Transposição do Rio São Francisco: a verdade vou dizer, por Padre Djacy Brasileiro

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São muitas inverdades quanto à execução do projeto de transposição de água do rio São Francisco, sobretudo neste tempo de campanha eleitoral. E essas mentiras não deixam de ter cunho politico-ideológico. Afinal, para os que são acostumados com a cultura da má- fé, a mentira torna-se, indubitavelmente, trampolim para a conquista dos seus ideais.

Eis, então a grande pergunta, pergunta dos doze milhões de nordestinos que pungentemente clamam pelas águas do Velho Chico: esse projeto de transposição está, de fato, sendo executado? Está saindo do papel? Suas obras estão sendo tocadas? Eu também, como sertanejo, fiz várias vezes estas mesmas perguntas.

Como cidadão e Padre católico, assumo toda a responsabilidade nesta minha afirmação peremptória: o projeto de transposição está sendo executado a todo vapor. Eis a grande VERDADE.
Digo isso baseado na visita que fiz, nesta quarta-feira, dia 27, aos dois lotes (6 e 7) que ficam na região de São José de Piranhas, sertão paraibano.

Fiquei felicíssimo e muitíssimo esperançoso quando vi as obras da transposição aceleradas, executadas com toda força. Presenciei dezenas de máquinas, inúmeros operários trabalhando num ritmo aceleradíssimo. Confesso que fiquei emocionado.

Não só presenciei o trabalho como também conversei com muitos dos que estavam lá. Não perdi a oportunidade de também conversar com os moradores da comunidade Boa Vista. Essa comunidade fica ao lado do lote sete.

Eis o que disseram alguns funcionários que lá estavam:

-Padre, aqui ninguém para. Estamos trabalhando pra valer.
-Estamos trabalhando sem parar. Como o senhor pode ver agora. As máquinas não param.
-Bom, essa obra será concluída no ano de 2015. É por isso que nosso trabalho é pra valer.
-Aqui neste lote, há mais ou menos três mil operários.

O que ouvi de alguns moradores da comunidade Boa Vista:

-Eita Padre, agora vai. A gente nunca viu tanta gente trabalhando. Não para mesmo.
-são muitas máquinas trabalhando, é pra lá e pra cá. Nunca vi tanta maquina na minha vida.
-Do jeito que vai, seu padre, essa obra vai ser concluída logo.

Queridos nordestinos, eis a verdade. Sou testemunha ocular. A esperança de recebermos água do rio São Francisco está mais viva do que nunca. Aliás, tenho a absoluta convicção que, em 2015, esse sonho será uma realidade. Não tenho nenhuma dúvida.

O cristão que disser que as obras da transposição estão paradas está mentindo. E quem mente está na contramão de Jesus Cristo que falara somente a verdade.
Fui e vi. A verdade tem que ser dita!
Vejam as fotos tiradas por mim.
Padre Djacy Brasileiro, em 28 de agosto de 2014.


Humor

The i-piauí Herald
Marina governará com Terra, água, fogo e vento

ZEITGEIST - Semeadora da nova política, a candidática Marina Silva apresentou seu plano de governo. "Quando a lua está na sétima casa/ E Júpiter se alinha com Marte/ A paz guiará os planetas/ E o amor conduzirá as estrelas/ Essa é a aurora da Era de Aquário! Eeeera de Aquáááriooooo", cantarolou Marina, enquanto saltava nua em um gramado, acompanhada de Beto Albuquerque e Luiza Erundina, vestida de querubim.

Em seguida, Marina observou que sua equipe congregará Yin e Yang, Tico e Teco e, sem rótulos, governará com os blogueiros do Brasil 247 de braços dados com Reynald Azeverde. "Governarei com apenas cinco ministérios: Terra, Água, Fogo, Vento e Coração", explicou.

Ao explicar a origem do avião que transportava Eduardo Campos, Marina Silva evocou o melhor de Lula e de FHC, numa fusão holística: "Não sabia de nada", disse, em homenagem ao ex-presidente em exercício, e "Voei, mas não trafeguei", arrematou, em homenagem a Fernando Henrique.

No final da tarde, o Google apresentou um novo algoritmo de busca cuja função será encontrar uma proposta concreta de Marina Silva. "Por enquanto, neca de pitibiribas", lamentou Sergey Brin.


Conversa Afiada: os idiotas do tripé

A metrópole passou a preferir emprego a arrochar e esqueceu de avisar aos idiotas que continuam com o mesmo blablablá.

