Eleição 2012: PT o grande vencedor


O Partido dos Trabalhadores (PT) teve uma grande vitória política  no segundo turno das eleições municipais que ocorreu hoje, domingo (28). E essa vitória não se resume à consagradora vitória de Fernando Haddad em São Paulo. A sua dimensão maior é de natureza política. E não é nada pequena. 

Há cerca de quatro meses, lideranças da oposição ao governo federal (se é que ela tem hoje nomes que mereçam esse título) e a maioria dos colunistas políticos dos jornalecos e grandes redes de comunicação apostavam que o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) destroçaria o PT nas eleições municipais. Numa curiosa coincidência, o processo no Supremo adequou-se ao calendário eleitoral, especialmente no primeiro turno. A pressão era intensa e permanente para que o julgamento fosse concluído dentro do calendário eleitoral.

A frustração dessa expectativa foi total. O PT foi o partido mais votado no país, venceu 626 prefeituras (12% a mais do que em 2008), somando mais de 17 milhões de votos. Além disso, aumentou em 24% o número de vereadores e vereadoras, que chegou a 5.164. E levou 22 candidatos para disputar o segundo turno. Mas esse êxito não se resume aos números. O saldo político é muito mais significativo. Essas foram as eleições realizadas sob o contexto do “maior julgamento da história do Brasil”, como repetiram em uníssono colunistas políticos e lideranças da oposição. Ironicamente, o julgamento das urnas talvez seja, de fato, um dos mais impactantes da história do país, fortalecendo o projeto do partido que comanda a coalizão que governa o país há cerca de dez anos e impondo uma derrota categórica ao principal projeto político adversário representado até aqui pelo PSDB, seu fiel escudeiro DEM e pequeno elenco.

E essa derrota, é importante destacar, tem um caráter programático. É a derrota de uma agenda para o Brasil e a vitória do programa que vem sendo implementado na última década com ampla aprovação popular. Não é casual, portanto, que a oposição já comece a flertar com integrantes da própria base de apoio do governo federal numa tentativa de cooptar novos aliados para seu projeto que faz água por todos os lados. 

Esse conjunto de fatores indica que o principal vitorioso nessa eleição não é nenhuma liderança individual, mas sim um partido que conseguiu sobreviver a um terremoto político, reelegeu seu projeto em nível nacional duas vezes e agora, como se não bastasse tudo isso, renova suas lideranças com quadros dirigentes que aliam capacidade intelectual com qualidade política. 

Independente do resultado das urnas neste domingo, nomes como Fernando Haddad, Márcio Pochmann e Elmano de Freitas já representam a cara de um novo PT, fortalecido pela tempestade pela qual passou, pelas experiências de governo e, principalmente, pela possibilidade de futuro.

Essa possibilidade de futuro é representada por um conjunto de políticas que enfrentam grande resistência por parte do conservadorismo brasileiro: Reforma Política, nova regulamentação para o setor de comunicação, colocar a agenda ambiental no centro do debate sobre o padrão de desenvolvimento que queremos, fazer avançar a reforma agrária, fazer a educação pública brasileira dar um salto de qualidade, recuperar a ideia do Orçamento Participativo para aprofundar a democracia e abrir mais o Estado à participação cidadã, acelerar a integração política, econômica e cultural sulamericana, entre outras questões. 

A “raça” petista não só não foi destruída, como sonhavam algumas vetustas lideranças oposicionistas que despontaram para o anonimato, como sai agora fortalecida no final do ano que era apontado como o do “fim do mundo”.

Mas as vitórias quantitativas do PT dependem de algumas condições para se confirmarem como vitórias políticas qualitativas. Uma delas diz respeito à vida orgânica cotidiana do partido que deve ser um espaço de pensamento e organização social, com a participação regular dos melhores quadros pensantes do país. 

Uma das razões dos sucessos eleitorais do PT, que a oposição político-midiática teima em não reconhecer (para seu azar) é o profundo enraizamento social que o partido atingiu no país; a famosa capilaridade que faz com que o PT seja a principal referência partidária brasileira. Esse é um capital político acumulado extraordinário que pode ser multiplicado se não for usado apenas como espaço eleitoral, mas, fundamentalmente, como um espaço de defesa da democracia e do interesse público, de discussão do Brasil e da construção de uma sociedade que supere o paradigma mercantilista que empobrece as relações humanas, destrói a natureza e privatiza a vida e o saber.

