STF: circo ou hospício?
Nem Machado de Assis escreveria roteiro tão insólito.
Um Ministro do Supremo Tribunal Federal enlouquece. Passa a distribuir declarações cada vez mais alucinadas, trasformando o Supremo em circo ou hospício. O presidente do STF nada faz, porque é um poeta apartado das coisas vãs do mundo real.
Os demais Ministros percebem estar convivendo com um louco, mas não querem se meter na questão, porque loucos são imprevisíveis. E se o louco se volta contra eles? E se o louco convoca seu "personal araponga"? Cada qual trata de se debruçar sobre seus próprios processos e ignorar o Ministro louco.
Sem saber o que fazer com o louco, o reino continua sua vida normal, fingindo que não existe o Ministro louco que desmoraliza o Supremo. De tempos em tempos, colunistas com dificuldade para preencher sua cota de notas, entrevista o Ministro louco. Ele dá uma declaração louca envolvendo algum colega.
No dia seguinte, burocraticamente os jornais procuram o colega que desmente a nota.
E o reino vai tocando sua vida, procurando ignorar que existe um Ministro louco na mais alta corte.
Só no dia em que o surto se tornar irreversível e o Ministro sair carregado em camisa de força o Supremo tomará alguma atitude.
por Luis Nassiff
Só um idiota pode dizer que existe câmbio flutuante
A nova realidade econômica impõe um diálogo maior entre o Banco Central e o governo, não apenas no Brasil mas também no resto do mundo.
Como resultado, a independência total do Banco Central já não existe mais, defendeu Antonio Delfim Netto, ex-ministro e professor emérito da Faculdade de Economia e Administração da USP. Em entrevista à Agência Estado, ele também considerou inócua a polêmica em torno do câmbio flutuante.
"Não existe câmbio flutuante em lugar nenhum do mundo. Só um idiota pode dizer que existe câmbio flutuante", disparou. Sem reservas, usou o mesmo estilo direto para desqualificar a discussão atual sobre a independência do Banco Central. "A política econômica tem de ser de uma integração entre a política monetária, a fiscal e a cambial. Essa ideia de que o BC é independente já acabou. É coisa ridícula, de pessoas que provavelmente desde a crise de 2008 não leram um artigo sobre a tragédia do Fed."
A independência do BC vem sendo questionada após sucessivos cortes na taxa básica de juros, alguns acima da expectativa do mercado. Na visão de alguns economistas há um movimento casado com a meta do governo da presidente Dilma Rousseff de redução dos juros. Dilma teria a intenção de transformar a cruzada contra os juros em uma marca de sua gestão. Os bancos oficiais, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, são os instrumentos para forçar a queda dos juros nas instituições financeiras privadas.
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Incompreensão. Segundo Delfim, é preciso esquecer a discussão sobre a perda de independência do BC e considera saudável uma interlocução entre a autoridade monetária e a presidente Dilma, e também com o Ministério da Fazenda. "Há uma enorme incompreensão sobre as relações do governo com o Banco Central. O BC hoje é tão independente quanto foi no passado. Simplesmente tem mais conversa, porque o mundo é muito mais complexo. Você acha que o Bernanke (Ben Bernanke, presidente do Fed) é independente do Obama (Barak Obama, presidente dos EUA)? Você acha que o Draghi (do BCE) não conversa com ninguém?", questionou.
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, o economista prefere não fazer previsões, mas concorda que ainda há espaço para corte de um ponto porcentual: "O (presidente do BC, Alexandre) Tombini já provou que está muito mais antenado com a realidade brasileira e com a realidade internacional. Vai conversar com seus companheiros do Copom e ver onde podem ir."
O economista acredita que a forte desvalorização do real em relação ao dólar nas últimas semanas foi resultado da atuação do governo, que permitiu que a moeda brasileira ficasse supervalorizada por muito tempo, em parte devido aos juros altos. Na avaliação dele, no entanto, ainda é difícil definir uma taxa de câmbio ideal para o País.
Entretanto, ele não acredita em uma pressão inflacionária mais forte como consequência da mudança no câmbio. "A passagem do câmbio para os preços evidentemente existe. Mas a economia tem outros fatores. Seguramente, um aumento de câmbio de 10%, 15%, 20% se transfere como um aumento de preços talvez em 1%, 2%, ou 3%, mas ao longo de 12, 15 meses", calculou.
O ex-ministro disse mais pessimista com o crescimento do PIB este ano e revisou a previsão de crescimento para 3,2% ou 3,3%.
DANIELA AMORIM/RIO, RICARDO LEOPOLDO
A desconexão com realidade
Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), caiu em janeiro de 2011, quando Wellington Moreira Franco assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ministério ao qual o Instituto está subordinado. Tem mais: Marcio Pochmann censura pesquisas no Instituto desde que tomou posse em 2007. Sob sua direção, o órgão caracteriza-se pelo chapabranquismo militante. Acha pouco? Agora Pochmann vetou o nome de seu sucessor, indicado pela presidenta Dilma Rousseff que, em represália, vetou os nomes apresentados pelo economista e impôs um nome de preferência de Aldo Rebelo, que ainda não havia entrado na história. Depois disso, Moreira Franco indicará um interino em caráter definitivo.
A trama pode continuar indefinidamente. Nada disso corresponde aos fatos, mas tudo foi registrado pelos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense e Valor Econômico. Se os fatos não forem bem assim, problema dos fatos. A desconexão com a realidade ultrapassa a linha do ridículo.
Yakissoba com frango
- 1/2 colher (sopa) de óleo de soja
- 1/2 peito de frango desossado em cubos pequenos
- 1/2 pimentão vermelho em cubos pequenos
- 1 cenoura em palitos
- 1 colher (chá) de sal
- 4 folhas de acelga em pedaços médios
- 1/2 xícara (chá) de couve-flor em pedaços pequenos
- 1/2 xícara (chá) de brócolis em pedaços pequenos
- 5 colheres (sopa) de shoyu
- 200 ml de água
- 1 1/2 colher (sopa) de amido de milho
- 300 gramas de macarrão tipo lámem cozido "al dente"
Como fazer