Informação recebida de dois leitores, via Facebook. Um deles escreveu:
“Conversando com uma pessoa que trabalhou com Paulo Roberto Costa, tomei conhecimento de algo que ainda não foi noticiado. Gostaria de atentá-los para o fato de que Paulo Roberto se tornou diretor da Petrobras ainda no governo FHC. Ele foi diretor da Petrobras Gás S.A. – GASPETRO, de maio de 1997 a dezembro de 2000. Como já foi divulgado na grande mídia, Paulo Roberto é funcionário de carreira da empresa desde 1978.
Acho que é extremamente importante a divulgação dessa notícia, pois o noticiário da grande mídia leva a crer que foi o PT que levou Paulo Roberto para a empresa. O caso não é tratado como um servidor de carreira que cometeu deslizes”.
Pablo Villaça: "AE-5 Neves continua a se mostrar o governador autoritário que não permite uma palavra negativa sobre sua gestão na imprensa mineira.
"[...] Agora, eu e outros 65 internautas estamos sendo notificados judicialmente por AE-5 Neves. Somos acusados de ser ROBÔS e/ou de "agirmos em rede" para atacá-lo. Porque ele jamais poderia ser criticado se não fosse algo com tom conspiratório ou pago, claro.
Inacreditável, isso. AE-5 tenta censurar pesquisas no Google, manda polícia invadir casa de internauta e agora isso. Em 2014, AE-5 Neves ainda não entendeu o que é democracia e liberdade de expressão. Quer me censurar judicialmente. É o que digo desde o início da campanha: vocês agora vão conhecer o AE-5 Neves que em MG já conhecemos tão bem. E não vão gostar. Não adianta querer me calar judicialmente, @AecioNeves.
Moro em MG, conheço sua gestão pavorosa e tenho PLENO DIREITO de gritar isso. Você pode estar acostumado a não receber críticas por parte da imprensa mineira, @AecioNeves, mas não sou funcionário de jornal que aceita intimidação ou se cala por qualquer outro interesse. E sua visão de "democracia" se tornará ainda mais conhecida Brasil afora graças a mais este ato autoritário, antidemocrático e - sem meias palavras - insano. Como cidadão, não aceito ser calado assim. E que fique o aviso pra quem não mora em MG e não conhecia a figura: @AecioNeves é assim. Tenta calar quem o critica.
Já me chamaram de muita coisa, mas de "robô" foi a primeira vez. Mas é o PT que quer censurar a imprensa e implantar uma ditadura no Brasil. Claro. Hum-hum. Certinho, campeão. Há um motivo pro candidato de AE-5 Neves estar prestes a ser derrotado já no 1o turno em MG. E pra ele estar em TERCEIRO nas pesquisas aqui. Enfim. Bom domingo a todos. Não vou deixar que AE-5 Neves estrague o meu".
Inacreditável, isso. AE-5 tenta censurar pesquisas no Google, manda polícia invadir casa de internauta e agora isso. Em 2014, AE-5 Neves ainda não entendeu o que é democracia e liberdade de expressão. Quer me censurar judicialmente. É o que digo desde o início da campanha: vocês agora vão conhecer o AE-5 Neves que em MG já conhecemos tão bem. E não vão gostar. Não adianta querer me calar judicialmente, @AecioNeves.
Moro em MG, conheço sua gestão pavorosa e tenho PLENO DIREITO de gritar isso. Você pode estar acostumado a não receber críticas por parte da imprensa mineira, @AecioNeves, mas não sou funcionário de jornal que aceita intimidação ou se cala por qualquer outro interesse. E sua visão de "democracia" se tornará ainda mais conhecida Brasil afora graças a mais este ato autoritário, antidemocrático e - sem meias palavras - insano. Como cidadão, não aceito ser calado assim. E que fique o aviso pra quem não mora em MG e não conhecia a figura: @AecioNeves é assim. Tenta calar quem o critica.
