Calote Yanque

- Patrão, faz três meses que estou trabalhando com o sr. e ainda não recebi nenhum centavo de salário. Minhas economias e as parcelas do seguro-desemprego estão acabando.
- Quanto é o seu salário?
- 5 mil reais.
- A partir de hoje você vai ficar ganhando 9 mil reais.
3 meses depois a estória se repetiu.

Esta piada cai como uma luva na realidade que os States e demais países ricos (?) e endividados impõem ao mundo.

De fato eles vivem de usar a máxima própria:  Devo, não nego. Pago quando e como quiser. Tá achando ruim? Vá reclamar do Papa.  

Saiba como a Petrobras se prepara para o pré-sal


O anúncio do plano de investimentos da Petrobras ajudou a esclarecer alguns pontos que intrigavam o mercado.


A empresa tornou-se a grande operadora do pré-sal e caminha para ser uma das maiores do mundo. De um lado, necessitará captar investimentos volumosos - e eles dependem em grande parte do valor das suas ações (função da sua capacidade de gerar lucros).
Como monopolista do pré-sal, há inúmeras vantagens. Em contrapartida, foram definidos vários objetivos nacionais que ela terá que cumprir: como adquirir parte dos equipamentos com conteúdo nacional.


Com o câmbio nos níveis atuais, o produto nacional é pouco competitivo. Além disso, haverá desafios grandiosos na própria cadeia internacional de suprimentos, para atender às necessidades do pré-sal.


Para responder a essas questões, o presidente da Petrobras José Sérgio Gabriellli, participou de uma mesa redonda com analistas de mercado no blog (www.luisnassif.com.br).
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Segundo ele, foi a descoberta dos campos de Campos que permitiu à Petrobras sair de uma produção de 187 mil barris por dia em 1980 para os atuais 2 milhões de barris - crescimento de 10% ao ano - desenvolvendo os fornecedores nacionais. Agora, enquanto os poços de Campos envelhecem, surge o pré-sal, abrindo perspectivas maiores ainda.
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Hoje em dia a Petrobras é, disparadamente, a maior empresa na produção de petróleo em águas profundas do mundo, maior que a soma das três empresas seguintes [isto dá uma dor de cotovelo nos entreguistas tucademos].


Isso vai exigir uma notável expansão da cadeia de fornecedores e, em termos estratégicos, é melhor que seja feita em território nacional. Portanto, a produção nacional é parte integrante da estratégia da Petrobras, explica Gabrielli, e não apenas uma imposição de Estado.
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A atual revisão foi a oitava do plano de negócios. A empresa tem 688 projetos acima de 25 milhões de dólares e 3 mil projetos abaixo de 25 milhões de dólares. Quando se faz revisão do plano, se vai ao projeto, sempre que ocorrem alterações nas premissas de preços dos projetos, as perspectivas de hierarquização desses projetos.


O plano atual prevê 224 bilhões de dólares investimentos, aumentando a participação relativa da exploração e produção no pré-sal – que sairá de 2% da produção atual para 40% em 2020.
Mudou-se também a estratégia de expansão do refino, do mercado externo para o interno, depois de identificados déficits de produção no centro-oeste, norte e nordeste. Haverá a necessidade de novas refinarias nessas áreas.


Houve mudanças relevantes também na área de gás e energia, para terminar ciclo de investimentos em infraestrutura, gasodutos e capacidade logística de entrega de gás, especialmente para ampliar os investimentos na química do gás transformando-o em ureia e amônia, moléculas que podem ser estocadas e complementares em termos de flexibilidade do gás.


O terceiro ponto é completar o ciclo de investimentos na qualidade dos produtos, reduzindo a emissão de enxofre para atender os requisitos ambientais produzindo o diesel-50, incluindo o diesel de 10 ppm de enxofre, e a gasolina de 50 ppm de enxofre.


