Desemprego em baixa

Hoje à tarde, o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, anuncia os números do Caged, que vai mostrar o movimento de contratação e dispensa de empregados em todo o país. Mas a pesquisa de emprego do IBGE, realizada nas seis maiores regiões metropolitanas antecipa resultados positivos.

A taxa de desocupação de 6,2%, a menor para o mês de junho desde 2002, quando começou a ser calculada a série.

Na média do primeiro semestre da cada ano, que você vê no gráfico ao lado, o resultado é, disparado o melhor já apurado pelo IBGE.

Tecnicamente, o Brasil está muito próximo de uma situação de pleno emprego, já que, por vários fatores, a taxa na pratica nunca chega muito abaixo destes valores, em qualquer país e mesmo nas melhores condições econômicas.

O melhor, porém, é que o rendimento médio real dos trabalhadores, depois uma queda em abril, voltou a crescer, em maio e junho,  em valores reais. Chegou a R$ 1.578,50, o valor mais alto para o mês de junho, com uma alta de 0,5%  sobre maio e de 4,0% frente a junho do ano passado.

Udenismo: o retorno

O udenismo está de volta
Depois de meses tentando cooptar e mudar as políticas da gestão Dilma Rousseff, pressionando a administração para mudar o modelo econômico - para simplificar, fazendo luta política para a chefe do governo abandonar o ex-presidente Lula e o PT - nossa mídia, como não podia deixar de acontecer, partiu para a ignorância.

Apela, de novo, para o de sempre: o denuncismo desenfreado, buscando criar um clima de “mar de lama” com o qual esconde as principais questões políticas e econômicas do país, como a superação e o enfrentamento corretos e adequados da crise internacional conquistados pelo governo, de acordo com os nossos interesses nacionais.

Esconde, assim, os extraordinários investimentos públicos e privados na infra-estrutura do país. Sumiu, também, com a discussão e o debate sobre reforma política e até mesmo sobre o Código Florestal, cuja tramitação e votação pela Câmara ela tanto explorou de acordo com os seus interesses na linha conservadora.

Imprensa retoma o denuncismo desenfreado
Dessa forma a  imprensa chegou ao estágio que realmente queria: limita-se, agora, apenas e tão somente, a páginas e páginas sobre todo tipo de denúncia, comprovada ou não, verdadeira ou não. Para tanto, esconde até mesmo a ação dos próprios órgãos de controle e fiscalização do Estado brasileiro, aliás, origem da maioria das denúncias que a ela chegam e que devem e precisam ser efetivamente investigadas e, se comprovadas, seus responsáveis punidos.

Mas, não vamos nos iludir. O objetivo daqueles que transformam de novo a questão ética e moral no centro de suas ações não é este, não é a luta contra a corrupção, mas sim o governo Dilma e o PT.

A UDN, existente no país de 1945 a 1965, é considerada pelos analistas o mais reacionário e golpista dos partidos na história brasileira. Com seu denuncismo desenfreado, mesmo que infundado muitas vezes, dizia haver um "mar de lama" no governo Getúlio Vargas, levando o presidente ao suicídio em 1954. Com suas conspirações e ronda aos quartéis foi, também, uma das principais artífices da derrubada do regime democrático em 1964.
por Zé Dirceu

A bela

Procuro por ela
A mulher bela
Que ontem eu vi.
Só deixou um olhar
E um andar
Que não mais esqueci.