Já me chamaram de muita coisa, mas de "robô" foi a primeira vez. Mas é o PT que quer censurar a imprensa e implantar uma ditadura no Brasil. Claro. Hum-hum. Certinho, campeão. Há um motivo pro candidato de AE-5 Neves estar prestes a ser derrotado já no 1o turno em MG. E pra ele estar em TERCEIRO nas pesquisas aqui. Enfim. Bom domingo a todos. Não vou deixar que AE-5 Neves estrague o meu".
Moralismo seletivo
Política no Face II com Davi Muniz Dos Santos
O tucano Aécio Neves está em uma ofensiva moralista para voltar a ser relevante na disputa presidencial. Em articulação com sua principal apoiadora na mídia, a revista Veja, faz um carnaval em torno de uma lista de políticos que teriam recebido propina em obras feitas pela Petrobras. A Veja não apresentou nada confirmando a sua acusação. Mas o que interessa é fazer a onda. Posando de arauto da moral e dos bons costumes, Aécio Neves fez campanha hoje em Belém (PA). Ao dar suas declarações ao estilo indignadas da Globo, tinha a seu lado o senador paraense Flexa Ribeiro. Sobram acusações, denúncias e processos contra o parlamentar. Flexa inclusive já foi preso pela Polícia Federal na Operação Pororoca. E usa o mandato e a imunidade parlamentar para escapulir de outras punições.
É o moralismo seletivo de Aécio em seu mais alto grau.
Flexa Ribeiro em O Globo:
http://goo.gl/Ye9ycd
Flexa é acusado até pela revista parceira Veja:
http://goo.gl/ZdWJpQ
O tucano Aécio Neves está em uma ofensiva moralista para voltar a ser relevante na disputa presidencial. Em articulação com sua principal apoiadora na mídia, a revista Veja, faz um carnaval em torno de uma lista de políticos que teriam recebido propina em obras feitas pela Petrobras. A Veja não apresentou nada confirmando a sua acusação. Mas o que interessa é fazer a onda. Posando de arauto da moral e dos bons costumes, Aécio Neves fez campanha hoje em Belém (PA). Ao dar suas declarações ao estilo indignadas da Globo, tinha a seu lado o senador paraense Flexa Ribeiro. Sobram acusações, denúncias e processos contra o parlamentar. Flexa inclusive já foi preso pela Polícia Federal na Operação Pororoca. E usa o mandato e a imunidade parlamentar para escapulir de outras punições.
É o moralismo seletivo de Aécio em seu mais alto grau.
Flexa Ribeiro em O Globo:
http://goo.gl/Ye9ycd
Flexa é acusado até pela revista parceira Veja:
http://goo.gl/ZdWJpQ
Fernando Haddad acerta ao implantar faixas exclusivas e velocidade de ônibus aumenta 68,7%
Pena que não tenha saído nada na mídia, mas é muito bom e revelador o estudo elaborado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da capital paulista indicando que a velocidade média dos ônibus aumentou 68,7% nas novas faixas exclusivas implantadas este ano em São Paulo pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A pesquisa abrange 66 trechos inaugurados entre janeiro e agosto, numa extensão de 59,3 km. Nestas vias a velocidade média dos ônibus passou de 12,4 km/h para 20,8 km/h.
Isso a mídia não dá porque só lhe interessa veicular notícias negativas contra o prefeito petista, na tentativa de derrubar cada vez mais os índices de aprovação a seu governo nas pesquisas de opinião pública. Sustentam campanha praticamente todos os dias contra Haddad, inclusive e principalmente contra os corredores e faixas exclusivas de ônibus que ele implanta. Os grandes jornalões não aprendem nem com experiências erradas que já viveram no passado.
Em 1985 o ex-presidente Jânio Quadros, quando disputou a Prefeitura e derrotou o então senador Fernando Henrique Cardoso, passou toda a campanha eleitoral e os primeiros meses de seu governo chamando de “Corredor da Morte” o corredor da Av. 9 de Julho, o 1º implantado na capital pelo prefeito Mário Covas. O prefeito biônico (nomeado) Mário Covas e FHC eram, então, do PMDB. Jânio, do PTB.
