por Marcos Coimbra

Dilma-Rousseff-e-Lula-posse-300x211.jpgLula e Dilma: 
Um modelo inédito de governar

Este é de fato o primeiro governo de continuidade na nossa história moderna. Em geral, sempre tivemos sucessões de rupturas. 

Como toda coisa nova, não é fácil entender o governo Dilma Rousseff. Mais difícil ainda é enxergar para onde está indo.

Ele é novo por três razões principais. Todas são importantes e produzem efeitos significativos em nosso sistema político.

É novo por ser nosso primeiro governo genuinamente de continuidade. Desconsiderando aqueles da República Velha, diferentes demais para comparar com os subsequentes e nos quais tampouco houve algum que se pudesse dizer que era de continuidade nítida, sempre tivemos sucessões de ruptura.

Assim foi de Eurico Gaspar Dutra para Getúlio Vargas, de Café Filho para Juscelino Kubitschek, dele para Jânio Quadros e daí para João Goulart. Até a eleição de Fernando Collor, foram longos anos de anormalidade e improvisações, a maior parte delas discricionárias. Não faria sentido falar em continuidade ao longo desses 30 anos, a não ser do autoritarismo (a rigor, sequer na época dos generais houve sucessões pacíficas).

Dilma é a primeira presidenta eleita para dar continuidade ao governo que a antecedeu. Collor não era isso para José Sarney, Fernando Henrique se sentia maior que Itamar Franco (e era), e Lula e ele haviam sido adversários (quase) a vida inteira. A continuidade propiciada por sua reeleição em 2006, assim como pela de FHC em 1998, é diferente. O que ambos tiveram foram mandatos longos, renovados no meio do caminho.

Em quase 125 anos de vida republicana, estamos vivendo algo que é comum na maior parte dos países democráticos, mas que é inusitado para nós. Ao menos no plano federal, pois nos estados e municípios já tivemos muitos casos de largos períodos de continuidade administrativa e política.

Embora nossos costumes não estranhem situações como os 20 anos de governos peessedebistas em São Paulo, não sabemos o que acontece quando o que está em questão é a Presidência da República, muito mais relevante em termos simbólicos e concretos. Será, por exemplo, que a chamada fadiga de materiais, o desgaste causado pela passagem do tempo, se torna problema mais cedo que no nível estadual?

A segunda novidade está em Dilma não se encaixar no "tipo ideal" de presidente que existe em nossa cultura política. Ela nada tem de extraordinário ou de excepcional, elementos fundamentais na construção das imagens de seus antecessores. Não foi percebida como "salvadora", predestinada a promover mudanças. Ninguém a viu como "intelectual brilhante", capaz de derrotar a inflação com golpes de genialidade. Não foi eleita em razão de sua biografia de maior liderança popular de nossa história.

Ela é uma pessoa "normal" (tão normal quanto pode ser alguém que chega aonde ela chegou). Uma boa gestora, atributo quase irrelevante na escolha dos que a antecederam. Uma profissional da administração pública, sem experiência parlamentar e sem muitos anos de convivência com as raposas e os outros animais que habitam o Congresso Nacional.

De novo, esse não é um perfil inédito nos governos estaduais e nas prefeituras, mas é a primeira vez que temos alguém assim no Palácio do Planalto. Nossa cultura está madura o suficiente para não se frustrar à medida que ficar mais claro que Dilma é o que é? Que sua vida não a preparou para tirar coelhos da cartola nos momentos de dificuldade?

A terceira novidade é que Dilma mostra ter menos disposição de considerar natural o que os outros achavam inevitável. Talvez em razão de sua pequena familiaridade com o modo de ser dos políticos, está sendo diferente do que se esperava.

Qual foi a última vez em que um presidente disse, sem papas na língua, que ia fazer "uma faxina" nas burocracias mais famosas por sua aparente blindagem? Quem arregaçou as mangas e trocou ministros e assessores com a mesma rapidez?

É claro que isso provoca surpresas e desconfortos, pois representa uma -ruptura com as regras íntimas de nosso sistema político. Enfim, é "dando que se recebe" que, desde a redemocratização, os governos conseguiram suas frágeis maiorias parlamentares.

