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A casta não cansa de mamata

Os morojas não cansam de zombar da plebe. Não bastam as mordomias, privilégios, benefícios que desfrutam às custas do nosso trabalho. Sabe o que a Corja pretende garantir? A impunidade remunerada. Confira o artigo abaixo:

Associações pedem que STF restaure aposentadoria de juízes condenados por crimes

POR FERNANDO BRITO 

Todos têm visto as associações de juízes defenderem penas mais duras para casos de corrupção, prisão de acusados antes do trânsito em julgado (o esgotamento dos recursos possíveis) e até protestando contra oLula ter pedido a supervisão de uma corte da ONU sobre a perserguição judicial que está sofrendo.

Mas certamente são poucos os que leram a matéria de ontem à tardinha, em O Globo, mostrando que a Ajufe (dos juízes deferais, como Sérgio Moro), a Anamatra (dos Magistrados do Trabalho) e a AMB, que congrega todos os segmentos do Judiciário, ingressaram com uma ação para que sejam restabelecidas – inclusive com os atrasados – todas as aposentadorias de juízes que perderam o cargo por condenação criminal confirmada em instância final, único caso em que podem perdê-la.

Sim, é isso mesmo, as associações de juízes querem que, um juiz, condenado por vender sentenças, roubar, matar, transgredir a lei de forma a ser condenado criminalmente  fique fora da punição de perda de aposentadoria e que esta seja concedida nos mesmos moldes que já é, quando o afastamento é determinado  administrativamente pelo Conselho Nacional de Justiça ou pelas corregedorias dos tribunais é a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

O argumento de suas excelências é que isso representaria ” o enriquecimento sem causa do Estado, que estaria se apropriando de dinheiro que deveria ir para os servidores”.

Então fica-se assim: um magistrado vende sentenças por milhões, é pego em flagrante, julgado, condenado, com todos os recursos possíveis, recebe uma pena e, junto com ela, o direito de ficar  aposentado com salários de R$ 20 mil ou mais.

E olhe que os magistrados entrarma com uma ação diferente  de outra que pretende o mesmo, porque resolveram pedir, se acolhido seu pedido, os valores retroativos a até 1993, 23 anos atrás.

Que bolada, hein!

Moralidade, vê-se, é algo aplicável aos outros, não à casta semidivina (semi?) da magistratura, que não pode ser tratada como a patuléia.

Morojás

Juízes do Brasil e do Brazil criticam "retaliação" a membros do judiciário turco.

Muito bom, muito bem, mas...

Qual o significado da palavra retaliação?

Segundo o pai dos burros - Dicionário - é o seguinte:

Retaliação
"substantivo feminino
  1. aplicação da pena de talião; revide com dano igual ao sofrido.
    • p.ext. revide a uma ofensa ou a uma agressão sofrida; represália, vingança.
      "

Quer dizer, enquanto os magistrados da Turquia aprontaram todas as canalhices que puderam ao lado dos golpistas, os magistrados do Brasil e do mundo inteiro não deram um pio. Agora que estão recebendo o troco a casta reclama?

Aqui o judiciário pinta e borda, a punição mais severa para um juiz é aposentadoria muito bem remunerada, não vejo nenhum deles reclamar das mordomias que desfrutam, muito pelo contrário, querem é muito mais.

Que o diga O PCC - Primeiro Comando de Curitiba -.

Corja! 

Por Dilma ser contra estes privilégios para os juízes e MPF é que eles estão "puto com ela

O texto abaixo é da jornalista Claudia Wallin, radicada na Suécia. Autora do livro Um país sem mordomias e excelências, Claudia tocará o projeto especial sobre a vida na Escandinávia para o DCM. Estamos nos momentos finais da arrecadação de dinheiro que permita a investigação.

Ab ovo, desde o princípio dos tempos ditos civilizados, quid latine dictum sit altum sonatur, tudo que é dito em latim soa profundo nas egrégias Cortes da Justiça. Mas hic et nunc, neste instante, os linguistas mais perplexos com os atos de auto-caridade praticados pelo Judiciário do Brasil já estarão se perguntando, data venia, se não é chegada a hora de ampliar a definição do conceito de pornografia nos dicionários brasileiros.
In ambiguo, na dúvida, vejamos: em uma das maiores obscenidades já registradas em um mês das noivas, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pediu e ganhou, em votação na Assembléia Legislativa em maio, uma bolsa-educação de até R$ 2,86 mil mensais a fim de bancar escolas e universidades particulares para filhos de juízes – que além de receberem salário de cerca de R$ 30 mil contam com vantagens como plano de saúde, auxílio-creche, auxílio-alimentação e carro com motorista à disposição.

