Senado aprova estatuto sem incluir cotas para negros
Agenda do tucano José Serra no Piauí
Tucademo a caminho da cova
Continuam insistindo nesta farsa mal armada do tal dossiê contra o dito cujo.
Aquele dossiê que qualquer um encontra de graça pesquisando no Google.
Mas, sabemos que a realidade é que a tucademopiganalhada tá é aplicando uma vacina contra o livro do jornalista Amaury, sobre as privatarias patrocinadas pelo desgoverno FHC.
Continuem seguindo este caminho. É o mais curto para a derrota em outubro ser inda mais fragorosa, humilhante.
Podem espernear, é um direito que lhes assiste.
Corja!
O feitiço de Sarney
O Maranhão é o quarto secreto onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esconde, como Dorian Gray, uma resistente decrepitude moral de seu governo. Assim como o personagem da obra de Oscar Wilde, Lula se mantém jovial e brilhante para o Brasil e o mundo, cheio de uma alegria matinal tão típica dos vencedores, enquanto se degenera e se desmoraliza no retrato escondido do Maranhão, o mais pobre, miserável e desafortunado estado brasileiro. Na terra dominada por José Sarney, Lula, o anunciado líder mundial dos novos tempos, parece ser vítima do feitiço do atraso.
Dessa forma, em nome de uma aliança política seminal com o PMDB, muito anterior a esta que levou Michel Temer a ser candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, Lula entregou seis milhões de almas maranhenses a Sarney e sua abominável oligarquia, ali instalada há 45 anos. Uma história cujo resultado funesto é esta sublime humilhação pública do PT local, colocado de joelhos, por ordem da direção nacional do partido, ante a candidatura de Roseana Sarney ao governo do estado, depois ter decidido apoiar o deputado Flávio Dino, do PCdoB, durante uma convenção estadual partidária legal e legítima, por meio de votação aberta e democrática.
Esse Lula genial, astuto e generoso, capaz de, ao mesmo tempo, comandar a travessia nacional para o desenvolvimento e atravessar o mundo para evitar uma guerra nuclear no Irã, não existe no Maranhão. Lá, Lula é uma sombra dos Sarney, mais um de seus empregados mantidos pelo erário, cuja permissão para entrar ou sair se dá nos mesmos termos aplicados à criadagem das mansões do clã em São Luís e na ilha de Curupu – isso mesmo, uma ilha inteira que pertence a eles, como de resto, tudo o mais no Maranhão.
Lula, o mais poderoso presidente da República desde Getúlio Vargas, foi impedido sistematicamente de ir ao estado no curto período em que a família Sarney esteve fora do poder, no final do mandato de Reinaldo Tavares (quando este se tornou adversário de José Sarney) e nos primeiros anos de mandato de Jackson Lago, providencialmente cassado pelo TSE, em 2009, para que Roseana Sarney reocupasse o trono no Palácio dos Leões. Só então, coberto de vergonha, Lula pôde aterrissar no estado e se deixar ver pelo povo, ainda escravizado, do Maranhão. Uma visita rápida e desconfortável ao retrato onde, ao contrário de seu reflexo mundo afora, ele se vê um homem grotesco, coberto de pústulas morais – amigo dos Sarney, enfim. Logo ele, Lula, cujo governo, a história e as intenções são a antítese das corruptas oligarquias políticas nacionais.
Lula, apesar de tudo, caminha para o fim de seus mandatos sem ter percebido a dimensão da imensa nódoa que será José Sarney, essa figura sinistramente malévola, no seu currículo, na sua vida. Toda vez que se voltar para o mapa do país que tanto vai lhe dever, haverá de sentir um desgosto profundo ao vislumbrar a mancha difusa do Maranhão, um naco de terra esquecido de onde, nos últimos 20 anos, milhares de cidadãos migraram para outros estados, fugitivos da fome, do desemprego, da escravidão, da falta de terra, de dignidade e de esperança. Fugitivos dos Sarney, de suas perseguições mesquinhas, de sua megalomania financiada pelos cofres públicos e de seu cruel aparelhamento policial e judiciário, fonte inesgotável de repressão e arbitrariedades.
Contra tudo isso, o deputado Domingos Dutra, um dos fundadores do PT maranhense, entrou em greve de fome no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Seria só mais um maranhense a ser jogado na fome por culpa da família Sarney, não fosse a grandeza que está por trás do gesto. Dutra, filho de lavradores pobres do Maranhão, criou-se politicamente na luta permanente contra José Sarney e seus apaniguados. Em três décadas de pau puro, enfrentou a fúria do clã e por ele foi perseguido implacavelmente, como todos da oposição maranhense, sem entregar os pontos nem fazer concessões ao grupo político diretamente responsável pela miséria de um povo inteiro. Dutra só não esperava, nessa quadra da vida, aos 54 anos de idade, ter que lutar contra o PT.
Assim, Lula pode até se esquivar de olhar para o retrato decrépito escondido no quarto secreto do Maranhão, mas em algum momento terá que enfrentar o desmazelo da figura serena e esquálida do deputado Domingos Dutra a lembrá-lo, bem ali, no Congresso Nacional, que a glória de um homem público depende, basicamente, de seus pequenos atos de coragem.
Ame-a
Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se. O sábio escutou, olhou-o-lho nos olhos e lhe disse apenas uma palavra: -\"Ame-a!\" - e logo se calou. -\"Mas já não sinto nada por ela...\" -\"Ame-a!\" - disse-lhe novamente o sábio. E diante do desconserto do senhor, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: -\"Amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo, e o fruto dessa ação é o AMOR. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado, pois haverão pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o. Isso tudo... Ame Recebido por e-mail |
Rosa Solitária
Muito bela, de um vermelho vivo e formas exóticas, a flor exalava um perfume amargo e assim repelia qualquer inseto ou ave.
Daí deduzir que o que tinha de beleza era compensado na estranha mistura de encantar e repelir os que dela tentassem se aproximar.
Suas hastes longas e também exóticas tinham grandes espinhos, e por serem venenosos, nenhum animal chegava perto dela.
No entanto, de tão solitária, a rosa tinha pouco tempo de felicidade. Os dias passavam sem novidades, então ela começou a ficar completamente triste, e assim os dias iam seguindo.
Mas, por ironia, apesar da tristeza tamanha que a consumia, ficava cada dia mais bela ainda.
Longe, mas por ela podendo ser ouvido, um beija-flor que passava perguntou se ela não queria ninguém por perto porque, mesmo triste, ela continuava bela.
A rosa respondeu que a beleza e perfeição eram da sua natureza e logo trariam para ela o que mais queria.
- E o que você espera, posso saber ?
- Espero alguém à minha altura, perfeito e belo como eu, sem defeitos.
E, calado, o pássaro voltou a voar pelo céu.
Um dia, passando pelo mesmo jardim, viu a rosa murcha a se despedir da vida. Toda beleza sumira e seus olhos não mais acalentavam esperança.
Murchou até ficar seca e feia e por fim morreu.
Triste, o pássaro concluiu :
- Pobre rosa, não conheceu a amizade e sim a ilusão da perfeição que para ela foi uma jaula e não a libertação.
- Não existe perfeição e sim a arte de convivermos harmonizando virtudes e defeitos.
(Escritor)