Prova oral
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- Joãozinho, qual é o menor país do mundo, pergunta a professora.
Ele responde de bate e pronto:
- Professora, acho que é o Ducado de Liechtenstein. Cabe na gaveta do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que disse que o pau que dá em Chico, dá em Francisco. Pode até ser, desde que Francisco não seja tucano.
- É, faz sentido.
- É, faz sentido.
Depois do "rouba mas faz" Moro inventou o "roube, dedure, não prove e seja premiado
\o/ Um rato se proclama "profeta do caos", um Coringa para trazer um Batman, por Fernando Brito -
A entrevista de Delcídio Amaral à Folha reflete a loucura a que a banalização da “delação premiada” levou a vida brasileira.
Um rato, pego em flagrante na ratoeira que lhe foi armada por outros ratos – com a oculta ajuda de alguns “gatos” – a usa não só como “chave de cadeia” como, também e abertamente, como instrumento de chantagem.
“Eu não sou vilão. Eu não sou bandido. Eu sou um profeta do caos”, disse, expressando um certo orgulho.”
Profeta desafiador, bem ilustrado pela careta mefistofélica do retrato:
“Temam-me, porque destruirei a todos”?
Ou “agrade-me, ou destruirei você”?
Nenhum arrependimento, contrição, nem mesmo a hipócrita aparência de que haja.
É mesmo como o “Coringa” do Batman, que ele usa como referência “filosófica”.
Roubou e vai ficar com o que roubou – ou alguém acredita que foi o R$ 1,5 milhão, parcelado em dez anos o que Delcídio se era parte e cúmplice da roubalheira que descreve aquilo que levou?
E falando alto, às risadas, fingirá que cumpre uma pena domiciliar, que se resume a dormir em casa.
Tudo isso sancionado pelo vetusto Ministro Teori Zavaski, o austero.
Suas Excelências não se pejam de dar-lhe o palco para as imundícies.
Depois do “rouba, mas faz”, criou-se o novo slogan: “rouba, mas dedura”.
Provas? Nenhuma.
La garantía soy yo y mi orden del dia, minha agenda.
Um deboche, um escárnio para a justiça brasileira.
Transformou, com a ajuda da mídia, os bandidos em heróis neste país.
E prepara um Batman, outro cavaleiro das trevas, para que, em seu nome, destrua a democracia, o voto direto.
Os camicie nere, camisas negras, marcham sobre Roma, com o “profeta do caos” a amplificar sua caricatura.
Do Observatório da Imprensa - A manipulação de contextos na montagem de notícias, por Carlos Castilho
\o/ Se há um veículo de comunicação na imprensa brasileira que costuma levar a manipulação da informação ao seu estágio mais sofisticado, este é o principal telejornal de Rede Globo de Televisão. Há muito tempo que o JN reduziu a prioridade pela notícia para enfatizar programas e eventos envolvendo interesses comerciais da empresa , bem como o proselitismo aberto em favor das causas político-financeiras apoiadas pelas Organizações Globo.
No terreno comercial a emissora dedica cada vez mais espaço em seus noticiários para promover novelas, shows musicais, eventos esportivos e iniciativas de seu interesse direto. O espaço para informações sobre problemas comunitários e formas de resolvê-los está sendo substituído por preocupações comerciais da empresa, travestidas de notícia jornalística.
A emissora é suficientemente hábil e inteligente para perceber que é necessário dar atenção aos problemas sociais das comunidades para não perder mais audiência. A questão é que ela trata temas como saúde, moradia, corrupção, segurança e desemprego sob o viés político em vez de buscar o engajamento de seus repórteres e editores com a prática do chamado jornalismo de soluções, onde os profissionais participam da busca de alternativas em vez de se limitarem à pratica das reportagens declaratórias, estilo “ele disse, ela disse”.
Mas é no terreno político que o contexto torna-se mais importante na análise do noticiário “Global”. Um jurista interessado em abrir um processo judicial contra a Globo terá muita dificuldade para enquadrar a emissora nas leis vigentes porque a maior rede de televisão do país tem a necessária expertise para contornar os dispositivos legais.
O que a Globo sabe fazer magistralmente é manipular contextos, como por exemplo, a alocação de tempos para acusação e defesa. Uma denúncia feita por algum delator no processo Lava Jato recebe um detalhamento que toma vários minutos enquanto a defesa merece rápidas e burocráticas menções do tipo “todas as doações foram registradas de acordo com a lei eleitoral”, “não comentamos inquéritos em andamento”, ou “ainda não tivemos acesso aos autos do processo”, sem falar no lacônico “não conseguimos contato com,,,,”.
Discutir a legalidade de tal processo é chover no molhado porque a emissora sempre vai alegar que seguiu o preceito jornalístico da consulta à parte atacada ou agredida. A questão é a diferença de tempo e detalhamento. Na maioria dos casos de divulgação de denúncias por delação premiada não houve da parte dos telejornais da TV Globo a preocupação em apresentar de forma detalhada os argumentos da outra parte. Assim, o telespectador acabou sempre ficando sob o efeito do impacto da denúncia, mesmo aqueles que não acreditaram nela.