O prefeito Jânio Quadros chamou o corredor da 9 de Julho de “Corredor da Morte” até o dia em que a insuspeita Veja-SP – também chamada de Vejinha – fez uma reportagem de capa mostrando que os usuários daquela via exclusiva ganharam 40 minutos em suas viagens de ônibus. Jânio sepultou a história e nunca mais falou em “Corredor da Morte”.
Prefeito enfrenta campanha contra da mídia
A pesquisa da CET mostra, agora, que a despeito da campanha da mídia contra os corredores e faixas exclusivas de ônibus, Haddad acerta ao implantá-los, ao conferir-lhes prioridade e vai se firmando como um dos prefeitos paulistanos mais empenhados na melhoria dos transportes públicos.
O estudo da CET mostra que o desempenho das faixas na classificação oficial passou de “lento” (abaixo de 15 km/h) para “rápido” (acima de 20 km/h). Até o fim desta sua gestão em 2016 Haddad chegar a velocidade dos ônibus 25 km/h. Pelo levantamento agora divulgado o melhor resultado entre todas as faixas inauguradas este ano foi registrado na ativação da ponte do Jaguaré, com melhora de 317,3% na velocidade média dos coletivos.
Antes da implantação, a velocidade média no trecho era de 10,8 km/h. Após a entrega da pista, a velocidade subiu para 44,9 km/h. A faixa da ponte do Jaguaré tem 600 metros e foi inaugurada no dia 31 de março. Pelo local, no trecho onde a faixa foi implantada, circulam 12 linhas de ônibus municipais no sentido centro, transportando 50 mil passageiros por dia útil. São Paulo tem hoje um total de 440 km de faixas exclusivas de ônibus, a maioria delas (356 km) implantadas na gestão Haddad.
do Blog do Zé
Isso a mídia não dá porque só lhe interessa veicular notícias negativas contra o prefeito petista, na tentativa de derrubar cada vez mais os índices de aprovação a seu governo nas pesquisas de opinião pública. Sustentam campanha praticamente todos os dias contra Haddad, inclusive e principalmente contra os corredores e faixas exclusivas de ônibus que ele implanta. Os grandes jornalões não aprendem nem com experiências erradas que já viveram no passado.
Em 1985 o ex-presidente Jânio Quadros, quando disputou a Prefeitura e derrotou o então senador Fernando Henrique Cardoso, passou toda a campanha eleitoral e os primeiros meses de seu governo chamando de “Corredor da Morte” o corredor da Av. 9 de Julho, o 1º implantado na capital pelo prefeito Mário Covas. O prefeito biônico (nomeado) Mário Covas e FHC eram, então, do PMDB. Jânio, do PTB.
O prefeito Jânio Quadros chamou o corredor da 9 de Julho de “Corredor da Morte” até o dia em que a insuspeita Veja-SP – também chamada de Vejinha – fez uma reportagem de capa mostrando que os usuários daquela via exclusiva ganharam 40 minutos em suas viagens de ônibus. Jânio sepultou a história e nunca mais falou em “Corredor da Morte”.
Prefeito enfrenta campanha contra da mídia
A pesquisa da CET mostra, agora, que a despeito da campanha da mídia contra os corredores e faixas exclusivas de ônibus, Haddad acerta ao implantá-los, ao conferir-lhes prioridade e vai se firmando como um dos prefeitos paulistanos mais empenhados na melhoria dos transportes públicos.
O estudo da CET mostra que o desempenho das faixas na classificação oficial passou de “lento” (abaixo de 15 km/h) para “rápido” (acima de 20 km/h). Até o fim desta sua gestão em 2016 Haddad chegar a velocidade dos ônibus 25 km/h. Pelo levantamento agora divulgado o melhor resultado entre todas as faixas inauguradas este ano foi registrado na ativação da ponte do Jaguaré, com melhora de 317,3% na velocidade média dos coletivos.
