Poesia da noite


O mais corrupto dos poderes conseguiu piorar

Desde sempre considero o Judiciário o mais corrupto dos poderes. Corrompe a ideia, o ideal de Justiça.

Desde sempre o Judiciário garante a impunidade dos Poderosos - os Poderosos sem aspas. -.

Era ruim. Agora é pior.

A corja togada resolveu condenar sem provas.

Pode ficar ainda pior? 

Pode sim. 

Basta o Legislativo e o Executivo ajoelharem-se diante da PiJuGracia e, sentiremos saudade da Ditadura militar.

Quem cala consente. 

Eu não calo. 

Eu não consinto.

Eu não aceito que uns poucos ratos e ratas togadas a serviço de poucas famílias donas de conglomerados midiáticos dominem uma nação.

A luta continua.

Briguilinas discute a contribuição do branco no Brasil

Para comemorar a Semana da Consciência Branca, o Briguilinas.desorg desta 8ª feira (19) irá discutir, ao morto às 25h na TV Briguilina, o branco no Brasil. 

O programa celebrará a cultura branca no país e fará um balancete da contribuição do branco na deformação da sociedade brasileira. Serão abortados também a questão do estágio atual do pósconceito, os recuos do parasitismo branco e sua biodiversidade sustentável, além do legado histérico.

Para bagunçar o assunto, o programa receberá fulano, sicrano e beltrano.

Dilma Rousseff: fizemos a nossa parte


Durante a cerimônia de abertura do Seminário “Brasil en la Senda del Crecimiento”, organizado pelos jornais Valor Econômico e El País, no Teatro Real, em Madri, um balanço da situação econômica do país. A presidenta prevê um crescimento significativo para o próximo ano. Ela ainda ressaltou a importância da manutenção do nível de emprego em patamares elevados, além da redução da desigualdade social e do aumento significativo da renda dos trabalhadores.
“Meu país tem feito a sua parte. Fomos impactados pela crise, como todos os países. Mas, apesar da redução conjuntural de nosso crescimento, estamos mantendo o nível de emprego em patamares extremamente elevados, continuamos reduzindo a desigualdade social e aumentando significativamente a renda dos trabalhadores. Esperamos ter um crescimento significativo em 2013”, disse.
Para Dilma, a consolidação fiscal só é sustentável em um contexto de recuperação da atividade econômica. Por isso, ela voltou a enfatizar a importância das medidas de incentivo ao crescimento, tão necessárias quanto a responsabilidade fiscal.
“Por isso, defendemos que as regiões em crise adotem uma estratégia que abra mais espaço para estímulos fiscais imediatos, escorados por planos de consolidação de médio e longo prazo. Defendemos medidas anti-cíclicas principalmente dos países superavitários que devem consumir mais, investir mais e importar mais. Porque, se todos fizerem ajustes simultâneos o resultado é a recessão.  Tal estratégia seria sem dúvida menos perversa para as famílias e para as empresas”, acredita.

Quero saber

A Visanet foi estatizada hoje ou será apenas quando Joaquim Barbosa tomar posse como o presidente do STF quinta-feira dia 22?

Na favela não tem somente bandidos

Na FAVELA não tem somente bandidos gerados pelo sistema capitalista desalmado e hipócrita. 

Na FAVELA existem milhares de trabalhadores que foram morar nesse ambiente agressivo por não terem dinheiro para comprar uma casa própria ou então pagar um aluguel de uma casa descente, na qual poderia cuidar com dignidade de sua família. 

