Aderilo, a raposa

O vereador Aderilo Alcântara, em campanha fazia caminhada pelo centro da cidade de Iguatu quando encontrou o Editor do Jornal a Praça:
- Como vai a graça?
- O nome é "Jornal a Praça", vereador.
- Claro que sei ser a Praça o nome do jornal. Refiro-me da graça do que publica.
- Apesar das dificuldades de patrocínio, vai bem.
-  Leio seu jornal todos os dias, amigo!
- Mas, o jornal é semanal.
- É claro que é semanal. Eu sei! Todas as semanas pergunto a minha secretária: "Cadê A Praça"? É que ele é tão bom e gosto tanto que leio todos os dias.
Humor sem fronteiras

Religião: e as Igrejas empresas


Há muitas igrejas que agem como verdadeiras empresas, obtendo grandes lucros, usando a fé.
Por muito tempo, ouvimos falar e ainda ouvimos de instituições cristãs seculares, de que a pobreza (em espírito), é uma das grandes virtudes cristãs. Essa virtude, pregada por estas mesmas instituições, especialmente o catolicismo, diz que devemos ter um desapego aos bens materiais, não termos ganância sobre a matéria, valorizando mais aquilo que beneficia o espírito, para o crescimento pessoal, e o louvor e honra a Deus. Com o passar do tempo, surge a chamada Teologia da Prosperidade, em que os mais fiéis aos preceitos e doutrinas religiosas, prosperam na vida materialmente, e financeiramente.
Alguns podem afirmar que a Teologia da Prosperidade seria uma contraposição do voto de pobreza, defendida ferrenhamente por religiões mais tradicionais. Mas a Teologia de Prosperidade tradicional, embora promova essa prosperidade, não estimulava a ganância dos fiéis e pastores, ou seja, a própria religião ajudava o fiel a organizar as finanças, como por exemplo: fumar é pecado, e a pessoa deixa de gastar dinheiro com cigarro, ajudando na economia do dinheiro, que seria gasto com cigarrro. Isso sem falar dos outros preceitos e costumes, que poderão ajudar as pessoas a se prosperarem financeiramente.
Mas aí, vieram as chamadas igrejas neopentecostais. Estas mesmas igrejas acabam reescrevendo o conceito de Teoria da Prosperidade, usando o sistema de troca, ou seja, para uma pessoa ter uma graça alcançada, ela precisa dar algo, para ter essa mesma graça em troca. É daí que surge o Capitalismo Religioso, cujo objetivo, é simplesmente, obter o lucro. O capitalismo religioso diz que se você tem dívidas, que ter uma casa, um carro, ou está sofrendo muito, você terá que dar o que você tem, ou melhor, praticamente tudo o que você tem, e dá na mão do pastor, em troca da graça divina. Isso transforma Deus em comerciante, que entrega a graça, em troca de dinheiro, comercializando a fé.
Pois bem, isso seria uma clara atividade de simonia, uma prática usada pelos vendilhões do templo, expulsos por Jesus Cristo. Nesse sistema de teologia da prosperidade deturpada, líderes de movimentos neopentecostais faturam milhões e milhões de reais em cada culto, em cada templo, onde há muitos templos instalados em várias partes do mundo. Esses mesmos líderes que ainda ousam a usar os meios de comunicação de uso público, a TV aberta, para pregar as suas vãs palavras e arrecadar mais dinheiro em nome de uma divindade, o que com certeza, não é a mesma divindade que expulsou os vendilhões do templo.
Mas isso não se restringe às religiões neopentecostais. Até mesmo a Igreja Católica, que citei no começo deste texto, que prega a pobreza, também lucram bastante com o capitalismo religioso. É muito comum você ir aos eventos católicos, ver pessoas oferecendo produtos e serviços, para a fé. Claro que não vendem a graça divina em seus cultos, como fazem os neopentecostais, mas eles também lucram bastante com isso. Realmente, ninguém é obrigado a comprar aquelas camisas com os dizeres cristãos, mas todos são induzidos, e muitos compram, o que chamamos claramente de marketing cristão, e acredite, é bem lucrativo. 
Mas  isso gera também um pouco de materialismo no meio cristão, favorecendo o capitalismo religioso, até em instituições religiosas, que se prezam pela pobreza. Logo vemos que não tem escapatória, pois assim como o "mundo" (como os religiosos costumam chamar), os mesmos acabam dando mais valor ao material. O mesmo se diz ao pagamento de promessas, sobre milagres, ainda mantendo a relação com Deus comerciante. Deus quer que pratiquemos o amor, não fazendo sacrifícios e coisas absurdas como forma de agradecimento pela graça alcançada.Claro que não podemos generalizar, mas vamos lembrar que fenômeno do Capitalismo Religioso é um negócio altamente lucrativo. Empresas lucram e faturam alto, com produtos e serviços oferecidos às igrejas e pelas igrejas. Prova disso, são as construções de megatemplos, e atividades nas emissoras de TV. O capitalismo religioso movimenta o mercado, e como movimenta, mas assim como qualquer outro tipo de capitalismo, incentiva e estimula o consumo deliberado e aumenta a desigualdade social. Não é porque que ela possui rótulo de religioso, que ele vai ser bom. Capitalismo é capitalismo, e age inclusive nas religiões.

STF e os "moitas"


Um grupo de ministros do (STF) está, com o compromisso de seus nomes não serem revelados, a falar em “off the record” sobre o Mensalão com jornalistas da Folha de S.Paulo, conforme matéria estampada na capa da edição de hoje do jornal. Ontem, eles falaram, sempre em “off”, ao jornal O Estado de S.Paulo.

Os dois jornais “estão na deles”, para usar uma expressão muito empregada pelos jovens. Mas, enquanto os jornais publicam, “na deles”, o furo de antecipar opinião de ministros sobre a prova, o que dizer dos julgadores supremos?

A resposta é fácil. Até os bacharéis em Direito que ainda não foram aprovados no exame da Ordem dos Advogados sabem que o magistrado não pode antecipar juízos. A lei estabelece que só o ministro, sobre questões “sub-judice”,  pode falar nos autos e em determinados momentos processuais. Mais ainda, não pode prejulgar, nem dizer sobre validade de provas na formação do seu convencimento.

Os ministros que falam a aparelhos desligados e com garantia de que os seus nomes não serão revelados burlam a lei.

Como ministros do STF não têm corregedor e não estão sujeitos ao Conselho Nacional de Justiça, eles, no particular, abusam. E, pior, escondem-se covardemente ao  falar apenas em “off”. Covardemente porque sabem que estão proibidos de falar por lei e desafiam a proibição recorrendo ao anonimato. São  “moitas supremos”.

Pano rápido. A que ponto chegamos. Os garantidores da Constituição e aplicadores da lei são seus descumpridores. No popular: em casa de ferreiro o espeto é de pau.
 
Wálter Fanganiello Maierovitch

Amor eterno Amor

[...] combinado então?

STF: Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

 Charge do Zé Dassilva, no‘Diário Catarinense’.

O lado descolado da África


Pra fugir do estereótipo africano (fome, pobreza, guerra) uma jornalista e um designer se juntaram pra trazer à tona outra realidade do continente: o seu lado descolado. A ideia é fazer um mochilão por oito países e produzir um conteúdo pra lá de bacana para lançar o sitewww.afreaka.com.br.
AFREAKALeia mais

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