Caricaturas

O chefe


Um cara entra numa loja de animais, querendo comprar um papagaio e encontra três idênticos numa gaiola e pergunta o preço:

- O da esquerda custa 500 Reais - diz o dono.
- Nossa, que caro! Por que vale tanto?
- Ele é um papagaio muito especial - explica. - Sabe operar um computador.
- Ah, sei... E o da direita, quanto vale?
- Esse custa 1000 Reais.
- Nossa, mas por que custa tão caro?
- Ah, porque além de saber operar um computador, também domina Windows XP, Unix e Macintosh.
- Sei, interessante... E o papagaio do meio?
- Esse custa 5 mil Reais!
- Que é isso! O que ele sabe fazer de tão especial?
- Na verdade - diz o dono, - nunca vi esse papagaio fazer porra nenhuma.
Mas os outros dois o chamam de chefe...

Impunidade só para quem tem $

Por sete votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal decidiu na semana passada que, daqui para a frente, só pode ficar preso quem tiver condenação definitiva, com processo transitado em julgado, sem direito a mais nenhum recurso em instância superior _ ou seja, nunca.

Mas engana-se quem imaginar que está oficialmente decretada a impunidade no Brasil. Não é bem assim. A nova jurisprudência do STF, que apenas formaliza as anteriores, continuará valendo, como sabemos todos, apenas para quem pode contratar bons advogados.

A alegação do STF é que a medida visa desafogar o sistema carcerário, superlotado de jovens pobres das periferias urbanas, 40% deles ainda aguardando julgamento. Não é bem assim, repito.

Em sua coluna na página 2 da Folha desta terça-feira, “Presunção de impunidade”, o excelente repórter Frederico Vasconcelos, um especialista no assunto, coloca o dedo na ferida:

“Mas não são os presos por `crimes de bagatela´, como furtos de escova de dentes e de chinelos, lembrados pelo ministro Celso de Mello, que entopem os tribunais de recursos. Tem faltado ao Judiciário disposição para conter a avalanche de recursos protelatórios de réus que podem contratar bons advogados”.

Voto vencido na decisão do STF, o ministro Joaquim Barbosa advertiu para os riscos de se criar “um sistema penal de faz-de-conta em que o processo jamais chegará ao fim”.

Cansei de fazer reportagens estes anos todos sobre pessoas humildes presas por besteira, por furto de comida para os filhos ou rixas com vizinhos, que passaram um bom tempo na cadeia, até que fossem descobertos pela imprensa, porque não tinham condições de pagar um bom advogado e a Defensoria Pública não dá conta de todos os que precisam dela.

Teve o caso de um jovem juiz do Espírito Santo, mais de vinte anos atrás, que fez tudo ao contrário. Ao chegar numa comarca, mandava soltar os  pés-de-chinelo presos por bebedeira ou briga com a mulher, e reabria os processos engavetados contra os poderosos do lugar que dormiam nas gavetas.

Fiquei sabendo da história dele pelo bom amigo e grande jornalista capixaba Rogério Medeiros. Depois de várias vezes transferido de comarca por adotar esta prática pouco usual no nosso Judiciário, desagradando as “pessoas de bem”, o juiz foi chamado de maluco e acabou sendo internado num hospital.

Nada mudou neste cenário nos últimos anos. Esta semana mesmo encontrei uma pequena nota no portal do jornal O Globo, com o romântico título “Desempregado é preso acusado de furtar R$ 1,25 de santa no Jardim Botânico de Santos”, que me chamou a atenção. Trata-se de mais uma história emblemática, como diria o Mino Carta:

“O desempregado Luciano do Nascimento Santos foi preso, na tarde de domingo, acusado de furto e dano ao patrimônio, após subtrair R$ 1,25 em moedas de uma gruta, depositadas ali em sinal de agradecimento a Nossa Senhora Aparecida, que fica no Jardim Botânico de Santos.

Conforme o Boletim de Ocorrência, o rapaz teria quebrado uma redoma de vidro que protegia a imagem da padroeira do Brasil por volta das 13h10. Diante desse fato, os funcionários do equipamento público acionaram a equipe 465 do Canil da Guarda Municipal, formada pelos encarregados Cruz, Teixeira e Laurindo. Então, a equipe se deparou com Santos bebendo água em bebedouro no Jardim Botânico. Ele foi questionado sobre o delito, mas negou.

Ao ser revistado, foi encontrada a quantia de R$ 1,25 em moedas. A Guarda Municipal o prendeu na hora e o levou ao 1º Distrrito Policial de Santos. Como não houve flagrante, Santos acabou sendo liberado.

Conforme o Boletim de Ocorrência, o desempregado bebia com alguns homens, que teriam quebrado o vidro. Santos teria se apropriado de algumas moedas por estar sob influência do álcool, substância da qual é dependente, e de remédios controlados, porque é paciente da Seção Núcleo de Apoio Psicossocial (Senaps), equipamento da Secretaria Municipal da Saúde. O BO foi registrado pelo escrivão Emmanuel Carlos de C. Roque e pelo delegado Max Pilotto”.

Acionar o Canil da Guarda Municipal com três homens, mais o escrivão e o delegado para atender a esta insólita ocorrência? Só faltava cobrar fiança para liberar o indigente, acusado de furtar a fortuna de R$ 1,25, que hoje não paga um cafezinho na esquina.

Não teria sido mais rápido, barato e humano encaminhar logo o desempregado de volta para o Senaps, onde ele estava em tratamento? Quanto tempo vai levar agora para a polícia concluir o inquérito e a Justiça se pronunciar sobre o crime?

Enquanto isso, o jornalista Antonio Pimenta Neves, réu confesso do bárbaro e covarde assassinato de uma colega de trabalho, há quase uma decada, já julgado e condenado, continua livre e leve aguardando o julgamento dos seus recursos em diferentes latitudes da Justiça.

Neves pode ficar tranquilo. Tem bons advogados e, se demorar mais um pouco, será beneficado pela prescrição da pena ou por ter completado 70 anos. Ele é o mais notório exemplo da ”presunção de impunidade” adotada pelo STF de que fala o nosso Frederico Vasconcelos.

Ricardo Kotshcho

R$ 300 mil para servir ao público

Caro navegante : por que será que um funcionário público de São Paulo pagaria R$ 300 mil para servir ao público ?
Por quê?

Como é que ele conseguiria pagar essa “luva” de R$ 300 mil se, como se sabe, José Pedágio paga os salários mais baixos do Brasil a seus policiais?

PSDB? Pago o Salário mais Baixo do Brasil …

Quanto vale uma delegacia no Morumbi ?

Nos Jardins ?

No aeroporto ?

Como se calcula o valor de uma delegacia ?

Pelo número de shopping centers na área ?

Pelo número de agências bancárias ?

Quanto vale a delegacia que zela pelos clientes da Daslu ?

É um case de Harvard, da GV, do IBMEC: calcular o valor de uma delegacia.

E se for o Denarc, que, se fechado, seria o melhor que aconteceria ao combate ao narcotráfico em São Paulo, segundo o especialista na matéria, o Abadía …

O eficiente economista José Pedágio saberia fazer esse cálculo, com o que aprendeu nos múltiplos cursos de especialização que fez no Chile e nos Estados Unidos ?

Trata-se de uma política deliberada de privatização ?

A privatização da Polícia de São Paulo ?

O Conversa Afiada insiste na tese.

A diferença entre a Polícia do Rio e a de São Paulo é simples.

A Polícia do Rio, onde há muita corrupção, mesmo assim enfrenta o crime, especialmente o crime organizado.

Sobe o morro e troca tiros.

Em São Paulo, a Polícia é sócia do PCC, que domina o crime organizado de dentro da cadeia.

E essa é outra contribuição da Chuíça à cultura ocidental: o crime se organiza e se articula DENTRO das cadeias da Chuíça …

Paulo Henrique Amorim

Corregedor playmobil

Esse, sim, é um sujeito digno de ocupar a cadeira do Edmar. E olha que é a Folha quem está falando do patrimônio do playmobil. Aprendeu tudo com o avô. Quem sai aos seus não se regenera.
Sanzio

DEMO indica ACM Neto para a corregedoria da Câmara.

Neto do senador morto Antônio Carlos Magalhães (DEMO), ACM Neto, 30, chegou ao Congresso em 2003. Ganhou fama no caso do mensalão, em 2005, quando foi um dos parlamentares de oposição mais atuantes na CPI dos Correios. Em quase dez anos de vida pública, ACM Neto construiu uma pequena fortuna, fazendo saltar o seu patrimônio de R$ 57 mil, em 2000, para R$ 1,64 milhão, em 2008. Ele disse não temer ter a vida devassada se virar corregedor: “Se tivesse, não me candidataria”.

PT - contra juros altos

A direção nacional do PT, ao comemorar, ontem, o seu vigésimo nono aniversário, aproveitou para criticar mais uma vez as altas taxas de juros praticadas no País e pediu ao Banco Central uma flexibilização da política monetária.

Em uma análise informal da situação brasileira, reconheceram que o governo Lula vem se portando de maneira adequada diante da crise financeira internacional. 

O PT sempre criticou os juros altos, fazendo restrições à política monetária do Banco Central. 

Os dirigentes do PT não fazem qualquer restrição a Dilma Rousseff. Pelo contrário, consideram que sua candidatura para a sucessão presidencial em 2010 é irreversível.

Na noite de segunda-feira, a direção do PT promoveu um debate sobre a crise financeira global e as medidas adotadas pelo governo Lula. 

Dilma Rousseff, a principal estrela do encontro, falou com desenvoltura sobre a orientação adotada pelo governo em face das crescentes dificuldades que têm surgido na economia brasileira. 

Na ocasião Dilma citou frase do presidente Lula, advertindo que "um bom governo combate a crise. Um governo excepcional aproveita as oportunidades da crise".

Coisas do PIG

Merenda escolar

É engraçado como a grande imprensa silencia sobre a roubalheira da merenda escolar de S.Paulo.

Hospitais

Nem surpreende o silêncio que baixo, na mídia, sobre a alimentação de hospitais paulistas, adquirida, sem maiores cuidados com a recuperação dos doentes.

Voz aos fracos

Lembram-me de como, nas enchentes de S.Paulo, durante o tempo de Marta Suplicy, prefeita, os flagelados pobres eram ouvidos pela televisão para que desancassem a administração pública. Agora a televisão mostra apenas automóveis e bairros de luxo alagados, sem ninguém culpar o prefeito. Muito menos o governador José Serra, candidato da grande imprensa à presidência da República.

Lustosa da Costa