Ao bacanal de maio seguiu-se o projeto do Supremo Tribunal Federal (STF) para a futura Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que prevê auxílios para magistrados ab incunabulis, desde o berço até o caixão.
Ganha uma toga quem adivinhar o resultado da votação do projeto pelos representantes do Congresso, a quem a dor dos vizinhos da praça dos poderes sempre parece incomodar.
O plano inclui o pagamento de até 17 salários por ano aos magistrados brasileiros, que deverão ter um leque admirável de benefícios extras e garantidos até o túmulo: até a conta do funeral dos juízes, conforme prevê a proposta do STF, será paga pelo erário.
Entre os vivos, encenou-se a devassidão de junho: os guardiões da lei do Rio Grande do Sul, que têm piso salarial de R$ 22 mil, acabam de se autoconceder um auxílio-alimentação de R$ 799 por mês.
Trata-se de um valor escandalosamente maior do que a maldita Bolsa Família (R$ 167,56 em média) dada aos pobres, que, segundo avançados estudos científicos conduzidos nos Jardins, não querem saber de aprender a pescar.
Como provavelmente não comeram nos últimos quatro anos, as excelências do Sul decidiram também que o pagamento do benefício deverá ser ex tunc, retroativo a 2011.
O indecoroso Bolsa Caviar contemplará todos os juízes, desembargadores, promotores e procuradores, assim como – suprema ironia – os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, responsáveis pela fiscalização do uso do dinheiro dos impostos do cidadão. Tudo devidamente encaixado na categoria de verba indenizatória, para ficar isento de imposto de renda: afinal, o dinheiro público parece ser res nullius, coisa de ninguém.
Exempli gratia, por exemplo, levantamento do jornal O Dia mostra agora que 90% dos juízes e desembargadores do Rio de Janeiro receberam vencimentos que chegam a estourar o teto permitido pela Constituição Federal. Em janeiro, o contra-cheque de um juiz chegou a registrar R$ 241 mil. Só em março, a folha de pagamento de juízes e desembargadores fluminenses totalizou o equivalente a 50.279 salários mínimos.
E seguramente sem animus abutendi, intenção de abusar, procurou-se também calibrar ainda mais os supersalários da magistratura brasileira juris et de jure, de direito e por direito, no ano passado: foi quando os conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público aprovaram o auxílio-moradia de até R$ 4.377 para todos os juízes, desembargadores, promotores e procuradores do Brasil – mesmo para quem já mora em imóvel próprio. Cálculos aproximados estimam que o impacto anual decorrente do benefício será de R$ 1 bilhão, nestes tempos dourados de PIB gordo e pleno emprego no País das Maravilhas.
Há que se registrar as notáveis exceções à promiscuidade, como por exemplo a postura do desembargador Siro Darlan de Oliveira – que, ao se posicionar de forma veementemente contrária ao auxílio-educação para filhos de juízes, foi afastado de suas funções pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Carvalho.
Mas quis custodiet ipsos custodes? – quem afinal vigia os vigias?
O fundamental respeito de uma sociedade por seu Judiciário vai aos poucos, e perigosamente, sendo engavetado como um processo de Geraldo Brindeiro.
Nas mídias sociais, a frase de um internauta dá a medida do temerário grau de escárnio que cresce entre tantos indignados com as benesses das Cortes: "Quando é que vai aparecer uma operação Lava-Toga"?
Recomendam o bom senso e a razão o graviter facere nos tribunais – agir com prudência, moderação, gravidade.
Decido ad judicem dicere, falar com um juiz, aqui na Suécia. Telefono então para
Göran Lambertz, um dos 16 integrantes da Suprema Corte sueca, para contar as últimas novidades da corte brasileira. Lambertz é aquele juiz que pedala todos os dias até a estação central, e de lá toma um trem para o trabalho – e que me disse há tempos, em vídeo gravado para a TV Bandeirantes, que luxo pago com dinheiro do contribuinte é imoral.

