Passado e futuro

Trava-se singular embate no PSDB, pela conquista da liderança a conduzir o partido daqui para a frente. De um lado estão Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Tasso  Jereissati e outros derrotados, falando em redirecionar o partido.  De outro, também empenhados na reconstrução, mas vitoriosos nas urnas, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e  Beto Richa.


Tudo indica que os artífices do futuro não serão os cultores do passado, mas garantir, ninguém garante. Ficou provado que bater no Lula não dá dividendos. Nem votos, pelo menos em número suficiente para ganhar eleições.

Carlos Chagas

Prince


***Purple Rain "Original Movie edit" *
P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

A luta do século passado


Muhammad Ali vs George Foreman


P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

inVeja nem adulando tem quem queira

Não tem preço ouvir a inVeja adular para ser lida 
P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

Carta aos jovens jornalistas

Existem momentos, raros, na vida de todos nós, em que o tempo parece interromper-se.
O que era, deixou de ser.
O que será, ainda não é.
O passado terminou e o futuro  não começou.
O presente, assim, adquire as características do eterno.
As formaturas exprimem esses momentos.
Ao entrar neste auditório, vocês deixaram de ser alunos da UNB.
Quando saírem, depois de diplomados, serão jornalistas, publicitários, cineastas - enfim, comunicadores sociais.
Importa, então, aproveitar estes instantes eternos para, pela última vez,  em conjunto, praticarmos aquilo que alunos e professor praticaram nos últimos anos.
Vamos continuar questionando.
Vamos cultivar a dúvida.
Vamos erodir as teorias.
Vamos contestar os mitos.
Vamos  implodir os modelos.
Vamos desfazer verdades absolutas.
Porque esta é a função primeira do jornalismo:
Opor os fatos às ilusões.
No exercício de nossa profissão, do princípio ao fim,  nosso trabalho pode ser pautado pela realidade.
É ela o Deus que devemos adorar.
As ilusões, as verdades absolutas, os modelos, os mitos e as teorias, são o demônio que precisamos  exorcizar.
Comecemos pelo nosso próprio mundo, a universidade.
Ao contrário do que muitos pretendem,  a universidade não é uma simples matriz produtora de mão de obra para a sociedade.
Jamais, apesar  das tentativas, a universidade será reduzida a um forno produtor de pão para o banquete das elites.
É claro que  vocês se prepararam para trabalhar nos jornais, nas revistas, no rádio, na televisão, nas agencias de notícias e nas assessorias de imprensa.

Vocês estão preparados para ingressar nesse estranho universo cibernético de sites, blogs, e-mails, portais e equivalentes.
No entanto, muito mais do que preparados para ganhar salários  nessa variada gama de atividades e de serviços, vocês estão preparados para questioná-los.
Vocês estão em condições de renová-los, reformá-los e até, se preciso for, de revolucioná-los.
Porque uma universidade não é uma instituição destinada a servir aos detentores do poder, seja esse poder político, econômico, sindical, esportivo, artístico ou cultural.
Uma universidade existe para contestar o  mundo á sua volta.
Até para rejeitá-lo, repelí-lo e modificá-lo.
Uma universidade também existe para revolver as entranhas do mundo situado dentro de nós  mesmos.
Significa, uma universidade, um centro permanente de não aceitação de postulados, programas, doutrinas e ideologias de qualquer espécie.
Somos,  por isso, uma fonte inesgotável de resistência ao que acontece à nossa volta.
Um arquipélago de divergências em  meio a um oceano de dúvidas.