Os marginais que se escondem nas FAVELAS como lixo que a sociedade varre para de baixo do carpete para que o ilustre visitante não veja suas mazelas. Por sua vez, o Estado não se preocupa com o exército de desempregados que moram nesses morros e nas periferias das médias e grandes cidades. Por essa razão, a bandidagem acaba fazendo o papel do Estado atendendo a população carente com mantimentos, remédios entre outros produtos básicos. Pois os governantes se omitem no quesito melhorar a vida de nossos irmãos marginalizados e explorados pela burguesia, a qual manda sua polícia matar impiedosamente os jovens que transgridem a lei do branco rico.
Marco Leite

Roberto Amaral: O Brasil real e a imprensa nativa: um desencontro marcado


-“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].
Maria Judith Brito, presidente da Associação nacional de Jornais
Em qualquer análise à nossa grande imprensa (ela prefere chamar-se de ‘mídia’), lamentável é a necessidade de repetir, cem vezes repetir e continuar repetindo, que o objeto de nossos ‘meios’ não é informar (já ninguém cobra isenção), mas manipular a informação, e fazê-lo de forma aética, porque escondida, negada, negociada. A grande imprensa, senhorial, travestida no papel de vestal, toma partido, distorce os fatos segundo seus interesses econômicos-políticos,  posando de imparcial. Aliás, penso que a questão de fundo já não é a manipulação, o partis pris, mas a insistência em apresentar-se como isenta, na tentativa de conquistar abono social para sua má conduta. Julga-se acima do bem e do mal, acima das leis e do Estado, mas, ao contrário da mulher de César, não é séria, nem parece ser séria.
 clássico, conhecido até pelos alunos dos primeiros períodos dos cursos de Comunicação Social (meus alunos pelo menos sabiam), o mecanismo de construção da realidade mediante a criação de ‘fatos’, pois, ‘real’ não é o evento assim como ocorreu, mas o evento narrado (a ‘notícia’), real ou não.
Entre nós, esse processo já virou prática cediça, e, uma vez conhecido,  a mais ninguém engana. Funciona assim: um órgão da auto-intitulada ‘grande imprensa’ veicula um texto criado em sua ‘cozinha’ a partir de simplesmente nada ou de  ilações, o que dá no mesmo, e nos dias imediatos, cada um à sua vez, os jornalões seguem repetindo aquela matéria já como se ela fosse uma ‘notícia’, e o ‘fato’, isto é a  matéria inventada, passa a ter vida. Em regra, ou a ‘denúncia’  é lançada por um jornalão e repicada na revistona, ou começa na revistona (é o caso recente) e termina nos jornalões. Termina, em termos. Pois essas matérias, de extrema falsidade, de um jornalismo que, se tivesse cor,  seria a marrom, não foram criadas como obra jornalística, mas simplesmente para alimentar ações políticas, de uma oposição sem capacidade de criar fatos, como docemente nos informa dona Maria Judith, com a alta responsabilidade de presidente da ANJ.  Aí,  então, eis o ritual,  um indefectível senador, sempre presente na mídia televisiva, aparece denunciando a ‘gravidade dos fatos apontados pela mídia’, e sua ‘denúncia’ volta a alimentar a mídia.
Quais são os fatos, desta feita?
A revistona em edição de setembro último, com base numa conversa que o Sr. Valério teria tido com uma terceira pessoa não identificada, afirma, em matéria de capa, que o ex-presidente Lula comandava o ‘mensalão’.  A ‘reportagem’, como previsto, vira notícia nos jornalões, nos quais é repetida sem nada lhe haver sido acrescentado, a não ser pelo Estadão (manchete), ao aduzir que o inefável Valério, em depoimento     que teria dado ao Ministério Público Federal (inquérito que não tem o mínimo trecho transcrito), teria citado Lula, Palocci e Celso Daniel, relembre-se, o prefeito de Santo André assassinado em 2002, fato volta e meia retomado pela mídia com lances de sensacionalismo. Segundo o jornalão paulista o Planalto teria pedido a ajuda dos cofres de Valério para calar pessoas que não identifica, as quais estariam fazendo chantagem contra quem não diz. A seguir, a pauta volta para a revista.