A militância petista tem todos os motivos do mundo para estar orgulhosa e esperançosa neste final de ano. Afinal de contas, o julgamento do voto popular subjugou o processo que pretendia colocar o partido e sua principal liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de joelhos. Não conseguiram. 

Este é, obviamente, um texto otimista que não está considerando os inúmeros problemas – organizativos e programáticos - que precisam ser enfrentados no PT, assim como nos demais partidos da esquerda brasileira. Mas esse otimismo, mais do que justificável, é a expressão da voz do povo brasileiro que sai das urnas mais uma vez. A nossa democracia tem muito o que avançar, os problemas sociais ainda são grandes, mas o aprendizado político desses últimos anos abre uma extraordinária possibilidade de futuro. Que o PT e seus aliados tenham a sabedoria de ouvir a voz que sai das urnas. É uma voz de apoio, de sustentação, mas é também uma voz que quer avançar mais, participar mais e viver uma vida com mais orgulho e ousadia.
Marco Aurélio Weissheimer

Adeus Lula

"Esplêndido", artigo que os jorna-listas e colonistas (abaixo), assinariam com prazer:

  • Augusto Nunes
  • Reinaldo Azevedo
  • Ricardo Noblat
  • Eliane Cantanhede
  • Dora Kramer 
  • João Ubaldo Ribeiro
  • Arnaldo Jabor
  • Cláudio Humberto
  • Elio Gaspari
  • Mary Zaidan
  • Ilimar Franco
  • Merval Pereira
Leiam esta "pérola" Aqui 


Hihihihihihihihihihihihi

Fernando Haddad ganhou a eleição em São Paulo mas Lula é o grande derrotado da campanha


Se as pesquisas de opinião sobre a eleição  estiverem corretas, só precisamos aguardar pela boca de urna, às cinco da tarde, para que alguns de nossos  comentaristas muito badalados anunciem a  a notícia do dia: Fernando Haddad ganhou a eleição em São Paulo mas  Lula é o grande derrotado da campanha.
Dirão também que o PT logo estará em agonia profunda,  em função da luta interna, ampliada  pela crise do mensalão agravada  pelas longas penas de José Dirceu e José Genoíno – que logo vão estar brigando  nos bastidores por um espaço no colchonete você sabe aonde.
Também é preciso lembrar o conflito de gerações de militantes aliados de Dilma e aqueles aliados de Lula e que logo vai se manifestar na guerra de cargos da prefeitura. Sem falar nos sindicalistas, inconformados com a perda de espaço junto a Haddad.E  nos intelectuais, que assinaram um manifesto de apoio a Haddad mas no fundo, no fundo, no fundo, não acreditavam que fosse chegar lá.
É bom não esquecer que Haddad recebeu voto de eleitores conservadores e isso vai ter um peso na hora de montar o secretariado. Mais um motivo para brigar.
Ainda é preciso considerar  quem vai concorrer na eleição para governador em 2014. Nós sabemos que ali a disputa já está fora de controle.
Outra crise é na eleição para o senado. Desta vez, teremos uma só vaga. Com o Ibope em  baixa e tudo o mais, não haverá quem queira se candidatar.
É bom lembrar,  claro, que haverá um problema grave nos próximos meses. Inconformado com a vida de ex-presidente, cercado de ex-ministros desempregados, cansado de viajar para o exterior depois que se recuperou da doença, Lula irá mesmo desafiar Dilma  para disputar o Planalto dentro de dois anos e aí, sim, os dois vão brigar para sempre pelo bem do país. A briga, todo mundo sabe, é quem vai ter o Eduardo Campos como companheiro de chapa.
É delírio absoluto? É.
Duvida que vão anunciar essas maluquices se a vitória de Haddad for confirmada?
Eu não. Vamos aguardar.
O único aspecto monótono de  determinadas fantasias políticas é que são inteiramente previsíveis. A vantagem de quem não perdeu o contato com a realidade é que pode rir bastante com elas.
Paulo Moreira Leite