Será preciso, assim, de humildade para compartilharmos essa última trincheira de resistência, esse derradeiro refúgio da liberdade.
No ano de 1900, na sorbonne, o mais famoso dos  catedráticos de física, o professor Lipmann, iniciava sua aula inaugural dizendo-se com dó de seus alunos.
Com pena deles porque haviam decidido estudar física.
Porque a física, dizia o  catedrático, já estava pronta, acabada, definida e empacotada. Nada  mais  haveria a descobrir e a pesquisar.
Pobre professor Lipmann, que para sorte dele morreu antes de saber da existência de Einstein e da teoria da relatividade, da física quântica e de quanta fascinação veio e continuará a vir.
Não é a oportunidade, agora, mas não resisto à tentação de questionar a mais nova  das verdades absolutas, o  mais cruel dos  mitos  de nosso tempo,  a chamada  globalização.
Para uns tantos  ingênuos e outro tanto de malandros, globalização significa o fim da história.
Depois da globalização não existe mais  nada.
Argumentam esses patetas a prevalência absoluta do capitalismo, só porque o dinheiro consegue circular de um extremo a outro do planeta em questão de segundos, num digitar de teclas.
Carlos Chagas
P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

Delfim Netto: ‘Ajuda da economia mundial terminou’

O professor Delfim Netto acha que Lula entrega para Dilma Rousseff um governo melhor do que aquele que recebeu de FHC.

 

Com uma diferença: "A ajuda que o crescimento da economia mundial deu ao período Lula está terminando ou já terminou".

 

O professor avalia que, sob Dilma, "o equilíbrio fiscal é fundamental". Esgotaram-se "todos os truques possíveis", disse Delfim. Acha que Lula e Dilma sabem disso.

 

Em entrevista aos repórteres Ivan Martins e José Fucs, o ex-cazar do milagre econômico da ditadura, que Lula converteu em conselheiro informal, declara-se otimista.

 

A conversa foi levada às páginas de Época. Delfim expôs diagnóstico e terapia. Soou em termos muito parecidos com os que vem sendo expostos por Dilma.

 

Abaixo, algumas das observações de Delfim:

 

 

– Conjuntura internacional: "A Dilma recebe um governo muito melhor do que Lula recebeu. Com uma diferença: Lula pegou o governo quando vinha ventania de popa. Dilma vai receber o governo com ventania de proa. A ajuda que o crescimento da economia mundial deu ao período Lula está terminando ou já terminou.

 

– Consequências do novo cenário: "Você vai precisar de muito mais força do mercado interno se quiser manter seu ritmo de crescimento para continuar a distribuir renda. O Brasil precisará em 2030 dar emprego de boa qualidade a 150 milhões de sujeitos entre 15 e 65 anos. Você não vai fazer isso exportando alimentos e minerais. Por mais complexas que sejam essas cadeias, você precisa de uma economia de serviços e industrial. Uma economia competitiva. Todas as políticas precisam incentivar a competição. Aliás, observem o que a Dilma disse sobre as agências reguladoras. Ela disse que gente competente será nomeada porque nós precisamos garantir a competição. Competição é o nome do jogo.

 

– Política fiscal: "Houve pequenos desvios na política fiscal em 2009 e 2010, mas há um grande exagero na crítica dos economistas que falam em desastre fiscal. [...] A verdade é que não há desequilíbrio fiscal gigantesco no Brasil. Lula e Dilma sabem que o equilíbrio fiscal é fundamental. Eles sabem que a relação entre a dívida pública e o PIB é um fator importante quando se quer reduzir a taxa de juros real.

 

– Estratégia para baixar os juros: "É preciso coordenar a ação fiscal e monetária. Você tem de dar ao Banco Central o conforto de que o combate inteiro à inflação não vai ficar apenas na mão dele. O papel dele é construir, como construiu, uma expectativa de inflação estável. Mas o governo tem de sinalizar com clareza que vai reduzir a relação entre dívida e PIB daqui para a frente.