PGR tem todos os dados sobre conta de Aécio em paraíso fiscal
\o/ - No governo FHC tinha o "Engavetador Geral da República". Nos governos Lula/Dilma temos Engavetador Geral da Oposiçãp. Quanta diferença -
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por Luis Nassif
Não é novidade para o Procurador Geral da República Rodrigo Janot a informação que consta da delação do senador Delcídio do Amaral, de que o também senador Aécio Neves mantém uma conta em Liechenstein em nome da própria mãe. O Blog deu todos os dados, em um post de 2 de janeiro de 2015 (http://migre.me/teLlF). Nele se conta a história da Operação Norbert deflagrada em 8 de fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro.
Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores - Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino - foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro. No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.
A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim. Carpena foi peça central no assassinato de reputação da juíza Márcia Cunha, trabalhando em parceria com a Folha de S. Paulo no período em que o jornal se aliou a Daniel Dantas. Coube a Carpena endossar um dossiê falso preparado por um lobista ligado a Dantas, penalizando uma juíza séria. Ao puxar o fio da meada de uma holding, os procuradores toparam com Carpena. O caso foi desmembrado do inquérito dos doleiros, tocado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e resultou na condenação do ex-juiz a três anos e meio de prisão.
O segundo fio foi puxado quando os procuradores encontraram na mesa dos doleiros uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor - que abriu uma offshore no Ducado de Liechtenstein. Os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha.
Como o caso envolvia um senador da República, os três procuradores desmembraram do inquérito principal e encaminharam o caso ao então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. Foi no mesmo período em que Gurgel engavetou uma representação contra o então senador Demóstenes Torres. O caso parou na gaveta de Gurgel, onde permanece até hoje.
Com a delação de Delcídio, o PGR Rodrigo Janot tem tudo à mão. Não haverá sequer necessidade de abrir um inquérito suplementar porque todas as informações necessárias constam da Operação Norbert. É apenas o tempo de abrir sua gaveta e retirar de lá o inquérito.
Josias de Souza - para o Psdb delação boa é contra moral alheia
- Lembro ao jornalista que Fhc também foi citado em delações premiadas. Acredito que tenha sido apenas eum pequeno lapso de memória não é mesmo? E que todos sejam investigados, sem exceção. E que as autoridades responsáveis PF, MPF (Polícia Federa e Ministério Público Federal) provem as acusações e o juiz e juízes condenem ou absolvam alicerçado em prova cabal, não baseado em teoria ou porque a literatura jurídica lhe permite. Não existe argumento para que se condene um inocente -.
Na Folha de São Paulo
Para o PSDB e seus aliados oposicionistas, a delação de Delcídio Amaral só merece crédito até certos pontos. Os pontos em que ele denuncia a corrupção praticada por Dilma, Lula, o petismo e seus sócios. Nesses trechos, Delcídio é tão verdadeiro que ajudará a derrubar a presidente da República. No entanto, nos pedaços da delação em que aponta o dedo na direção do tucano Aécio Neves, o delator passa a ser mentiroso e caluniador. Não merece o mínimo crédito.
As reações da oposição à delação de Delcídio, divulgada na íntegra pelo STF nesta terça-feira, dão uma ideia do oportunismo com que os rivais do Planalto manipulam a moralidade alheia. Fazem barulho com os pedaços convenientes. E dedicam o silêncio das catacumbas aos trechos que mencionam Aécio. Alega-se que o PT sempre tentou misturar as coisas para igualar todos à sua abjeção.
No momento, o melhor que a Procuradoria-Geral da República poderia fazer é misturar as coisas, para ver quem sobrevive às investigações. Aécio disse numa entrevista: “Defendo que tudo seja apurado, investigado em profundidade. É isso que vai separar o que eventualmente é verdadeiro daquilo que é falso, daquilo que é uma tentativa de nivelar a todos.” O procurador-geral Rodrigo Janot deveria dar ouvidos ao senador. A oposição renderia homenagens à coerência se enviasse um ofício a Janot cobrando a abertura de um inquérito sobre Aécio.
Num trecho de sua delação, Delcídio, um ex-tucano que foi diretor da Petrobras na gestão FHC, disse ter tomado conhecimento de um esquema de corrupção montado em Furnas. Comandava-o Dimas Toledo, um diretor da estatal elétrica nomeado no governo tucano. Numa viagem a Campinas, Lula perguntou a Delcídio quem era Dimas. O senador respondeu que se tratava de “um companheiro do setor elétrico, muito competente.”
Ao explicar as razões de sua curiosidade, Lula declarou, segundo o relato de Delcídio: “Eu assumi e o Janene veio me pedir pelo Dimas, depois veio o Aécio e pediu por ele. Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito.'' Instado a dizer quem recebia dinheiro sujo de Furnas, Delcídio disse que Aécio, com certeza, estava entre os beneficiários.
Os relatos sobre a roubalheira de Furnas são quase tão antigos quanto a primeira missa. Roberto Jefferson começou a se transformar na bomba que implodiu o mensalão depois que perdeu uma disputa pela diretoria de Furnas, que era pilotada por Dimas Toledo. Deu-se em 2005. O personagem estava na poltrona havia 12 anos. Tornara-se um provedor pluripartidário.
Excluído da boquinha, Jefferson cobrou a substituição de Dimas. Desatendido, encontrou pretextos para acender o pavio do mensalão. Desde então, Furnas frequenta o noticiário como uma linha de transmissão para a corrupção por ser investigada a sério. Coisa criteriosa, não os simulacros de inquérito feitos até aqui. Chegou a hora. Vamos lá, doutor Janot, “em profundidade.''
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