Verdadeiro canalha


Canalha, tu é um verdadeiro   canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Você vive de trambique,
Deita na sopa
E se atrapalha,
Olha aí, seu canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Se elegeu com votos "comprados"
Depois mandou "neles"
Metê bala,
Isso é que é ser canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Rapinou o dinheiro do povo,
Saiu esbanjando
E fazendo bandalha,
Veja bem, seu canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um tremendo canalha.
Comprou carrão,
Fazenda e mansão
E o povo na miséria comendo migalha,
Veja bem, seu canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Está livre a poder de propina,
Porém a justiça divina
Não falha,
Veja bem, seu canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
O truco se acaba
Meio retrocesso,
Verás o reverso da medalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Viver de moleza é muito bom,
Quero ver você
Encarar uma batalha,
Vai trabalhar, canalha!
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
E no dia do judas tu fica na tua,
Se tu for pra rua
A galera te malha,
Fica em casa, canalha!
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Comeu, bebeu, fumou e cheirou,
Depois caguetou
O "cabeça-de-área"
Olha a bala, canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Nunca vi ninguém dá dois em nada
E também se ver
Cadeado não fala,
Aprendi isso, canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
E depois daquele par de chifres
Em que altura está
O teu chapéu de palha,
Já viu isso, canalha?
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
Tu calado tá errado...
E falando nem se fala...
Cala a boca, canalha!!!
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha.
De repente o bicho pegou,
Tu se empirulitou
E jogou a toga, foi se tratar na Germania
Saiu correndo, canalha!!!
Canalha, tu é um verdadeiro canalha...
Canalha, tu é um verdadeiro canalha

Quem não tem votos, compra o judiciário

Leio em "blogs e colunas limpinhas", que condenados no processo do "mensalão",  só irão para prisão no mínimo daqui seis meses...assim não pode, assim não dá...

Se mininistros "comprados" condenaram sem provas, que custa mandar algemar, torturar e trancafiar logo estes meliantes?...

Condenar sem provas é um mal necessário para os sem votos.

Cadeia já!




"(...) hc's pra lá de suspeitos(...)"


[...] e as dezenas de milhares de processos engavetados? Ou simples e vergonhosamente julgados improcedentes? Aliás EM TODOS os tribunais. Se houvesse um mínimo de seriedade não haveria um só ladrão que quisesse entrar na política; nem absolutamente nenhum político que ousasse se converter à ladroagem.
Ninguém rouba sozinho. Especialmentre no Poder Público. Tem quer ter uma quadrilha e com juizes envolvidos até o pescoço.

Na "ditadura cubana" , 92% votam. Na democracia Yanque 60% e o candidato mais votado pode não ser o eleito - vide Bush -

Neste domingo (28), será realizado o segundo turno das eleições municipais de Cuba. 

A primeira etapa do pleito para eleger os delegados (espécie de vereadores) foi celebrada no domingo (21). Como na Venezuela, o voto não é obrigatório no país, mas dos 8,5 milhões de cubanos aptos a votar, 8,1 milhões compareceram às urnas, ou 92%. Nenhum meio de comunicação brasileiro está acompanhando esses acontecimentos na “ditadura castrista”.


eleições em Cuba

De acordo com o Aurélio, ditadura é “qualquer regime de governo que cerceia ou suprime as liberdades individuais”. 

O mesmo dicionário diz que democracia é uma “doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder, ou seja, regime de governo que se caracteriza, em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade, dos poderes de decisão e de execução”.

Ao contrário do senso comum fortalecido pela opinião enlatada dos meios de comunicação nacionais e internacionais, em Cuba pratica-se uma democracia popular, onde não reina a disputa milionária patrocinada por empreiteiras, bancos, mineradoras… tampouco o confronto desestabilizador entre candidatos. 

Nas “ditaduras” cubana e venezuelana, onde o voto não é obrigatório, vê-se uma ampla participação popular: 92 e 81%, respectivamente. No Brasil, onde o voto é obrigatório, no primeiro turno das eleições municipais, 84% compareceram às urnas. Já nos Estados Unidos, onde não raro são denunciadas fraudes eleitorais, em média, 50% dos cidadãos adultos abstém-se nas eleições presidenciais, proporção que chega a 70% nas eleições legislativas. Leia mais>>>