HOJE, FUTEBOL


por Carlos Chagas

Não dá para resistir à tentação de,   por um dia,  trocar a política pelo futebol. Iniciativa até profilática, na medida em que determinadas observações sobre o que vai acontecendo nos gramados da África do Sul poderão servir de lição para o que se passa no Congresso, nos partidos e na sucessão presidencial.

Já reparou o leitor que pelo menos até agora estão se classificando os selecionados dos países da América Latina? México, Uruguai, Argentina, Paraguai, Brasil e Chile vão vencendo, ficando apenas Honduras no rol dos perdedores.

Por que? Pode ser que as próximas disputas venham a desmentir essa tentativa de interpretação, mas,   por quanto, porque os selecionados  referidos são puros. Puros? Sim, sendo todos os craques,  sem exceção, cidadãos das próprias nações, mesmo em maioria atuando em clubes estrangeiros.  Situação bem diferente de times como França, Inglaterra, Suíça,  Alemanha e outras, polvilhadas de jogadores naturalizados cidadãos dos países onde jogam. Não se trata de uma questão de raça nem de cor, mas apenas de raízes. O africano que disputa a copa com  camisa diferente daquela  de sua terra natal carece de  força interna capaz de fazê-lo empenhar-se no limite de sua resistência. Falta-lhe garra.  Aliás, esse raciocínio também deve valer para brasileiros bissextos que viraram portugueses, japoneses e  alemães por questões comerciais. Jamais se livrarão,  os que abandonaram sua cidadania natural, da pecha de mercenários. Pensarão primeiro na própria carreira, até com razão.

Outra observação a registrar situa-se nessa espécie de imperialismo europeu que tem prevalecido nas copas do mundo. Basta ver, nas eliminatórias travadas nos diversos continentes, o número de vagas oferecidas. Para a América do Sul, apenas quatro, mais uma da repescagem. Para a Europa, treze. Como esquecer que até uma ilha perdida entre a Dinamarca e a Suécia entrou na disputa? Sem falar que Gales e Escócia só não se classificaram, junto com a Inglaterra,  por fraqueza de seus times,  apesar de constituírem a  mesma pátria.  Está na hora de as Américas  reivindicarem mais espaço, assim como a África e até a Ásia. Ou, pelo menos, exigirem a redução dos espaços europeus. Afinal, o fato de terem inventado o futebol não os credencia ao exercício de nenhuma ditadura esportiva.

Quando presidente da Fifa, bem que João Havelange promoveu sensíveis mudanças, a começar pela inclusão da África na competição, mas não conseguiu vencer a organização do imperialismo europeu. Pode ser que o próximo presidente, em 2014, venha de algum país afastado do Velho Mundo.

Tem mais, como adendo. Há  países europeus, até mais de um, nos oito grupos que disputam a copa. Faltam latino-americanos em três.

Antes da partida final, não vamos cometer a ingenuidade de supor os europeus fora da conquista da taça. Falta muito jogo. Mas, ao menos até agora, qual o continente que mais se destaca? Por coincidência o mais prejudicado, apesar de estar  apresentando o melhor futebol.

Bem que alguns partidos políticos de nossa atualidade poderiam organizar-se para superar a prevalência do PMDB, por disporem de doutrina,  ideologia e  objetivos muito superiores à atual federação de interesses pessoais em que se transformou o maior partido nacional. Possível sempre será.

Exercícios para cérebros enferrujados

De aorcdo com uma peqsiusa   


de uma uinrvesriddae ignlsea,   

não ipomtra em qaul odrem as   

Lteras de uma plravaa etãso,   

a úncia csioa iprotmatne é que   

a piremria e útmlia Lteras etejasm   

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser   

uma bçguana ttaol, que vcoê   

anida pdoe ler sem pobrlmea.   

Itso é poqrue nós não lmeos   

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa   

cmoo um tdoo.
  

Sohw de bloa.

Leia o texto abaixo

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Encontre 2 B

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Encontra o 1

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Um barril de pólvora

O Quirguistão, uma ex-república soviética de 5 milhões de habitantes, é um centro estratégico da "guerra fria" pelo controle das fontes e rotas do petróleo na Ásia Central.

Também conhecido como Quirguizistão, Quirguízia, e oficialmente como República Quirguiz, é um país montanhoso da Ásia Central, sem saída para o mar, que tem fronteiras com a República Popular da China, Cazaquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão. Sua capital é Bichkek, antiga Frunzé.

O país conta com uma população de pouco mais de 5,35 milhões de habitantes, distribuídos em 198.500 km². Dividida de forma desigual, se concentra na capital, Bichkek, e nas zonas banhadas pelo rio Naryn e por seus afluentes.

Abriga uma base militar russa, uma base estadunidense e joga um papel vital no dispositivo de ocupação militar do Afeganistão.

