iPhone Branco

Finalmente! 
Esta semana, a Apple liberou a venda do desejado iPhone 4 Branco em sua loja virtual. 
O produto pode ser adquirido a partir de US$ 199, mesmo valor do iPhone preto. 
A diferença está no tempo de espera para recebê-lo.
Enquanto a Apple entrega o aparelho convencional em 24 horas corridas, o lendário porém real iPhone Branco é entregue entre 3 e 5 dias úteis. 
Há a possibilidade de comprá-lo pela At&T e pela Verizon. 
Na Apple Store brasileira, entretanto, não há nenhuma menção ao gadget mais desejado dos últimos tempos. Será que vamos ficar de fora?

Ironia suprema

[...] Genial!!!

Certas entidades internacionais exageram com a gente. Além de tudo o que já fizemos para nos deixarem entrar no Primeiro Mundo, querem que paguemos salários decentes aos nossos trabalhadores e acabemos de vez com o trabalho escravo e a prostituição infantil. É demais. Não transigiremos a este ponto com a nossa soberania.

Hélio Passoshp@secrel.com.br

PIB da América Latina tem maior alta em 3 décadas

Crescimento de 6,1%, o maior registrado desde o ano de 1980, faz mudar o status de “região esquecida”

Recuperação chinesa, perfil demográfico mais jovem e expansão da classe média influem no boom, dizem analistas

ÉRICA FRAGA – FOLHA SP

“Nem pobre o suficiente para atrair piedade e ajuda, nem perigosa o suficiente para incitar cálculos estratégicos, nem tinha crescido rápido o suficiente até recentemente para acelerar pulsos em salas de reunião.”
A descrição (em tradução livre) feita por Michael Reid em “O Continente Esquecido” explica a tendência do Ocidente em negligenciar a América Latina.
Mas esse status de região esquecida parece estar mudando, como Reid, editor de América Latina da revista “The Economist”, previu em seu livro, lançado em 2007.
Recentemente, a região tem sido alvo de relatórios de bancos e centros de pesquisa e ganhado cada vez mais espaço na mídia internacional.
O “Financial Times”, um dos mais respeitados jornais de finanças do mundo, dedicou cinco páginas na última terça-feira ao comércio exterior na América Latina.
Os olhares de fora voltados para ela se explicam pelo desempenho econômico. Em 2010, houve crescimento de 6,1%, a mais alta taxa de expansão desde 1980, antes da crise da dívida externa.
Outros dados econômicos positivos de 2010 não eram registrados há, pelo menos, 30 anos. A América Latina foi a segunda região que mais cresceu no ano passado, perdendo apenas para a Ásia.
Além disso, na lista dos 15 países do mundo com taxas de expansão do PIB mais altas, havia quatro sul-americanos: Paraguai, Argentina, Uruguai (parceiros do Brasil no Mercosul) e Peru.

CHINA
O forte desempenho econômico do Brasil, maior economia latino-americana, no ano passado contribuiu para a região. Mas, segundo analistas, a China é a principal causa do boom.
“Países da região se beneficiaram da recuperação chinesa, com forte crescimento das exportações de commodities”, diz Robert Wood, analista da consultoria Economist Intelligence Unit.
A expansão da classe média é citada como outra fonte de dinamismo. “Isso contribui para o crescimento do consumo doméstico e deve garantir que a demanda por commodities produzidas na América Latina continue forte”, avalia Marcos Aguiar, presidente do Boston Consulting Group no Brasil.
O perfil demográfico também é considerado um motor de crescimento. A média de idade na América do Sul é pouco inferior a 30 anos.
Isso significa que a população economicamente ativa deste continente ainda é grande em relação à parcela dos que não trabalham (crianças e idosos), o que deve continuar contribuindo para a expansão econômica.