Quando descrevo a nova lista de benefícios dos juízes brasileiros, Göran Lambertz dispensa totalmente, para meu espanto, a tradicional reserva e a discrição que caracteriza o povo sueco.
"Em minha opinião, é absolutamente inacreditável que juízes tenham o descaramento e a audácia de serem tão egocêntricos e egoístas a ponto de buscar benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-escola para seus filhos. Nunca ouvi falar de nenhum outro país onde juízes tenham feito uso de sua posição a este nível para beneficiar a si próprios e enriquecer", diz Lambertz.
Com o cuidado de avisar que não se trata de um trote, telefono em seguida para o sindicato dos juízes suecos, o Jusek, e peço para ouvir as considerações de um magistrado sindicalizado acerca da última série de benefícios auto-concedidos a si próprios pelos magistrados brasileiros — o Bolsa Moradia, o Bolsa Educação, o Bolsa Alimentação.
Sim, existe um sindicato dos magistrados na Suécia. É assim que os juízes suecos, assim como os trabalhadores de qualquer outra categoria, cuidam da negociação de seus reajustes salariais.
Meu telefonema é transferido então para o celular do juiz Carsten Helland, um dos representantes da categoria no sindicato.
Sinto um impulso incontrolável de dizer a ele que fique à vontade para recusar o colóquio e bater impiedosamente o telefone como bate seu martelo na Corte, pois os fatos que vai ouvir podem provocar sensações indesejáveis de regurgitação neste horário inconveniente que antecede o almoço do magistrado.
Mas, como que invadida pela cegueira da Justiça, decido narrar de vez ao juiz, sem clemência nem advertência, todos os obscenos benefícios pedidos e concedidos aos colegas brasileiros no além-mar.
Para minha surpresa, o magistrado sueco dedica os segundos iniciais da sua resposta a uma sessão de risos de incredulidade.
"Juízes não podem agir em nome dos próprios interesses, particularmente em tamanho grau, com tal ganância e egoísmo, e esperar que os cidadãos obedeçam à lei", diz enfim o juiz, na sequência da risada que não pôde ou não quis evitar.
Recobrado o equilíbrio e a compostura que a toga exige, Carsten Helland continua:
"Um sistema de justiça deve ser justo", ele começa, constatando o óbvio com a fala didática de quem tenta se comunicar com uma criatura verde de outro mundo.
"As Cortes de um país são o último posto avançado da garantia de justiça em uma sociedade, e por essa razão os magistrados devem ser fundamentalmente honestos e tratar os cidadãos com respeito. Se os juízes e tribunais não forem capazes de transmitir esta confiança e segurança básica aos cidadãos, os cidadãos não irão respeitar o Judiciário. E consequentemente, não irão respeitar a lei", enfatiza o juiz sueco.
Pergunto a Carsten o que aconteceria na Suécia se os juízes, em um louco delírio, decidissem se auto-conceder benefícios como um auxílio-alimentação.
"Acho que perderíamos o nosso emprego", ele diz, entre novo surto de risos. "Mas é simplesmente impossível que a aprovação de benefícios como auxílio-alimentação ou auxílio-moradia para magistrados aconteça por aqui".
Por quê?
"Porque não temos esse tipo de sistema imoral. Temos um sistema democrático, que regulamenta o nível salarial da categoria dos magistrados, assim como dos políticos. E temos uma opinião pública que não aceitaria atos imorais como a concessão de benefícios para alimentar os juízes às custas do dinheiro público. Os juízes suecos não podem, portanto, sequer pensar em fazer coisas desse gênero", conclui Carsten Helland.
O juiz Helland: "É simplesmente impossível que a aprovação de benefícios como auxílio-alimentação ou auxílio-moradia para magistrados aconteça por aqui. Não temos esse tipo de sistema imoral. Temos um sistema democrático, que regulamenta o nível salarial da categoria dos magistrados, assim como dos políticos. E temos uma opinião pública que não aceitaria atos imorais como a concessão de benefícios para alimentar os juízes à custa do dinheiro público"
O salário médio bruto de um juiz na Suécia é de cerca de 60 mil coroas suecas, o que equivale a aproximadamente 22,3 mil reais. O valor equivale ao salário de um deputado sueco, que em termos líquidos representa cerca de 50% a mais do que ganha um professor do ensino fundamental. O salário médio no país é de 27,3 mil coroas suecas.

