Se Osama Bin Laden estivesse no Brasil

[...] por Carlos Chagas

Vamos supor, só para argumentar, que em vez de descoberto, vigiado e assassinado na cidadezinha de Abbotabad, próximo da capital, Islamabad, Osama Bin Laden tivesse sido detectado em Ceilândia, perto de Brasília. Ou em Petrópolis, a um pulo do Rio. Quem sabe em São Bernardo, ao lado de São Paulo? Possíveis essas hipóteses seriam, dadas as redes de  proteção que hoje  favorecem os bandidos em todo o planeta.

Teriam feito o quê, os Estados Unidos? Não se duvide, a mesma coisa que acabam de fazer no Paquistão: montariam em segredo excepcional esquema de vigilância, organizariam uma equipe de assalto e, depois da execução e do sumiço do cadáver, diriam-se desconfiados do apoio do Brasil ao inimigo público número 1 da Humanidade. Para justificar a quebra da soberania brasileira e o sigilo da operação, nada como lançar depois o boato da  cumplicidade de grupos locais, até integrantes do  governo. Por isso Dilma Rousseff não teria sido avisada...

Não se trata do  teatro do absurdo, mas de um real e  abominável  expediente capaz de confirmar Nietsche e seus seguidores:  verdadeira é a versão do  mais forte. Ético, justo e até bonito é o vencedor, importando menos quantas leis internacionais possam ter sido  quebradas.

JOGO SUJO
Fica evidente a relação de causa e efeito entre a “operação Bin Laden” e a sucessão  presidencial americana. Porque se desde 2009 a CIA tinha detectado a presença de Osama Bin Laden  próximo da capital do Paquistão, porque só agora desencadeou-se a operação para o seu assassinato? Justo na hora em que despencava a popularidade do presidente  Barack Obama e quando parece prestes a se abrir a temporada sucessória nos Estados Unidos?

Nossas oposições e seus porta-vozes na mídia acabam de desencadear intensa campanha contra o Lula. Divulgam o quanto aumentou, em 2010, a distribuição de publicidade governamental, assim como quantas obras do PAC foram anunciadas nos meses anteriores  à eleição de Dilma Rousseff. Chegam a ligar a perspectiva de aumento da inflação ao comportamento do ex-presidente na campanha, enquanto acham plenamente justa a manobra de Obama para pleitear um seguindo mandato.

Blog do Charles Bakalarczyk

Blog do Charles Bakalarczyk

A vitória gremista de 3X2 no grenal do domingo passado tem provocado profundas reflexões nas mentes gaudérias.Principalmente naqueles ...

Curso

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Conteúdo do Curso
• Apresentação
• 1 - Unidade 1 - A História do Bonsai
• 1.1 - História do Bonsai
• 1.2 - A arte do Bonsai
• 1.3 - Estilos de Bonsai
• 2 - Unidade 2 - Cultivo e Plantio do Bonsai
• 2.1 - Local ideal para o seu cultivo
• 2.2 - Escolha do vaso
• 2.3 - Conhecimento das variedades
• 2.4 - Plantio
• 3 - Unidade 3 - Cuidados com Bonsai
• 3.1 - Irrigação
• 3.2 - Adubação e Ph
• 3.3 - Substrato
• 3.4 - Drenagem
• 3.5 - Ferramentas
• 3.6 - Poda
• 3.7 - Pragas e Doenças
• 3.8 - Comércio de Bonsais no Brasil 

Loja virtual

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O grande desafio da compra virtual é tentar durante o processo de venda conseguir criar uma atmosfera para que o cliente possa sentir o máximo possível das experiências que existem em uma compra no plano real. Com isso são criados vários diferencias para facilitar essa transposição de fatores sensoriais, por exemplo, vitrines personalizadas, provadores virtuais, exibição de conteúdo com o perfil e inúmeras outras formas que existem ou ainda existiram....Leia mais>>>

por Pedro Porfírio

[...] O analfabeto político tem muito a ver com o controle do poder pelos picaretas


O problema é a despolitização do povo, essa tendência estimulada de virar as costas para a política