Nelson Rodrigues se referia aos "idiotas da subjetividade". Aqui vamos tratar dos "idiotas do tripé".

Essas viúvas e viúvos do Farol da Alexandria, na verdade, nada mais são do que militantes do Consenso de Washington, escrito por John Williamson para dar coerência e teoria ao neolibelismo que “resolveu” a crise da divida com a submissão da economia dos endividados aos bancos credores.

O think tank de Williamson – Institute for International Economics – era uma usina de ideias aos bancos, que as vendiam ao FMI e ao Banco Mundial como o Evangelho da Privataria.

Deu no que deu.

Uma das características dos idiotas da objetividade, ou, no caso, do tripé, é que, como infatigáveis provincianos, copiam as ideias da Metrópole e não percebem quando a Metrópole muda de ideia.

O tripé consiste, em poucas palavras, em arrochar – Orçamento e Salários -, cortar programas sociais e ministérios – como o Desenvolvimento Agrario e do Combate à Fome -, aumentar os juros (viva a Neca Setúbal ! Viva o NauFraga, outro banqueiro !) – e dane-se o emprego !

Esse é o tripe, ou o Quadrilatero, como queiram.

É, em suma, o Consenso de Washington que os candidatos da Oposição, Bláblárina, a do jatinho sem dono, e o Arrocho, do aeroporto do Titio, repetem como crianças recitam o Catecismo no Dia da Comunhão.

Como disse o Oráculo de Delfos, em notável entrevista em “Mais Lula e mais política”, o que está em jogo nessa eleição é Arrocho vs não-Arrocho.

Os idiotas do tripé jogam no time do Arrocho e a Dilma, no não-Arrocho, óbvio.

Só ela criou mais empregos que o Farol de Alexandria em toda a sua carreira bem-sucedida de Presidente da República, do Cebrap e do iFHC !

E o que diz a Metrópole ?

A Metrópole, finalmente, começa a jogar no lixo seus tripés, nem se lembra de quem é Willamson e com medo das teses do Piketty : ou emprega e distribui renda ou a casa cai – mudou o jogo.

E não avisou aos idiotas do tripé.

Porque têm mais o que fazer do que mandar recado ao NauFraga, ao André que leva os cavalos de avião para a Inglaterra, ou à Urubóloga, a melhor pensadora do neolibelismo nativo.

Diz o New York Times:

http://www.nytimes.com/2014/08/25/business/central-bankers-new-gospel-spur-jobs-wages-and-inflation.html?mabReward=RI%3A8&action=click&pgtype=Homepage®ion=CColumn&module=Recommendation&src=rechp&WT.nav=RecEngine

Em resumo, para facilitar a leitura dos idiotas do tripé:

- Janet Yellen, presidente do Banco Central americano diz que prefere manter juros baixos para animar o emprego;

Alias, a política de estímulos do Obama e do FED, embora ainda não crie empregos, fez com que o PIB crescesse, no segundo trimestre, a mais de 4% ao ano – http://www.theguardian.com/business/2014/jul/30/us-economy-beats-forecasts-gdp-growth-second-quarter

- Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que , por muto tempo, foi um “roda-presa”: os governos europeus devem fazer o mesmo: estimular, porque os riscos de fazer pouco (para criar emprego) são maiores do que fazer demais.

- Harushiko Kuroda, presidente do Banco Central do Japão: é melhor aumentar a inflação para dar emprego.

- Dennis P. Lockhardt, presidente do Banco Central de Atlanta: prefiro errar e criar mais emprego do que ter que ter de recuar.

E aqui, esse blábláblá de tripé.

É tão atualizado, moderninho, como a mamãe recomendar à filhinha usar a pílula.

Note-se que, nessa reportagem do New York Times, não ha referência ao FMI, hoje, muito mais preocupado com as investigações de corrupção de sua diretora-gerente, Christine Lagarde, indiciada na França – http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/08/27/internas_economia,562912/fmi-nao-comenta-indiciamento-de-sua-diretora-pela-justica-francesa.shtml

E, aqui, na Província mais medíocre, o FMI ainda é levado a sério.

Como o seu Apólogo, o Farol de Alexandria…

Ah, esses Idiotas da Objetividade !