Antes da implantação, a velocidade média no trecho era de 10,8 km/h. Após a entrega da pista, a velocidade subiu para 44,9 km/h. A faixa da ponte do Jaguaré tem 600 metros e foi inaugurada no dia 31 de março. Pelo local, no trecho onde a faixa foi implantada, circulam 12 linhas de ônibus municipais no sentido centro, transportando 50 mil passageiros por dia útil. São Paulo tem hoje um total de 440 km de faixas exclusivas de ônibus, a maioria delas (356 km) implantadas na gestão Haddad.
do Blog do Zé
Aécio Neves processa institutos de pesquisa que o colocam em terceiro lugar
HARVARD - Após bloquear buscas indesejadas no Google e filtrar as cutucadas que recebe no Facebook, Aécio Neves resolveu acionar novamente a Justiça: "Ibope, CNT/Sensus e Datafolha vêm fazendo uso do submundo das pesquisas eleitorais para me difamar. Sete entre dez SUVs têm o adesivo de Aécio Neves estampado no vidro traseiro e os institutos insistem em me colocar em terceiro lugar", esbravejou. "Pago meus impostos em dia e vou tomar as medidas judiciais para figurar, ao menos, no segundo turno", completou.
Dando sequência ao projeto de instaurar uma nova internet no Brasil, o candidato tucano entrou com uma liminar contra 666 tuiteiros e exigiu mudanças na ferramenta. "Pago meus impostos em dia e reivindico o direito de escrever mensagens com mais de 140 caracteres", tuitou. Em seguida, em segredo de justiça, mandou apagar o aeroporto que construiu no Second Life.
Setores ligados ao submundo da internet criaram o processômetro para medir a quantidade de internautas processados por Aécio Neves.
do The i-piauí Herald
Dando sequência ao projeto de instaurar uma nova internet no Brasil, o candidato tucano entrou com uma liminar contra 666 tuiteiros e exigiu mudanças na ferramenta. "Pago meus impostos em dia e reivindico o direito de escrever mensagens com mais de 140 caracteres", tuitou. Em seguida, em segredo de justiça, mandou apagar o aeroporto que construiu no Second Life.
Setores ligados ao submundo da internet criaram o processômetro para medir a quantidade de internautas processados por Aécio Neves.
do The i-piauí Herald
A "Maria Antonieta" de Marina Por Paulo Moreira Leite
Devemos a Luís Nassif uma boa análise das ideias econômicas de Eduardo Gianetti, principal assessor econômico de Marina Silva.
Cabe fazer uma análise da visão política por trás do pensamento econômico, também. As ideias de Giannetti são aristocráticas e antiquadas, traduzindo uma visão de mundo própria de Maria Antonieta, a Rainha da França que no século XVIII recomendou ao povo faminto que procurasse brioches - já que lhe faltava pão - e acabou perdendo a cabeça na guilhotina.
Garoto mimado do Estado mínimo brasileiro, pioneiro do neo-conservadorismo tropical, com muita audiência em jornais onde defende propostas que nunca tiveram voto em urna, o pensamento de Gianetti sofre de uma alienação social em grau absurdo. Não aceita a noção de que nos dias de hoje a economia de um país não pode funcionar sem respeitar os interesses da maioria, sem garantir a negociação entre classes sociais, base do regime político que permitiu ao capitalismo conviver com a democracia e o progresso dos humildes.
Economia, neste pensamento, é um exercício com ratos de laboratório. Não é uma obra de homens e mulheres com sua consciência e seus interesses, direitos adquiridos e projetos para o futuro, para suas famílias e seu país.
A última ideia de Gianetti para a economia, em caso de vitória de Marina Silva, é promover um tarifaço - a medida é tratada por um eufemismo, “choque tarifário” - para liberar preços represados pela política de Dilma Rousseff-Guido Mantega. São preços administrados, que estão no coração da economia.
Como nós sabemos, o governo busca conter a inflação sem tungar o bolso dos mais pobres, mantendo o desemprego baixo e a distribuição de renda, mesmo em condições especialmente difíceis.
Nem o governo discute a necessidade de, aos poucos, cuidadosamente, reajustar preços e tarifas. O que se quer é evitar medidas em que só a parte mais fraca seja prejudicada, sem nenhuma recompensa em troca.
Mas estamos falando de outra coisa. A receita de Maria de Antonieta. Quando as medidas econômicas se transformam em crise política. Há antecedentes.
