por Zé Dirceu

Governo investe no atendimento básico de saúde nos municípios

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Boas notícias no front da saúde. Talvez tão importantes para o país quanto tem sido o programa Bolsa Família. O Ministério da área acaba de anunciar várias medidas para melhorar o atendimento básico em todo o país, principalmente nas regiões mais pobres.

Entre as medidas divulgadas estão R$ 900 milhões ainda este ano que serão destinados na forma de prêmios a serem repassados aos municípios que melhorarem os indicadores de qualidade no atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Outros R$ 2,2 bilhões serão acrescentados ao orçamento de R$ 9,9 bilhões para o aumento do custeio do Piso de Atenção Básica Fixo. A intenção é aumentar o valor pago de R$ 18,00 a R$ 23,00 nos municípios mais carentes.

O Ministério deve, ainda, reformar e ampliar boa parte das atuais 36,8 mil Unidades Básicas de Saúde. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 75% delas não estão adequadas ao atendimento básico. O governo quer que essas unidades tenham, no mínimo, 230 metros quadrados de área.


Incentivo financeiro

Também haverá um aumento próximo a 5% no incentivo financeiro repassado às Equipes de Saúde da Família (ESFs). “Será criado um componente de qualidade atrelado a este incentivo, que poderá até dobrar os valores mensais pagos às EFSs”, detalhou Heider Pinto, diretor de Atenção Básica do Ministério.

Para entender melhor o mapa do atendimento básico no país, o Ministério da Saúde passou a trabalhar com vários indicadores nos municípios. Eles agora abrangem desde o PIB per capita, o percentual de pessoas na extrema pobreza, o índice de famílias beneficiárias do Bolsa Família, a densidade demográfica e o percentual de usuários de planos de saúde. E, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “a satisfação da população com os serviços oferecidos nas UBSs e também por meio das Equipes de Saúde da Família também serão um importante indicador para a definição dos repasses financeiros”.

O Ministério divulgou que já definiu a realização de um censo será realizado no país para averiguar as condições das UBSs em funcionamento. As iniciativas do Ministério merecem nossos aplausos. Não só são destinadas a quem mais precisa, como ainda lançam mão de instrumentos de gestão pública inovadores. Ao investir na melhoria do atendimento à população carente, o governo Dilma Rousseff honra seu compromisso com a sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que valoriza quem entrega o serviço na ponta.

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Artigo semanal de Delúbio Soares

GOIÁS E OS SEUS DESAFIOS
 
Nós goianos vivemos uma situação de profunda dicotomia entre a riqueza que temos e a riqueza de produzimos. Como naquela célebre imagem dos economistas, convivem entre nós aspectos sociais e econômicos da "Belíndia": a riqueza de uma Bélgica e a pobreza de uma Índia. É bem verdade que se a tradicional e sólida Bélgica continua uma nação próspera, integrante da Comunidade Europeia, a Índia já está longe de ser pobre, tendo se transformado em polo tecnológico e potência emergente no cenário da economia mundial.

Goiás é um Estado rico, aliás, riquíssimo. Se formos, sem ufanismo, mas também sem a modéstia que nos caracteriza, buscar numa contabilidade, fria e cuidadosa, enumerar e quantificar o potencial energético, mineral, agrícola, industrial e de serviços de nossa terra, temos motivos de sobra para sorrir e antever um Estado que estará, em poucas décadas, entre os cinco ou seis mais ricos do Brasil. Aí somos Bélgica pura. Porém, se buscarmos onde está o papel de indutor econômico de Goiás, a diferença que nosso Estado deveria fazer e ainda não faz no cenário econômico, político e social; se conseguirmos, enfrentando nossos próprios bloqueios e culpas, enxergar as centenas de milhares de goianos que ainda vivem se equilibrando por sobre a tênue linha que separa a miséria da simples pobreza, a fome da barriga cheia, o analfabetismo da escola de boa qualidade, o "debaixo-da-ponte" da casa própria, aí, então, meus amigos leitores, nosso sono será mais difícil e nossas consciências se defrontarão com a porção de velha Índia.