Paulo Henrique Amorim



Papo de homem

Entre o caos e o solzinho do meio da tarde

A gota era de encher copo d’água. Foi uma dessas que acabou de cair em mim, saltitada de alguma goteira na velha telha de plástico que nesse momento me abriga. Ou tenta.

Em casa, as coisas também não vão nada bem. Uma reforma para fazer, o atraso, a poeira, as conversas, a gastança, as desculpas. Xícaras de café se acumulam na pia e, hoje, lavar louça suja é luxo. Pobre de mim. Pior está meu vizinho que foi largado pela mulher. Foi-se embora com o açougueiro que passou também o ponto e agora não dá mais para comprar carne fiado.

Lá se foram mais de três anos de um relacionamento quase perfeito. Era lindo de se ver, eu juro para vocês. Eu chegava e podia pedir qualquer coisa. De músculo a filé mignon. Batia um papo enquanto me cortavam as peças, embrulhavam tudo à vácuo, aquela coisa toda. Ele não cobrava a mais de mim, eu sempre dava o que ele precisava e a convivência era das melhores. Se o ritual não fosse dos mais batidos, acho que até tatuaria o nome dele.

Pobre de nós, do vizinho e de mim.

E deve estar foda para você também, vai, diz pra mim. Trabalho chato da porra, voo atrasado, as reviravoltas das eleições presidenciais que não dão mais sossego e ainda por cima vai ter lei-seca. De novo. Os ateus e os maconheiros e as vagabundas e os pederastas e as sapatões e os travestis do mundo também estão na merda, convocados pelo Gregório e impossibilitados por armários de exercer a mais simples das liberdades que seria a de ser.

Pobres putas tristes, povo desamparado em um doi mil e quatorze que não perdoa. Não deve estar fácil ser da velha guarda nesses últimos tempos. Poetas, escritores, mestres da composição e grandes contribuidores da cultura popular brasileira da segunda metade do último século, aqui não parece mais ser um lugar seguro para vocês. Apresentadores, narradores, dançarinas, profissionais da era de ouro e figurões de outrora. Não está escapando ninguém.

Será que eu estou ficando velho?

Vejamos. Os lugares que eu frequentava já não existem mais, as crianças nascidas nos anos 90 hoje ganham mais que eu e ainda uso um iPhone. Mais retrógrado, só se eu botasse a polícia na rua pra descer o cacete em quem tem novas ideias como usar um Android que não risca ou quem gosta de Tinder e Secret.

Pobre de mim. Caramba, como está fácil reclamar.

O trânsito, as explosões em Gaza e a decapitação no Iraque, o desfile forçado de soldados ucranianos prisioneiros de guerrilheiros pró-russos em Donetsk, a crise energética mexicana, o ebola na África, os prédios que segregam em Londres — ricos pela requintada entrada da frente e pobres pela portinha do beco nos fundos, a cantareira minguando, o Acre inundando, Gilmar Rinaldi, Xuxa Meneghel. Até quando?

Breaking Bad acabou, a taxa de juros, rebelião no Paraná, ser argentino, o Palmeiras vai cair de novo, condomínio fechado, cracolândia, Datena, Arnaldo Jabor, suicídio.

Está tudo a beira do buraco e o que parecia cocaína era mesmo só tristeza.

Menos pro Miguelzinho.

Pra ele, tá tudo bem e o dia foi legal.

* * *

Sim, Miguelzinho é um nome fictício e qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

Jader Pires
É escritor e editor do Papo de Homem. Lançou, nesse ano, seu primeiro livro de contos, o Ela Prefere as Uvas Verdes e outras histórias de perdas e encontros.


Mensagem da Vovó Briguilina

Não desanime. Persista sempre!
Não semeie o pessimismo. Semeie, cultive o otimismo!
Atente para o bem que pode fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando
a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente. Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto
te entorpeça o coração.
Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual
é construção para o dia a dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te
destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência
te impõe. Se te enganaste em algum trecho
do caminho, Reajusta a própria visão e
procura o rumo certo.
BOM DIA!
(Chico Xavier)


Tiririca, o palhaço republicano, por Rogerio Maestri

Li no site da Globo que Tiririca na sua campanha mostra uma Brasília velha caindo os pedaços e compara com o congresso dizendo: É velha, cheia de ferrugens e defeitos, mas ainda funciona.

Tiririca com esta pequena analogia vai contra ao discurso corrente de candidatos aos diversos cargos em jogo na eleição, ele simplesmente não nega as imperfeições do poder, esvaziado historicamente pelos poderes executivos, principalmente durante a época dos governos militares, mas mostra que como um carro velho ele ainda tem serventia.