Pena que Dilma não esteja recebendo o apoio que merece nesse processo. Seus aliados no Congresso estão assustados, a parte moderna das oposições se cala para não legitimá-la, a grande mídia prefere se omitir. (Alguém duvida que se José Serra tivesse sido eleito e possuísse a coragem de Dilma, fazendo o que ela faz, não estaria sendo endeusado?)

Com suas novidades e diferenças, Dilma tem um nível de aprovação popular superior aos presidentes que vieram antes dela. Está melhor que Lula em momento parecido de seu primeiro governo e bem acima dos outros.

Para reduzir o perigo da obsolescência, Dilma investiu em programas novos, seja na área social, seja na política econômica. Se considerarmos que seus responsáveis já enfrentaram, com sucesso, desafios semelhantes, é razoável acreditar que, até 2014, trarão resultados.

Por mais que exista uma torcida favorável para que o agravamento da crise internacional prejudique o desempenho do governo e crie insatisfações na sociedade, os riscos de que ela mude radicalmente os sentimentos são pequenos.

O calendário vai ajudá-la na preservação de uma base parlamentar adequada a governar, apesar das faxinas em curso (e das novas que, muito provavelmente, virão). É que as eleições municipais, já iniciadas nos bastidores, tornam deputados e senadores, especialmente do chamado "baixo clero", mais acessíveis aos argumentos do governo federal. Para quem precisa garantir a eleição de aliados nos municípios, nada melhor que contar com sua boa vontade.

O futuro do governo em nada depende do sucesso do PT nas eleições do ano que vem. Para o partido, elas são muito mais importantes que para Dilma.

E 2014? Se Dilma fizer, como tudo indica, um bom governo, ela se torna, automaticamente, candidata à reeleição (pois ninguém acredita que as regras mudarão até lá). E será uma candidata com grandes chances, como é natural em nosso sistema político.

Se isso vai ocorrer ou não, dependerá dela. Como diz Lula, será candidata "se quiser". (A pergunta é por que ele precisava afirmar uma coisa tão óbvia.) 


Sonhos Briguilinos

Ingredientes


Massa:
4 xícaras (chá) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de manteiga
2 gemas
1 pitada de sal
1 envelope de fermento quimico seco
1 xícara (chá) de leite morno
óleo para fritar
açúcar para polvilhar



Recheio:
1 lata de leite condensado cozida em panela de pressão por 40 min. ( não abra a lata quente, espere esfriar)


Como Fazer:
Numa bacia coloque todos os ingredientes secos e  misture. Acrescente os ovos levemente batidos, a manteiga e o leite. Sove sobre superfície lisa, polvilhando a farinha. Deixe descansar por aproximadamente 20 minutos. Em seguida, abra a massa e modele os sonhos com cortador redondo. Se não tiver cortador, bolei com as mãos. Coloque em uma superficie polvilhada apenas com farinha. Cubra com um pano e deixe fermentar.

Frite em óleo. Escorra. Abra ao meio, Coloque o recheio. Passe pelo açúcar.

Casamento ou amizade…

Se você quer alguém que coma o que você colocar na frente dele e nunca diga que a sua comida não é tão boa quanto a da sua mãe...
Então adote um cachorro
Se você quer alguém disposto a sair, a qualquer hora, pelo tempo e onde você quiser ir…
Então adote um cachorro
Se você quer alguém que nunca toque no controle remoto, não se importe com futebol, e que se sente ao seu lado enquanto você assiste TV...
Então adote um cachorro.
Se você quer alguém que se contente em chegar em sua cama só para esquentar seus pés e que você poderá expulsar se roncar...
Então adote um cachorro. 
Se você quer alguém que nunca critique o que você faz, não se importe se você é bonita ou feia, gorda ou magra, jovem ou velha, que aja como se cada palavra que você diz é especialmente digno de ouvir, e te ame incondicionalmente, perpetuamente... 
Então adote um cachorro.
MAS, se você quer alguém que nunca virá quando você chamar, te ignore quando você chegar em casa, deixa cabelo em todo o lugar, anda em cima de você, saia a noite toda e só venha para casa para comer e dormir, e aja como se toda sua existência fosse apenas para garantir a sua felicidade ....
Então adote um gato. 
enviado por Marco Antônio Leite



Copiem Leonel Brizola

Entraram na moda os estádios de futebol, sendo reconstruídos e aprimorados. Bilhões se destinam às obras aceleradas, visando mais conforto para os usuários. Caso não houvessem outras prioridades, seria até louvável assistir toda essa movimentação. O que fica sem resposta, porém, é sobre o que fazer com os super-estádios nos dias sem jogos, a grande maioria do ano.