 

– Superávit primário: "Na verdade, você esgotou todos os truques possíveis. Se disser que vai aumentar o superávit primário aumentando a tributação, vai dar tudo errado. Mas reduzir a dívida implica o seguinte: os salários, os benefícios, os programas de redistribuição do governo, que são e foram fundamentais, terão de crescer ligeiramente menos que o PIB. De tal forma que se abra espaço para o investimento público. No passado, a carga tributária era de 24%, e o Brasil investia 4% do PIB. Hoje, a carga tributária é 36%, e o Brasil investe 1,5%.

 

– Poupança interna:  "[...] Temos de criar mecanismos de criação de poupança interna de longo prazo. E o Brasil tem uma vantagem em relação a isso: o mais sofisticado sistema financeiro de qualquer país emergente. O sistema financeiro brasileiro compete com o inglês e com o americano. Não tem comparação possível nem com o alemão. O Brasil está hoje no radar de 140 países e de 1,4 milhão de sujeitos que constituem seus portfólios com o real dentro".

 

– Câmbio e juros: "É ilusão imaginar que você pode controlar o câmbio quando existe esse diferencial de taxa de juros em relação aos outros países. O Brasil é hoje o único peru com farofa disponível na mesa do mercado internacional. Por isso o dinheiro vem para cá. Não é possível controlar o câmbio com medidas fiscais, como a elevação do IOF. O ministro (da Fazenda) Guido Mantega sabe disso. Ele elevou o IOF em legítima defesa, porque a valorização cambial está destruindo um sistema sofisticadíssimo de produção que foi construído ao longo dos anos. Mas, para resolver a situação de forma duradoura, teremos de caminhar para uma taxa de juro real de 2% ou 3%. Isso é fundamental. Quando tivermos essa taxa, não vai mais ser preciso se preocupar com o câmbio.

 

– FHC X Lula: "A ideia de que o mundo começou em 2003 é falsa, mas quem ajudou a fazer isso foi o PSDB. Ele é o maior inimigo do Fernando Henrique. O PSDB morre de inveja dele. Não consegue conviver com seu sucesso. Foi isso que ajudou o Lula a desconstruir FHC. Quando eles tentaram recuperar, já era tarde. [...] Se você olhar, vai perceber que a privatização foi feita em estado de emergência. O Estado estava quebrado, precisava de dinheiro. E não há nenhuma privatização que não tenha produzido efeitos extraordinários. Mas o PSDB não foi capaz de defender as coisas mais importantes feitas por Fernando Henrique".

 

– O Plano Real: "Foi uma pequena joia. Ter congelado a distribuição de renda sem que as pessoas tivessem entendido, ter liberado os preços, ter construído todo um equilíbrio no tricô e depois liberado tudo e ele continuar como estava. Foi uma coisa brilhante, um dos mais extraordinários planos de estabilização já construídos. Negar esse fato é uma estupidez".

 

  por Josias de Souza

A verdade sobre a CPMF

Volta a discussão o tema da CPMF, na verdade, o assunto em debate é como financiar a Saúde Pública, já que a privada vai bem e obrigado – tem até isenção de impostos e devolução do IR a partir do que se paga com o seguro saúde e a medicina de grupo. 

Os governadores querem rediscutir o imposto do cheque como foi chamado a CPMF no início e isto inclui situação e oposição. 

A exceção do governador eleito de Minas, Antonio Anastásia, que defende a volta da CPMF para financiar a saúde, e de Geraldo Alckmin, que para variar está em cima do muro, os demais governadores da oposição se dizem contrários, mas é tudo jogo de cena, pois, no fundo todos têm problemas na área de saúde e precisam de recursos para implementar melhorias. Mas o que quero destacar aqui é a verdadeira história do fim da CPMF, que retirou do governo cerca de R$ 40 bilhões de arrecadação no auge da crise de 2008-09. Essa verdade fica escondida, porque nossa mídia faz jogo de palavras e números para provar que não precisamos da contribuição para a saúde, e esconde a verdadeira causa da extinção da CPMF, obra da Fiesp, da própria mídia e da oposição, com o DEM à frente. Continua>>>
P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG