Ara ketu - mal acostumado

Ara ketu - mal acostumado

A parcialidade transparente da Folha

Denúncias sobre suborno que teria sido pago a políticos e autoridades pela construtora Camargo Corrêa circulam há meses. A Folha de S.Paulo raramente as publicou na 1ª página e nunca como manchete principal, enquanto não apareceu um nome ligado ao PT. Hoje surgiu o que ela queria, o nome de Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

A FSP não só deu a principal manchete da capa do jornal - "PF suspeita de propina para irmão de Palocci" - como cometeu a ignomínia de colocar o nome do ex-ministro no título cuja matéria se refere a seu irmão. É claro que o faz com objetivos claramente político-partidários e eleitorais.

Antes de surgir um nome petista, a questão era noticiada em pequenas chamadas na capa - raramente - e normalmente mais escondida nas páginas internas. Prática seguida, principalmente, quando as graves denúncias envolvem os tucanos de São Paulo com a empreiteira, o que ocorre desde o primeiro governo Mário Covas (1995-1998).

Mesma tática no caso Alstom

A mesma tática, por exemplo, foi adotada em relação ao caso Alstom, multinacional suspeita de ter pago milhões de dólares em suborno a políticos do PSDB e autoridades do governo tucano de São Paulo desde 1995, em troca de milionários contratos com estatais paulistas.

A Alstom está sendo investigada por esses pagamentos pela justiça da Suíça e da França. E a Folha faz de tudo para esconder a participação dos tucanos nesse caso, noticiando com a máxima neutralidade, sem dar nenhum destaque ou fazer qualquer cobrança. Registra os fatos quase pedindo desculpas aos tucanos. Nome e partido dos governos em que isso ocorreu jamais são colocados nos títulos e matérias.

Já com um nome do PT, hoje, o tratamento é completamente diferente. E com uma agravante: a própria investigação da Polícia Federal (PF) deixa claro que não há nenhuma conclusão ainda e são necessárias novas investigações.

Enfim, essa é a Folha de sempre, cada vez pior...

O IBOPE É UMA EXCRESCÊNCIA

Impossível é um termo muito forte para definir qualquer grau de dificuldade.
Todavia, não há outra definição que exprima o meu sentimento de contrariedade e exacerbada repulsa ao me deparar com matéria no G1 nesta segunda, dando conta da nova pesquisa CNI/IBOPE.

Tal pesquisa, de maneira afrontosa, mentirosa e com evidentes características de manipulação aponta o Zé Serrágio em disparado crescimento nas intenções de voto. E o pior: com baixo índice de rejeição sem nada que justifique tecnicmente a situação.

(Deve ter sido pela sua possível ligação com o Mensalão dos Demos de Brasília e porque o Azeredo virou réu e se transformou, de fato e de direito, no Pai dos mensaleiros do País ou porque a viga do Robanel só destruiu cinco veículos e a enchente – sua nova aliada para destruir o Estado – matou apenas cinco pessoas em SP.)

E ainda tem o cinismo de dizer que nesse quesito (rejeição) a Ministra Dilma Rousseff ocupa o primeiro lugar.

Se fosse verdade o que o IBOPE diz – já que a encomenda dessa pseuda pesquisa pela CNI não passa de um embuste e tem a mão da própria Globo e do Zé Pedágio – 41% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum na Ministra-Chefe da Casa Civil.

É necessário um grau elevadíssimo de descaratez para afirmar que um sujeito como Serra sobe numa pesquisa nacional e que sua rejeição só faz cair.

Qualquer débio mental sabe que a verdade está na inversão dos dados.

Logo, o IBOBE/Globo/CNI/Direitona mente e manipula os números e a população.

Esse verborrágico senhor que aparece em primeiro lugar nas pesquisas do IBOPE é o mesmo que acabou com a Educação e trucidou as Polícias em São Paulo, que enche os cofres da Abril comprando-lhe tudo sem licitação e há quinze anos constroi o Robanel, a maior obra em andamento no País em matéria de desvio de recursos públicos e que vai acabar com o próprio Estado a depender do rigor das chuvas que bastam cair com ímpeto um pouco maior para dá origem a uma enchente com aspecto e efeito de tragédia.

Se vivêssemos em um país sério onde Parlamento e Judiciário fossem comprometidos com os valores éticos e morais e se fizessem respeitar, algo já teria sido feito para enquandrar essa vil organização de pesquisa.

O que ela faz com os números não tem uma definição que a qualifique.

Pode-se imaginar o que esse daninho instituto não fará até a eleição presidencial e se chegará o dia em que dará a Ministra Dilma como primeira colocada nas intenções de voto.

Tenho o pressentimento de que isso jamais ocorrerá.

Dilma Rousseff será eleita presidente ainda em primeiro turno sem que o IBOPE e a Globo a reconheçam como tal.

Até a boca de urna deles apontarão a vitória de Zé Pedágio...

Issso se ao menos ele for candidato.

O IBOPE é igual ao PIG. Não merece ser levado a sério.
O IBOPE é uma excrescência.

O erro da oposição

O erro da oposição não é falta de fôlego para chegada. 

O erro é do duelista desafiante que escolhe lutar com as armas que não domina bem.


Por que a oposição não defende mais suas teses de tamanho de estado, choque de gestão, privatização? Porque seus principais governadores não lograram bons resultados para defenderem junto à população (tarifas caras como pedágios, aumento de impostos, via substituição tributária em plena crise, políticas estaduais de fomento e de geração de empregos tímidas, etc.