Os investimentos - 1
O plano prevê investimento de 224,7 bilhões de dólares, e entre 30 e 31 bilhões de dólares de amortizações até 2020. Se o preço do petróleo ficar a 80 dólares no longo prazo, ou ficar a 95 dólares no longo prazo, que é uma estimativa não das mais altas no mercado hoje – a Petrobras vai gerar de caixa, depois do pagamento de dividendos, entre 125 e 149 bilhões de dólares no período.


Os investimentos - 2
Hoje a Petrobras tem em caixa 26 bilhões de dólares, resultante da capitalização que fez no ano passado. A empresa planejou um desinvestimento (venda de ativos e participações) que vai gerar 13,6 bilhões de dólares. Portanto, precisará captar entre 67 e 91 bilhões de dólares nesse período. Com esses números, não haverá necessidade de novas capitalizações e emissões de ações nesse período, razão para a queda do valor das ações.


Os investimentos – 3
Com esses números, a razão entre a dívida e geração de caixa fica abaixo do limite que o Conselho de Administração fixou, de 2,5 vezes. Deve ficar entre 1,6 vezes e 1,9 vezes a geração de caixa, o que é considerado perfeitamente confortável. Do ponto de vista financeiro não haverá nenhuma vulnerabilidade na exploração do pré-sal. Esses dados foram suficientes para acalmar o mercado, depois da divulgação do plano.


Os investimentos – 4
O eventual agravamento da crise internacional não deverá afetar a empresa. Em janeiro de 2009, em plena efervescência da crise, a Petrobras 6 bilhões de dólares. No ano, quase 30 bilhões de dólares. Segundo Gabrielli, mesmo que aumente o risco internacional, a solidez dos projetos do pré-sal será suficiente para assegurar o financiamento necessário. Hoje em dia a empresa é considerada investment grade.


Mudanças na gestão - 1
Houve duas grandes mudanças importantes na gestão da Petrobras nos últimos tempos. Primeira foi a transformação o conceito de unidade de negócios, que estruturava a companhia em termos de organização vertical. Essas unidades foram transformado em operacionais, voltadas para produção, utilizando o máximo possível das funções matriciais corporativas. Com isso fortaleceu-se a sinergia entre todas as unidades.


Mudanças de gestão - 2
O segundo separando as gerencias responsáveis para garantir a produção das gerencias responsáveis pela implantação dos novos projetos. Não se pode exigir que o gerente de uma área como a Bacia de Campos, que produz hoje 1,6 milhão de barris de petróleo por dia seja também responsável pela implantação de mais 5 unidades novas na própria Bacia de Campos.

Educação: 75 mil bolsas para estudantes brasileiros no exterior

A presidenta Dilma Rousseff anunciou na última terça-feira um programa que vai beneficiar diretamente os estudantes brasileiros. Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), foi lançado o Ciência sem Fronteiras, que vai conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior a jovens brasileiros.



Dilma disse que o Brasil passará a outro patamar na área de ciência, tecnologia e inovação. As áreas contempladas serão: ciências da saúde, ciências da vida e engenharias, e tecnologias. Segundo ela, esses estudantes formarão a base do novo pensamento educacional ao retornarem para o país.

Outra notícia importante foi a escolha de Pelé como embaixador honorário da Copa do Mundo de 2014. Pelé foi recebido na terça-feira no Palácio do Planalto pela presidenta Dilma, que assinou o decreto para criar o título inédito concedido ao ex-jogador.

Saiba mais na página do Ciência sem Fronteiras.

Leia mais:


Um controle remoto para controlar sua mulher!

Controle sua mulher
Os controles remotos estão em nosso dia a dia: portões elétricos, televisões, tocador de música, home theather, aparelho de TV a cabo. Mas já pensou em um que controla sua mulher?

O visual do controle "de mentirinha" é parecido com o de qualquer outro. Na parte superior se encontram botões de "Mudo" e "TPM Off" - esse último é o sonho de qualquer homem. Também possui o "Me dê..." com opções para cerveja, sexo e comida.