"Os podres poderes fortalecem os argumentos pela indiferença e o não envolvimento na política. É o moralismo abstrato e ingênuo que oculta a ignorância e dissimula a leviandade egoísta dos que não conseguem pensar para além do próprio bolso. O analfabeto político não sabe que sua indiferença contribui para a manutenção e reprodução desta corja de ladrões que, desde sempre, espreitam os cofres públicos, prontos para dar o golpe à primeira oportunidade que surja. Os analfabetos políticos não vêem que lavar as mãos alimenta a corrupção".No passado, escravizava-se com grilhões nas senzalas. Hoje, a moderna tecnologia estabeleceu formas sofisticadas de escravidão - o uso da eletrônica para mantê-lo alienado, indiferente, motivado por outras sensações.
Antonio Ozaí da Silva , escritor e Docente na Universidade Estadual de Maringá
(Artigo completo na revista
ESPAÇO ACADÊMICO, março de 2004)

 

No passado, escravizava-se com grilhões nas senzalas. Hoje, a moderna tecnologia estabeleceu formas sofisticadas de escravidão - o uso da eletrônica para mantê-lo alienado, indiferente, motivado por outras sensações.

Toda a ciência da indução é usada para paralisar os cérebros. Milhões de pessoas passaram a delegar o seu hábito de raciocinar. Não pensam. Deixam que a máquina pense por elas. E seguem seus passos, posicionam-se em função da carga de informações servidas com o sabor dos doces mais apetitosos.
Faço esse preâmbulo ao apresentar minha opinião de hoje, severa, mas incontestável: o analfabeto político é um virtual criminoso social.
Postei um vídeo no YOU TUBE e escrevo a propósito da repercussão da matéria sobre a necessidade de mobilização dos mais velhos, os alvos centrais da "otimização de custos" dos serviços públicos, aqueles que são vistos como uma ameaça social porque o aumento da expectativa de vida, algo altamente enternecedor, é apresentado com as tinturas do terror.
Muitos leitores me escreveram sugerindo que mobilizássemos para a criação de um partido de aposentados - que já existiu, sabe Deus como, até ser "comido" pelo PTB de Roberto Jefferson para somar votos e garantir os valores robustos do dinheiro público, através do Fundo Partidário.
 
Despolitização programada como grilhões da modernidade
Penso, no entanto, que a questão é mais ampla. O grande problema é a despolitização do povo, essa tendência cada vez mais ostensiva de virar as costas para a atividade política, deixando que ela seja privativa dos profissionais da lambança, da corrupção, das propinas, do exercício do mandato em causa própria.
A máquina do sistema trabalha com esse propósito, inoculando na esmagadora maioria dos cidadãos a idéia de que "todos os políticos são iguais" na prática de repetidos atos delituosos.
Com essa versão consolidada, o cidadão eleitor torna-se presa fácil da malta de políticos bandidos, destituindo-se dos critérios críticos que sinalizariam diferenças protuberantes entre mandatários.
Há ainda homens de bem na vida pública. Serão menos a cada eleição, na medida em que os cidadãos torcerem o nariz para a política ou sufragarem qualquer um, sem nenhum grau de exigência.
Pautados por uma máquina inescrupulosa de fazer cabeças, os cidadãos vão sendo dominados no esplendor de perdidas ilusões. E são cada dia levados a maiores sacrifícios, em função de sua ignorância política.
 