"Há uma pequena variação nos salários dos magistrados suecos, que se situam em uma faixa entre 50 mil a 63 mil coroas suecas", diz o juiz.
Há algum outro tipo de benefício além do salário?
"Não, absolutamente não" – ele responde.
A negociação anual dos reajustes salariais da magistratura se dá entre o sindicato Jusek e o Domstolsverket, a autoridade estatal responsável pela organização e o funcionamento do sistema de justiça sueco.
Para entender o sistema sueco, diz o juiz Helland, é preciso olhar um século para trás.
"A partir do final do século XIX, os sindicatos desempenharam um papel fundamental na construção da sociedade que temos hoje. Portanto, não é estranho ver magistrados ou qualquer outro profissional na Suécia sendo filiados a sindicatos. E é importante notar que ser membro de um sindicato, na Suécia, não significa que você seja de esquerda. Os sindicatos são parte essencial da base sobre a qual nossa sociedade foi consolidada – a dualidade entre trabalhadores e empregadores", ele observa.
O reajuste salarial dos magistrados suecos trata normalmente, segundo o juiz, da reposição da perda inflacionária acumulada no período de um ano, e que se situa em geral entre 2% e 2,5%.
"Nossos reajustes seguem geralmente os índices aplicados às demais categorias de trabalhadores, que têm como base de cálculo os indicadores gerais da economia e parâmetros como o nível de aumento salarial dos trabalhadores do IF Metall (o poderoso sindicato dos metalúrgicos suecos)", explica o juiz Carsten.
A negociação depende essencialmente do orçamento do Domstolsverket, que é determinado pelo Ministério das Finanças:
"Os juízes têm influência limitada no processo de negociação salarial", diz Carsten. "As autoridades estatais do Domstolsverket recebem a verba repassada pelo governo, através do recolhimento dos impostos dos contribuintes, e isso representa o orçamento total que o governo quer gastar com as Cortes. A partir deste orçamento, o Domstolsverket se faz a pergunta: quanto podemos gastar com o reajuste salarial dos juízes?", explica o juiz.
"Não podemos, portanto, lutar por salários muito maiores. Podemos apenas querer que seja possível ganhar mais", acrescenta ele.
Greves de juízes não fazem parte da ordem do dia.
"Não fazemos greves, porque isso seria evidentemente perigoso para a sociedade", diz Helland.
Já sei a resposta, de tanto fazer a mesma pergunta a jornalistas e a suecos em geral, mas resolvo perguntar mais uma vez: já ouviu falar de algum caso registrado de juiz corrupto na Suécia?
"Não", diz Helland. "Nunca".
Na Suprema Corte sueca, os reajustes salariais também seguem a mesma regra aplicada ao restante da magistratura.
O salário bruto dos juízes do Supremo, segundo Goran Lambertz, é de 100 mil coroas suecas (cerca de 37 mil reais). Uma vez descontados os impostos, os vencimentos de cada juiz totalizam, in totum, um valor líquido de 55 mil coroas suecas (aproximadamente 20,4 mil reais). Sem nenhum benefício ou penduricalho extra, e sem carros com motorista.
Neste exótico país, os juízes da Suprema Corte também não têm status de ministro, e nem são chamados de excelências.
"Se o sistema judiciário de um país não for capaz de obter o respeito dos cidadãos, toda a sociedade estará ameaçada. Haverá mais crimes, haverá cada vez maior ganância na sociedade, e cada vez menos confiança nas instituições do país. Juízes têm o dever, portanto, de preservar um alto padrão moral e agir como bons exemplos para a sociedade, e não agir em nome de seus próprios interesses", diz Göran Lambertz ao final da nossa conversa.
Ou em bom latim, conforme rezam os manuais jurídicos: nemo iudex in causa sua – ninguém pode ser juiz em causa própria.



