trouxe a população brasileira o que sempre deveria ser privilégio desta por ocasião das eleições, um debate de propostas e de idéias, em que somente pode haver um ganhador, o POVO brasileiro.
Talvez, agora, os analistas entendam a  frase proferida por Lula, que o novo pleito havia absolvido o PT.
Simples assim.