Turismo

Em lugar algum

Certa vez me vi perdido, sem referencial de nada, sem me dar conta para onde era o Norte ou o Sul. Era dia, mas me parecia noite escura, sem lua e sem estrelas para olhar, para contar, para fazer um pedido ou dividir um medo beirando o pavor. É ruim quando não se sabe onde está ou para onde pode ir e todas as lembranças são apenas aquelas do lugar de onde estamos vindo, mais nada. Queria voltar à origem e não sabia o caminho. Faltou-me o fôlego e havia um aperto enorme no peito, como a pressão de uma angústia que sufoco aos poucos. Depois de um tempo, recompus as emoções, assumi o adulto que já era e assumi o controle que permite o raciocínio lógico. Era preciso contar até três e havia todo o tempo do mundo para contar até muito mais. Perguntar não podia, porque não havia a quem. Aproveitei para fazer uma profunda reflexão e mergulhei na paz aparente de uma meditação que me fez companhia. Trouxe para o campo de uma visão imaginária as imagens dos rostos amigos e, mais ainda, daqueles a quem queria especial bem. O pavor parecia sumir e as primeiras pontinhas de coragem me enchiam de força. A saída estaria em algum lugar, era tudo uma questão de tempo. Lembrei que meus limites se haviam ampliado quando pensei em desistir no meio de um desafio e justo ali fui vítima de um revés que quase me deixou por terra. Juntei os restos de força que tinha e fui à luta. Quando dei por mim, estava com a sensação de haver vencido duplamente: pela força com que havia vencido o desânimo e pelo ideal que me havia conduzido à glória. Desde então, e até aquele momento, pequenos dissabores, pequenos, médios ou grandes problemas m, eram apenas coisas a serem resolvidas, e porque não aquele medo? Estava ali levado por uma dessas fugas tolas. Aquelas que arrastam a gente para cada vez mais longe das grandes decisões. Chegamos a pensar que fugir de um problema é resolvê-lo temporariamente. Quem consegue fugir da própria sombra? À noite? À noite as sombras estão dormindo, ao menor sinal de qualquer luz, lá está ela, fiel como sempre, a seguir adiante - quando o sol está às nossas costas - como um fiel escudeiro ou a nos seguir, se temos a luz de frente. Era uma daquelas fugas cheias de angústia por conta de recordações sem retorno. De repente, uma luz! Não era do céu, não era divina, não era milagre. Uma luz dessas que alguém acende quando nos toca o rosto, quando nos sorri sem cobranças, quando pura e simplesmente chega, senta ao nosso lado dizendo apenas "oi!". De repente, havia luz e depois o luar, o sol do dia seguinte e as paisagens eram coloridas, haviam sons de boa vizinhança, de vozes conhecidas, de lugares peculiares. Sons da volta, de mãos acenando, lenços agitados no ar, alegria de todo retorno tão ansiado. De repente, estava tudo muito mais bonito do que antes. As tristezas haviam ido embora, as mágoas haviam sumido e palavras doces diziam o quanto éramos bem-vindos. O importante foi não ter perdido a esperança no amanhã seguinte. Não ter perdido a fé na capacidade e na força que existe dentro de nós, de mesmo sofrendo injustiças, ter coragem de ser bom. Aqueles olhos azuis não me faziam mais falta nem me despertavam mais sadias inspirações. Descobri que haviam olhos negros, de mistérios profundos, que poderia tentar desvendar e os castanhos reais, tão cheios de ternura. Não saber para onde ir é a melhor forma de se chegar a um lugar onde nunca estivemos e aí descobrir, como descobri certa vez, que existe uma casa no fim do mundo, quando me decidi por conhecer John O´Groats, no extremo norte na Escócia. Quando me disseram que ali era nenhum lugar e que não havia nada para ver, insisti para chegar até lá e foi essa decisão que me levou a descobrir que entre nada e lugar algum existe um mundo incrível para se descobrir sozinho.

A. Capibaribe Neto

O papa Bento XVI beatificou o papa João Paulo II

Diante de uma multidão superior a um milhão de fiéis, na Praça São Pedro, colocando o antigo pontífice mais perto da santificação. Em latin, Bento declarou João Paulo "abençoado", antes do início da missa, realizada em um dia ensolarado e em meio a um mar de bandeiras polonesas, uma cena semelhante àquela do funeral de João Paulo, em 2005, quando 3 milhões de pessoas homenagearam o papa.
Relicário
Bento XVI, então, recebeu um relicário de prata contendo uma ampola de sangue que havia sido retirado de João Paulo, durante sua hospitalização. O relicário, uma característica central de cerimônias de beatificação, estará disponível para que os fiéis a venerem. O objeto foi apresentado ao papa pela irmã, Tobiana, a freira polonesa que cuidou de João Paulo ao longo do pontificado, e a irmã Marie Simone-Pierre, da França, cuja recuperação inexplicável da síndrome de Parkinson foi declarada milagre.
Estima-se que 16 chefes de Estado, sete primeiros-ministros e cinco membros de casas reais europeias estejam participando da celebração. Entre os presentes estavam o príncipe Felipe e a princesa Letizia, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, o polonês ativista de direitos humanos e ex-presidente Lech Walesa e o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que ignorou uma proibição de viajar para a União Europeia para participar do evento.
Beatificação
A beatificação, a mais rápida da era moderna, é um estímulo moral para uma igreja afligida pela crise de abuso sexual, mas também desperta uma nova onda de hostilidade das vítimas, uma vez que os escândalos ocorreram nos 27 anos de pontificado de João Paulo. 