O mais conhecido governante da América do Sul a mandar o povo trocar pão por brioches foi o presidente da Venezuela Carlos Andrés Perez.
Disputando a sucessão de um governo que possuía uma certa preocupação social, Perez fez um teatrinho previsível. Apresentou-se se como candidato progressista. Prometeu fazer um governo capaz de defender a maioria e até condenou ideias conservadoras, próprias do ideário de Margareth Tatcher que seduziu tantos economistas jovens daquele tempo, no Chile, no Brasil e em outros países.
Fazia o jogo do bonzinho, você entende. Após a contagem dos votos, em fevereiro de 1989 Perez tomou posse e traiu seus compromissos.
Apoiado pelo FMI, liberou o preço da gasolina - referência para tudo o que se consome e se produz no país - que subiu mais de 100%. A passagem de ônibus subiu 30%. Revoltada, a população enfrentou a polícia, invadiu edifícios públicos, revirou automóveis e incendiou ônibus, num episódio que se repetiu nas principais cidades do país mas levou o nome da capital, seu ponto de origem: Caracazo.
Perez manteve-se no posto graças a um massacre que a população chora até hoje, e que deixou 2 000 mortos, segundo a maioria das estimativas. Mas seu governo acabou ali, sobrevivendo como um fantasma que perdeu o caminho do próprio túmulo até se extinguir no pleito seguinte. Antes de Perez deixar o cargo, porém, o coronel Hugo Chávez, então um ilustre desconhecido, foi aclamado como herói ao tentar derrubar o governo num golpe de Estado. Chávez foi preso e condenado mas, ao sair da prisão, ganhou a presidência pelo voto direito e tornou-se o político mais popular da história venezuelana. Você entende por que.
Num lance de suprema humilhação, anos depois um agente da CIA divulgou que Andrés Perez estava na lista de agentes remunerados do serviço secreto americano. Ninguém ficou surpreso.
O monólogo impopular de Gianetti não começou no tarifaço de 2014. Incluiu outra bandeira cara a Marina Silva, o ambientalismo. Quando o jornalista Ricardo Arnt perguntou a Gianetti como imaginava que seria possível garantir a preservação ambiental, a resposta veio sem rodeios: sacrificar o consumo da população. Está lá, na páginas 72 do livro de Arnt, “O que Os Economistas pensam sobre a Sustentabilidade”.
No esforço para diminuir a poluição ambiental produzida pelos puns do gado na Amazonia, Gianetti sugere uma mudança na alimentação do brasileiro: “Comer bife é uma extravagância do ponto de vista ambiental. O preço da carne vai ter de ser muito caro, o leite terá de ficar mais caro. Tudo que tem impacto ambiental vai ter de embutir o custo real e não apenas o monetário. Essa é a mudança decisiva.”
Acho que nem Maria Antonieta diria uma coisa dessas, não é mesmo?
Cabe fazer uma análise da visão política por trás do pensamento econômico, também. As ideias de Giannetti são aristocráticas e antiquadas, traduzindo uma visão de mundo própria de Maria Antonieta, a Rainha da França que no século XVIII recomendou ao povo faminto que procurasse brioches - já que lhe faltava pão - e acabou perdendo a cabeça na guilhotina.
Garoto mimado do Estado mínimo brasileiro, pioneiro do neo-conservadorismo tropical, com muita audiência em jornais onde defende propostas que nunca tiveram voto em urna, o pensamento de Gianetti sofre de uma alienação social em grau absurdo. Não aceita a noção de que nos dias de hoje a economia de um país não pode funcionar sem respeitar os interesses da maioria, sem garantir a negociação entre classes sociais, base do regime político que permitiu ao capitalismo conviver com a democracia e o progresso dos humildes.
Economia, neste pensamento, é um exercício com ratos de laboratório. Não é uma obra de homens e mulheres com sua consciência e seus interesses, direitos adquiridos e projetos para o futuro, para suas famílias e seu país.
