O verdadeiro custo Brasil


O Brasil destinará este ano pouco menos que 5% do PIB ao pagamento de juros da dúvida pública. 

É a menor fatia desde 1979. 

Ainda assim, premiará o rentismo com cerca de R$ 170 bilhões. 

O valor seria suficiente para aumentar em 13 vezes o orçamento anual do Bolsa Família em 2010; permitiria elevar o benefício médio do programa dos atuais R$ 96,00 por família para algo como R$ 1.200,00 por mês, contemplando 12 milhões de lares mais pobres do país. 

Muitos dos que consideram essa hipótese absurda encaram com naturalidade a destinação de quase 5% do PIB a um grupo privilegiado inferior a 30 mil famílias.

(Carta Maior e o verdadeiro custo Brasil que a ortodoxia não cita e o colunismo econômico esconde; com informações Valor; 12-02)
 

FHC, DEMOS - Esqueçam o que escrevemos e dissemos


“Esqueçam o que escrevi
Em baixa depois do mensalão, o governador José Arruda (DF) já foi muito festejado.
Em 2008, foi editado o livro “Brasília: Preservação e Legalidade. Desafios do Governo”.
A orelha da publicação é recheada de elogios.
1. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Pela boa administração que exerce no DF, José Roberto Arruda é hoje uma das principais lideranças do cenário político nacional”.
2. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM): “Arruda serve para ser candidato a presidente da República pelo Democratas”.
3. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR): “Arruda não fez barganha. Não instalou um balcão de negócios para oferecer a este ou àquele partido”. Que coisa! ”

Durante governo Lula/PT Brasil passou pela maior expansão em 30 anos


João Villaverde, de São Paulo – VALOR

Antes da explosão da crise mundial, no fim de 2008, o Brasil passou pela mais longa expansão econômica dos últimos 30 anos. Entre junho de 2003, quando restaurou o crescimento após a recessão desencadeada no ano anterior, e julho de 2008, quando alcançou o auge da expansão, o país cresceu por 61 meses consecutivos. O levantamento foi realizado pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Nos últimos 30 anos, o período que mais se aproxima do passado recente foram os 48 meses entre fevereiro de 1983 e fevereiro de 1987.
Quando estourou, em setembro de 2008, a atual crise mundial foi comparada ao crash de 1929 – a mais grave crise do século XX. No entanto, também seus efeitos no Brasil foram os mais rápidos dos últimos 30 anos, tendo durado apenas seis meses. Ao sustentar sua análise em variações mensais que indicam recessão como o período entre o pico e o vale, o Codace produz datação diferente do consenso na teoria econômica, que caracteriza recessões como dois trimestres consecutivos de queda da atividade.
Desde 1980, os períodos recessivos duraram em média 15,8 meses, tendo o período entre junho de 1989 e dezembro de 1991 alcançado o pior resultado: 30 tombos mensais. Na esteira da escalada inflacionária que se seguiu ao Plano Verão, quando a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 1989 em 1.972,91%, o país sofreu fortes reversões econômicas entre 1990 e 1991, com os planos Collor I e II. Em 1990, o PIB mergulhou 4,3% – o pior resultado em todo o século XX, segundo dados do IpeaData.
Uma década antes, no início dos anos 80, o país passou pela segunda maior recessão, de acordo com o levantamento do Codace. Entre outubro de 1980, quando o modelo de desenvolvimento econômico impetrado pelos militares desde 1964 se esgotou, e fevereiro de 1983, quando a crise alcançou o fundo do poço, foram 28 meses de recessão.
À época, o Brasil sofria os efeitos do choque internacional promovido pela crise do petróleo de 1979 e pela elevação das taxas de juros americanas, que saltaram de 8,7% (em 1978) para 17%, em 1981. Os juros altos encareceram a rolagem da dívida externa brasileira, questão que voltaria a trazer problemas entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, segundo o Codace, quando os 20 meses de recessão seguiram a moratória do passivo externo declarada pelo governo.
A partir de 1994 foram cinco períodos recessivos. O mais longo deles ocorreu entre outubro de 1997 e fevereiro de 1999, quando crises externas – na Ásia, em 1997, e na Rússia, em 1998 – se somaram à turbulências internas – a maxidesvalorização do real ocorrida em 13 de janeiro de 1999. Desde então, os períodos de quedas mensais no PIB têm diminuído – e as expansões durado mais. De acordo com o estudo do Codace, divulgado ontem, nos últimos 30 anos os períodos de expansão duraram em média 28,7 meses.

DE REPENTE

O camponês e o burro


Nos tempos de antanho era proibido caçar nas terras do rei. Um camponês, cuja família passava fome, aventurou-se a abater um coelho e foi pego em flagrante. Condenado à morte,  marchava para o cadafalso quando viu um burro. Lamentou,  com toda a força dos pulmões,   que iria morrer justamente quando estava ensinando o bicho a falar. 

