Poesia da noite

Subi num pé de manga para ver o meu amor passar. Como ele não passou, eu desci

Carlos Chagas: neto muito diferente do avô


Saber, a presidente Dilma já sabia, de tudo o que o governador Eduardo Campos vem falando do governo dela. Farpas, diatribes, críticas feitas pelo neto de Miguel Arraes chegam todos os dias ao gabinete da chefe do governo, levadas por ministros, assessores, aliados políticos e até, numa  certa proporção, agentes da Abin.
                                                                  
Poucos duvidam, no palácio do Planalto,   de que Eduardo Campos está em campanha, dentro daquele raciocínio malandro de que “eu não me decidi, não quero, mas o meu partido quer e me pressiona”.  Ora, quem é o presidente e o próprio  Partido Socialista Brasileiro senão ele mesmo?
                                                                  
De qualquer forma, Dilma  terá viajado ontem à noite para o Vaticano  carregada de mau humor, depois de haver lido nos jornais volumosos resumos da palestra de Eduardo Campos a sessenta empresários paulistas, na casa de um deles, esta semana. Porque mesmo em seu estilo sutil o governador desancou o governo. Se como aliado, comporta-se assim, imagine-se quando tornar-se independente e, até, oposicionista.
                                                                  
Ao dizer “dá para fazer muito mais” e acrescentar que “o país não começou ontem, nem com o partido A, B ou C”,  o convidado da plutocracia paulista agride  o que a administração do PT, desde o Lula, mais se orgulha. No caso, ignorando-se se certo ou errado, que mudaram  o Brasil. 
                                                                
Campos foi adiante:  

Psicografia política

“O problema do PSDB não é político, é psíquico. Viramos um partido serro-cêntrico. Em 2002, José Serra bateu Tasso Jeresissati. Em 2006, abriu mão para Geraldo Alckmin. Em 2010, atropelou Aécio Neves. Em 2012, Serra é novamente candidato a empecilho de Aécio. Perdemos há dez anos a dimensão do ridículo. O partido se acostumou com o ridículo. Nós perdemos o medo do ridículo.”
de um tucademo paulista

O Papa é petista

Papa argentino tem 13 letras
Papa Francisco tem 13 letras
Ele foi escolhido no dia 13
De dois mil e treze
13/03/2013: 1+3+3+2+0+1+3 = 13
Ele tem 76 anos = 7+6 = 13

Conclusão: 
O Papa é do PT
E...
Foi Lula que colocou ele lá

Talvez eu seja


Talvez eu seja flor, talvez eu seja planta, talvez eu seja folha.

Talvez eu seja pássaro, talvez eu seja rio ou quem sabe mar mar revolto, mar calmo, mar imenso, maresia.

Talvez eu seja noite, seja dia, posso ser também tristeza, melancolia, saudade, fantasia.

Talvez eu seja amor, pra muitos ironia, pra alguns festa, pra outros poesia... 

Quem sabe eu seja música que fala do presente, que lembra o passado. 

Talvez eu seja louca, perdida, menina, mulher, vida sem vida.

Talvez sou verdade ou não passo de uma mentira, quem sabe sou uma fada ou a madrasta má.

Talvez eu seja chuva que cai de mansinho no chão, formando poças d'água que alegra o sertão.

Talvez sou as batidas de um coração, sangue que corre nas veias ou o som de um violão.

Vai ver sou teus sonhos, tua amada.

Talvez eu seja tudo, ou quem sabe, eu seja nada.

by Leônia Teixeira

Gosto


Gosto dos gostos amargos e dos sabores fortes,
Dos homens com cheiro de homens,
De pegada viril e farta,
De palavras que entorpecem corpo e alma...

Gosto dos encantos dos anjos,
Das conversas ditas sem lógica ou razão,
Do que faz comigo agora,
Quando me molha e excita sem tocar...

Gosto deste poder de mexer com sua libido,
De imaginar as palavras que diria a você na hora H,
Ao seu ouvido num sussurro de gozo,
Prazeroso e despudorado...

Gosto quando me faz levar a sonhar com teu corpo    nu,
Deste gostar quente e lascivo,
Do teu jeito moleque e sedutor...

Gosto desta tua forma de não ligar para os comentários dos outros,
Do tesão provocado do olhar sem toque,
Da boca molhada dos beijos não dados.
Gosto de te imaginar em mim...

Bergoglio: um Papa inesperado




"A Igreja argentina sempre teve um poder junto à classe conservadora e o pensamento dos seus lideres muito maior do que a igreja brasileira junto a nossa elite, por exemplo."
Eu sei que ninguém mais diz coisas como “pelas barbas do profeta!” mas acho que deveríamos ter uma expressão parecida pronta para os casos de grandes surpresas (minha sugestão: “Pelas coxas da Beyonce!”) como a eleição de um papa inesperado.
Guardadas as obvias diferenças, a escolha do argentino Jorge Mario Bergoglio equivale a um daqueles prêmios Nobel de Literatura dado a um autor que só dezessete pessoas no mundo conhecem, e dez estão mentindo. Na Venezuela corre a versão de que a escolha de Bergoglio foi resultado de um pedido feito pessoalmente a Deus pelo Hugo Chavez. Pode ser verdade, mas o que não contam é que a primeira reação do Senhor ao ouvir o nome do argentino foi “Quien?” As piadas proliferam.
Já ouvi que, junto com a euforia, nota-se um certo desapontamento na Argentina pelo fato do novo papa ter preferido se chamar Francisco e não Diego Armando. A eleição do Jorge Mario, junto com os gols do Messi, espalham um certo temor pelo mundo: o de que a certeza argentina da sua superioridade sobre todos nós pode não ser megalomania!