Bento XVI dispensou o tradicional período de espera de cinco anos e permitiu que o processo de beatificação se iniciasse semanas depois do falecimento de João Paulo, em 2 de abril, de 2005. O papa estava respondendo aos pedidos de 'santificação imediata' que surgiram durante o funeral de João Paulo.

A beatificação ocorre apesar das críticas sobre a velocidade do processo e protestos sobre o abuso clerical: muitos dos crimes acobertados de violência sexual contra crianças ocorreram durante o pontificado de João Paulo. 

Os oficiais do Vaticano avaliam que João Paulo merece a beatificação apesar dos escândalos, argumentando que o processo para uma santificação não é um julgamento sobre como ele administrou a igreja, mas a uma vida de virtude cristã. Grupos de vítimas afirmam que a velocidade da beatificação foi como "passar mais sal nas feridas" das vítimas. As informações são da Associated Press.

Gramática

[...] do carente

Por que não paras pra pensar em mim?
Por que me negas teu sorriso claro?
Por que não tomas o meu corpo, enfim,  Já que és o remédio com que sei que saro?
 Saro de mágoas, dores e desejos, quando tu entras no meu deserto - meu corpo - um trópico de beijos, que mais se aquece quando chegas perto.
 Por que não vens e calas minha voz, colando a boca no que em vão persiste, para que eu sinta morto o meu algoz .
A me teimar, dizer que não existe o que desejo do pronome nós, no linguajar esquálido do triste.  

Filantropia

[...] a infância da brasileira

A companheira Dilma acaba de prometer um programa que, até 2014, oferecerá 75 mil bolsas de estudos para brasileiros em universidades estrangeiras. Ela espera que o empresariado crie outras 25 mil bolsas.
Grande ideia. O andar de cima nacional deveria aceitar o desafio. Numa época em que as grandes universidades americanas fazem shopping pelo mundo afora pedindo doações a endinheirados, os empresários brasileiros podem mudar a qualidade de seus negócios e até mesmo suas imagens, botando dinheiro no ensino superior.
Há educatecas que não gostam de quem lhes oferece recursos, mas quer saber o que se vai fazer com eles. Preferem reinar sozinhos em castelos arruinados. Apesar disso, antes mesmo de apelo de Dilma, já aconteceram dezenas de episódios de filantropia bem-sucedida. Aqui vai contado um, recente.
O empresário João Alves de Queiroz Filho é dono de um patrimônio pessoal estimado em US$ 1,6 bilhão. Em 2002 ele fundou a Hypermarcas, conglomerado que vale US$ 5,6 bilhões, controla 170 marcas e fabrica quatro mil produtos. Seu negócio vai de laboratórios a palhas de aço e camisinhas.
Nos anos 70 ele teve uma hepatite, e seu médico disse-lhe que devia ir aos Estados Unidos para tomar uma nova droga, o Interferon. Ele contrapropôs: o médico viajaria, aprenderia tudo o que fosse necessário e voltaria ao Brasil com a capacidade de propagar o seu conhecimento nos hospitais públicos. (Ele pagaria tudo, inclusive o custo do consultório fechado.)
Junior, como é conhecido, botou US$ 1 milhão na Faculdade de Medicina da USP. Dois terços desse dinheiro foram para um programa que, neste ano, distribuirá 36 bolsas para professores e médicos que pretendam buscar conhecimentos no exterior.
Todos receberão passagens (classe econômica) e mais um salário que irá de US$ 2.500 a US$ 4 mil por mês. Parece pouco, e é, mas aí está o pulo do gato. Os bolsistas que receberem até US$ 3 mil terão direito a um bônus de US$ 2.500 para cada mês de duração da bolsa desde que sejam capazes de demonstrar, na volta, que o conhecimento adquirido teve utilidade e efeito multiplicador na instituição em que trabalham em Pindorama.
Para obter a bolsa, o interessado devia pertencer à Faculdade de Medicina, preencher um formulário, descrever seu projeto e obter uma recomendação acadêmica. Só. A seleção foi feita pelo professor Miguel Srougi, e os 36 convites partirão amanhã.
Elio Gaspari