Crônica semanal de Luiz Fernando Veríssimo

Aos 7 anos, apaixonado, roubei uma pulseira!

Acho que já contei o meu único crime. Na verdade, descontando-se alguns sinais amarelos em que não dava mesmo para parar, não há contravenções ou pecados maiores na minha vida. Ficha limpa.

Claro que muito pequei em pensamento, mas a imaginação é uma área neutra em que tudo é permitido e nada é punido. Crime, crime mesmo só tenho um. Roubei uma pulseira. Atenuante: foi por amor.
Eu tinha uns sete anos e nós tínhamos acabado de alugar uma casa em Los Angeles. Meu pai lecionaria durante um ano na Universidade da Califórnia. Nos botaram, eu e minha irmã, numa escola próxima da casa. E foi lá que eu a conheci. Morena, cabelos longos. Não vou nem tentar me lembrar do nome. Digamos que fosse Sandra. E me apaixonei pela Sandra.
Ninguém se apaixona aos sete anos, dirá você. Engano seu. As grandes paixões são aos sete anos. Todas as outras, pelo resto da vida, serão simulacros, pois nenhuma será tão intensa e desesperada. Eu amava Sandra e, na minha imaginação, era correspondido. Nos meu sonhos ela me olhava, e trocávamos sorrisos, e eu até beijava seus cabelos na fila. Foi a sua total indiferença aos meus olhares e suspiros que me levou ao crime.
Descobri, na casa em que morávamos, mal escondida numa prateleira, uma caixa contendo uma pulseira dourada. A pulseira não devia ter qualquer valor para estar assim tão à mão de um neocriminoso, mas era linda.
Peguei a pulseira e, naquela noite, ensaiei o que diria a Sandra, quando lhe entregasse o presente no dia seguinte. “My name is Luis and I love you.” Ou talvez algo mais, mais cativante: “Tome esta pulseira, que é bela como você” ou “Lembre-se de mim, Sandra!”

Zé de Abreu: eu sou bi e daí?


José de Abreu, 68, falou sobre suas preferências sexuais no Twitter nesta quarta-feira (9) e fez uma baita revelação.
"Eu sou bissexual e daí? Posso escolher quem eu beijo? Quando quero beijar uma pessoa não peço atestado de preferência sexual, só depende dela querer. Não posso obrigá-la a me beijar. Quero saber se posso ter opção! Tenho que beijar um bêbado que invade minha individualidade só porque ele é gay?", escreveu aos seguidores.
O seu casamento mais recente foi com a estudante de psicologia Camila Mosquella, 31, de quem anunciou a separação, "comemorada" com uma lua-de-mel em junho passado.
O intérprete de Nilo, sucesso em "Avenida Brasil" continuou. Ao ser questionado por um fã, ele escreveu: "Tem dias que prefiro homens, tem dias que prefiro mulheres.Tenho que mudar?"
"Eu vivi, repito, EU VIVI, com minha mulher, dois filhos nossos e dois gays que viviam maritalmente durante 2 anos. Um morreu de AIDS, cuidado pela minha mulher. Eu já tinha me separado dela. O outro é um grande diretor de teatro

EUA: Bonecos de escravos de "Django Livre" são alvo de críticas


Uma série de bonecos produzida pela National Entertainment Collectibles Association em parceria com o estúdio The Weinstein Company com os personagens de "Django Livre", novo filme de Quentin Tarantino, é alvo de várias críticas nos Estados Unidos.
 Apesar de serem indicadas para maiores de 17 anos, as "action figures" (como são chamadas pelos colecionadores americanos) retratam o escravocrata Calvin Candie (Leonardo DiCaprio) e, principalmente, o "escravo caseiro" Stephen (Samuel L. Jackson).
 "É um tapa na cara de nossos ancestrais", disse ao jornal "The Guardian" Najee Ali, diretor da organização de direitos civis Projeto Esperança Islâmica, que pede a retirada dos bonecos das prateleiras. "Sentimos que banaliza os horrores da escravidão e o que os afro-americanos sentiram."
 Ali, no entanto, não é contra o filme e já foi ao cinema duas vezes para vê-lo. O reverendo KW Tulloss, da Rede de Ação Nacional, também entende que o longa é para adultos, mas "os bonecos têm apelo infantil". "Não queremos que as pessoas os usem para a diversão e faça uma brincadeira com a escravidão."
 No site da Amazon, os bonecos, que custam cerca de US$ 35 (R$ 70), divide os comentários.