Mais abaixo há opções de "Perdão", "Esquecer", "Remover roupas", "Cozinhar" e até "Limpar". Mas o botão mais legal do controle é o "Seio", onde é possível aumentar ou diminuir os atributos de sua amada.

Reprodução O "fabricante" ainda garante que o controle é recarregado por "pensamentos positivos". O gadget está à venda na Amazon.com por U$3,59 (cerca de R$6). Ótimo custo-benefício, não acham?

do Olhar Digital

Viciada em vigiar

Quem é que não dá aquela checada no perfil do namorado, marido (e as vezes até do ex ou do futuro) nas redes sociais? Até aí tudo bem, mas será que o costume pode se tornar exagerado e virar um vício?
O psicólogo especialista em relacionamentos, Caio Cabral, explica que sim. Para ele hoje em dia isso é, até certo ponto, comum.

Ele explica acontece porque a compulsão pela rede social em si já é algo comum na sociedade atual. "A compulsão pela redes se caracteriza pelo tempo exagerado pensando a respeito disso. Se isso atrapalha seu trabalho, toma tempo demais, domina seus pensamentos, aí temos o exagero".
O vício pelas redes somado ao ciúme e o medo de ser traído faz com que se torne comum o vício de vasculhar a vida online do outro. Caio lembra que a compulsão não é algo difícil de acontecer com qualquer um de nós e já faz parte da vida das pessoas há muito tempo. "Sentimos medo, ansiedade e nos apegamos no que nos dá segurança".

O psicólogo diz que as redes podem mesmo ser motivo de grande preocupação. Estudos mostram que a internet ajuda no aumento da infidelidade, já que as pessoas ficam mais livres e desatentas de que as relações virtuais fazem sim parte do cotidiano. "As pessoas têm mais oportunidades de retomar relacionamentos antigos, falar com outras pessoas e muitas vezes a infidelidade vem das oportunidades". - isso justifica em parte o ciúme que sentimos das relações virtuais dos nossos parceiros.
"Ciúme é algo comum em um relacionamento, o problema é quando ele se torna excessivo, prevalente". Se esse é o seu caso a dica do profissional é fazer uma reflexão sobre o seu relacionamento. Mesma dica que vale para quem passa o tempo inteiro checando o facebook e o twitter do amado.
"Se a pessoa percebe que está passando dos limites já é um bom indício. E o que seria passar dos limites? Fica olhando no trabalho a ponto disso atrapalhar seus afazeres, por exemplo. Outro indicativo é omitir essa checagem do parceiro". E conversar sobre o parceiro é a segunda dica, Caio indica falar sobre as suspeitas, recados, etc. "Diálogo honesto e autocrítica são os melhores caminhos. Em casos mais extremos vale buscar ajuda da psicoterapia".
Por Larissa Alvarez


por Alon Feurwerker

O modo como o presidente peruano Ollanta Humala chega ao governo é paradigmático de uma estratégia desenvolvida pelo PT no Brasil e agora exportada com sucesso para o vizinho nos Andes.

Moderação econômica, ênfase nos programas sociais e  busca de uma posição não hostil aos Estados Unidos.

Na resultante, a procura de um ambiente estável em prazo suficientemente longo para permitir a consolidação e a capilarização do poder. Com isso, e para isso, isolar a oposição política de suas fontes internas e externas de legitimidade.

Vem funcionando razoavelmente aqui. Funcionará com Humala?

O novo presidente peruano era na origem mais assemelhado a outro líder regional, o venezuelano Hugo Chávez. Na extração militar, nas raízes indígenas e na ideologia, que combina o nacionalismo à etnicidade.

Daí o nome do movimento que o catapultou à política nacional: o etnocacerismo. Uma fusão de nacionalismo militar, central na história moderna do país, e nativismo inca.

Mas o modelo chavista, confrontacional, mostrou-se recentemente algo desvantajoso. Na economia e na política.