A última ideia de Gianetti para a economia, em caso de vitória de Marina Silva, é promover um tarifaço - a medida é tratada por um eufemismo, “choque tarifário” - para liberar preços represados pela política de Dilma Rousseff-Guido Mantega. São preços administrados, que estão no coração da economia.
Como nós sabemos, o governo busca conter a inflação sem tungar o bolso dos mais pobres, mantendo o desemprego baixo e a distribuição de renda, mesmo em condições especialmente difíceis.
Nem o governo discute a necessidade de, aos poucos, cuidadosamente, reajustar preços e tarifas. O que se quer é evitar medidas em que só a parte mais fraca seja prejudicada, sem nenhuma recompensa em troca.
Mas estamos falando de outra coisa. A receita de Maria de Antonieta. Quando as medidas econômicas se transformam em crise política. Há antecedentes.
O mais conhecido governante da América do Sul a mandar o povo trocar pão por brioches foi o presidente da Venezuela Carlos Andrés Perez.
Disputando a sucessão de um governo que possuía uma certa preocupação social, Perez fez um teatrinho previsível. Apresentou-se se como candidato progressista. Prometeu fazer um governo capaz de defender a maioria e até condenou ideias conservadoras, próprias do ideário de Margareth Tatcher que seduziu tantos economistas jovens daquele tempo, no Chile, no Brasil e em outros países.
Fazia o jogo do bonzinho, você entende. Após a contagem dos votos, em fevereiro de 1989 Perez tomou posse e traiu seus compromissos.
Apoiado pelo FMI, liberou o preço da gasolina - referência para tudo o que se consome e se produz no país - que subiu mais de 100%. A passagem de ônibus subiu 30%. Revoltada, a população enfrentou a polícia, invadiu edifícios públicos, revirou automóveis e incendiou ônibus, num episódio que se repetiu nas principais cidades do país mas levou o nome da capital, seu ponto de origem: Caracazo.
Perez manteve-se no posto graças a um massacre que a população chora até hoje, e que deixou 2 000 mortos, segundo a maioria das estimativas. Mas seu governo acabou ali, sobrevivendo como um fantasma que perdeu o caminho do próprio túmulo até se extinguir no pleito seguinte. Antes de Perez deixar o cargo, porém, o coronel Hugo Chávez, então um ilustre desconhecido, foi aclamado como herói ao tentar derrubar o governo num golpe de Estado. Chávez foi preso e condenado mas, ao sair da prisão, ganhou a presidência pelo voto direito e tornou-se o político mais popular da história venezuelana. Você entende por que.
Num lance de suprema humilhação, anos depois um agente da CIA divulgou que Andrés Perez estava na lista de agentes remunerados do serviço secreto americano. Ninguém ficou surpreso.
O monólogo impopular de Gianetti não começou no tarifaço de 2014. Incluiu outra bandeira cara a Marina Silva, o ambientalismo. Quando o jornalista Ricardo Arnt perguntou a Gianetti como imaginava que seria possível garantir a preservação ambiental, a resposta veio sem rodeios: sacrificar o consumo da população. Está lá, na páginas 72 do livro de Arnt, “O que Os Economistas pensam sobre a Sustentabilidade”.
No esforço para diminuir a poluição ambiental produzida pelos puns do gado na Amazonia, Gianetti sugere uma mudança na alimentação do brasileiro: “Comer bife é uma extravagância do ponto de vista ambiental. O preço da carne vai ter de ser muito caro, o leite terá de ficar mais caro. Tudo que tem impacto ambiental vai ter de embutir o custo real e não apenas o monetário. Essa é a mudança decisiva.”
Acho que nem Maria Antonieta diria uma coisa dessas, não é mesmo?
Dá-lhe Dilma
Quem fala o que quer...pode escutar o que não quer!
Marina Silva acusou a presidente Dilma Roussef de criar a "Bolsa banqueiro".
Dilma não deixou por menos e sapecou-lhe:
"Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você me entende, me sustentando".
Marina Silva acusou a presidente Dilma Roussef de criar a "Bolsa banqueiro".
Dilma não deixou por menos e sapecou-lhe:
"Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você me entende, me sustentando".
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