Fábula requentada por Sebastião Nunes

Ali Babá e os 400 mil ladrões do seu irmão


  Kassim estava irritadíssimo. Sentado no imponente trono de ouro, diamantes, rubis, esmeraldas, topázios, ametistas e águas-marinhas, o Imperador dos Ladrões vomitava cobras e lagartos em cima de auxiliares diretos e indiretos:
            – Cambada de velhos-ricos idiotas! Só porque sou multimultimultibiliardário, acham que tenho de ficar esfolando a bunda nessa cadeira cravejada de joias, como qualquer reizinho da Idade Média. Quem me dera ser um simples vaga-lume, pairando livremente no firmamento!
           Sim, Kassim tinha dessas ambiguidades. Embora espumasse de ódio por qualquer ninharia, mandando degolar amigos íntimos ao menor escorregão, nunca perdia a deixa para uma citação pseudoliterária da pior qualidade.
           O problema não era tanto o espinhoso trono, mas a quantidade de ladrões reunidos em sua quadrilha. Nos primórdios das aventuras furta-afana-abafa-surrupia, mal conseguira meia dúzia de malucos dispostos a partilhar os déficits da contabilidade mambembe. Agora, quando possuía uma caverna super-hiper-camuflada, super-hiper-equipada e super-hiper-enormérrima, o bando crescia como formigueiro na primavera. Segundo o último balanço, eram 166.667 homens, 133.333 mulheres e 100.000 jovens aprendizes, totalizando 400.000 ladrões, todos da mais refinada extração, sem contar o harém particular, privilégio de lideranças fortes como a sua, constituído de 365.000 belíssimas odaliscas, ou seja, 1.000 gostosuras para cada dia do ano
PAUSA PARA EXPLICAÇÕES
A idade para ingressar na quadrilha oscilava entre a mínima de 20 anos e a máxima de 65, para homens. Para mulheres, entre 18 e 55 anos. Aos 75, eram os homens compulsoriamente aposentados, recebendo o percentual que lhes cabia das infinitas riquezas, percentual escrupulosamente contado, medido e pesado pelo honestíssimo tesoureiro-mor. As mulheres se aposentavam aos 65, podendo daí em diante curtir numa boa a vida de esplendor que sem dúvida desfrutariam, com sua parcela também contada, medida e pesada, escrupulosamente, pelo tesoureiro-mor.
PAUSA PARA NOVAS EXPLICAÇÕES
O referido tesoureiro-mor, que acumulava os cargos de ministro da fazenda e presidente do banco central, era o milésimo centésimo nomeado nos escassos 11 anos em que Kassim reinava sobre os ladrões. Desse total, os 1.099 primeiros haviam sido enforcados em galhos de tamareira, depois de apanhados com a boca na botija, perdão, com a mão metida em um dos milhares de sacos de joias e moedas de ouro. Seus esqueletos nus brilhavam ao sol do Golfo Pérsico, pois Kassim não era besta de morar no deserto. Com exemplos tão clamorosos, nem era preciso exigir de um tesoureiro honestidade total, integral e absoluta. Sua única alternativa estava na longa fileira de ossadas penduradas, rebrilhando de brancura e balançando ao vento.
PAUSA PARA EXPLICAÇÕES FINAIS
365.000 odaliscas era o máximo que qualquer potentado oriental ou mesmo ocidental, também dados a estripulias eróticas, jamais reunira. Salomão, o Sábio, contava com apenas 200 amantes, menos de uma por dia do ano. Harum-Al-Rachid, o Favorito de Alá, reunira nos tempos de maior fausto apenas 1.460 jovenzinhas em flor, quatro para cada dia do ano. John F. Kennedy e Mick Jagger, conhecidos garanhões, nunca passaram de oito por noite, totalizando 2.920 cada um. Fica evidente que, possuindo 1.000 odaliscas por noturnália (de sono ou de vigília, sabe-se lá), Kassim jamais, ainda que fosse um Hércules do sexo, um Aquiles do erotismo ou um Napoleão das guerras vulvo-penianas, jamais, repetimos, chegaria a conhecer, biblicamente falando, um centésimo do cobiçado e alvoroçado rebanho.
VOLTANDO À IRRITAÇÃO REAL
O que mais irritava Kassim, como dissemos, não era tanto o trono duro, mas o número excessivo de ladrões que o cercavam. 400.000 ladrões! E isso para um homem da maior honestidade, que pautara toda a sua vida pela retidão moral e pelo perfeito cumprimento das leis, nos menores detalhes. Isso, sim, era profundamente irritante. Ladrão, sim, mas ladrão honestíssimo, estimado e paparicado por todos, no Senado, da Câmara dos deputados, na FIESP, no STF e nas Procuradorias Gerais de Justiça, pois era evidente que, em seu reinado mais-do-que-moderno tais aberrações (perdão, tais entidades) eram não só necessárias como indispensáveis ao bom andamento dos furtos (perdão, dos negócios) nacionais e mesmo supranacionais.
ALI BABÁ ENTRA NA HISTÓRIA
Foi quando, depois de rebolar o traseiro para lá e para cá pela milésima vez, tentando adequar o conteúdo ao continente, Kassim se lembrou do irmão mais novo, que atendia pelo codinome de Ali Babá, veja você que idiotice. Mais que depressa, chamou o primeiro-tenente, Abracadabra, e o segundo-tenente, Salamaleque, disposto a bolar um plano muito, mas muito inteligente, que permitisse aos três se safarem com sua parte da riqueza (nem um rubi a mais, honestidade acima de tudo), deixando o resto da quadrilha com enorme fortuna e sob a competente liderança do irmão. E foi o que fizeram. Depois de muito confabular, decidiram cooptar o querido Ali, que morava no Brasil, com breve, eloquente e amorosa carta de fraternal saudade. Que colou, como sempre acontece nas histórias de fadas e bruxas.
VISITANDO A CAVERNA CENTRAL
Ali Babá chegou do Brasil, parou diante da caverna, percebeu a tropelia dos ladrões e se escondeu. Ouviu as palavras mágicas, que decorou, com vírgula e tudo: “Em nome da família, da propriedade, de Deus e da Lambança Geral.” Quando o bando se afastou, depois que todos os 400.000 ladrões entraram e depositaram as novas riquezas honestamente adquiridas, Ali Babá se aproximou, recitou as palavras mágicas, a porta se abriu e ele entrou.
Ficou embasbacado? Nem por isso. Com sua super-hiper-calculadora eletrônica, multiplicou os sacos pelo valor médio, dividindo tudo por 400.000. E concluiu que no Brasil os negócios eram muito melhores. Para isso, contava com pelo menos 70% de todos os candidatos nas próximas eleições gerais para todos os cargos de todos os altos e baixos escalões. Além dos convidados para as diversas mordomias (perdão, para os diversos órgãos), do primeiro ao trigésimo terceiro escalão.
Filosoficamente, concluiu: se antes do golpe os negócios no Brasil já eram excelentes, causando inveja em todo o mundo pela competência larapial, manipulativa e contorcionista da Câmara, do Senado e do Judiciário, depois então nem se fala. Era de se babar de gozo. E Ali Babá riu, com seus botões dourados, do magnífico trocadilho que acabara de produzir sem qualquer esforço intelectual.
Na moral desta fábula ilustrada, ilustres membros da Câmara, do Senado e do Judiciário da quadrilha de Kassim partilham o butim arrecadado no último assalto federal.