O rei interrompeu a execução, quis saber que milagre  era aquele, e o  camponês discorreu  sobre suas qualidades de professor  de animais. A sentença foi sustada, tendo ele prometido que dentro de dez anos levaria o burro à corte, para mostrar como saberia  falar.

De novo em casa, a mulher perguntou se o marido  estava doido, porque jamais os burros poderiam  falar. Resposta: “em dez anos o burro pode morrer, o rei poderá estar morto,  e eu também”. 

Essa história se conta a propósito das inusitadas investidas do ex-presidente Fernando Henrique no processo sucessório. 

Até o dia 4 de outubro, Serra poderá ter deixado de ser candidato, o Lula se desinteressado das eleições ou o sociólogo eleito secretário-geral das Nações Unidas...

Fantasias para todo mundo


Por Carlos Chagas
Com o Carnaval, amplia-se a irreverência.  É tempo de fantasias.  Por que deixaríamos os políticos de fora?

Marina Silva,  de “Guarda Florestal”. 
Roberto Requião, de “A Volta do Zorro”.
Já Michel Temer envergará o tradicional uniforme de “Mordomo De Filme De Vampiro”. 
José Sarney como “Fenix, Renascido Das Próprias Cinzas”.  
Marco Maciel,  “Mapa Do Chile”. 
Renan Calheiros, “Pirata Do Caribe”. 
Pedro Simon,  “O Espadachim Do Rei”. 
Tasso Jereissatti,   “Garrafa De Coca-Cola”.
O vice-presidente José Alencar usará  o camisolão do “Anjo Gabriel”.
Aécio Neves de “Capitão América”. 
Sérgio Cabral de “O Viajante Desconhecido”.   
Marta Suplicy, de  “Mulher Maravilha”.
Eduardo Suplicy,  de  “Super-Homem”.
Gilberto Kassab, de “Príncipe Submarino”. 
O governador José Roberto Arruda, de “Ali Babá”.
Durval Barbosa,  de “Ali Babão”. 
Fernando Henrique Cardoso, de “Imperador Do Universo”.  
Fernando Collor,  de “Depois Da Tempestade”.
Itamar Franco,  de “Olha Nós Aqui Outra Vez”.  
O  PSDB  passará entoando o samba-enredo “O Retorno Dos Que Não Partiram”. 
O PMDB,  cantando “Os Cavaleiros Do Apocalipse”.
O PT,  com a marchinha “Daqui Não Saio, Daqui  Ninguém Me Tira”.  
O DEM,   mais uma vez berrando “Mamãe Eu Quero Mamar”.
Carlos Minc de “Dr. Silvana”.
Marco Aurélio Garcia de “Esse Lugar É Meu”.
Celso Amorin de “O Fantasma Da Ópera”.  
Patrus Ananias,  de “O Mártir Das Gerais”.
Nelson Jobim de “Rambo”.
José Dirceu de “A Volta Da Múmia”. 
Luiz Dulci, de “O Pequeno Príncipe”.  
E ele? Ele  pode desfilar  de “Raposa No Galinheiro” ou melhor,  de “Napoleão”...

Lula - Fica chocado quando vê corrupção


da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que não ficou chocado com a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-líder dos democratas).

"Não fiquei chocado, fico chocado quando vejo as denúncias de corrupção, quando aparece o filme de Arruda recebendo dinheiro", disse Lula durante entrevistas a rádios de Goiás.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decretou na tarde desta quinta-feira a prisão preventiva do governador do DF e de mais cinco pessoas pela tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do inquérito policial que investiga denúncias de pagamento de propina por parte de Arruda a membros de sua base aliada.

Lula disse ainda que a Polícia Federal não está mais disposta a fazer "pirotecnia" e defendeu a atitude de Arruda de se entregar. 

"Foi uma atitude correta de Arruda se apresentar, que sirva de exemplo para que isso [corrupção] não se repita em lugar nenhum."

O presidente destacou ainda que encaminhou ao Congresso um projeto de lei que transforma crime de corrupção em crime hediondo. 


Sobre o pedido de intervenção federal no Distrito Federal, Lula afirmou que está nas mãos da Justiça. 

"Se a Justiça Federal decidir que haja intervenção, vai haver. Se não houver nenhuma acusação contra o vice [Paulo Octácio], é de direito que ele possa assumir e governar, o presidente apenas espera que haja a decisão."

Segundo o petista, se o Judiciário se manifestar pela intervenção, o governo federal "não terá dúvidas em colocar alguém para governar o Distrito Federal".