Sempre que posso viajo a diversos Municípios de nosso interior, revendo companheiros do PT, visitando amigos de toda vida, travando contatos com a sociedade civil. De empresários empreendedores à agricultores, de professores a jovens cheios de futuro. Como sempre, boas surpresas e melhores esperanças em nosso futuro. Em Caiapônia, por exemplo, no campus local da Universidade de Rio Verde, a Fesurv, fui convidado a debater com alunos e mestres a questão do pré-sal. Estaria mentindo se não declarasse minha surpresa com o que senti lá, no meio daquela gente jovem e trabalhadora, quase que majoritamente de família simples e lutadoras: o mesmo nível de estudantes universitários de São Paulo, Belo Horizonte ou Porto Alegre! Perguntas inteligentes, observações profundas, visões claras da atualidade do País e dos temas mais diversos. A mesma boa surpresa em Mineiros, na Faculdade Fama, de excelente qualidade, com professores preparados, alunos inteligentes e com inquirições e argumentos dos mais pertinentes. Lá, no interiorzão goiano, os estudantes universitários surpreendem pela qualidade intelectual e pela visão de Brasil.

E assim fui me surpreendendo com outros aspectos das cidades por onde passei rumo a Rio Verde. Riqueza, exuberância econômica, agricultura pujante, jovens inteligentes, um Goiás mudando com a força de seu povo e o potencial da terra. Então, de onde surgem as travas que ainda nos impedem de ocupar o papel que a história nos destina?

O dr. Getúlio Vargas, com olhos de estadista, sobrevoou a região do Araguaia a convite do governador Pedro Ludovico. Anteviu a riqueza e o futuro de um Estado que o deslumbrou e deixou clara a necessidade de abrir os caminhos para a interiorização do Brasil, numa marcha para o oeste, que seria, poucos anos depois, iniciada tanto por Pedro Ludovico com a construção de Goiânia quanto por JK com o advento da nova Capital.

A história de Goiás não é feita de miudezas, de rancores pessoais ou ódios políticos, de favores da União ou dependência econômica de outros Estados. Nem nosso futuro pode ser pensado com modéstia ou mediocridade, com medo e pequenez, desconhecendo essa junção magnífica de povo e terra, ambos de excelente qualidade. Por vezes penso que Goiás cresce quando uma parte de sua classe política dorme…

Tenho imensa satisfação de conversar com empresários, com intelectuais, com brasileiros de outras partes e que conhecem Goiás. Não há ocasião em que, lá no fundo do coração de matuto do Buriti Alegre, eu não me encha de orgulho e satisfação. Todos são unânimes em ver o que muitos de nós, goianos, só suspeitamos ou por pura inibição não consigamos compreender em sua totalidade: Goiás é uma das fronteiras do futuro, uma espécie de terra prometida do Brasil do século XXI!

O Brasil já sabe sobre nossa terra o que muitos goianos nem desconfiam: o futuro passa por aqui e nós temos imensa possibilidade de embarcar na primeira classe do trem para o desenvolvimento sustentável, com justiça social e novos paradigmas econômicos e sociais. Só não vê quem não quer.

Somos o maior produtor agropecuário do País, possuimos riqueza de solo e diversificação de culturas: aqui se planta milho, soja, algodão, cana-de-açúcar. Lideramos as exportações de grãos, com destaque para soja. Temos a segunda maior produção de algodão e somos os responsáveis por boa parte dos produtos que são exportados ou consumidos no próprio País. E esse é o setor responsável pelo impressionante processo de industrialização que os goianos operaram nos últimos anos. Clima favorável, terras férteis, água em abundância, domínio das tecnologias, povo trabalhador, um conjunto de fatores benéficos que fizeram com que Goiás tivesse destaque no cenário nacional. Destaque, é bom que se diga, muito merecido, mas ainda pequeno perto do que podemos fazer com o talento e a ousadia que nos tem caracterizado.

Goiás acompanhou as mudanças na economia do País, passando de um Estado eminentemente agrícola para se tornar importante polo industrial. A facilidade de logística e escoamento de produção, com nossa boa situação geográfica, fizeram com que vários empreendimentos de ponta se instalassem aqui. Hoje, somos polo de confecções, com inúmeros complexos têxteis em municípios como Pontalina, Goiânia e, principalmente, Jaraguá. O maior grupo de frigoríficos do mundo é daqui, a Friboi, que hoje mantém sucursais em diversos países como Argentina, Estados Unidos e Austrália, e é a maior exportadora de carnes do País. Isso sem falar em outros grandes frigoríficos daqui, do excelente rebanho, do gado leiteiro e de corte, dos investimentos milionários em pesquisas e melhorias genéticas. Na produção do etanol, Goiás pode alcançar a meta de 10 bilhões de litros, em 2016, com a conclusão do alcoolduto que será construído entre Senador Canedo e Paulínia, em São Paulo.