Os crimes que jamais serão investigados

Existem algumas verdadeiras lendas que se construíram da época da ditadura, por exemplo, que no regime ditatorial não havia corrupção e nem mordomias, ou então, que os militares eram nacionalistas e defendiam o patrimônio nacional.
Isso não é verdade. A ditadura cívico militar de caráter imperialista beneficiou os patrões e os grandes empresários brasileiro e principalmente as multinacionais, além disso, a corrupção e as mordomias rolavam em grande quantidade.
Para acabar com estas lendas e, aproveitar, exigir que a Comissão da Verdade investigue e coloque a público todos os crimes ocorridos na época da ditadura de maneira que depois possamos puni-los, publicamos aqui algumas denuncias apresentadas na época que demonstram, que havia muita corrupção e mordomia para os ricos na época da ditadura, e que nunca a soberania nacional foi tão vilipendiada e nunca houve tanta entrega do patrimônio nacional ao imperialismo norte-americano.
O mais impressionante é que muitos destes empresários e muitas destas empresas continuaram nas boas nos governos depois da redemocratização, realizando maracutaias, fraudes e negociatas, e até hoje nos governos da Frente Popular, continuam com as mesmas praticas.
PRIVILÉGIOS E MORDOMIAS
Delfin Neto, Mario Henrique Simonsen, Heitor Ferreira, Shiziaki Ueki, Reis Velloso, Armando Falcão, Ney Braga e Mario Andreazza estiveram até a medula envolvida em escândalos de corrupção e recebiam muitas mordomias, entre elas a de poderem assistir os filmes que eram censurados por seu governo.
Na verdade na época da ditadura em Brasília ninguém gastava nada e todos se divertiam muito, à custa dos ministérios. Das suntuosas casas no Lago Paranoá, todas com piscina, aos comes-e-bebes das melhores marcas estrangeiras, passando por garçons e criados, até os carros e motoristas que levam os convivas, além das flores ofertadas às anfitriãs, tudo ficando por conta das verbas de mordomia ou representação – ou seja, tudo é pago pelo governo.

Briguilinks







Judiciário e suas mordomias...do berço ao caixão




Caso a nova Lomam - Lei Orgânica da Magistratura - seja aprovada como desejam os mininistros do STF - Supremo Tribunal Federal -, o salário deles será um mero penduricalho de mais ou menos Quarenta míseros reais. Confira alguns privilégios que estes assaltantes togados estão pleiteando:

  • 17 salários por ano
  • Adicional de 5% para alimentação
  • Adicional de 20% para moradia mais diárias
  • Ajuda de custo de 20% para fazer pós-graduação
  • Adicional por tempo de serviço de 5% de três em três anos
  • Adicional de mais 5% se não tiver carro oficial à disposição
  • Auxílio para plano de saúde dele, da esposa e filhos mais 10%
  • Auxílio creche para filhos até seis anos de idade, mais 5% por cada
  • Auxilio para os filhos de sete a vinte e quatro anos mais estudarem mais 5%
E para completar a roubalheira institucionalizada eles querem garantir que o erário público, o Estado (nós, Povo) pague o enterro deles.
Corja!

Leia mais>>>

O Judiciário e suas mordomias

Mais uma para constar na sério:

As mordomias dos corruptos togados

Noventa e seis quilos de filé mignon Friboi, 50 kg de filé de salmão e 96 kg de carne de sol. Isso e mais 600 kg de arroz e 32 kg de feijão carioca são alguns…
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Judiciário - o mais corrupto dos poderes

O que mais surpreende na notícia de que Joaquim Barbosa quer garantir o emprego de 46 pessoas de seu gabinete não é o fato em si.

Todo mundo, quando se aposenta, se esforça para que seus subordinados sobrevivam.

O que realmente chama a atenção é o número de funcionários de JB: 46. É um pequeno exército.

O que tanta gente faz?

Conhecida a baixa produtividade da Justiça brasileira, eis um mistério.