Além disso, o processo de violência e de "guerra civil" desatado no Quirguistão é outra perigosa frente aberta em uma região petrolífera marcada pelos conflitos no Paquistão e no Afeganistão, que repercutem diretamente pelas fronteiras do Irã e a guerra latente no Oriente Médio.

O país integra a Organização de Cooperação de Xangai (OCS, na sigla em inglês), junto com a China, Rússia, Cazaquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.

Mas também, fazendo jogo duplo, mantém acordos com o eixo EUA-União Europeia. Recentemente, um governo pró-estadunidense foi derrubado para dar lugar a um pró-russo.

Essa situação desequilibrou a balança e a inclinou para o lado da estratégia do Kremlin, que se viu diante da possibilidade de recuperar um enclave estratégico que o "eixo ocidental" lhe havia arrebatado após a extinção da URSS.

Com o novo conflito aberto no Quirguistão, Rússia e Estados Unidos voltaram a cruzar-se perigosamente em uma região chave na disputa estratégica pelo controle dos recursos energéticos que já teve seu primeiro desenlace armado na chamada "guerra da Geórgia", em agosto de 2008.

Deslocamentos militares da Otan, a questão da instalação de sistemas de mísseis dos EUA em espaço pós-soviético, e um reposicionamento estratégico da Rússia na Abkhásia e na Ossétia do Sul, antigos territórios da Geórgia, marcam o calendário imediato de uma região de alta voltagem em termos de conflitos.

A Geórgia, ponta-de-lança da estratégia imperialista no Cáucaso, continua rodeada por aparato militar russo, enquanto que na Ucrânia (ex-aliada dos EUA) o governo está controlado por um governo pró-russo que restaurou todos os acordos estratégicos com Moscou, inclusive a permanência da base da marinha russa do Mar Negro, na Crimeia.

Ao mais puro estilo da CIA e dos serviços de espionagem ocidentais, a resposta imediata à derrubada do presidente pró-americano no Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, foram as "revoltas populares"conduzidas pelo derrubado.

Pouo a pouco a situação foi amadurecendo, e finalmente derivou para a "guerra civil" entre a maioria quirguiz (55% da população) e a minoria uzbeca (31% de uzbeques).

A "guerra civil" é uma metodologia que a CIA e os serviços ocidentais utilizam tanto para conquistar como para reconquistar territórios e governos.

A utilizaram (e utilizam) no Iraque, no Afeganistão, Paquistão, Sudão, Iêmen, Nigéria e em qualquer lugar onde existe petróleo ou recursos para depredar em nome da "guerra contra o terrorismo".

O Quirguistão é chave, não somente porque se encontra na área mais estratégica e explosiva do planeta, mas também porque representa uma área na disputa entre Rússia e Estados Unidos, com a China na fronteira.

A nova "guerra fria" entre Rússia e Estados Unidos é, antes de tudo, uma guerra econômica pelo controle de recursos estratégicos, com o petróleo e o gás como os dois objetivos fundamentais em disputa.

Trata-se de uma guerra )por enquanto fria) pelo controle das redes de oleodutos euroasiáticos, onde a China joga sua sobrevivência em aliança com a Rússia.

Além disso, na agenda militar e geopolítica do espaço asiático, Pequim, da mesma forma que Moscou, se situa no eixo oposto ao projeto estratégico imperialista ocidental, que militarizou a região euroasiática para desestabilizar as redes energéticas da Rússia, das quais a China é a principal beneficiária.

Moscou e Pequim, em aberto desafo à hegemonia imperialista, por sua vez construíram acordos militares estratégicos e consolidaram um bloco militar e econômico comum na Ásia em aberto desafio à Otan.

Como produto de uma "guerra civil" ativada pelos serviços de inteligência, o Quirguistão hoje está ardendo e em situação de catástrofe humanitária.

Nesse meio, Rússia e o eixo imperialista pelejam uma batalha silenciosa para ver quem fica com o controle do país.

Os Estados Unidos, que acabam de perder um enclave estratégico como a Ucrânia, que deveria exercer maior influência sobre a Geórgia durante a Guerra do Cáucaso, não pode se dar ao luxo de perder o Quirguistão.

E enquanto a CIA atiça a guerra interétnica, Moscou estuda estratégias para intervir militarmente no país, como se fosse uma "força de paz". Com outro dado anexo, que traz a sardinha para a brasa russa: 11% da população do Quirguistão é russa.

A rússia começa a buscar argumentos a partir da integração do Quirguistão à OCS, a "Otan" paralela da Ásia Central liderada por Pequim e Moscou.

De qualquer maneira, o massacre interétnico já abriu outra frente de conflito na estratégica zona do "triângulo petrolífero", que envolve a Eurásia e o Oriente Médio e contém mais de 70% das reservas energéticas mundiais.

Este é o ponto central que esconde o massacre manipulado que a mídia do sistema apresenta como uma "guerra de etnias", entre quirguizes e uzbecos.

Encontra o 6

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