Pagamos por serviços privados pela insuficiência do Estado
Veja que coisa mais patética: pagamos altos tributos, em todos os níveis, para desfrutar de algumas obrigações de Estado, como educação, saúde pública e segurança. No entanto, somos forçados a enviar nossos filhos para escolas particulares, contratar onerosos planos de saúde e pagar a empresas particulares de segurança para suprir a deliberada deficiência das forças policiais.
Esses três serviços, que são da essência das responsabilidades dos governos, que representam parcelas consideráveis dos orçamentos, são hoje, paradoxalmente, os melhores negócios da atividade privada.
Os cofres das escolas e faculdades particulares estão abarrotados. Há redes de ensino superior que já ultrapassaram nossas fronteiras. A Estácio virou Estácio Participações e é controlada por fundos de investimentos através da GP Investments, com ações na Bolsa, 205 mil alunos nos cursos de Graduação e ramificações em 20 estados e países vizinhos. 
  Na área da saúde, que desfruta de um dos maiores orçamentos públicos, a qualidade dos serviços continua ruim, com algumas exceções, favorecendo a pujança dos planos privados. Aí, se aprofundarmos, as responsabilidades são fomentadas por um ambiente privatizante que seduziu a grande maioria dos médicos.
Uma oferta da Prefeitura do Rio de Janeiro, através de uma organização terceirizada, de salários que podem chegar até R$ 15 mil não tem sido suficiente para atrair a uma quantidade suficiente de profissionais. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, seus colegas rejeitam as 40 horas semanais e isso impõe uma conversa sincera, a que nos dedicaremos em outra oportunidade, esperando ter a compreensão e ajuda dos muitos profissionais da saúde que leem nossas colunas.
De qualquer forma, estamos num país que exacerba ao extremo as pretensões pessoais, como tenho dito. Numa ambiente em que a regra é o sucesso individualizado, tudo é possível. Difícil será imaginar alguém, em qualquer ramo de atividade, impregnado do espírito público, do despojamento, que faça do "compromisso social" mais do que uma linguagem do marketing empresarial.
Distorção grave vem se agravando na área de segurança. Embora existam pessoas que exercem esses serviços com a observação de certos valores morais e a convicção de que eles são indispensáveis numa sociedade em que as forças públicas não são capazes sequer de elucidar homicídios, há também outras, as que cresceram mais rapidamente, com poderosa representação política, que jogam pesado na gestão de um poder policial paralelo.
Muitas das empresas de segurança são propriedades de policiais, civis e militares, que usam terceiros, inclusive suas esposas, para escamotear sua presença. Como pode um oficial da PM ou um delegado de Polícia resolver na sua cabeça essa ambiguidade profissional?
O certo é que os Estados cobram impostos de toda natureza para nos prover de segurança. E, no entanto, como o máximo que conseguem oferecer, quando oferecem, é uma "sensação de segurança", temos de tirar do bolso para o pagamento da proteção privada, que só no Rio de Janeiro tem hoje mais de 100 mil homens, entre os das empresas legais e os informais.
Bom, tudo isso se inclui numa agenda que só será viável na medida em que tivermos capacidade de mobilizar, de unir, de politizar.
Esse desafio, exponho também no nosso ENCONTRO MARCADO do You Tube de hoje.

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Twitter

[...] a briga pelo controle

Na semana passada, o Twitter anunciou a compra do Tweetdeck, um dos clientes mais populares para acessar o serviço de microblogs. Saiu por US$ 50 milhões. É o capítulo mais recente de uma briga dura, às vezes desleal, pelo controle da segunda rede social mais popular do planeta.
A empresa Twitter não tem total controle sobre a rede Twitter. Foi essa falta de controle que permitiu à rede que crescesse. E é esta falta de controle que ameaça a sobrevivência da empresa. Existe uma outra empresa, a UberMedia, que está disputando espaço e conseguindo avançar um palmo por vez.
Quando uma empresa nasce no Vale do Silício, seu objetivo inicial jamais é fazer dinheiro. O primeiro desafio é criar uma audiência. Quem apresenta um serviço ou produto que cative muita gente consegue financiamento. Quando já está grande e encorpado, alguém procura um modelo de negócios.
Com o Twitter, também foi assim. Sua tática para crescer foi permitir a quem quisesse que lançasse aplicativos para acessar a rede. Há um grande número de clientes, com inúmeras qualidades, feitos para todo tipo de computador, smartphone e tablet. Hoje, segundo análise da Sysomos, 42% de todas as pequenas mensagens via Twitter são publicadas por aplicativos que não pertencem ao Twitter.
Assim como o Facebook, a trupe do Twitter decidiu seguir o modelo Google para fazer dinheiro: propaganda inteligente. O objetivo é apresentar tweets de vez em quando que tenham mais ou menos a ver com a conversa que os usuários estão levando. Só que há um problema: Google e Facebook têm quase que controle total de como suas redes são usadas. O Twitter, não.
A maneira mais popular de twittar é pelo site do Twitter. Ainda segundo o levantamento da Sysomos com base em 500 milhões de tweets, 35% das mensagens nascem lá. Mas 16% nascem do aplicativo UberSocial, da UberMedia.
A UberMedia pertence a Bill Gross, um empreendedor conhecido e respeitado no Vale. Foi ele quem criou o Picasa, popular software de fotografia que hoje pertence ao Google, e é o fundador da IdeaLab, uma das incubadoras mais importantes do início da internet.
Mais do que isso, Gross inventou o conceito de propaganda relacionada a busca - a ideia que fez do Google uma potência. Não é qualquer um.