Goiás também chamou atenção de inúmeras mineradoras por causa da riqueza de suas jazidas, com destaque para Niquelândia, Catalão e Barro Alto, que recentemente assinou contrato com a multinacional Anglo American para a exploração de níquel. O investimento previsto é de US$ 1,5 bilhão para exploração de aproximadamente 36 mil toneladas do minério por ano. O setor industrial continua em franca expansão, o que deve ocorrer de forma mais avassaladora com a conclusão das obras da Ferrovia Norte-Sul. Distritos Agroindustriais estão espalhados em todas as regiões do Estado, com destaque para o Daia, em Anápolis. A balança comercial do Estado tem tido altas significativas a cada trimestre, alcançando enormes índices de exportação. Goiás gerou mais empregos que a média nacional, num dado extremamente relevante para nosso desenvolvimento.

A indústria automobilística finca suas bases com a japonesa Mitsubishi e a coreana Hyundai, que já produz em sua moderníssima planta industrial de Anápolis o Tucson, campeão de vendas.  O setor de fármacos, com laboratórios reconhecidos em todo o mercado, avança na produção de genéricos e ocupa lugar de destaque em nossa economia. Mas o Estado, mesmo que aproveite, precisa desempenhar um papel mais forte e marcante como indutor da economia. Para que Goiás continue nos trilhos do desenvolvimento, é preciso manter os investimentos em infraestrutura, aumentar sua capacidade de atração de indústrias, convertendo o nosso potencial em mais geração de postos de trabalho, riqueza e distribuição de renda para a população. O papel do Estado como indutor na economia deve se estruturar cada dia mais, na busca de ampliar a nossa capacidade de investimentos, despontando em setores ainda pouco explorados em Goiás.

Nesse texto, onde procuro deixar bem claro o otimismo realista que sinto quanto ao futuro de grandeza que espera Goiás, logo ali, no futuro próximo, deixei para o final a maior de minhas certezas: o principal elemento da fantástica engrenagem que nos move rumo ao desenvolvimento pleno é obra de Deus, na simbiose perfeita de uma terra rica e um povo genial.

www.twitter.com/delubiosoares

companheirodelubio@gmail.com



Receita do dia


Camarões fritos com cerveja
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Mensagem do dia

O segredo da felicidade

Há muito tempo, em uma terra muito distante, havia um jovem rapaz, filho de um rico mercador, que buscava obstinadamente o segredo da felicidade.

Já havia viajado por muitos reinos, falado com muitos sábios, sem, no entanto, desvendar tal questão.

Um dia, após longa viagem pelo deserto, chegou a um belo castelo no alto de uma montanha.

Lá vivia um sábio, que o rapaz ansiava conhecer.

Ao entrar em uma sala, viu uma atividade intensa. Mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias suaves.

De longe ele avistou o sábio, que conversava calmamente com todos os que o buscavam.

O jovem precisou esperar duas horas até chegar sua vez de ser atendido.

O sábio ouviu-o com atenção, mas lhe disse com serenidade que naquele momento não poderia explicar-lhe qual era o segredo da felicidade.

Sugeriu que o rapaz desse um passeio pelo palácio e voltasse dali a duas horas.

"Entretanto, quero pedir-lhe um favor." - completou o sábio, entregando-lhe uma colher de chá, na qual pingou duas gotas de óleo.

"Enquanto estiver caminhando, carregue essa colher sem deixar o óleo derramar."

O rapaz pôs-se a subir e a descer as escadarias do palácio, mantendo sempre os olhos fixos na colher.

Ao fim de duas horas, retornou à presença do sábio.

"E então?" - perguntou o sábio - "você viu as tapeçarias da pérsia que estão na sala de jantar?

Viu o jardim que levou dez anos para ser cultivado?

Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca?"

O rapaz, envergonhado, confessou não ter visto nada.

Sua única preocupação havia sido não derramar as gotas de óleo que o sábio lhe havia confiado.

"Pois então volte e tente perceber as belezas que adornam minha casa." - disse-lhe o sábio.

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher com as duas gotas de óleo e voltou a percorrer o palácio, dessa vez reparando em todas as obras de arte.

Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, atentando a todos os detalhes possíveis.

De volta à presença do sábio, relatou pormenorizadamente tudo o que vira.

"E onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei?" - perguntou o sábio.

Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado.

"Pois este, meu rapaz, é o único conselho que tenho para lhe dar: - disse o sábio - o segredo da felicidade está em saber admirar as maravilhas do mundo, sem nunca esquecer das duas gotas de óleo na colher."

Pense nisso!

Vivemos em um mundo repleto de atrativos e de propostas sedutoras.

Há milhares de maneiras de gastarmos nosso tempo, nossa saúde, nossa vida, enfim, com coisas belas e agradáveis, mas que, na verdade, podem nos afastar de nossos reais objetivos.

Cada um de nós carrega na consciência as missões que nos foram confiadas por Deus e as diretrizes para que as cumpramos satisfatoriamente.

É imprescindível alcançarmos o equilíbrio para que possamos viver no mundo, sem nos deixarmos seduzir por ele.

É urgente que tenhamos discernimento para que possamos admirar e aprender através das coisas do mundo, sem que negligenciemos, ou até mesmo abandonemos, nossos verdadeiros e inadiáveis deveres.
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Errar é humano. Errar 2 vezes é burrice. Errar 3 vezes é coisa de economista

Economistas erraram de novo
Depois de ler os últimos números da inflação, acho que temos o direito de dar uma nova versão para uma velha frase.
Errar é humano. Errar duas vezes é burrice.
Errar três vezes é coisa de economista.
Parte de nossos economistas — alguns muito prestigiados — deveria fazer uma autocrítica pública em função de seus prognósticos mais recentes.
Muitos profissionais ligados a oposição ou que tem uma visão de politica econômica contrária a do governo Dilma, e que estão no rádio, na TV e nos jornais, formaram um coro nas últimas semanas para colocar o país em estado de alerta vermelho em função de um fantasma inflacionário.
O teto da meta da inflação é de 6,50%. Chegou-se a 6,51%, ou seja, apenas um milésimo (isso mesmo: 0,01%!) acima do teto, mas foi suficiente para se fazer um escândalo.
Dizia-se que a alta de preços estava fora de controle e que era preciso dar uma pancada forte nos juros — eufemismo para encaminhar o país para uma recessão.
Logo surgiram vozes para anunciar — com ares implacáveis — propostas de arrocho salarial. O argumento é que os preços não subiam por causa da expansão do crédito, apenas. Não. Era preciso ir mais fundo e encarar a dolorosa realidade de que os salários ficaram altos demais e pressionam os preços.
O raciocinio é assim: desemprego baixo impede as empresas de pagarem salários baixos, pois os trabalhadores — esses espertinhos — tem a chance de procurar ganhar um pouco mais em outro lugar. Com a pancada nos juros e a volta do desemprego alto tudo poderia retornar a seu lugar, como antes.
Num ambiente que lembrava pré-Grécia, pré-Irlanda, pré-Portugal e outros países europeus que encaram a ruinosa politica de austeridade do Banco Central Europeu, as chamadas medidas macro-prudenciais do Banco Central, elaboradas com a intenção de controlar a inflação sem produzir estragos desnecessários, numa operação delicada, difícil, com um certo risco, eram tratadas com ironia e sarcasmo.
Contos da carochinha, assoprava-se. Não havia como escapar da herança maldita deixada por Lula, gritava-se.
Menos de um mes depois, a realidade é outra. Em queda, a inflação está  em torno de 5,5%. O crescimento foi afetado, sim. Ficará em 4,5%, quem sabe 4%. Não é, com certeza, aquilo que o país necessita.
Mas é um número que demonstra que aquelas medidas tão criticadas podem dar resultado. Podem ocorrer novas surpresas e dificuldades. Mas o saldo é favorável, pelo menos até agora.
Surpresa? Nem tanto. Se você fizer uma pesquisa rápida nos jornais, verá que nossos economistas erraram sempre — a atividade de prever o amanhã é sempre complicada — mas erraram mais em anos recentes. Anunciaram o caos em 2003. Disseram que o país teria um desempenho sofrível em 2004 e uma “grande frustração” a partir de 2005. Eles chegaram a denunciar Lula e Guido Mantega como irresponsáveis por ampliar o crédito e estimular o consumo depois da crise mundial de 2008, pois o desemprego em massa era uma fatalidade e os assalariados não podiam abrir mão de sua poupança para enfrentar dias de amargura. (Rs rsrsrsrsrsrs…)
Mas confesso que nada me produz tantas cócegas quanto as reflexões sobre a nossa legislação trabalhista. Nossos economistas passaram as duas últimas décadas repetindo um mantra: sem o fim da CLT não seria possível criar novos empregos.  O país estava engessado, o empresário não tinha estímulos para contratar, as leis trabalhistas só protegiam uma casta. A verdade está ai. Em determinados lugares, vive-se aquilo que se chama de pleno emprego. Em outros, a oferta de postos de trabalho atinge um patamar recorde.  A CLT não saiu do lugar. Pelo país inteiro, milhões de trabalhadores que há anos eram mantidos na condição dolorosa de comparecer ao batente sem nenhuma garantia agora tem décimo-terceiro, férias, descanso remunerado.
Essa situação não chega a ser uma novidade para alunos aplicados no estudo das surpresas e sutilezas da economia. Desde que John Maynard Keynes escreveu sua Teoria Geral do Emprego sabe-se que as empresas contratam trabalhadores porque precisam, e pagam por eles os salários que necessitam pagar. Como regra geral, contratações e demissões são produtos do ambiente geral da economia e apenas confirmam a verdade de que a experiencia real desafia a visão de senso comum. Os trabalhadores americanos conquistaram suas principais garantias na década de 30, quando o país estava mobilizado para vencer o desemprego e encerrar a Depressão provocada pela crise de 29.
Embora o pedantismo econômico e a linguagem tecnocrática tenham saído de moda, é sempre conveniente garantir rigor e cuidado numa análise. Estamos falando de 190 milhões de pessoas, de uma economia que pretende se tornar uma das maiores do mundo.
(Agradeço o alerta de comentaristas do blogue e do twitter para esclarecer que não considero  que todos os economistas do país se comportam dessa maneira. Seria errado pensar assim. Muitos pensam de outro modo. Outros não se dedicam a análises da conjuntura econômica nem procuram apontar tendencias. )

Escherichia coli

O surto de infecções por Escherichia coli na Europa é causado por uma nova cepa da bactéria. Cientistas alemães, em coordenação com colegas chineses, conseguiram decifrar o genoma do organismo. Até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15 pessoas morreram na Alemanha e uma na Suécia em decorrência de complicações provocadas pela contaminação pela bactéria.

As conclusões foram divulgadas nesta quinta-feira (2) pela Clínica Universitária de Eppendorf de Hamburgo, a cidade onde foi disparado o alarme sanitário. Inicialmente, pepinos espanhóis foram apontados como o foco da infecção. O produto chegou a ser retirado do mercado, mas a medida foi revogada após ser descartado que esses vegetais estavam vinculados com a transmissão da doença.

O variante letal de E. coli é uma combinação entre um "parente muito distante" do variante mais comum da bactéria com outras cepas conhecidas. Por isso, trata-se de um cruzamento, não de uma mutação da chamada O104:H4.
No genoma foram identificados agentes classificados pelo bacteriologista Holger Rohde, da Clínica Universitária de Eppendorf, como "clássicos" entre esses dois conhecidos serotipos da bactéria. A combinação dos elementos resulta em uma variante muito agressiva, que permanece mais tempo do que o habitual no intestino e provoca, portanto, danos de efeitos mais persistentes, podendo levar à morte.

Segundo a mesma equipe de cientistas, a identificação do genoma não significa que possa ser possível conseguir imediatamente uma solução para o surto, já que a interpretação dos dados pode levar semanas.

A OMS informou nesta quinta-feira (2) que foram registrados 1.614 casos de infecção pela bactéria em dez países da Europa. Além da Alemanha e da Suécia, onde houve vítimas fatais, foram notificadas às autoridades sanitárias a contaminação de pessoas na Áustria, na Dinamarca, na França, na Holanda, na Noruega, na Espanha, na Suíça e no Reino Unido. Em todos os casos, com exceção de dois, os pacientes visitaram o norte da Alemanha ou tiveram contato com alguém que foi à região.

O Instituto Federal de Análise de Riscos em Berlim informou nesta quinta-feira (2) que nenhum dos pepinos analisados (que no princípio foram apontados como a origem da doença) deu positivo para a variante fatal do E. coli. "Nenhum dos quatro testes deu positivo para a variante O104:H4 do agente patogênico que foi isolado pelas análises dos sedimentos dos pacientes", disse a porta-voz.

A fonte das infecções continua uma incógnita e os especialistas tentam esclarecer em que ponto da cadeia alimentar ocorreu a contaminação. Enquanto continuam as investigações para saber a origem do foco da infecção, os analistas aconselham à população não consumir pepinos, tomates alfaces, independentemente de sua origem, o que está causando prejuízos milionários ao setor.
LY

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