Quantos funcionários terá cada juiz do Supremo? Se não a quase meia centena do presidente, quantos?

Qual o exemplo que o STF dá à sociedade de uso do dinheiro público? Quem fiscaliza?

Curiosa a mídia: entre tantos perfis endeusadores de Joaquim Barbosa, jamais trouxe à luz a informação do batalhão de funcionários sob suas ordens.

Suponhamos que ele tenha herdado todos. Num mundo menos imperfeito, ele teria realizado um ajuste exemplar, e feito disso um caso de ganho de eficiência num Judiciário tão carente de modernização.

Compare o STF com seu equivalente sueco. Você pode fazer isso caso leia um livro chamado "Um País sem Excelências e Mordomias", da jornalista brasileira Claudia Wallin, radicada na Suécia.

Recomendo fortemente.

Claudia entrevistou Goran Lambertz, presidente da Suprema Corte sueca. "Como todos os juízes e desembargadores da Suécia, Lambertz não tem direito a carro oficial com motorista nem secretária particular", escreve Claudia. "Sem auxílio moradia, todos pagam do próprio bolso por seus custos de moradia."

Para ver quanto é diferente a realidade brasileira, no final do ano passado foram comprados carros de 130 mil reais para que os juízes do Supremo façam seus deslocamentos por Brasília.

Lambertz mora numa cidadezinha a 70 quilômetros de Estocolmo. Vai todos os dias da semana para a capital da seguinte maneira: pega sua bicicleta e pedala até a estação de trem.

Ele tem um pequeno escritório, e não tem secretária e nem assistentes. "Luxo pago com dinheiro do contribuinte é imoral e antiético", disse ele a Claudia.

Uma equipe de 30 jovens profissionais da área de direito ajuda os 16 juízes da Suprema Corte. Fora isso, são mais 15 assistentes administrativos que ajudam todos os magistrados.

Isso quer dizer o seguinte: 45 pessoas trabalham para todos os integrantes da Suprema Corte da Suécia. Repito: todos. É menos do que os funcionários de Joaquim Barbosa sozinho.

Refeições, Lambertz mesmo paga. "Não almoço com o dinheiro do contribuinte." Algum juiz do STF poderia dizer o mesmo?

A transparência na Suécia é torrencial. "Qualquer cidadão pode vir aqui e checar as contas dos tribunais e os ganhos dos juízes", diz Lambertz.

"Autos judiciais e processos em andamento são abertos ao público. As despesas dos juízes também podem ser verificadas, embora neste aspecto não exista muita coisa para checar. Juizes usam bem pouco dinheiro público e não possuem benefícios como verba de representação. Os juízes suecos recebem seus salários e isso é o que eles custam ao Estado."

Os gastos dos juízes são fiscalizados fora do sistema judiciário. "Se você é um juiz, certamente tem o dever de ser honesto e promover a honestidade, além de estar preparado para ser fiscalizado todo o tempo", diz Lambertz.

Como um cidadão sueco reagiria à informação de que o presidente da mais alta corte do país gastou o equivalente a 90 mil reais para, como fez Barbosa, reformar banheiros do apartamento funcional?

É uma situação impensável — até porque juiz sueco paga sua própria casa, como qualquer pessoa.

Claudia perguntou a Lambertz como que o Brasil poderia avançar no mesmo rumo da Justiça sueca. Lambertz falou em "líderes que dêem bons exemplos, líderes que mostrem que não estão em busca de luxo para si".

Joaquim Barbosa foi proclamado pela Veja, num instante de euforia delirante, "o menino pobre que mudou o Brasil".

Mas ele cabe na descrição de líder transformador feita por Lambertz? Que um juiz sueco diria de uma equipe de 46 funcionários para um único homem?

Começa uma nova etapa no STF sem Barbosa.

Que comece ali uma reforma de mentalidades ao fim da qual tenhamos uma Justiça ao menos um pouco mais parecida do que a comandada por Garen Lambertz.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Barbosa e família defende privilégios

Joaquim Barbosa e sua camarilha são contra a criação de mais TRF - Tribunal Regional Federal -.

Para começo de conversa deveria seriam criados em cada Estado um TFdE - Tribunal Federal do Estado -, não um TRF para servir a vários Estados.

Dorme nas gavetas imundas dos tribunais processos e mais processos.

O cidadão não tem o seu direito a justiça na prática. Por que então a maioria do poder judiciário é contra a criação de mais tribunais?

Porque a casta togada quer continuar usufruindo das mordomias e vantagens que o poder lhes concede - legalmente - é claro. No popular: querem comer sozinho.

Corja!