Tem alguns levando dinheiro nesse "Apagão"

Não tenho como provar e nem sei quem, de que nível, onde e quanto, mas, depois do que aconteceu nos últimos dias, não tenho medo de afirmar: alguém (ou alguéns) em redação descolou uma grana com a manipulação das notícias sobre o tal racionamento de energia elétrica.
Como escrevi ontem (posto aí embaixo), não há a menor possibilidade de haver racionamento no Brasil atualmente. Nunca houve e quem acompanha minimamente o setor elétrico sabe disso. Como burrice, irresponsabilidade e incompetência têm limites, segue-se que o que aconteceu nos últimos três pregões da Bolsa – um sobe-e-desce vertiginoso (tipo de -15%, somados anteontem e ontem, para 4%, 5%, hoje) das ações das empresas de energia elétrica – não foi fruto dessas três pragas que campeiam nas redações deste Bananão de Deus.
Essa minha certeza, porém, foi sedimentada ao lembra de algo que aconteceu lá atrás, mais precisamente no terceiro trimestre de 2007, quando a então presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, propôs uma norma para reger a relação de jornalistas e o mercado acionário, Coisa besta como você pode ver aqui, mas que despertou a sacrossanta ira das associações de sempre. Sob que argumento? Ora, ora, como você é esperto/a, hein? Defesa da liberdade de imprensa, claro! (aqui).
Como você deve ter visto, não havia nada demais na minuta da Instrução da CVM. No entanto, se leu direitinho o Artigo 2-A, verá que as alíneas do Inciso II obrigariam aos veículos de comunicação terem normas claras e públicas que enquadrariam exatamente o tipo de manipulação que ocorreu nos últimos três pregões. Coincidência? Só se você acredita em Papai Noel, mula-sem-cabeça e coelhinho da páscoa.

O suicídio da imprensa brasileira

A imprensa brasileira está sob risco de desaparição e, de imediato, da sua redução à intranscendência, como caminho para sua desaparição.

Mas, ao contrário do que ela costuma afirmar, os riscos não vem de fora – de governos “autoritários” e/ou da concorrência da internet. Este segundo aspecto concorre para sua decadência, mas a razão fundamental é o desprestígio da imprensa, pelos caminhos que ela foi tomando nas ultimas décadas.

No caso do Brasil, depois de ter pregado o golpe militar e apoiado a ditadura, a imprensa desembocou na campanha por Collor e no apoio a seu governo, até que foi levada a aderir ao movimento popular de sua derrubada.

O partido da imprensa – como ela mesma se definiu na boca de uma executiva da FSP – encontrou em FHC o dirigente politico que casava com os valores da mídia: supostamente preparado pela sua formação – reforçando a ideia de que o governo deve ser exercido pela elite -, assumiu no Brasil o programa neoliberal que já se propagava na América Latina e no mundo.

Venderam esse pacote importado, da centralidade do mercado, como a “modernização”, contra o supostamente superado papel do Estado. Era a chegada por aqui do “modo de vida norte-americano”, que nos chegaria sob os efeitos do “choque de capitalismo”, que o país necessitaria.

O governo FHC, que viria para instaurar uma nova era no país, fracassou e foi derrotado, sem pena, nem glória, abrindo caminho para o que a velha imprensa mais temia: um governo popular, dirigido por um ex-líder sindical, em nome da esquerda.

Marina Silva: o feminino do "mais preparado"


Marina bate martelo sobre nova sigla, que terá tucano e petista, legenda também deve ter dissidentes do PSOL; ideia é montar estrutura para candidatura ao Planalto nas eleições de 2014
A um ano e oito meses da eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva decidiu criar um partido para lançar sua candidatura à sucessão da presidente Dilma Rousseff. O embrião da futura legenda será o Movimento Social Nova Política, movimento suprapartidário lançado no ano passado pela ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
Inicialmente, Marina pretendia anunciar a intenção de recolher as quase 500 mil assinaturas necessárias para formar a nova legenda na semana que vem, mas foi aconselhada a adiar para fevereiro, na reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional. A ideia é que o novo partido seja formado com políticos oriundos de várias legendas.
Desde meados do ano passado, Marina tem intensificado os contatos com lideranças políticas que vão desde integrantes do PSOL até o PSDB. Uma dessas lideranças é a ex-senadora e atual vereadora por Maceió Heloísa Helena, do PSOL, que já sinalizou sua adesão à nova sigla. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), também sondado, declinou do convite: seu projeto é ser, igualmente, candidato à presidência em 2014.

Mundo verde busca mercado mais popular

Desde que foi adquirida pelo fundo de “private equity"Axxon” há três anos, a rede de varejo de alimentação saudável Mundo Verde vem crescendo em ritmo mais acelerado. 

Em 2012, a empresa avançou 40% em vendas, faturou R$ 267 milhões e abriu 45 lojas. 

O bom resultado, diz Sergio Bocayuva, diretor-executivo, deu ânimo às projeções da companhia. 

Até 2018, a Mundo Verde quer atingir receita anual de R$ 1 bilhão. Para isso, desenvolve com fornecedores uma linha própria de produtos e planeja levar a alimentação saudável do segmento de nicho para o consumo de massa.
Valor