Acho que o presidente do congresso deveria dar um prêmio ao palhaço, pois ele simplesmente reproduz o espírito republicano que tão pouco se vê nos dias atuais, ele também não nega os erros e as dificuldades de um representante legislativo, e enquanto não inventarem algo melhor para legislar no mundo ainda fico com o congresso. Espero que no futuro, como a maioria daqueles que tiveram acesso a um carro novo, que nas próximas eleições ele possa aparecer com um carro popular, mas novinho.

A sabedoria popular muitas vezes com atos simples descrevem situações complicadas, parabéns Tiririca, Montesquieu deve estar rindo feliz da piada de Tiririca, um palhaço republicano.


Luis Nassif: o mito do cavaleiro solitário

O texto abaixo expressa a desconfiança do autor sobre a capacidade de discernimento do povo brasileiro. Tenho convicção que não vamos enveredar por mais uma aventura eleitoral. Abertas as urnas um novo ciclo se inicia. com o PT mais forte ainda e o rearranjo dos partidos pós fim do Psdb.
Minha confiança na reeleição da presidente Dilma tem essas premissas

Fiquem com o meu "Cândido":

Todo fim de ciclo político abre espaço para os outsiders da política.

São períodos em que ocorre um aumento da inclusão, da participação popular e os mecanismos políticos tradicionais não mais dão conta da nova demanda. Há o descrédito em relação à política e, no seu rastro, o cavaleiro solitário, cavalgando o discurso moralista e trazendo a esperança da grande freada de arrumação.

Fazem parte dessa mitologia políticos como Jânio Quadros, Fernando Collor e, agora, Marina Silva.

Tornam-se fenômenos populares, o canal por onde desaguará a insatisfação popular com o velho modelo.

No poder, isolam-se por falta de estrutura partidária ou mesmo de quadros em qualidade e quantidade suficiente para dar conta ro recado de administrar um país complexo como o Brasil.

Com poucos meses de mandato, a população percebe que não ocorrerá o milagre da transformação política brasileira e se desencantará com o salvador. Sem base política, sem o canal direto com o povo, perdem o comando e trazem a crise política.

Desde a redemocratização de 1945 o Brasil tornou-se um país difícil de administrar, dada a complexidade de forças e setores envolvidos. Só é administrável através das composições políticas.

Na última década, a complicação ficou maior porque floresceram uma nova sociedade civil, novas classes de incluídos e o fantasma da hiperinflação (e dos pacotes econômicos) não mais funcionava como agente organizador das expectativas e de desarme das resistências.

O maior momento de Marina foi quando, na OMC (Organização Mundial de Comércio) defendeu a o direito do Brasil proibir a importação de pneus. No episódio Cessna descobre-se um sócio oculto do ex-governador Eduardo Campos, que enriqueceu com incentivos fiscais (do estado de Pernambuco) justamente para a importação de pneus.

Não apenas isso.

Sua vida profissional indica uma personalidade teimosa e desagregadora.

Começou a vida política com Chico Mendes. Depois, rompeu com ele e aderiu ao PT. Foi parceira de Jorge Vianna, governador do Acre. Rompeu com Jorge, tornou-se Ministra de Lula.

Teve embates com a então Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff acerca da exploração da energia na Amazônia. Perdia os embates nas reuniões Ministeriais, mas criava enormes empecilhos no licenciamento ambiental.

Nas reuniões ministeriais, jamais abria mão de posições. Quando derrotada, se auto-vitimizava e, nos bastidores, jogava contra as decisões com as quais não concordava.

Saiu do governo Lula no dia em que anunciou seus planos para a Amazônia e Lula entregou a gestão para Roberto Mangabeira Unger.

Saiu do governo, entrou no PV e promoveu um racha no partido. Tentou montar a Rede, juntou-se com o PSB e criou conflitos de monta com os principais auxiliares de Campos.

A teimosia em geral estava a serviço de ideias e conceitos totalmente anticientíficos.

Combateu as pesquisas em células tronco. Em 2010, em uma famosa entrevista no Colégio Marista, em Brasilia, anunciou que proibiria ensinar Darwin nas escolas, por ser a favor do criacionismo.

Se o país resolver insistir na aposta no personagem salvador, só há uma coisa a dizer: bem feito!