Sem citar fonte, como sempre, Veja, a inexcedível, ‘descobre’, na edição seguinte, que os chantageados seriam o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho. E volta o carrossel da irresponsabilidade jornalística: a ‘matéria’ inventada’ vira notícia reproduzida por Estadão,Globo e FSP, até o momento em que um hoje obscuro deputado pernambucano asilado em SP é filmado no protocolo do Ministério Público, em Brasília, pedindo abertura de inquérito contra o ex-presidente.
A propósito dessa manipulação grosseira que procurei descrever em poucas linhas, chega-nos em nosso socorro a jornalista Suzana Singer, a ombudsman da FSP, em sua coluna de 11 do corrente, acusando, com sua autoridade, a imprensa de servir de porta-voz do Sr. Valério, ao reproduzir,  sem critério e acriticamente,   os recados ameaçadores’ do operador do chamado ‘mensalão. Estariam, assim — as palavras são minhas–, o vetusto Estadão e seus colegões participando de uma chantagem?
Cedo a palavra à brava Suzana:
“É fundamental também deixar claro para o leitor que o empresário mineiro [Valério] não falou com a imprensa – a Veja não diz que o entrevistou, o Estado não publicou transcrições do depoimento e a Folha reproduziu os concorrentes”.
Eis o corpus delicti de nossa imprensa.
Onde mais estará a tragédia republicana? Em uma oposição sem rumo, nau soprada pelos ventos dos empresários da Comunicação, ou em uma mídia que assume o papel de partido político, renunciando ao seu ofício primário de informar? A essa altura ainda será possível (mesmo aos ingênuos de carteirinha) identificar o dever/direito de informar como a missão da imprensa,   ou isso é mesmo uma só balela, das muitas que nos pregam, como a ‘isenção’ da Justiça e do Estado na sociedade de classes?
A construção também se dá pelo inverso: a imprensa altera favoravelmente os fatos que lhe desagradam. Na cobertura das últimas eleições, construindo, como “o recado das urnas” a existência de uma oposição reanimada no Norte-Nordeste (manchete de O Globo, 30.10.2012), ou escolhendo como vitorioso o senador Aécio Neves, papagaio de pirata das vitórias do PSB. O mesmo O Globo, já antes, em 2010, dera exemplo primoroso dessa alienação ao garantir, em caderno especial, que o governo Lula havia sido um total fracasso, muito embora a realidade (Ora,  a realidade…) mostrasse o presidente com aprovação superior a 80%… Se não podemos mudar a realidade, dir-se-ão os editores do jornal, podemos pelo menos negá-la. Os veículos mais desapegados da realidade (falo da revista paulista e do diário carioca) parecem tratar seus leitores como aquele protagonista de ‘A vida é bela’, que ilude seu filho colorindo-lhe o mundo, para que ele não perceba o contexto em que está vivendo (a dura realidade de um campo de concentração).
Perguntará um rodriguiano ‘idiota da objetividade’: — Mas é possível os meios de comunicação desconsiderarem a opinião pública? Respondo-lhe: esse trabalho político-ideológico é apoiado em um tratamento da informação como um ‘produto’, que visa a um nicho específico do mercado; a família Marinho, por exemplo, oferece, por meio do ‘Jornal Nacional’ (TV Globo), do Globo, da Globonews e do Valor, diferentes produtos, cada um matizado em função do público-alvo. O jornal impresso atende a algo como 300 mil pessoas que partilham, grosso modo, de valores semelhantes àqueles esposados pela cúpula do partido, isto é, da imprensa. Cada um fala à sua militância.
Na vida real, todavia, não há como iludir os eleitores: o ex-presidente deixou o poder consagrado, enquanto seu antecessor posa como um rei no exílio; Dilma foi eleita e os partidos da base do governo ganharam em algo como 16 das 26 capitais em disputa, e, entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, e  Natal, Recife,  Fortaleza e São Luiz no Nordeste.
Às vezes é duro encarar os fatos.