Nesta, o ponto de inflexão talvez tenha sido a crise hondurenha, quando o presidente Manuel Zelaya pretendeu romper os limites institucionais e acabou vítima de um vitorioso golpe de estado.

Cujo desfecho se deu pela via pacífica, com a eleição de um sucessor e o último acordo político de reconciliação. O resultado da encrenca acabou por reforçar a posição americana e enfraquecer Chávez, o sócio de Zelaya na aventura que tirou o hondurenho da cadeira.

O Peru é exemplo regional de sucesso econômico, mas o presidente que sai, Alan Garcia, não pôde ou não quis influir decisivamente na própria sucessão. Provavelmente porque planeja voltar mais adiante e não arriscou catapultar uma liderança alternativa no seu próprio campo.

É sempre uma aposta arriscada, mas vai saber?

Humala, que perdera a última disputa para Garcia, venceu agora a filha do ex-presidente Alberto Fujimori, Keiko. O etnocacerista conseguiu atrair um pedaço do voto centrista-conservador, bem expresso no apoio recebido do escritor e Prêmio Nobel Mário Vargas Llosa, liberal convicto e militante.

Humala agitou bem a bandeira antigolpista, antifujimorista, e acabou levando por estreita margem no segundo turno.

Sua receita para obter os recursos necessários à implementação das políticas sociais é aumentar a taxação sobre setores oligopolizados, o mais destacado deles a mineração.

Humala assume num momento de crescentes incertezas econômicas. Talvez não venha a dispor da abundância de capitais externos sobre a qual o Brasil ergueu uma política econômica que, simultaneamente, tem garantido os benefícios sociais aos mais pobres, a remuneração generosa ao capital financeiro e algum controle da inflação.

É possível que o novo presidente peruano talvez precise copiar outro vetor do modelo brasileiro: a desnacionalização maciça, marcada pelo bonito nome de “investimento direto”. O mecanismo de preferência para atrair recursos que permitem o fechamento das nossas contas externas.

Como Humala vai combinar isso com o discurso nacionalista? Nem aqui precisará ser original. O que antes seria a inaceitável entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros transformar-se-á rapidamente em sinal de confiança do resto do mundo na economia peruana.

E os opositores, eles próprios defensores dessa próspera alienação, irão dividir-se entre aplaudir e remoer-se de inveja. Estes últimos desperdiçarão tempo e energia cobrando coerência. E serão chamados de ressentidos, de não aceitarem a chegada do povo ao poder.

Assim como toda projeção, esta minha pode ser furada. Mas ela é pelo menos divertida.

Cordel do calote Yanque

Na terra do Tio Sam

Só se fala em calote

Enquanto Barack Obama

Sofre pressão e boicote

O cerco está se fechando

E o mundo todo esperando

A votação do pacote.

O teto da dívida pública

Precisa ser aumentado

Porém os republicanos

Prometem pegar pesado

Querem corte de despesa

Sem tirar nada da mesa

Do americano abastado.

Obama já concordou

Com cortes no orçamento

Mas quer taxar os mais ricos

E usa um forte argumento

De dividir sacrifício

Com quem tem mais benefício

Diluindo o sofrimento.

Com treze trilhões de dívida

Tudo em dólar americano

Nao é difícil entender

De quanto vai ser o cano

Sem querer urubuzar

O mundo pode quebrar

No curto prazo de um ano.

Revendo o rol de credores

Constante da relação

Vi o Brasil bem na foto

Numa quarta posição

Não aprovado o pacote

O Brasil leva um calote

Junto com a China e o Japão.

O país sequer saiu

De uma crise recente

Que mexeu na economia

Desempregou muita gente

Agora o dólar despenca

Enquanto o Obama tenta

Permanecer presidente.

Só resta agora esperar

Juizo da oposição

Que o Congresso se una

Em defesa da nação

Que esqueça as divergências

E aja com consciência

Sem pensar em eleição.

Edmar Melo.