Das mordomias da Casta togada


Do Valor
De carros, salário e poder da magistratura
Por Maria Cristina Fernandes
Na saideira do mandato, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, distribuiu apelos pelo aumento salarial da magistratura.
Ao rebater comparações que colocam os juízes brasileiros no topo dos mais bem pagos do mundo, o ex-ministro disse que nos Estados Unidos, por exemplo, carros e computadores custam um terço do que se paga no Brasil.
Costumeiramente inspirado, Ayres Britto parecia extenuado da missão. Carros e computadores custam o mesmo para juízes que ditam o teto do serviço público federal - R$ 26,5 mil - e para o trabalhador médio do país que ganha R$ 1,7 mil.
O que pareceu um momento de desafinação do regente da magistratura revelou, na verdade, a música de fundo que tem embalado o Judiciário ao longo de uma exposição crescente nos últimos anos que culminou com o mensalão.
A magistratura foi a único dos Poderes a dobrar - em despesa e quantidade de servidores - sua fatia na folha da União. Apenas o Ministério Público rivaliza em ascensão (ver tabela abaixo).
A trajetória resulta de uma Constituição que expandiu o acesso do cidadão à Justiça e fez proliferar o número de comarcas e varas especializadas, além de criar a defensoria pública e fortalecer as procuradorias.
Essa expansão encontrou freio em 2009 quando a despesa do Judiciário cresceu 123% em relação a 1995. Naquele ano começaram a chegar ao Brasil os ventos da crise mundial. O governo Luiz Inácio Lula da Silva já preparava a transição para Dilma Rousseff que batizaria o PT na era do choque de gestão com a entrada do Movimento Brasil Competitivo, do empresário Jorge Gerdau, como consultor dos destinos da nação.
Para expandir os programas sociais do governo a única saída seria a contenção da despesa de pessoal. Os sindicatos, chamados para a teia de proteção em torno de Lula no auge do mensalão, teriam que se ver com o pulso da nova presidente.
No Orçamento de 2010 o aumento foi nulo. No de 2011 também. No ano passado foi oferecido a todos os Poderes o aumento de 15,8%, escalonado em três anos. O Judiciário acha pouco e reclama.
O comando da magistratura passou a se ver premido pela impossibilidade de conceder aumentos aqueles que atraiu para a carreira. Na sua rodada de despedidas, Ayres Britto foi claro: "A magistratura perde poder de competitividade. A procura por cargos diminui preocupantemente".
O Judiciário da era do mensalão vive, portanto, uma disputa por poder -- pela manutenção das prerrogativas recentemente adquiridas que tanto contribuíram para a proeminência alcançada com o julgamento que agora se encerra.
Como toda disputa, esta também exige mobilização política. Os ministros se fiam na autonomia da magistratura para tentar resolver a parada. Despacham liminares que intimam o Congresso a apreciar suas propostas salariais. Como a Comissão de Orçamento não encontra receita para bancar esse aumento, essas liminares batem lá e voltam.
Nos tempos em que Nelson Jobim ficou à frente do Supremo, os embates salariais com o Executivo tinham como pano de fundo, evidentemente nunca esgrimido como tal, a bilionária ação contra o governo no aumento da Cofins. Quando Jobim assumiu a presidência, a ação tinha a maioria de votos pela derrota do governo. O ex-ministro avocou a ação para si, sentou em cima e, até sua aposentadoria, tocou o barco sem acumular grandes derrotas corporativas.
Os últimos presidentes do STF foram pouco afeitos à negociação. Ao ler as demandas do ex-presidente em discurso público, um leitor do valor.com.br resumiu suas impressões: "Parece que o Judiciário tenta aproveitar a oportunidade de estar sendo reconhecido pelo desempenho normal de seu papel para pedir aumento de salário desproporcional à realidade dos trabalhadores brasileiros. Acho que isto não é ético".
Ao fim do mensalão, o Supremo vai-se deparar com pauta tributária de grande repercussão para o Tesouro. Caberá a Joaquim Barbosa conduzir essas negociações. A julgar pelo que relatou no mensalão sobre as ameaças à democracia decorrentes das negociações com o Parlamento, é também de se esperar dificuldades nesse terreno.

Desperdicio do judiciário

Uma obra estimada em R$ 329 milhões provoca indignação e revolta. 


É a nova sede do TSE.


São 115.500 m2 de requinte, luxo, conforto e desperdicio de dinheiro público.


Qualquer leigo sabe que a atual sede do TSE atende de sobra as necessidades dos juízes.


Apenas o projeto custou a bagatela de R$ 5 milhões e 917 mil.


O MPF tenta embargar a obra.


Sem uma pressãozinha da opinião pública, você acredita que conseguirá?


O judiciário vai deixar de oferecer mordomias aos seus pares?


Duvido!