CPMI investigará caso Cachoeira

Os presidentes da Câmara [Marco Maia PT] e do Senado [José Sarney] firmaram um acordo para criar uma CPI mista para investigar o caso Carlinhos Cachoeira.

“Não há por que haver uma CPI na Câmara e outra no Senado se é possível a construção de uma CPI mista” disse Marco Maia. 

Ele defende que a cpi “ cumpra a tarefa de investigação desse caso envolvendo Cachoeira com parlamentares, pessoas do Executivo, do Judiciário e também com pessoas ligadas à imprensa. Defendemos uma CPMI ampla para desvendar o que de fato ocorreu.”


“Como há um entendimento entre os presidentes das duas Casas e há um posicionamento claro dos líderes, acredito que não teremos nenhum problema na tramitação dos procedimentos legais para a instalação dessa CPI”, disse Marco Maia aos seus pares.

Chrome é líder no Brasil

Pesquisa [online] da Navegg aponta preferência do Chrome pelos internautas brasileiros.

O browser da Google tem 35% do mercado.

O Internet Explorer da Microsoft vem em 2º lugar com 33%.

O 3º é o Firefox da Mozila;

O Safari e demais navegadores são usados por 12% dos usuários do país.


Agir antes que abafem


O PT e as forças progressistas precisam agir de imediato, pois está em curso uma tentativa de acabar logo com o caso Demóstenes & Cachoeira. Para muitos é incômodo discuti-lo. Vai atingir bastante gente por comissão ou omissão. Faz três anos que a Polícia Federal apresentou provas consistentes à Procuradoria Geral da República, agora reforçadas. Não dá para acreditar, num país em que vaza tudo o que é sigiloso, que era segredo a relação entre Demóstenes e o chefe de uma organização criminosa. Além disso, era notória no meio político de Goiás, a antiga amizade do senador com o bicheiro e as estreitas relações que este mantinha com o suplente de Demóstenes no Senado e principal financiador legal de sua campanha eleitoral. Deste círculo participavam deputados, secretários de Estado, prefeitos, delegados da polícia federal e estadual, oficiais da polícia militar, juízes, a chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, e o próprio governador, de quem adquirira a casa em que morava quando foi preso.
Talvez a Procuradoria Geral da República e os governistas inibiram-se com as vacinas que a oposição e a grande mídia vieram sistematicamente injetando na sociedade contra a investigação de atividades ilícitas de membros da oposição, taxando-a de produção de dossiês e de perseguição política.
Logo que veio a público a existência, na mesma pessoa, de outro Demóstenes, aliado do crime organizado e da corrupção sistemática, o DEM quis logo ver-se livre de seu líder, por longos anos alçado a herói da luta contra a corrupção, cogitado para ser candidato a presidente da República ou vice da candidatura do PSDB. Os outros partidos de oposição mostraram-se perplexos e cautelosos, também porque tem políticos seus envolvidos no mesmo esquema.
Os poucos editoriais dos grandes jornais vão na linha de isentar o DEM das ações de sua maior estrela, e até elogiam o partido. O Estadão chegou a misturar Demóstenes com Pimentel e Palocci, como se os casos fossem iguais. A Veja, cujo diretor da sucursal de Brasília falou por telefone cerca de 200 vezes com Cachoeira, preferiu priorizar na capa uma polêmica de dois mil anos sobre o santo sudário. Um importante jornalista de O Globo ensaiou a hipótese de problemas mentais no personagem. A mídia não abriu neste caso uma campanha, como fez no governo Dilma as campanhas pela queda de ministros. Como fez várias no governo Lula, a primeira quando o mesmo Cachoeira filmou um pedido de propina de Waldomiro Diniz, antes deste ir para o governo federal. A mídia até chegou a lançar uma contracampanha, colocando em igual destaque o caso de uma contribuição legal ao PT de Santa Catarina feita por uma empresa fornecedora do Ministério da Pesca.
Cabe a nós do PT e a nossos aliados abrir uma campanha de esclarecimento e dela tirar todas as consequências para a luta contra a corrupção e para a reforma necessária da política brasileira. O que levou o ex-procurador geral de Justiça de Goiás, ex-secretário de Segurança Pública, senador reeleito de brilhante carreira, envolver-se com o crime organizado, e enganar uma nação? Foi o financiamento de suas campanhas, de sua atividade política, de suas ambições políticas? Quem foi beneficiado, quem participou? Quem colaborou no ocultamento de tantas evidências por tanto tempo? E muitas outras perguntas que exigem resposta.
Não será fácil levar esta empreitada adiante porque Demóstenes era um dos principais líderes do projeto conservador de país que se opõe ao projeto reformista em curso. Tem muita gente apoiando seu imediato sumiço da cena. A dupla personalidade política agora revelada, e por ele levada ao extremo, lembra a linha da velha escola udenista, que tem muita força ainda no Parlamento, no Judiciário, na mídia. O udenismo, quando fazia campanha contra a corrupção, escondia, sob a máscara desta campanha, seu objetivo real: assumir o poder para impor uma política elitista no lugar de uma política popular distributiva de direitos, e para substituir o nacionalismo por um alinhamento incondicional aos Estados Unidos. O ‘varre-varre vassourinha’ de Jânio, que veio em sequência na mesma tradição, ao assumir o poder quis dar um golpe na democracia para objetivos similares ao que se assistiu depois de 1964. A ‘caça aos marajás’, que mais tarde elegeu Collor presidente, quando no governo, confiscou as poupanças e quebrou boa parte da indústria com as primeiras medidas neoliberais.
Às forças conservadoras e à oposição que delas faz parte não interessa esclarecer este caso. As forças que defendem com o PT o mesmo projeto de país mais igualitário, mais democrático, e mais soberano tem que se mobilizar para desvelar a extensão desta farsa. Temos uma grande oportunidade para tornar mais clara a política brasileira. Não podemos perdê-la.