Quando governador do Rio, Leonel Brizola decidiu construir o Sambódromo, substituindo os desfiles carnavalescos na Avenida Presidente Vargas. Em poucos meses erigiu o projeto de Oscar Niemayer, mas com uma exigência: no longo período de ociosidade o Sambódromo abrigaria montes de salas de aula.

Não seria o caso de no Maracanã, Mineirão e tantos outros estádios, aproveitar-se as obras em andamento para transformá-los também  em escolas, até universidades? Coisa complicada mas jamais impossível. Arquitetos não faltam para apresentar alternativas.
Carlos Chagas

Sabão caseiro

Ingredientes
5lt de óleo
1lt de água morna
1kg de soda cáustica
500ml de detergente líquido
250ml de água sanitária
250gr de sabão em pó
500ml de álcool

Como fazer:Mistura-se a soda com a água até dissolver. Coloque os outros ingredientes e mexa por 15 minutos com uma colher de pau, Deixar numa forma de plástico até endurecer. Corte e embale.

Obs: pode ser colocado corante e fragância.



Amor incondicional

O garoto aproxima-se da mãe que prepara o almoço e entrega um papel com algumas anotações. Ela enxuga as mãos e começa a ler:
  • Cortar a grama do jardim: R$3,00 
  • Por limpar meu quarto esta semana R$1,00 
  • Por ir ao supermercado em seu lugar R$2,00
  •  Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia às compras R$2,00 
  • Por tirar o lixo da semana R$1,00
  • Por ter um boletim com boas notas R$5,00 
  • Por limpar e varrer o quintal R$2,00 
  • TOTAL DA DIVIDA R$16,00 
A mãe pegou uma caneta e escreveu no verso da folha:
  •  Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida - NADA 
  • Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti - NADA
  • Pelos problemas e pelos prantos que me causastes - NADA
  • Pelo medo e pelas preocupações que me esperam -NADA 
  • Por comidas, roupas e brinquedos - NADA
  • Por limpar-te o nariz - NADA
  • CUSTO TOTAL DO MEU AMOR - NADA 
O garoto leu o que a mãe tinha escrito e disse:
-  Mãe eu te amo.
- Ela respondeu: Tá mais do que pago, o que te fiz, o que faço e o que farei por te. Dos filhos os pais não querem nada mais nem menos que o a amor. Te Amo Filhos.

Artigo semanal de Delúbio Soares

EU VI O BRASIL DE AMANHÃ

 

No interior de Goiás, diante de meus olhos e com grande emoção, assisti o encontro de quarenta crianças com o futuro. Faz poucos dias, foi em Buriti Alegre, onde estudantes da rede municipal de ensino, da primeira a quarta séries do primeiro grau, receberam computadores para serem utilizados em seus estudos.

Na Escola Municipal Juvercina Teixeira de Mendonça, colégio agrícola situado na zona rural de minha amada terra natal, vi os filhos de pais humildes, crianças pobres, mas cheias de alegria e de inquietações, sedentas de saber e com toda vida pela frente, receberem máquinas de última geração não como quem recebe um brinquedo ou um presente. Existia nas faces de cada um deles, nas expressões admiradas dos pais (majoritariamente analfabetos ou semi-alfabetizados) e no orgulho dos professores, a certeza de que nada será como antes. Que estranho e poderoso simbolismo aquele, o do futuro representado na imagem impressionante do pai lavrador de mãos calosas ao lado do filho que segurava com naturalidade o seu computador! Do cabo da enxada que sulcou a terra e alimentou a família ao teclado que vai abrir mais horizontes e alargará os caminhos do futuro para uma geração que não será intimidada pela pobreza nem renegada por um país que está assumindo seus filhos com responsabilidade e justiça social. Melhor imagem do Brasil de hoje, impossível.

