- O texto abaixo é exatamente o que escrevi em "Sem ilusões", apenas com mais palavras e um pouco mais duro. Porém na essência é igual -, confira:
A menos de três meses para as eleições, Lula, o grande protagonista do pleito, segue na condição de preso político, em Curitiba. A incerteza da situação – de Lula e, consequentemente, do país – orienta a movimentação de partidos políticos, que começam a formar alianças e formular estratégias para outubro. Enquanto atores importantes do golpe de 2016 colocam suas cartas na mesa, como a espúria aliança do centrão com o PSDB e a possível chapa de Jair Bolsonaro e Janaína Pascoal, a esquerda parece não ter enxergado o óbvio. A união de que tanto se fala, deve ocorrer, com urgência, e deve ser em torno do franco-favorito a vencer as eleições. A esquerda deve entender que o país não aguentaria mais quatro anos da direita no poder, e vencer as eleições é, mais que um ato político, um dever cívico, para com cada um dos cidadãos brasileiros.
Para que se chegue à vitória, em tempos de golpes, no plural, é necessário se despir de vaidades e traçar estratégias inteligentes e eficazes. Primeiramente, é importante saber que não faz sentido, a uma altura dessas do campeonato, abandonar o líder nas pesquisas, candidato preferido dos brasileiros, e virtual futuro presidente, para, em nome do golpe, desistir precocemente para apoiar outro candidato. Caso Ciro Gomes, e o PDT, parem de agir como adversários e proponham compor chapa com o PT, é importante vislumbrar que o rabo não pode balançar o cachorro: Lula deve encabeçar a aliança