O segredo para uma boa relação é

[...] beleza e paciência. 

Se der certo, Beleza!

Se não der, Paciência!

Baca privada esperneia para não baixar juros

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O fato político mais importante desse ano é a decisão de o governo enfrentar a questão dos escandalosos spreads bancários, a necessidade de baixá-los. Seja qual for o resultado, saímos do silêncio e do marasmo e trouxemos a público o gravíssimo problema: o custo do dinheiro e o elevado - quase único no mundo - spread cobrado pelos bancos brasileiros.

Ao expor publicamente a questão e orientar os bancos oficiais a reduzir suas taxas de juros e seus spreads - o que ocorreu na semana passada, da parte do Banco do Brasil e do BNDES, e ontem, da parte da Caixa Econômica Federal - a presidenta Dilma Rousseff mexeu num vespeiro. Obrigou os bancos privados a virem a público expor sua posição - contrária, óbvio, a que a redução de juros e spreads se estenda a eles.

Mais do que isso, lê-se hoje: convocados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, banqueiros - seus representantes - finalmente dispõem-se a levar proximamente ao governo propostas de redução dos seus custos, dos impostos e do compulsório (depósito obrigatório) e o pedido de novas garantias. Como, por exemplo, sobre seus ativos depositados em fundos previdenciários ou no Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).

A balela de que redução precisa ser sustentada por subsídios
Apesar de a banca privada insistir que a redução dos juros nos bancos públicos é artificial e que precisa ser sustentada por subsídios, ou acabará em prejuízo, isso não é necessariamente verdade. Estes mesmos bancos já o fizeram (diminuíram taxas), modestamente na crise, e seus lucros subiram. Dentro do previsto, já que, pela lógica, mais vendas ou mais clientes significam ou devem significar menores custos e ganhos na quantidade - seja na venda de um produto como geladeira, seja no empréstimo de dinheiro.

A verdade é que nada justifica o atual spread de 32% colocado sobre seus empréstimos pelos bancos privados: nem os impostos, nem os custos, nem o compulsório e nem a inadimplência. Só a falta de concorrência nesse setor e a absoluta falta de políticas para enfrentar a questão justificam a situação.

Falta de políticas, registre-se, da banca privada que se recusava sequer a apresentar propostas porque não tem interesse nem lhe é conveniente baixar juros e spreads; e da autoridade monetária que não abrira para valer, até agora, a discussão dessa questão. Mas, felizmente, esse tempo acabou.

É verdade; os covardes são astutos!

