Temer vai salvar o país.
O comparsas da banca, da mídia, do PSDB e Cia, tão com ele...
Até ontem.
Corja!
Temer vai salvar o país.
O comparsas da banca, da mídia, do PSDB e Cia, tão com ele...
Até ontem.
Corja!
O destino do projeto contra abuso de autoridade entra em inesperada via e ruma para o que tanto pode ser o êxito, como um confronto agravante da crise. Entusiastas e exploradores dos vazamentos da Lava Jato contra Lula e o PT, as eminências e as bancadas do PSDB movem-se agora para articular medidas contra os vazamentos.
Espicaçadas por Aécio Neves, estão indignadas com o vazamento que acusa esse seu chefe de receber alto suborno da Odebrecht, por intermédio de uma conta da irmã em banco de Nova York. Os peessedebistas passam a achar que o projeto contra abuso, por eles rejeitado, é mesmo necessário.
De fato, está demonstrado que sem uma lei rigorosa, os atingidos por vazamentos ficam à mercê dos que façam usos políticos e pessoais das acusações. Os conselhos nacionais do Ministério Público e da Justiça, o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal nada se dispuseram a fazer contra os vazamentos que vêm desde 2014.
Se por serem contra Lula e o PT, não vem ao caso. No reconhecimento recente da própria presidente do Supremo, Cármen Lúcia, eram e são crimes. Permitidos, explorados, aplaudidos. E sensacionalizados em imprensa e em TV. Um atrás do outro, dezenas.
O vazamento contra Aécio e sua irmã Andréa não inclui sequer indício. Está negado por ambos. Como tantos outros, é um vazamento esquisito. Há algum tempo, ao menos parte da Lava Jato está irritada com seus aliados no Congresso, dada a falta de combatividade com que acompanham a gestação do projeto contra abuso de autoridade –uma ameaça de ferir de morte muitos usos e abusos que estão na alma da Lava Jato e no cerne da ação de Sérgio Moro.
Rodrigo Janot, por seu lado, acabou por ir ele mesmo ao Senado com sugestões para moderação do projeto. É estranhável, sim, o repetido lançamento do protegido Aécio no fogaréu da Odebrecht, passado tão pouco de sua festiva e pública confraternização com Sérgio Moro. (Graças a esse momento, descobriu-se um traço de Moro: ele ri).
Aécio ficou de pedir ao ministro Edson Fachin uma "investigação rigorosa" do vazamento. Em causa própria, os peessedebistas se mexem. Se isso confirmar também a disposição de apoiar o projeto contra o abuso de autoridade, a aprovação está garantida. E a reação da Lava Jato, prometida.
Desde sempre é o primeiro passo para o Brasil evoluir.
O mais virá.
Congratulações a José Dirceu!
O Peemedebista mais crítico ao governo de Michel Temer, o senador Roberto Requião (PR) voltou a subir o tom contra seu correligionário; "Temer com um governo de quem não disputa mais eleições quer exigir o suicidio de peemedebistas que as disputarão. Ninguém vai fazer araquiri", disse o parlamentar no Twitter; em outro pronunciamento, publicado em seu site, Requião afirmou que "este governo não se sustenta e apoiá-lo equivale a um suicídio político"; "A rejeição que Dilma obteve em cinco anos, Temer conseguiu em cinco meses", acrescentou.
Elio Gaspari, entre outros cronistas, o definiram como "experiente, frio", e conhecedor do "lado do avesso de Brasília".
De Eliane Cantanhede a Ricardo Noblat, as supostas virtudes negociadoras do ex-vice decorativo foram cantadas aos quatro cantos, vendendo um Richelieu.
O rompimento com Renan Calheiros, cúmplice de décadas, veio enterrar de vez essa balela. Temer sempre foi um operador de bastidores, viabilizando e distribuindo o butim do PMDB.
Na presidência, continuou fazendo isso, além de cumprir com o serviço sujo dos patrocinadores do golpe no sentido de destruir o legado dos programas sociais do governo do qual ele participou.
Nunca bastaria, mas fingiram que era suficiente.
Numa tentativa de parecer superior ao desprezo da população, assimilou o mote patético sugerido por Nizan Guanaes e passou a se defender: preferia ser impopular a populista.
Renan, que é qualquer coisa, menos bobo, está de olho nas eleições de 2018 em seu estado e não quer ficar ao lado de um presidente cuja popularidade despenca a cada pesquisa.
Do que adianta um cargo para um apaniguado e outros favores se o homem é um tronco de enchente? Entre Temer e Lula, que cresce nas pesquisas, com quem ele gostaria de ser fotografado?
Michel, o habilidoso, o gênio da articulação, é refém de um detento, Eduardo Cunha, e da corriola da formação original de sua banda — Romero Jucá, Eliseu Padilha, Rodrigo Maia, Moreira Franco.
O jantar dos senadores governistas do PMDB na casa de Katia Abreu escancarou ainda mais a situação.
"Diziam que a Dilma não sabia onde ia, e o Temer não tem para onde ir", brincou Renan. Dos 22 da bancada no Senado, doze estavam lá, mais Sarney e a filha Roseana.
"Na fritada de aratu, Temer também foi fritado", falou um dos senadores.
Renan, o porta voz da insatisfação, pontuou que "estão nos propondo um suicídio" com as reformas. Sarney acha que Temer "tem que dialogar mais".
Segundo o Valor, Michel escalou aliados para procurar "conter a ira" de Renan Calheiros. Tem medo de que as críticas contaminem a base de apoio e prejudiquem aprovação das reformas.
No meio tempo, enquanto o chão esfarela, MT vai disparando suas asneiras. "Deus me deu a graça de reconhecer o valor das mulheres", discursou o cidadão que elogiou o sexo feminino pela capacidade de ver o preço da manteiga sem sal no supermercado.
A única saída para o caos é diretas já. Michel Temer, o homem que sabe da "mecânica de suas obras e suas pompas", segundo Gaspari, não consegue combinar o jogo nem sequer com seus amigos, que dirá com os inimigos.
do Diário do Centro do Mundo