Gestão pública

[...] e parcerias politicas

Para entender a atual enxurrada de escândalo é necessário se debruçar sobre dois fenômenos: a estrutura das grandes organizações e o modelo político geral (e, em particular, o modelo brasileiro).
Um dos grandes desafios das grandes organizações são os sistemas de controle. Houve grandes avanços na gestão privada, desde as experiências da Toyota, os avanços das empresas de software. A informatização das empresas permitiu alguma forma de controle.
Mas duas áreas são de controle quase impossível: uma, a área de contratas, dada aa extrema diversidade das atividades com a explosão da terceirização; outra, o da compra dos chamados bens intangíveis, como consultoria ou sistemas de software.
Especialmente multinacionais maiores e mais antigas – como Nestlé e IBM – acabaram se enredando em sistemas de controle do controle do controle. Dia desses conversávamos – um funcionário da Nestlé e o presidente do conselho de uma grande empresa brasileira – e o executivo brasileiro ficou escandalizado com o que chamou de “disfuncionalidade” do modelo multinacional.
Esse mesmo padrão se reflete nas grandes organizações públicas, seja a União, o estado de São Paulo ou Minas, as grandes regiões metropolitanas.
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Aí se entra no segundo ângulo da questão.
Estados modernos precisam de burocracias estáveis. O fato de ser estável e concursado, no entanto, não é garantia de isenção partidária. Tanto nas grandes organizações privadas quanto públicas, há uma tendência de organização de grupos internos se digladiando pelo poder.
Além disso, cada presidente ou governador ou prefeito eleito – aqui ou em qualquer outro país democrático – tem o direito de compor parte da sua equipe com assessores de fora da máquina pública.
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Por outro lado, todo partido político tem sistemas de aliança com grandes fornecedores, empresas e pessoas com interesse econômico direto no Estado. Principalmente devido ao problema do financiamento de campanha.
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Nesse ambiente, há que se separar duas atitudes, ambas reprováveis, mas que fazem parte dos usos e costumes da política.
É evidente que todo aliado que assume o poder em um Ministério ou autarquia têm a firme intenção de auxiliar seu partido, ajudando a montar alianças com grupos econômicos, beneficiando regiões políticas e abrindo espaço para financiamento eleitoral.
O modo, por assim dizer, legítimo de atuar é, nas concorrências, dar preferência aos aliados sem atropelar as regras do jogo e beneficiando exclusivamente o partido.
Os modos condenáveis seriam as jogadas em cima de brechas pouco claras e as manobras de enriquecimento pessoal.
Vicejam em Brasília e nas principais capitais uma figura misteriosa, o chamado operador do Estado, o sujeito que conhece as entranhas do Estado, as maneiras de burlar contratos, favorecer aliados. Não se trata de um ser partidário, mas do lobista que serve a qualquer senhor.
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Qualquer uma dessas práticas enfraquece a democracia. E exigirá mudanças nos costumes, devido ao advento da Internet e da explosão das informações.


As parcerias partidárias - 1
Cada partido tem seu conjunto de parceiros, que leva para os diversos estados que controla. Uma das áreas em que o jogo de favores é mais ampla é na de serviços terceirizados. Em Brasília, o predomínio é do senador Eunício Oliveira, dono de grandes empresas de terceirização. Em São Paulo, da Tejofran e outras, que praticamente dominam as licitações do Estado há pelo menos 16 anos.


As parcerias partidárias – 2
Quando oposição, o PT só podia se valer de empresas municipais, em geral atuando em transportes municipais ou de limpeza. Quem é poder federal prescinde desse varejo. Mas quando se analisam as empresas que operavam no Distrito Federal, na gestão José Roberto Arruda, praticamente todas elas atuavam tanto em São Paulo quanto no Rio Grande do Sul, assim como as empresas de merenda escolar denunciadas em São Paulo.


Providências – 1
A primeira providência de um governante precavido, especialmente nos modelos de coalisão partidário como o brasileiro, é montar sistemas eficientes de informação sobre os indicados. Antigamente cada Ministério tinha seu sistema de inteligência para esse primeiro filtro. Depois, foi abandonado por ser controlado em geral pelos serviços de segurança. Há que se remontar a informação.


Providências – 2
O segundo grande desafio será redefinir as formas de barganha partidária. Cada vez mais haverá menos espaço para esse tipo de compartilhamento do poder. Antigamente as denúncias ficavam restritas a quem a velha mídia pretendia atingir. Fala-se muito da União, pouco de São Paulo. Com o avanço da blogosfera, essa barreira deixou de existir. O caso Paulo Preto é emblemático.


Providências – 3
Por isso mesmo, a manutenção desse modelo está se tornando cada vez mais disfuncional, ameaça para todas as pontas. Com os novos modelos de gestão, criando indicadores cada vez mais detalhados, reduz-se mais ainda o espaço de manobra para esse jogo. Se se instituir o financiamento público de campanha, se tirará o último oxigênio desse modelo espúrio. É um tema que merece prioridade total do parlamento.


Providências – 4
Outro ponto dos mais relevantes é a mudança na lei 8666, das licitações. Foi instituída em 1992, como resposta à CPI do Orçamento. Com o tempo, engessou completamente o orçamento público e permitiu a expansão do golpe dos aditivos. Monta-se a licitação. O apadrinhado joga um preço mais baixo que os demais e leva. No decorrer do contrato, “descobre-se” que o projeto executivo era falho e permitem-se aditivos.



Corrupção: a moeda de uma face apenas

Políticos, funcionários públicos e demais acusados de terem sidos corrompidos tem os nomes estampados em manchetes garrafais, respondem processos e alguns são condenados, punidos e banidos da vida pública. E os corruptores?...

Não acontece nada com estes bandidos.

Ah, acontece...são bajulados  pela sociedade e  saudados como exemplos de vida nas colunas sociais.

Corja!!!


Misturando alhos com bugalhos e anistia com melancia

É cada coisa que a gente de aguentar...

Colunista de jornal comparando a Lei de Anistia com a construção de Belo monte, que uma coisa tem a ver com a outra? Nada. Mas, o sujeito inventa um gancho e mete o pau a escrever sobre os dois casos. E claro, alfinetando de leve, de soslaio a política externa do governo Dilma Rousseff e Lula.

Sendo assim, também vou misturar alho com bagulhos.

Me causa risos a cara de pau de algumas personalidades brasileiras fazendo campanha pela pratica de fazer xixi no banho. Xuxa, Gisele Budchen , Vitor Fasano fazem parte deste time de hipócritas.

Queria ver eles divulgarem o consumo de água e energia nas casas deles. O tamanho do descaramento desta gentinha é muito maior que Itaipu.

Nojentos!!!


Agentes de turismo

jericoacoara.jpg[...] a internet e o futuro

Em 2009 tive a oportunidade de participar de um evento para agentes de turismo. Entre os vários tópicos apresentados, me lembro de um que abriu a discussão sobre o quanto aInternet vem influenciando o dia-a-dia e mudando os hábitos desses agentes.

Algumas pessoas se mostraram bastante incomodadas com o fato da Internet ter aberto um canal direto entre compradores, companhias aéreas e hotéis. Certamente a Internet fez com que muitos desses agentes perdessem clientes.

Nessa semana tive duas experiências que me fizeram refletir sobre o papel dos agentes de turismo em tempos de Internet. Uma experiência particular e outra corporativa. Vou contar o que aconteceu.

Ao planejar um passeio pelo leste europeu nas minhas próximas férias, procurei uma agência de turismo num shopping próximo à minha casa. Fiz o primeiro contato por e-mail, passando a data de ida e volta e as cidades que irei visitar. Esperava que eles me dessem boas sugestões de hotéis, passagens aéreas e aluguel de carro.

Três dias depois, isso mesmo: TRÊS DIAS, recebi uma resposta com uma lista de hotéis, vôos e preços de carros. Como sou curioso, fui procurar a localização dos hotéis em relação aos pontos turísticos. Normalmente, quem viaja pra Europa a turismo, gosta de ficar perto do centro da cidade ou das atrações, para poder caminhar de um lado pra outro a partir do hotel.

Minha surpresa foi saber que nenhum dos hotéis sugeridos pelo agente estava perto do centro ou dos pontos turísticos. Todos, sem exceção, ficavam isolados. Alguns sequer próximos a estações de metrô. Então eu mesmo entrei num site de buscas de hotéis e escolhi os hotéis baseado nas avaliações e comentários de outras pessoas que se hospedaram por lá. O resultado foi que gastei cerca de duas horas para fazer essa pesquisa (considerando que irei visitar oito cidades, foram cerca de 15 minutos para escolher cada hotel). A pessoa que me atendeu, teve 72 horas para fazer essa busca.

No final das contas, os hotéis que escolhi tinham melhor localização e o mesmo preço e conforto! Minha surpresa maior foi saber que esses hotéis que escolhi estavam cadastrados nessa agência de turismo. Agora vamos à experiência corporativa.

Pela Ecommerce School, daremos cursos de ecommerce e cursos de redes sociais em cerca de dez capitais do Norte e Nordeste. Mandei as datas das viagens para outra agência, com perfil mais corporativo, solicitando preços de passagens e hotéis. Era uma proposta de cerca de oito mil Reais, nada mal. Essa agência foi mais rápida, apesar de ter que fazer um trabalho de pesquisa mais elaborado, me respondeu no dia seguinte.

Me espantei ao ler a proposta e ver alguns absurdos. Por exemplo, o vôo que me indicaram de Natal para Maceió, fazia escala em Guarulhos, ou seja, sai de Natal, vai pra Guarulhos, e volta pra Maceió. Duração da viagem: 12 horas. Outra passagem que me foi sugerida saía de Belém às 00h15 do dia 1º e chegava em São Paulo às 4h. Tudo bem. Como eu disse a eles que o curso seria no dia 1º e queria voltar pra São Paulo no mesmo dia, me colocaram logo no primeiro vôo do dia. O problema é que o vôo saía de Belém às 00h15 do dia 1º, ou seja, antes do curso!

Provavelmente essa pessoa copiou e colou os resultados no e-mail e me mandou de volta sem sequer analisar o que tinha feito. Ninguém em sã consciência colocaria alguém num vôo Natal-Maceió via Guarulhos, com duração de 12 horas. Depois disso, pedi pra que minha secretária fizesse a busca. Resultado: vôos em horários mais atraentes e economia de 50%.

Certamente não procurarei mais os serviços dessas agências de turismo. O ponto onde quero chegar é que essas empresas não podem mais tentar simplesmente se posicionar como emissoras de bilhetes e reservas de hotéis. Seus clientes podem fazer isso eles mesmos em alguns minutos.

Acredito que o futuro desses profissionais de turismo está em se tornarem consultores de viagens. Dando soluções para problemas e dicas para desavisados. Qual o melhor hotel, os vôos mais curtos, os preços mais em conta, onde ficar, onde não ficar.

Em tempos de Internet colaborativa, é possível descobrir em alguns minutos informações valiosas sobre o local. Há centenas de sites de avaliações de hotéis, blogs de viajantes, dicas e fotos de pessoas que estiveram lá.

Esses agentes precisam aprender a buscar essas informações e processá-las numa linguagem acessível e objetiva para ajudar os clientes no processo de decisão. Dessa forma, o diferencial não será mais a cruel guerra de preços com a Internet. Deve ser bem complicado pra uma agência de turismo conseguir oferecer melhores preços que a Internet. Ao buscar a qualidade de serviço e oferecer informações relevantes para seus clientes, elas agregam valor aos seus agentes.

Algumas podem até mesmo explorar conteúdos colaborativos de seus clientes. Por exemplo, podem criar um blog e pedir para eles enviarem fotos, vídeos e comentários após o retorno de suas viagens. As pessoas adoram isso. Se sentem mais importantes ao verem que estão ajudando outras pessoas. A maioria quer compartilhar suas experiências positivas e mostrar suas fotos para o maior número de pessoas. Também querem contar experiências ruins, para que outros não passem pelos mesmos problemas.

Ao centralizar esses conteúdos, as agências construirão um banco público de conhecimentos, que as ajudará até mesmo em aumentar sua exposição e melhorar sua posição nos resultados de buscas. O feedback de seus clientes também servirá para excluírem de seus cadastros, hotéis ruins e passeios "furada" e incluir outras dicas bacanas de viagens.

Entrar nesse mundo online não é difícil para essas empresas, basta que invistam um pouquinho para treinar seus agentes a usarem a Internet como uma ferramenta de vendas. Ah, orientá-los a lerem suas propostas antes de enviarem pros clientes, também é importante :o)