Aquele momento mágico, que jamais sairá da memória, do coração e das retinas dos que tiveram a sorte de presenciá-lo se deveu a um homem austero, trabalhador e visionário. O prefeito João Alfredo (PT), meu companheiro de tantas lutas e amigo fiel, com recursos da própria prefeitura de Buriti Alegre tem investido na educação como poucos administradores públicos o fizeram em todo o Brasil em qualquer tempo. Não economizou recursos e nem criatividade. O governo petista de minha terra construiu várias novas unidades educacionais com centenas de salas de aulas, melhorou substancialmente a situação do magistério local, a qualidade do material didático e da merenda escolar, além do transporte dos estudantes na zona rural de Buriti Alegre. Estamos fazendo a lição de casa na Educação. Agora, com recursos próprios, o computador é levado aos distritos mais distantes de um Município que tem crescido de forma impressionante em todos os setores.

Desde o início do governo do presidente Lula existe um programa de imenso alcance social e educativo, o UCA ("Um Computador por Aluno"). Ele adquire uma importância imensa a cada dia, pois é a ponte mais segura e viável na ligação entre nossos jovens e o amanhã. O lápis e a borracha foram substituídos pelas teclas, e a tela dos computadores faz com grande vantagem o papel antes destinado tanto ao quadro negro quanto aos livros dispostos cuidadosamente nas estantes de nossas bibliotecas públicas Brasil afora. Nessas máquinas fabulosas e a cada dia mais sofisticadas e, paradoxalmente, mais simples e baratas, está o universo do conhecimento a disposição dos que querem explorá-lo, dominá-lo, utilizá-lo. E o Estado brasileiro tem a obrigação de prover seu sistema público de ensino com o que de mais moderno e eficiente existir na tecnologia da informação, dotando tanto os professores quanto os estudantes das condições para contar com tão indispensável auxílio.

Se já alimentamos as legiões de irmãos que estavam aterrados pela miséria e submetidos pela fome, ao retirarmos de condições desumanas mais de 40 milhões de brasileiros, incluindo-os na nova e poderosa classe média que está girando a economia nacional e fortalecendo ainda mais nosso país, agora podemos e devemos investir em mais um programa de altíssimo alcance: o UCA.

Mesmo que os computadores de Buriti Alegre, por iniciativa de um prefeito trabalhador e competente, não façam parte de tal projeto, eles estão dentro do espírito que norteou o Ministério da Educação no governo Lula e, agora, no governo Dilma, a priorizar a informatização das escolas públicas em todo o nosso imenso território nacional, com banda larga de altíssima velocidade e computadores de última geração. Cuidemos dos problemas do presente, mas lancemos as sementes de um futuro extraordinário que está reservado ao nosso país.

Gostaria de repartir com todos a essência daquele momento, o sentimento que tomou-me por completo, a emoção que certamente dispensa palavras. Fiz uma viagem à infância, retornei aos anos já distantes em que, de pés descalços no solo generoso e fértil do meu Goiás, com meus irmãos andando léguas a pé até a escolinha distante da roça, carregando cadernos e livros reaproveitados, lápis apontados com esmero na ponta da gilete, a borracha pequena de tanto uso, a única régua... Depois a universidade, o magistério, a militância sindical, a fundação do PT, as lutas, minha vida política, tudo. E olhei aquelas crianças que seguravam seus computadores. Estavam felizes, mas não estavam deslumbradas. Incrivelmente, pareciam saber que não era um presente, mas o reconhecimento de um direito de cada uma delas. E num momento impressionante, num átimo de segundo, pude ter a certeza absoluta de que recebiam não como o fariam com um velocípede, uma bicicleta ou o pedido atendido por Papai Noel.

Nossos olhares se cruzavam e pude testemunhar, apesar de minha emoção, que aqueles pequenos e determinados filhos do povo, aquele gente miúda e extraordinária do Brasil profundo, segurava seus computadores com as duas mãos, com ar sereno e compenetrado, como quem segura o futuro melhor que os espera logo ali.  Confesso, seguro e feliz, que todo e qualquer sofrimento é menor, infinitamente menor, que a suprema alegria de ter participado daquele momento. Eu vi o Brasil de amanhã.

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