Acreditaram que dominavam melhor o discurso udenista da ética. Mas aí já foi aposta de alto risco. À medida que as cartas foram sendo colocadas na mesa, os episódios do Rio Grande do Sul, da Paraíba, o recuo diante da reação do PMDB de Sarney, outros escândalos menos famosos localizados, e finalmente o do DF, mostraram que as cartas que tinham na mão eram bem piores do que as do governo.


A CPI da Petrobras foi um erro craso. É uma das empresas mais transparentes e fiscalizadas do mundo, inclusive por comissões do próprio Congresso. Não havia razão objetiva para uma CPI. A oposição contava com factóides que seriam repercutidos na imprensa. Na era da internet, um simples blog corporativo da empresa se encarregou de desfazer os factóides, respondendo ponto a ponto as acusações com total transparência.

Duarte

HOJE ME BATEU UMA SAUDADE

Já são três meses sem a tua presença.
Há noventa dias ficamos órfãos do teu sorriso.
Você se foi mas deixou esta saudade que insiste em doer aqui dentro da gente.
E hoje ela bateu forte, me apertou o peito e axacerbou a minha tristeza. Mas eu não reclamo por isso.

Parece que a lacuna deixada com a tua ausência não se fecha nunca.
Que aquele dia nem ao menos existiu – já que o que deveria ser um sonho é uma realidade da qual não se pode fugir – mas ao mesmo tempo parece que ele ainda não acabou.
Que a luz da tua estrela continua a irradiar luz em nossas vidas,
E continua mesmo!!!
Porque para mim – e para todos que te conheceram e te amaram – tu continuas a viver.
Tu vives na nossa memória. E a nossa alma vivifica a tua de maneira permanente.
Porque “a memória acende a luz que a morte apaga”.
Por isso a tua luz permanecerá acesa para nos auxiliar a vermos no crepúsculo o Caminho da Verdade que nos leva à Vida em plenitude.
Não quero lhe causar incômodo nem que sofras se sofremos esta saudade.
Ela é um sentimento natural causado pela perda de quem se ama.
Se bem que eu acho que nós não te perdemos.
Nós a penas percebemos que partistes precoce e inesperadamente, sem aviso algum.
Mas sabemos onde estás.
Se caso puderes pedir algo àquele que te levou com Ele, pedes força e luz para aquela que te gerou no seu ventre.
Para que ela viva longamente a fim de que outras pessoas que dela tanto necessitam continuem também a viver.
Mas não peça para aliviar em nós a saudade de ti, pois ela é o combustível que alimenta a lembrança.
Por que queremos manter acesa entre nós a tua luz para que seja imorredora na nossa a tua memória, Leonardo Mota Araújo.

Esteja em paz

O exercicio do Outro

Quando estão tomando seu café no único bar de Saint-Savin, seu amigo lhe pergunta se conhece o filósofo Bozorgmehr. Pilar acena negativamente com a cabeça.

- É um velho místico iraniano, e costumava dizer:

"Eu já estive diante de muitos inimigos, mas nenhum deles foi mais difícil de derrotar, que o inimigo que carrego dentro de mim".

"Já lutei com muitos rivais, mas os piores foram aqueles que se diziam meus amigos".

"Já comi muitas coisas deliciosas, e já me apaixonei muito, mas a melhor coisa que me aconteceu foi ter uma saúde boa".

"Já fui atacado e ferido muitas vezes, mas os ferimentos mais dolorosos vieram da boca de pessoas que considerava nobres".

Faz uma pausa.

-Você conhece o exercício do Outro? Ele faz parte de uma história escrita há cem anos, cujo autor...

- Esqueça o autor, e me conte a história - pede, enquanto andam pela única praça de Saint-Savin.

- Um sujeito está em um bar com o seu grupo, quando entra um velho amigo, que vivia tentando acertar na vida, sem resultado.

"Vou ter que dar uns trocados para ele", pensa.

Acontece que, naquela noite, o tal amigo está rico, e veio expressamente para pagar todas as dívidas que havia contraído no decorrer dos anos.

Além de reembolsar os empréstimos que lhe foram feitos, ele mandar servir uma rodada de bebida para todos. Quando lhe indagam a razão de tanto êxito, responde que até dias atrás estava vivendo o Outro.

- O que é o Outro? - perguntam.

- O Outro é aquele que me ensinaram a ser, mas que não sou eu. O Outro acredita que a obrigação do homem é passar a vida inteira pensando em como ter segurança para não morrer de fome quando ficar velho. Tanto faz planos, que só descobre que está vivo quando seus dias estão quase terminando.

- E você, quem é?

- Eu sou o que qualquer um de nós é, se assim desejar: uma pessoa que se deslumbra diante do mistério da vida. Só que o Outro, com medo de decepcionar-se, não me deixava agir.

- Mas existe sofrimento - dizem as pessoas no bar.

- Ninguém escapa do sofrimento. Por isso, é melhor perder alguns combates na luta por seus sonhos, que ser derrotado sem sequer saber por que você está lutando.

"Quando descobri isto, acordei decidido a ser o que realmente sempre desejei. O Outro ficou ali, no meu quarto, me olhando. No começo, não aceitou sua condição, e vivia insistindo para voltar a possuir minha alma. Mas eu não o deixei mais entrar - embora tenha procurado me assustar algumas vezes, me alertando para os riscos de não pensar no futuro. A partir do momento em que expulsei o Outro da minha vida, a energia Divina operou seus milagres".