Por Genaldo de Melo
Revendo a destreza com as palavras e os conceitos da política, com letra maiúscula, definida por Aristóteles, ficamos todos nós literalmente estarrecidos como a prática diária dos homens de hoje, sujam e escandalizam o nome da mesma, que é ciência prática de fato. Ela que deveria criar e coordenar as condições elementares para que os seres humanos possam viver e conviver juntos, apesar da diversidade da natureza humana, tornou-se matéria para o vil lucro de alguns homens públicos, como se comércio fosse.
Políticos das mais variadas matizes ideológicas, com exceção de poucos que compreendem a política como a mais necessária das ciências práticas da humanidade, entram na própria para roubar literalmente os cofres públicos. Na grande maioria entram no mundo político para enricar de fato de uma maneira mais fácil, porque sabem que parte da população que escolhe os representantes nos parlamentos e nas cadeiras dos executivos em todos os níveis, não participa da política, participa somente das eleições dos outubros da vida.
Como se pode convencer as pessoas que literalmente dizem a viva voz que não gostam da política, bem como odeiam a política, quando em nome de interesses umbilicais mais da metade dos chamados homens públicos querem é isso mesmo, que o povo não goste e não participe jamais do mundo da política? De fato, como demonstrar com provas factíveis ao homem e a mulher, chamados de comuns, que a política é quem define o preço das coisas ou o nome das ruas, ou até mesmo define leis absurdas, que remexem os ossos daqueles homens bons que morreram há muito tempo, e que criaram as boas regras do jogo da política, como necessidade para existência da civilização?
Somente vemos uma maneira bem simples para moralizar a canalhice e a safadeza de indivíduos mesquinhos e doentes políticos. Uma verdadeira e coerente reforma política que possa fortalecer os programas dos partidos sérios, que exija silenciosamente a participação no mundo político de homens públicos sérios, que tenham a capacidade de fato de criar e coordenar as condições elementares para que possamos todos viver e conviver juntos.
Uma reforma política que coloque na ordem do dia pautas coerentes, para que possamos pensar e focar em melhorar a Saúde Pública, a prevenção da drogadição e da violência, em promover uma Educação Pública de qualidade para todos, no combate a um dos maiores males da humanidade que é a fome, bem como na criação das condições para o fortalecimento e valorização do trabalho com espaço para todos. Melhor dizendo, que fortaleça de fato o papel elementar do Estado como espaço público.
Para combater os malfeitores e os bandidos de nossa República verde e amarela, temos que num esforço conjunto construir a imagem da política, com letra maiúscula, com mais participação de mais gente boa, fortalecendo os processos majoritários de projetos coletivos, e não de interesses individuais dos poucos covardes.

Cadeia para opinião pública!


Guilherme Fiúza, ÉPOCA

A popularidade de Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 77% de aprovação, segundo o Ibope. 
Não dá mais para dourar a pílula. Num cenário como esse, só resta adotar a solução proposta certa vez pelo colunista Tutty Vasques: cadeia para a opinião pública.

E cadeia por vadiagem.
Os especialistas do instituto de pesquisa explicaram a principal causa do impressionante índice: a queda de ministros em série, como nunca antes na história deste país, foi entendida como uma ofensiva de Dilma contra a corrupção.
Tudo bem que a opinião pública, distraída, não tenha notado Dilma correndo atrás do próprio rabo;
Que não tenha se dado conta de que todos os esquemas podres emanavam do padrão Dilma/PT de ocupação fisiológica do Estado;
Que não tenha atinado para o fato de que o modus operandi nos Transportes, no Turismo, nos Esportes, no Trabalho e em todos os outros ninhos parasitários vinha do governo Lula – onde a “coordenadora de todos os projetos” era ela mesma, a chefe da Casa Civil: Dilma Rousseff.
Eleita presidente, o que fez Dilma? Partilhou seu governo entre esses mesmos donatários, seus velhos conhecidos.
Tudo bem que a opinião pública, muito atarefada, não tenha visto nada disso.
Curioso é que não tenha visto também figuras como Carlos Lupi, já afundadas na lama, sendo sustentadas publicamente pela dona dos 77%.
“O passado passou, gente!”, tentou encerrar Dilma, quando o caso Lupi já estava exposto em toda a sua obscenidade – inclusive com flagrante fotográfico do ministro não-governamental.
Lupi só caiu porque a Comissão de Ética da Presidência carimbou a palavra “suspeito” na sua testa. Dilma ainda tentava enquadrar a Comissão, quando surgiu a notícia de que seu protegido tivera duplo emprego público.
Nota da redação: Lupi caiu, mas a rainha da faxina jurou de morte a Comissão de Ética (da qual nunca mais se ouviu falar).
A mordaça foi providencial, porque o consultor Fernando Pimentel, por exemplo, continua tranquilo em sua vida vegetativa no ministério – sem nenhum carimbo na testa.
Nota da redação (2): quem pagou a milionária consultoria fantasma de Pimentel foi o mesmo contratante da pesquisa consagradora para Dilma.
Chega de impunidade: se a presidenta faxineira é inocente, cadeia para a opinião pública.
A alternativa é seguir a recomendação eufórica do ex-presidente petista José Eduardo Dutra, comemorando os 77% de êxito do esquema com um brado poético: “Enfia o dedo e rasga!”
Como se vê, o Brasil está em boas mãos.