A última viagem


Era tarde da noite, quando o taxista recebeu o chamado. Dirigiu-se para a rua e número indicados.

Tratava-se de um prédio simples, com uma única luz acesa no andar térreo.

Ele pensou, logo, em buzinar e aguardar. Mas também pensou que alguém que chamasse o táxi, tão tarde, poderia estar com alguma dificuldade.

Por isso, saiu do carro, foi até a porta e tocou a campainha. Ele ouviu som como de algo se arrastando, uma voz débil dizer:

"Estou indo. Um momento, por favor."

Uma senhora idosa, pequena, franzina, com um vestido estampado, abriu a porta.

Equilibrava-se em uma bengala, e, na outra mão, trazia uma pequena valise.

Ele olhou para dentro e percebeu que todos os móveis estavam cobertos com lençóis.

"Pode me ajudar com a mala?" Disse a senhora.

Ele apanhou a mala e ajudou a passageira a entrar no táxi. Ela forneceu o endereço e pediu: "Podemos ir pelo centro da cidade?"

"Mas o caminho que a senhora sugere é o mais longo", observou o taxista.

"Não tem importância", afirmou ela, resoluta. "Não tenho pressa. Desejo olhar a cidade, pela última vez.

Estou indo para um asilo, porque não tenho mais família e o médico me disse que morrerei breve."

O taxista, que começara a dar partida, desligou o taxímetro, sutilmente. Olhou para trás, fixou-a nos olhos e perguntou: "Aonde mesmo a senhora gostaria de ir?"

E ele a levou até um prédio, na área central da cidade. Ela mostrou o edifício onde fora ascensorista, quando era ainda mocinha.

Depois, foram a um bairro onde ela morou, recém-casada, com seu marido. Apontou, mais adiante, o clube onde dançou, com seu amor, muitas vezes.

De vez em quando, ela pedia que ele fosse mais devagar ou parasse em frente a algum edifício.

Parecia olhar na escuridão, no vazio. Suspirava e olhava.

Assim, as horas passaram e ela manifestou cansaço: "Por favor, agora estou pronta. Vamos para o asilo."

Era uma casa cercada de arvoredo e, apesar do horário, ela foi recepcionada, de forma cordial por dois atendentes.

Logo mais, já numa cadeira de rodas, ela se despediu do taxista.

"Quanto lhe devo?"

"Nada", disse ele. "É uma cortesia."

"Você tem que ganhar a vida, meu rapaz!"

"Há outros passageiros", respondeu ele.

E, sensibilizado, inclinou-se e a envolveu em um abraço afetuoso. Ela retribuiu com um beijo e palavras de gratidão: "Você deu a esta velhinha um grande presente. Deus o abençoe."

Naquela madrugada, o taxista resolveu não mais trabalhar. Ficou a cismar: "E se tivesse, como muitos, apenas tocado a buzina duas ou três vezes e ido embora?

E se tivesse recusado a corrida, pelo adiantado da hora?

E se tivesse querido encerrar o turno, de forma apressada, para ir para casa?"

Deu-se conta da riqueza que é ser gentil, dedicar-se a alguém.

Dois dias depois, retornou à casa de repouso. Desejava saber como estava a sua passageira.

Ela havia morrido, na noite anterior.

***

Por vezes pensamos que grandes momentos são motivados por grandes feitos.

Contudo, existem coisas mínimas que representam muito para uma vida.

O importante é estar atento, a fim de não perder essas ricas oportunidades de dar felicidade a alguém.

Mesmo que seja um simples passeio pela cidade, uma ida ao cinema, um volta pelo jardim, um bate-papo num final de tarde, atender um telefonema na calada da noite.

Pense nisso! E esteja atento para as coisas mínimas, os gestos quase insignificantes.

Eles podem representar, para alguém, toda a felicidade.